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CARCINICULTURA MARINHA Novembro de 2013 Xique-Xique/BA 1 HISTÓRICO: Atividade realizada na Ásia há vários séculos: 2 HISTÓRICO: - Década de 30: Larvicultura de Penaeus monodon - Década de 70: Avanços na nutrição Década de 80: Início no Brasil: - Marsupenaeus japonicus 3 CARCINICULTURA MARINHA Vantagens competitivas: • Cultura de ciclo curto • Atividade rentável • Mercadoria de grande importância comercial •Acesso a pequenos, médios e grandes produtores HISTÓRICO: 4 HISTÓRICO: Década de 30: Larvicultura de Penaeus monodon 5 HISTÓRICO: Década de 70: Avanços na nutrição Década de 80: Início no Brasil: - Região Nordeste – Implantação de grandes projetos 1. Temperatura favorável – 2,5 ciclos/ano 2. Mão-de-obra barata 3. Áreas extensas 6 HISTÓRICO: Aproveitamento de antigas salinas 7 HISTÓRICO: Adaptando para viveiros de cultivo 8 HISTÓRICO: No Início: Marsupenaeus japonicus 9 HISTÓRICO: 1985 – Seleção de espécies para cultivo Critérios para a seleção: - Rusticidade - Pós-larvas disponíveis - Crescimento rápido 10 HISTÓRICO: Farfantepenaeus paulensis Espécies nativas testadas: Litopenaeus schmitti 11 HISTÓRICO: Farfantepenaeus brasiliensis Espécies nativas testadas: Farfantepenaeus subtilis 12 HISTÓRICO: Penaeus monodon Fenneropenaeus penicillatus Espécies exóticas testadas: 13 HISTÓRICO: Espécies exóticas testadas: Litopenaeus vannamei Litopenaeus stylirostris 14 HISTÓRICO: 1987 a 1997 – maior desenvolvimento na tecnologia: Litopenaeus vannamei 15 • BRASIL: L. vannamei - 90 % do total produzido: Itamar de Paiva Rocha (2007) 16 CARCINICULTURA MARINHA Vantagens competitivas: - Cultura de ciclo curto - Atividade rentável - Mercadoria de grande importância comercial - Acesso a pequenos, médios e grandes produtores 17 Fatores que influenciaram o desenvolvimento dos cultivos no país: - Aumento do consumo doméstico - Proibição da importação de camarões marinhos - Novos laboratórios para produção de PLs - Instalação de novas fábricas de ração - Melhoramento da tecnologia 18 Ciclo Biológico 19 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA Fontes de água: Boa qualidade da água Longe de fontes poluentes Tempo de captação Disponibilidade de energia Proximidade de água doce 20 Abastecimento de água: - Projetar sistema – permita renovação de 13 a 20% do volume total. Exemplo: Fazenda com 100 ha Profundidade média: 1,5 m Volume total = 1.500.000 m³ (100 x 10.000 m² x 1,5) Canal de abastecimento: 190.000 a 300.000 m³ de água 21 QUALIDADE DA ÁGUA PARA A CARCINICULTURA Fatores físico-químicos: Temperatura – Camarões são animais pecilotermos – Efeito sobre o crescimento – 25º e 35º C – Taxa de alimentação – Mudanças bruscas – Diferenças de 3 a 4º C - morte 22 Temperatura interfere nos processos físico-químicos Maior temperatura: Maior taxa de consumo de oxigênio (matéria orgânica) Diminui solubilidade dos gases na água – Oxigênio Maior taxa de evaporação Aumento da salinidade Diminuição da densidade da água 23 pH • Expressa o grau de acidez ou alcalinidade numa escala de 1 a 14 Alteração brusca do pH na água dos viveiros: Respiração dos organismos – liberação de CO2 Abundância de fitoplâncton Ácidos minerais dissolvidos (ácido sulfúrico) Amônia não ionizada presente na água 24 Efeitos no Camarão: 4 Ponto ácido de morte 4 – 6 Crescimento retardado 6 – 9 Ideal para crescimento 9 –11 Crescimento retardado 11 ponto básico de morte 25 Salinidade Expressa em partes por mil (%0) – gramas de sal por litro de água Recentemente – Variável adimensional – 15 %0 = salinidade 15 Salinidades extremas - Efeitos sobre o camarão : Gasto de energia – para de crescer Aumenta o período da muda Períodos de chuva – Estratificação Dias quentes – evaporação – aumento da salinidade 26 OXIGÊNIO DISSOLVIDO Situações em que há probabilidade de queda de OD: Dias ensolarados – muito fitoplâncton Céu nublado por vários dias – excesso de fitoplâncton Morte rápida do