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PRÁTICAS LABORATORIAIS EM ENGENHARIA DE PESCA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias Campus XXIV – Professor Gedival Sousa Andrade BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PESCA Professora: Oc. MSc.Taiana Guimarães Araujo CONTEÚDO PROPOSTO 2. Segurança no laboratório: Normas básicas de segurança em laboratórios; EPIs e EPCs (Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva): Vestimenta; Luvas; Óculos para reações; Máscaras para reações; Capela para reações; Torneiras em caso de acidentes com material corrosivo; Chuveiro em caso de acidentes com material corrosivo; Etc. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO - NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA - NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS Há quem afirme que os laboratórios são as partes mais importantes dos estabelecimentos de ensino, institutos de pesquisa e indústrias, visto que neles são desenvolvidas: atividades práticas que ajudam a fixar o conhecimento; análises no intuito de responder a perguntas específicas; testes de qualidade/segurança de substâncias, materiais e equipamentos; etc. NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS No entanto, pelos tipos e variedade de trabalho que neles são desenvolvidos são incontáveis os riscos de acidentes, sejam eles causados ou associados a: exposição a agentes tóxicos e/ou corrosivos; queimaduras, lesões com equipamentos/materiais; incêndios e explosões; radiações; e/ou agentes biológicos patogênicos; É, portanto, importante termos noções básicas de segurança relacionadas a procedimentos e cuidados laboratoriais, uma vez que um laboratório pode se tornar um lugar muito perigoso, caso utilizemos de forma inadequada os materiais, produtos e equipamentos nele existentes; NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS Dados estatísticos provam que a maioria dos acidentes em laboratórios ocorrem pelo desconhecimento ou descumprimento de regras básicas ou ainda pela imperícia, negligência ou imprudência dos técnicos. Em geral, os profissionais de qualquer área não recebem, nas Universidades, instruções completas sobre normas de segurança do trabalho. Por ocasião da admissão nas instituições científicas, são visadas especialmente às condições técnicas do candidato e raramente é verificado seu nível de conhecimento sobre segurança; Nestas condições, cabe ao responsável pelo laboratório a responsabilidade de transmitir aos seus técnicos e alunos os procedimentos corretos de trabalho e as atitudes que devem tomar para evitar possíveis acidentes. Regras básicas de segurança em laboratório: Em primeiro lugar e antes de mais anda, para se trabalhar em um laboratório deve-se adotar uma postura atenciosa, cuidadosa e metódica no que se faz; a) não correr; b) manter os acessos desimpedidos; c) não colocar livros, sacolas, ferramentas etc. sobre as bancadas ou bancos; d) manter os extintores de incêndio em condições de uso; e) manter o local sempre limpo e organizado; f) fechar gavetas e armários logo após o uso; g) se concentrar na atividade que estiver desenvolvendo (seja, uma análise super complexa, ou uma simples lavagem de vidraria); h) sempre identificar os frascos de novas substâncias/reagentes preparados e equipamentos e materiais quentes. ATENÇÃO SEMPRE! NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS Normalmente, no Brasil as condições de trabalho são inseguras. Esse fato decorre da má utilização de espaços, do tipo de mobiliário, da disposição incorreta das instalações e da falta de equipamentos de proteção. Uma dificuldade bastante comum é que o laboratório, na maioria das vezes, é montado em local já construído; raramente se constrói um edifício para ser usado especificamente como laboratório. NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS Os requisitos de segurança devem ser incluídos já na montagem do laboratório e mesmo pequenos detalhes devem ser previstos no projeto inicial e devem ser especificamente dirigidos ao tipo de laboratório: estudos sobre a topografia do terreno; orientação solar e dos ventos; segurança do edifício e do pessoal; distribuição e tipos de bancadas; capelas, estufas, muflas; tipos de piso; iluminação e ventilação; etc. NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS