Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
ALERGIAS ALIMENTARES, FENILCETONÚRIA, GALACTOSEMIA E FRUTOSEMIA Prof.Junior Pereira PLANO DE AULA Aula/ Data Conteúdo Objetivos Aula 13. 02/06 • Conduta nutricional nas alergias • Descrever o tratamento alimentares, fenilcetonúria, nutricional nas alergias frutosemia e galactosemia alimentares, fenilcetonúria, frutosemia e galactosemia Antígenos alimentares, presença de aditivos e contaminantes de natureza química ou bacteriológica podem facilmente explicar a elevada frequência de REAÇÕES ADVERSAS AOS ALIMENTOS. ? HIPERSENSIBILIDADE INTOLERÂNCIA ALIMENTAR HIPERSENSIBILIDADE A ALIMENTOS REAÇÃO ADVERSA A ALIMENTOS ALERGIA ALIMENTAR Qualquer reação indesejável após ingestão de um alimento normalmente tolerado pela maioria dos indivíduos. Intolerância alimentar Hipersensibilidade ou Alergia alimentar Reação adversa tóxica Reação adversa não tóxica REAÇÃO ADVERSA A ALIMENTOS ! ! ! Resposta exagerada do organismo causada pelo consumo de determinado alimento Manifestações indesejáveis SEM PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO INTOLERÂNCIA ALIMENTAR ! ! ! Resposta imunológica do organismo à proteína do alimento Manifestações indesejáveis 6 ALERGIA ALIMENTAR Os antígenos alimentares de maior potencial alergênicos são: LEITE DE VACA, ovo, trigo, amendoim, crustáceos, nozes, soja, peixe. Sensibilização para ocorrência de fenômenos alérgicos a alimentos SECUNDÁRIO PRIMÁRIO 7 PRIMÁRIO: PODE SER IMEDIATO (MEDIADO IgE) OU TARDIO SECUNDÁRIO: OCORRE DEVIDO A INFECÇÃO DO TGI E ABSORÇÃO EXCESSIVA DE MACROMOLÉCULAS. 10 SINTOMAS 11 ! ! ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV) ! Reação do SI quando o organismo entra em contato com a proteína do leite de vaca ᵦ-lactoglobulina, caseína e α-lactoalbumina 12 Fração proteica % indivíduos sensíveis Beta-lactoglobulina 66-82 Caseína 43-60 Alfa-lactoalbumina 41-53 Globulina sérica bovina 27 Albumina sérica bovina 18 CA!USAS ! Inclusão precoce do leite de vaca e fórmulas infantis na alimentação da criança, em detrimento do leite materno ! Contato com a proteína do leite de vaca no leite materno 13 do, seguida pela DIAGNÓSTICO ! •Exclusão de alimentos contendo proteína do leite de vaca por um curto perío reintrodução dos alimentos observação de sintomas. ! •Medição dos níveis de IgE ! •Testes cutâneos TERAPIA NUTRICIONAL 1) Exclusão dos alérgenos alimentares 2)Utilização de fórmulas ou dietas hipoalergênicas, em lactentes. OBJETIVO 15 Evitar desencadeamento dos sintomas, a progressão da doença e a piora das manifestações alérgicas e proporcionar a crianças crescimento e desenvolvimento adequados. 1 Consenso Brasileiro Alergia Alimentar, 2007 6 17 Não são indicadas na APLV 18 19 20 (preparados sem adição de leite); Maisena, láctea, mucilagens com leite ou traços de leite na sua macaxeira, cará, tapioca, banana comprida, fontes de cálcio como brócolis, espinafre, Sopas instantâneas; vegetais preparados com leite de bico, amendoim, nozes. São boas fontes de cálcio castanhas e amêndoas. de cabra, leite em pó, leite evaporado, leite condensado, NENHUM TIPO. achocolatado, bebida láctea, fórmulas infantis à base de leite; orientação médica ou de nutricionista. Creme azedo, creme de leite, doce de leite, molho branco; boas fontes de cálcio os peixes: sardinha fresca, Qualquer um preparado com leite (bolo de carne, margarina ou creme vegetal sem leite. doces e balas contendo leite (caramelo, balas de chocolate). 21 ALIMENTOS PREFIRA NÃO CONSUMIR Cereais, tubérculos, raízes Frutas, legumes e verduras Leguminosas e Leite e derivados Carnes e ovos Óleos, gorduras e açúcares Pães, biscoitos, bolachas, massas e cereais Biscoitos, bolachas, bolos, pães e cereais com leite; farinha arrozina, cremogema, aveia; Inhame, composição; salgadinho. cuscuz, batata doce. Todos os tipos. Importante consumir regularmente vegetais Qualquer uma preparada com leite. couve. Todas, incluindo feijão, lentilha, ervilha, grão (gratinadas, com molho branco). Leite de vaca (integral, semi-desnatado ou desnatado), leite iogurte, coalhada, leite fermentado, leite maltado, Utilizar fórmula infantil de acordo com Queijos (todos), queijo de cabra, queijo ralado, requeijão; Sorvetes com leite; Manteiga. Carne de boi, fígado, frango, peixe e ovos. São manjuba e lambari. strogonoff). Óleo vegetal, como de soja, canola, azeite e Manteiga, margarina com leite, chocolates (com e sem leite); Ingredientes que podem conter leite de vaca: Caseína, caseinato, coalho,composto lácteo, lactoalbumina, lactoglobulina, lactose, lactulose, proteínas do soro, soro do leite, whey protein, aroma de queijo, sabor artifical de manteiga, sabor de caramelo, sabor creme de bavária, sabor creme de coco, sabor iogurte, sabor leite condensado, sabor queijo, sabor açúcar queimado e leitelho. 