fitoplâncton Períodos de chuvas e ventos intensos (sedimento em suspensão) Densidade de povoamento elevada Falhas nos equipamentos de aeração 27 SINAIS DE PROBLEMAS EMINENTES: - CAMARÕES NÃO SE ALIMENTAM - CONCENTRAÇÃO JUNTO A ENTRADA - CAMARÕES NA SUPERFÍCIE DA ÁGUA - MORTE DE CAMARÕES 28 SOLUÇÕES: RENOVAÇÃO DE ÁGUA AERADORES 29 IMPORTÂNCIA DA AMÔNIA NA AQÜICULTURA: EXCREÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS BASTANTE TÓXICA PARA OS CAMARÕES AUMENTA A PERMEABILIDADE DAS MEMBRANAS DIMINUI A ABSORÇÃO DE SÓDIO AFETA O METABOLISMO ENZIMÁTICO EFEITO SOBRE O CRESCIMENTO 30 TURBIDEZ DA ÁGUA MATERIAL SUSPENSO – FITOPLÂNCTON – PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO – IMPEDE PENETRAÇÃO DA LUZ MEDIR TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA: - DISCO DE SECCHI – 30 A 40 cm 31 Técnicas de Preparação dos Viveiros Esvaziamento do Viveiro e oxidação da matéria orgânica residual: Decomposição promovida pelas bactérias; 10-20% umidade/solos arenosos; 30-40% umidade/solos argilosos; Tempo de decomposição; Acelerar decomposição; Nitrato de sódio ou de cálcio (20-100 kg/ha); < 5-7 cm M.O. 32 Desinfecção Despesca e secagem do viveiro ↓ Enchimento do viveiro ↓ Deixar o viveiro descansar (3-5 dias) ↓ Cloração (HTH na proporção de 180 kg/ha) ↓ Fertilização (4-5 dias) ↓ Estocagem Pls ou juvenis 33 Eliminação de Macrófitas dos Viveiros: - Diminuem a penetração de luz, impedindo desenvolvimento do fitoplâncton ; - Consomem os nutrientes ; - Dificultam o manejo; - Dificultam despesca; - Consomem O.D; - Abrigo para predadores; - Sulfato de cobre (17 kg/ha). 34 . Análise de solo - Coleta do solo; - Interpretar a análise; - Correção. 35 Abastecimento dos Viveiros: - Telas de 600 μm ; - Otimizar renovação; - Água doce ↓ densa 36 Fertilização Inicial Coluna de 30 cm água; 9 kg U/ha e 0,9 kg SPT/ha; Coluna de 60 cm; 14 kg U/ha e 1,4 kg SPT/ha; Coloração marrom; Povoamento. 37 Pós-larvas Avaliação da qualidade das pós-larvas; Transporte; Aclimatação. 38 Taxas de sobrevivência (%) Avaliação Consequências 85% Os camarões passaram bem pela fase mais crítica do cultivo O povoamento foi um sucesso e provavelmente não comprometeu a sobrevivência inicial nos viveiros. 50-85% A qualidade das larvas não era boa ou o nível de estresse durante a aclimatação foi muito alto Há probabilidade de que a taxa inicial de sobrevivência no cultivo foi elevada, o que, se confirmado, comprometeráa produtividade final do cultivo <50% Resultado bastante preocupante. O técnico deve revisar toda a documentação e os protocolos adotados para tentar identificar a origem do problema A probabilidade de quebra expressiva no cultivo é grande. Em casos extremos, após checados e confirmados todos os protocolos, pode-se optar até mesmo pelo repovoamento total ou parcial do viveiro. 39 Povoamento Berçários intensivos: Desvantagens: - ↑ investimento inicial; - ocupar um percentual representativo da área total; - Transferências laboriosas e de risco. Evolução: - Pequenas áreas; - Conjugadas ou anexas aos viveiros de produção de fazendas de engorda ou ainda em larviculturas; - Estruturas idealizadas nos últimos anos (cercados, tanques-rede, raceways); - Tanques berçários intensivos circulares. 40 Densidade de Povoamento Década de 80 → 5 camarões/m²; Década de 90 (novas tecnologias) 25-30 camarões/m² → S.I; 2000 → 60 camarões/m²; Maiores densidades potencializam aparecimento de enfermidades; > 30 camarões/m² → Aeradores; Critérios técnicos; Cuidado na definição. 