Outra coisa muito importante no projeto é o estudo do local que será destinado à estocagem dos produtos/reagentes; Quando são negligenciadas as propriedades físicas e químicas dos produtos químicos armazenados, podem ser ocasionados incêndios, explosões, emissão de gases tóxicos, vapores, pós e radiações ou combinações variadas desses efeitos; NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS No que tange a produtos químicos, é importante considerar não somente a sua toxicidade, mas também a quantidade manipulada: Algumas drogas, por exemplo, são efetivas na cura de doenças até uma certa dosagem, que se excedida, pode provocar efeitos nocivos à saúde; Inversamente, compostos de mercúrio, arsênio e antimônio, por exemplo, que são considerados pelos leigos como altamente venenosos, têm sido empregados no tratamento de doenças. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO - EPIS E EPCS - PROTEÇÃO PESSOAL - EPIS Para proteger pele e roupas, deve-se usar sempre um avental/ jaleco/guarda-pó de mangas longas, feito de algodão, pois fibras sintéticas são altamente inflamáveis; Quando for necessário proteger os olhos, é conveniente usar óculos de segurança; PROTEÇÃO PESSOAL - EPIS Para proteção das mãos, ao trabalhar com produtos corrosivos, devem-se usar luvas de borracha e ao trabalhar com material quente deve-se usar pinças de madeira ou luvas de couro grosso; PROTEÇÃO PESSOAL - EPIS Outros equipamentos fundamentais em um laboratório para se garantir a segurança pessoal e evitar acidentes são: Pêras de aspiração ou pipetadora PROTEÇÃO COLETIVA - EPCS Além disso, nos laboratórios e nos rótulos das embalagens de reagentes são utilizados símbolos de segurança, que têm a finalidade de informar e alertar sobre a existência de perigo. Vejamos alguns deles: PROTEÇÃO COLETIVA - EPCS PROTEÇÃO COLETIVA - EPCS Além disso, nos laboratórios e nos rótulos das embalagens de reagentes são utilizados símbolos de segurança, que têm a finalidade de informar e alertar sobre a existência de perigo. Vejamos alguns deles: PROTEÇÃO COLETIVA - EPCS Outros equipamentos fundamentais em um laboratório para se garantir a segurança pessoal e coletiva e evitar acidentes são: Capela de exaustão para reações e manuseio de produtos voláteis; SEGURANÇA NO LABORATÓRIO - PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES- PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES No intuito de evitar pânico e, consequentemente o agravamento das situações de emergência, todo o pessoal que trabalha no laboratório deve ter conhecimento da localização de funcionamento dos equipamentos de segurança, bem como das atitudes que devem ser tomadas em casos emergenciais; Assim, nos laboratórios sempre deve haver em locais estratégicos (conhecidos e de fácil acesso): Equipamentos de primeiros socorros; Extintores; Chuveiros de emergência; Lava-olhos; Telefones de pronto socorros e médicos; E por que não sensores de fumaça? PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES EM CASO DE CONTATO COM PRODUTOS QUÍMICOS E/OU CORROSIVOS: Quando o produto cair sobre: Pele e olhos lave a região atingida com água em abundância pelo menos por 15 min; Roupas retire-a o mais rápido possível, evitando tocar na área atingida; Não utilize nenhum tipo de pomada em queimaduras com produtos químicos sem orientação médica; Nunca neutralize uma substância química com outra sobre a pele. PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES EM CASO DE CONTATO COM PRODUTOS QUÍMICOS E/OU CORROSIVOS: Em caso de tontura, náusea ou desmaio, devido à exposição/inalação de altas concentrações de vapores tóxicos: Retire a pessoa do local contaminado para um lugar arejado; Alivie a pressão da roupa; Faça respiração artificial se houver parada respiratória; Procure auxílio médico imediatamente. PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES EM CASO DE CONTATO COM PRODUTOS QUÍMICOS E/OU CORROSIVOS: Em caso de ingestão: Substâncias cáusticas/corrosivas nunca provocar vômito. Ingerir bastante água ou óleo de oliva; Solventes/substâncias não corrosivas verificar a conveniência de vômito; Conduzir o acidentado ao atendimento médico o mais rápido possível. Em caso queimaduras térmicas: Colocar a área afetada em água corrente; Procurar auxílio médico. PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES