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II. ANISTIA, GRAÇA OU INDULTO. ANISTIA: Constitui uma lei, ato do poder legislativo (Congresso Nacional), que tornam fatos impuníveis por motivos de utilidade social (política criminal). Destina-se a fatos e não a pessoas concretas. Anistia – tem como característica extinguir a punibilidade, abarcando os chamados efeitos secundários da condenação – efeitos ex tunc (retroage para abarcar todos os efeitos da condenação). Crimes insuscetíveis de Anistia, (Graça ou Indulto); art. 5˚, XVLIII, CF: A prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os crimes hediondos (Lei 8072/90). * Se destinava aos crimes políticos. GRAÇA (induto individual): Clemência dada á pessoa específica por ato exclusivo do Presidente da República (perdão presencial) – extingue a punibilidade. - Pressupõe condenação com trânsito em julgado, abarca tão somente os efeitos executórios (os efeitos secundários da condenação continuam, diferente da anistia) – efeito ex nunc. Não se confunde com a chamada saída temporária: Hipótese prevista na Lei de Execução como benefícios para apenas com bom comportamento. INDUTO: Graça coletiva – perdão destinado a um grupo específico de condenados, tendo em vista o cumprimento de certos requisitos objetivos e subjetivos. Também se da por ato exclusivo do Presidente da República. Efeitos: Em regra ex nunc – não abarca os efeitos secundários da condenação, podendo ser estabelecido de forma diversa no decreto que concede o indulto. • Indulto total – abarcando toda a condenação – produz efeitos de extinção da punibilidade. • Induto parcial – comutação da pena – diminui ou substitui a pena por outra mais branda. III. Pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso. ABOLITIO CRIMINIS – Quando se tem a abolição do crime – se retira o crime do ordenamento jurídico. Ex. Adultério – art. 240 do Código Penal – Revogado em 2005. Lei Penal não retroage salvo para beneficiar o réu (Art. 5, XL, CF). Art. 2, CP – Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória (efeito ex tunc). • Se já houve sentença com trânsito em julgada – Deixa de cumprir a pena e tem os efeitos penais da condenação extintos. Os efeitos extrapenais permanecem, salvo disposição em contrário. • Se não houver sentença condenatória definitiva – O processo interrompido definitivamente e declarada á extinção da punibilidade do agente. Efeitos das abolitio criminis diante da lei penal em branco – no caso da lei de drogas, o conteúdo da proibição é preenchido por outra norma, no caso aquela que estabelece quais são as drogas permitidas e proibidas no Brasil – Portaria 344 do Ministério da Saúde. IV. DECADÊNCIA – Se refere sempre a um direito que tenha de ser exercido pelo ofendido ou seu representante legal. • Ação penal pública condicionada à representação – dependem do ato do ofendido. • Ação penal privada – queixa. Decadência – Perda do direito do ofendido de realizar um ato para dar inicio a ação penal pelo transcurso de um lapso temporal, no caso o período de 6 meses a contar do conhecimento da autoria do crime. Art. 103, CP Decadência - é um prazo que não se interrompe e nem se suspende – não exercendo no prazo legal, perde o direito. Decadência – crimes cometidos contra menores – em que se estende o prazo, só começaria a contar quando o menor completasse 18 anos de idade.
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