41 Avaliação das Taxas Iniciais de Sobrevivência Perde contato com os camarões; Surgem os questionamentos; Minimizar com gaiolas teladas (30x30x70cm); Três por cada viveiro com 100 camarões cada ; 24, 48 e 72h. 42 Índices Zootécnicos Cultivo de 100-130 dias (12-13g); Demanda de mercado; Brevidade do seu ciclo de produção; Taxa de conversão alimentar ( 0,9:1 até 1,6:1) – Intensivos; S.I → 1,1 e 1,3:1; Taxa final de sobrevivência: - 20 Pls/m²→ 70% Sob. → 12g → 1.680kg/ha. - 40 Pls/m²→ 40% Sob. → 12g → 1.680kg/ha. 43 Manejo dos Viveiros durante Fase de Engorda 1.1 Temperatura Temperatura atmosférica; ↓ volume de água ↑ oscilação; Sul/Sudeste do país; Volume máximo = ↑ atividade noturna; 23 – 30 °C. 44 CO2 O2 100% 1% Zona eufótica Ponto de compensação Epilimnio: -mais luz -mais quente -menos densa -mais oxigênio Hipolimnio: -menos luz -mais fria -mais densa -menos oxigênio 45 1.2 Oxigênio Dissolvido Problemas eminentes; < 3 mg/l – intervenção; Aumentar taxa de renovação; Suspender arraçoamento; Limpeza de telas ; Aeradores. Muito oxigênio (supersaturado) Pouco oxigênio (subsaturado) Nem muito nem pouco oxigênio (equilíbrio de saturação) 46 1.3 Salinidade Fator limitante para várias espécies; Rações mais ricas; 15 – 27 %. 1.4 Transparência Sem turbidez; 30 – 45 cm; Controle. 47 20 cm - barro 30 cm - clorofíceas 15 cm - clorofíceas 35 cm - diatomeas 48 Bloom de microalgas 15 cm (Mossoró – RN) 49 BIOMETRIA PERIODICIDADE: SEMANAL AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL AMOSTRAGENS: - INICIAL - MALHA – 2 A 3 mm - SUBSEQÜENTES – MALHA – 0,5 cm² - 75 A 100 CAMARÕES 50 Fertilização de Manutenção Fertilizações periódicas; Auxílio do disco de Sechii; 1kg/P/ha e 20 kg/N/ha; Método de tentativa e erro. 51 Manutenção dos Viveiros Comportas; Monges; Telas. 52 Biologia Alimentar dos Camarões Onívoros; Diferença preferenciais entre espécies; Carnívoras: 50% P.B; L. vannamei: 30%; Carnívoros e o l. vannamei: copépodos, anfípodos, moluscos, nematóides, larvas de insetos, etc; Preferência: Poliquetas; Pastejo/captura/digestão 53 CADEIA ALIMENTAR ALGAS ZOOPLANCTON E ZOOBENTOS CAMARÕES PEIXES CARNÍVOROS MATÉRIA ORGÂNICA DECOMPOSITORES 54 Bandejas de Alimentação 55 Manejo Importante Densidades > 12 camarões/m² o alimento natural acaba na 8ª semana; Animais de até 0,5g comem em qualquer hora do dia; Camarões com 0,5 – 3g tendem a comer mais pela noite; Camarões com mais de 3g preferem se alimentar mais à noite. 56 Cuidado com Insumos Armazenamento de ração; Arraçoamento e poluição ambiental; Fertilizantes químicos e orgânicos. 57 Controle de Doenças Virais Não existem drogas capazes de eliminar os vírus do interior das células; Uso de látex “swalow wort”/Filantus neruri e clincantus nutans; Diminuir impactos ; Procedimento 1( Separar Pls doentes): - Transferir Pls para tanques de fibra, contendo água proveniente dos tanques de larvicultura, em uma densidade máxima de 1.000 pls/litro; - Promover aeração forte; - Adicionar formalina em concentração de 100 a 150 ppm e deixar 30 minutos; - Provocar a circulação da água do tanque,para concentrar as Pls que nadam ativamente; - Coletar apenas essas Pls, descartando as demais. 58 Procedimento 2 (Preparação dos viveiros): - Deixar o viveiro secar por 10 dias; - Colocar um pouco de água (5 cm) e deixar por 3 dias, para permitir que organismos encistados no fundo possam eclodir; - Aplicar cloro acidificado (hipoclorito de cálcio –Ca (OCL)₂) 60% ativo, em uma dose de 180 kg/ha; - Esperar mais dois dias. Quando a água do viveiro estiver clara, deve-se utilizar o procedimento padrão de preparação e fertilização de viveiros. Medidas Profiláticas: Alho e limão; Política governamental para o setor. 59 Biossegurança Hospedeiro (camarão) Ambiente (qualidade da água) Patôgeno Doença 60 Laboratório Fazenda SPF Viveiro desinfetado Água filtrada Controle de vetores e hospedeiros CORDÃO DE BIOSSEGURANÇA PCR PCR PCR 61 DESPESCA PROCEDIMENTOS PRELIMINARES: - DRENAGEM - BIOMETRIA E AVALIAÇÃO - PREPARAÇÃO DO MATERIAL PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS: - INÍCIO COM 30 % DO VOLUME DO VIVEIRO - NORMALMENTE À NOITE - REMOÇÃO DO BAG NET (REDE) - CHOQUE TÉRMICO - IMERSÃO EM METABISSULFITO – 20 kg/1000 LITROS - PESAGEM - CAIXAS TÉRMICAS - BENEFICIAMENTO – FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO 62 Obrigado pela Atenção!!! 63
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