EM CASO DE INCÊNDIO/FOGO: Jamais use água para apagar o fogo em um laboratório. Use extintor de CO2 ou de pó químico; Se o fogo irromper em um béquer ou balão de reação, basta tapar o frasco com uma rolha ou vidro de relógio, de modo a impedir a entrada de ar (O2); Se o fogo atingir a roupa de uma pessoa, algumas técnicas são possíveis: levá-la para debaixo do chuveiro; há uma tendência da pessoa correr, o que aumentaria a combustão. Neste caso, deve-se derrubá-la e rolá-la no chão até o fogo ser apagado; melhor, no entanto, é embrulhá-la rapidamente em um cobertor próprio para fogo; pode-se ainda usar o extintor de CO2 se este for o meio mais rápido, tomando-se o cuidado de não direcionar o jato para o rosto. PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES EM CASO DE INCÊNDIOS/FOGO: Tipos de extintores EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO o agente extintor pode ser o bicarbonato de sódio ou de potássio que recebem um tratamento para serem transformados em absorvente de umidade. O agente propulsor pode ser o gás carbônico ou nitrogênio. O agente extintor forma uma nuvem de pó sobre a chama que visa a exclusão do oxigênio; posteriormente são acrescidos à nuvem, gás carbônico e o vapor de água devido a queima do pó; EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) o gás carbônico é material não condutor de energia elétrica. O mesmo atua sobre o fogo onde há presença de eletricidade. Ao ser acionado o extintor , o gás é liberado formando uma nuvem que abafa e resfria. É também empregado para extinguir pequenos focos de fogo em líquidos inflamáveis (classe B) e em pequenos equipamentos energizados (classe C); PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES EM CASO DE INCÊNDIOS/FOGO: Tipos de extintores EXTINTOR DE ÁGUA – PRESSÃO INJETADA Fixado na parte externa do aparelho está um pequeno cilindro contendo o gás propelente, cuja a válvula deve ser aberta no ato da utilização do extintor, a fim de pressurizar o ambiente interno do cilindro permitindo o seu funcionamento. O elemento extintor é a água, que atua através do resfriamento da área do material em combustão. O agente propulsor (propelente) é o gás carbônico (CO2); EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA - PRESSÃO PERMANENTE Não e provido de cilindro de gás propelente, visto que a água permanece sob pressão dentro do aparelho. Para funcionar, necessita apenas da abertura do registro de passagem do líquido extintor. FONTE: Cipa/Puc-Rio PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES Classes de incêndio Classe A - materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem tanto na superfície, quanto em profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.; Classe B - inflamáveis, i.e. produtos que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.; Classe C - equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. Classe D - elementos pirofóricos (ou seja, alguns metais alcalinos e alcalinos-terrosos que podem se inflamar espontaneamente) como magnésio, zircônio, titânio. Tipo de extintor por classe de incêndio Extintor tipo “Espuma” usado nos fogos de Classe A e B; Extintor tipo “Dióxido de Carbono” usado, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também no início dos fogos de Classe A; Extintor tipo “Químico Seco” usado nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150 kg devem ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, usa-se o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico deve ser especial para cada material. Extintor tipo “Água Pressurizada” ou “Água-Gás” deve ser usado em fogos Classe A, com capacidade variável entre 10 e 18 litros. PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES ALGUMAS DICAS ADICIONAIS BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Equipamentos de laboratório de química. Disponível em: www.agracadaquimica.com.br/quimica/arealegal/outros/12.pdf. Acesso em: set. 2012. IQ–USP. Manual de Segurança: para proteção química, microbiológica e radiológica. Instituto de Química, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química: volume único. 5. edição reformulada São Paulo: Saraiva, 2002. Imagens e informações complementares da internet. OBRIGADA e BOA TARDE !
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