22 Leia também a bula de remédios (lactulona, suplementos de cálcio) e o rótulo de cosméticos (sabonetes, pomadas, condicionador, xampu, protetor solar, etc), pois estes produtos também podem conter leite e, em contato com a pele, provocar alergia. Erros inatos do metabolismo deficiência de produtos 23 Acúmulo substratos e Doenças metabólicas genéticas Bloqueios vias metabólicas específicas Defeitos enzimáticos Mutações gênicas no desenvolvimento Pode constituir manifestação metabólica genética 24 Vômitos, inapetência, acidose metabólica, hipoglicemia, hiperamonemia, letargia Atraso neuromotor, retardo mental e déficit de crescimento Variedade de sinais e sintomas sem causa definida Incidência: 1:1.000 nascimentos (Herança autossômica recessiva) específicos 25 Direcionamento exames Teste de triagem em amostra sangue e urina ! PROGRAMAS DE TRIAGEM: Estratégia detecção pré- sintomática e prevenção alguns erros inatos metabolismo e outras doenças Quadro clínico sugestivo erros inato metabolismo m Fenilcetonúria (PKU) Brasil: 1:11.818 a 1:15.000 hiperfenilalaninemia 26 ! Níveis normais: 2-4mg/dL Fenilcetonúria: > 10 mg/dL Diagnóstico: teste do pezinho Caracteriza-se por (HFA) persistente Resultado de um defeito no etabolismo responsável pela hidroxilação do aminoácido fenilalanina Incidência de 1:5.000 a 1:16.000 RN biliza co Invia nversão fenilalanina em tirosina Deficiência enzima hepática fenilalanina hidroxilase ou seu cofator tetraidrobiopterina (BH4) Quadro Clínico RDNPM (+ importante) Odor fétido característico na urina Irritabilidade Convulsão Disfagia Vômitos recorrentes Atraso da fala e linguagem. ● ● ● ● ● ● ● 28 Tratamento ❑ Manter níveis sanguíneos de fenilalanina de acordo com o recomendado para fenilcetonúricos ❑ Evitar manifestações clínicas da doença ❑ Oferecer quantidades adequadas de fenilalanina, proteínas, calorias e micronutrientes ❑ Promover o crescimento e desenvolvimento adequados 29 Indivíduos sadios: ! 250-500mg/dia ! 2500 mg/dia Fenilcetonúricos: ! Características • Restrição severa fenilalanina (FAL) – proteínas alimentares são muito ricas FAL • Utilização substituto proteico para complementar aporte de proteína • Suplementação tirosina Tratamento → Dietético salgados, etc. 31 ! ALIMENTOS RICOS EM FAL Carnes de qualquer tipo: boi, carneiro, aves, peixe, caça, linguiça, presunto, salsicha, salame, ou qualquer produto ou alimento que os contenha. Grãos: feijão, ervilha, grão de bico, lentilha, soja, amendoim, ou produtos ou alimentos que os contenha. Leite e qualquer derivado do leite: queijo, iogurte, coalhada, requeijão, doce de leite e todos os alimentos que contenham leite. Outros: Ovos, nozes, gelatinas, farinha de trigo e de soja, alimentos industrializados com grande quantidade de proteína, produtos dietéticos, adoçantes (aspartame). Alimentos derivados ou preparações que contenham qualquer quantidade de um desses alimentos. Exemplo: bolos, pães, pão de queijo, biscoitos, Alimentos com níveis moderados de FAL Massas e legumes: arroz, batata doce, batata inglesa, inhame, cenoura, chuchu, abobrinha, moranga, etc. Vegetais: almeirão, espinafre, acelga, tomate, etc. Frutas: maçã, mamão, abacaxi, pera, laranja, jabuticaba, etc. Produtos especiais com menor quantidade de fenilalanina. ! Alimentos com baixos níveis de FAL Açúcar, algodão doce, balas de frutas e de gomas, pirulitos de frutas, picolés de frutas; café e chás; farinha de mandioca (tapioca) e polvilho. Gelatina vegetal (feita com algas marinhas). Geléia de frutas, mel e sagu. Groselha, limão e acerola. Mostarda, óleo vegetal e pimenta. Sucos de frutas artificiais (sem aspartame), refrigerantes comuns. PARA O RECÉM-NASCIDO Fórmula metabólica + LM, como fonte de FAL Outras fontes alimentares como: amido de milho, lipídeos e polímeros de glicose devem ser utilizados de forma a suprir a demanda calórica do paciente Quando o uso do LM não for possível: fórmula enriquecidas em AGPCL → Otimizar a acuidade visual → ARA e DHA formados a partir de metabólitos derivados da FAL Para melhor utilização dos AA: dividir o total da mistura de aminoácidos por pelo menos 3 refeições por dia e aporte energético adequado o o o o 34 GESTANTE COM FENILCETONÚRIA Uma mulher grávida c/ ↑ [ ] de FAL no sangue põe em risco o feto em vista do transporte de aa através da placenta ! Bebês: defeitos cardíacos, atraso no crescimento, microcefalia e retardo mental 35 D Galactosemia Incidência de 1:44.000 RN 36 Doença herança autossômica recessiva eficiência galactose 1-fostafo uridil transferase ! 