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ASPECTOS EPIDEMIOLOGICOS DAS CARENCIAS NUTRICIONAIS - JOGO PERFIL

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CURSO DE NUTRIÇÃO
EPIDEMIOLOGIA NUTRICIONAL
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS
1. INTRODUÇÃO
As anemias nutricionais se desenvolvem quando há privação ou baixo consumo de alimentos ricos em micronutrientes como o ferro, ácido fólico e a vitamina B12, gerando deficiência desses elementos no organismo. Entretanto existem outros tipos mais raros que podem ser causados pela deficiência de piridoxina, riboflavina e proteína. Apesar de muitos nutrientes e co-fatores estarem envolvidos na manutenção da síntese normal de hemoglobina, a deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia carencial no mundo, constituindo-se a carência nutricional de maior abrangência, afetando principalmente as crianças e gestantes dos países em desenvolvimento (OSÓRIO, 2002). Especialmente em países subdesenvolvidos e em populações de baixa renda, aproximadamente quatro bilhões de pessoas são acometidas pela deficiência de ferro, e mais de dois bilhões desenvolvem anemia carencial ferropriva no mundo (BRASIL, 2009).
A deficiência de ferro é considerada a patologia hematológica mais prevalente no homem (TEFFERI, 2003; CANÇADO, 2009; WHO, 2001). De acordo com Mahan (2018) a anemia ferropriva é caracterizada por uma diminuição da concentração de hemoglobina circulante no sangue e constitui o último estágio da deficiência de ferro após um longo período de privação. Nessa patologia as concentrações do Volume Corpuscular Médio (VCM) está diminuída, e geralmente também apresenta diminuição da Hemoglobina Corpuscular Média (HCM).
A anemia ferropriva gera um impacto importante na saúde pública, pois cerca de 30% a 48% da população dos países em desenvolvimento apresentam essa patologia (WHO, 2001). Segundo Saad (2010) as causas genéticas de deficiência de ferro, real ou funcional, ocorrem por defeitos em muitas proteínas envolvidas na absorção e metabolismo de ferro. O ferro funcional não está disponível para os eritroblastos sintetizar hemoglobina, ou o eritroblasto é incapaz de captar ferro da circulação, mas o ferro está acumulado em tecidos ou nas mitocôndrias.
O consumo alimentar é o ponto mais importante no desenvolvimento da anemia ferropriva. Embora o ferro esteja presente em muitos alimentos, grande parte da dieta é composta por ferro de baixa biodisponibilidade (cereais e leguminosas) e, além disso, após o desmame, muitas vezes a introdução do leite de vaca in natura e sua manutenção prolongada, em detrimento de outros alimentos, são fatores importantes que levam à instalação da anemia ferropriva nos primeiros anos de vida (BRAGA et al., 2010).
De forma geral, os sintomas mais comuns relatados são irritabilidade, apatia, anorexia, fadiga, diminuição da capacidade física e cefaléia. Alguns estudos relatam diminuição da função imunológica, com aumento da frequência e duração das infecções. Uma vez que o ferro está envolvido em diversas reações metabólicas e oxidativas do organismo, além de ser essencial para replicação celular, na deficiência desse metal outros sinais e sintomas podem estar presentes, como alterações gastrointestinais, menor tolerância aos exercícios em indivíduos adultos e alterações no crescimento e desenvolvimento (BRAGA et al., 2009).
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MAPA CONCEITUAL
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2. METODOLOGIA
O presente trabalho utilizou como referência base o capítulo “Anemias carenciais” escrito por Tulio Konstantyner, Josefina Aparecida Pellegrini Braga e José Augusto de Aguiar Carrazedo Taddei. 
Foi realizada a construção de um mapa conceitual visando representar as ideias e conceitos abordados no decorrer do presente trabalho, dispostos de forma interligada para haver melhor visualização, explicação e compreensão pelo leitor. 