37 Quadro Clínico . 38 Vômito Diarréia Letargia Falha de desenvolvimento Hipoglicemia ! Tratamento Recomendação < ou = 5 mg de Limitar os de 5-20mg ▪ Excluir os > 20 mg de ▪ 39 ▪ Liberar alimentos com galactose/100g de galatcose/100g galactose/100g ! Características ▪ Suspensão imediata de todas as fontes de lactose e galactose da dieta (LM, LV). ▪ Utilizar leite de soja ▪ Restrição alimentos com quantidade significante galactose ▪ Adoçante sem lactose ▪ Manter níveis de GAL < 2mg/dL Tratamento → Restrição galactose e lactose 40 seguros, manteiga e chantilly. GRUPOS CONSUMIR NÃO CONSUMIR Leite e derivados Leite de soja Leite e derivados. Frutas e vegetais Damasco, abacaxi, uva verde, ameixa, pêssego, framboesa, alcachofra, aspargo, broto de feijão, beterraba, repolho, couve- flor, aipo, acelga, milho, pepino, berinjela, couve, alface, cogumelo, folhas de mostarda, quiabo, salsa, rabanete, espinafre, abobrinha, nabo. Frutas enlatadas ou congeladas, processadas com ingredientes não seguros*. Tâmara, mamão, caqui, tomate, melancia, laranja, maçã, banana, figo, kiwi, pera, abacaxi, melão, vegetais processados com ingredientes não seguros, vegetais empanados, amanteigados ou cremosos, pimentão, brócolis, couve de bruxelas, cenoura, cebola, abóbora, batata doce e inhame Carnes, aves, peixes e ovos Carne bovina, cordeiro, carne de porco, vitela, presunto de porco, peixe, peru, galinha, ovo Carne bovina, peixe ou ave à milanesa ou empanada, produtos embutidos contendo sólidos não gordurosos de leite, miolo, rim, fígado, pâncreas Cereais e pães Cevada, trigo sarraceno, aveia, centeio, trigo, arroz, macarrão, pães e bolachas sem leite Misturas preparadas com biscoitos, bolos, panquecas ou massas. Alguns cereais secos, pães, bolachas, torradas feitas com ingredientes não seguros Grãos, nozes e sementes Amendoim, manteiga de amendoim, nozes Feijão e ervilha seca, avelã, semente de abóbora, açafrão, gergelim, girassol ! ! Gorduras Todos os óleos vegetais, margarina e molhos de salada sem leite ou derivados, manteiga de nozes, bacon, toucinho, banha de porco, maionese, azeitonas Margarina e molho com ingredientes não ! 5) Frutosemia Incidência de 1:20.000 RN 41 Comprometimento na utilização de frutose Deficiência da enzima frutose 1,6-bifosfato aldolase (Aldolase B) ! ! Tratamento Quantidade frutose frutose são excluídas 20mg/kg de peso/dia consequência da restrição 42 Menores de 3 anos: fontes de Maiores de 3 anos: 10 a ! A suplementação de vitaminas e minerais é necessária em dietética ▪ Eliminação de todas as frutas e maioria dos vegetais ▪ O aleitamento materno é seguro e deve ser encorajado ▪ Atenção na introdução das fórmulas (presença frutose e sacarose) ▪ Sorbitol é frequentemente encontrado em produtos dietéticos e medicamentos ! Restrição de frutose e exclusão de sacarose e sorbitol da dieta 43 Leitura Sugerida • Accioly, E; Saunders C; Lacerda EMA. Nutrição em obstetrícia e pediatria, 2 ed. Rio de Janeiro: Cultura médica: Guanabara Koogan, 2009. • Palma, D; Oliveira FLC, Escrivão MAMS. Guia de nutrição na infância e na adolescência. São Paulo: Manole, 2009 • Vasconcelos MJOB et al. Nutrição Clínica: obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: MedBook, 2011. • BARBOSA Janine Maciel, et al. Guia ambulatorial de nutrição materno-infantil. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. • RIELLA MC, MARTINS C. Nutrição e o rim. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 • Cuppari, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 3ed. Barueri, SP:Manole, 2014. MAHAN, L.K.; ALIN, M.T. KRAUSE. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13 ed. São Paulo: Rocco, 2013. CHEMIN, SS; MURA JDP. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. 2 ed. São Paulo: Rocca, 2011 ! ! ! • • 44
Compartilhar