Em seguida confeccionou-se uma carta seguindo o modelo padronizado e disponibilizado em sala de aula pela docente da disciplina, na carta há dicas retiradas a partir de busca sobre o tema abordado. as informações foram dispostas a partir de seis pontos já estabelecidos na carta modelo, como a prevalência da carência nutricional no Brasil, os danos sociais e biológicos acarretados, os determinantes dos problemas relacionados à questão nutricional, os principais indicadores públicos e as intervenções no âmbito da saúde pública.
As dicas foram elaboradas de forma que fosse possível gerar questionamentos dos participantes, sendo necessário o conhecimento e domínio sobre o tema abordado no presente trabalho. O Quadro 1 abaixo, apresenta a carta com as dicas elaboradas acerca do assunto estudado, referente ao jogo do perfil de carências nutricionais.
Quadro 1. Perfil das carências nutricionais da anemia ferropriva.
	Perfil das Carências Nutricionais
Anemia carencial: Anemia ferropriva 
	1ª dica: Prevalência da carência nutricional no Brasil.
Alta prevalência no Brasil, sendo essa inversamente proporcional a idade.
	2ª dica: Danos sociais.
Diminuição da produtividade do trabalho.
	3ª dica: Danos biológicos (consequências).
Apatia, diminuição da capacidade de aprendizado, retardo no crescimento, diminuição da capacidade cognitiva.
	4ª dica: Dados problemas/agravos nutricionais (o que causa).
Fatores socioeconômicos e culturais, consumo alimentar, abandono precoce do aleitamento materno, prematuridade, assistência à saúde, estado nutricional, fatores biológicos, morbidade. 
	5ª dica: Principais indicadores utilizados em saúde pública.
Hemograma (hemoglobina, ferritina, transferrina, índices hematimétricos).
	6ª dica: Intervenções em saúde pública.
Fortificação de alimentos.
Educação alimentar e nutricional.
Suplementação em gestantes e crianças.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho visou esplanar e ampliar o conhecimento acerca da anemia ferropriva, de forma lúdica, sendo desenvolvida através de uma dinâmica de jogo. A escolha dessa carência nutricional se deu devido ao alto índice de prevalência dessa, uma vez que a anemia ferropriva continua sendo um grave problema de Saúde Pública, principalmente em países em desenvolvimento, como no Brasil.
Dessa forma, analisada sob a perspectiva de diferentes indicadores, a insegurança alimentar e nutricional está relacionada à anemia por deficiência de ferro que ocorre em grande parte da população devido a fatores socioeconômicos, culturais e dietas inadequadas. Sendo assim, de acordo com esses indicadores se faz necessário maiores investimentos para melhorar as condições de vida, bem como a promoção do aleitamento materno e a introdução adequada da alimentação complementar.
Além disso, devemos considerar que a maior prevalência dessa deficiência nutricional está associado diretamente à sociodemografia e à saúde, indicadores nutricionais (baixo peso ao nascer e características da dieta) e indicadores econômicos (baixa renda per capita) que refletem na determinação social.
Visando garantir essa segurança alimentar e nutricional é necessário um enfoque de ações intersetoriais relacionados ao acesso a alimentos adequados e saudáveis ​​e a utilização biológica de alimentos, diretamente relacionados às deficiências de micronutrientes que afetam uma significativa proporção da população. E por fim, propor uma adequada orientação dos pacientes quanto a importância da adesão e a duração do tratamento para sucesso terapêutico.
Contudo, pode-se a realização do jogo perfil contribuiu para a construção do conhecimento comum, em especial pelas discussões acerca dos temas entre os grupos, os quais contribuíram para o conhecimento durante a elaboração do trabalho e aplicação do jogo. 
REFERÊNCIAS
BRAGA, J. A. P., BARBOSA, T. N. N., FERREIRA, A. M. In: Palma D, Oliveira F. L. C., ESCRIVÃO, M. A. M. S. Guia de Nutrição Clínica na Infância e na Adolescência. Barueri, São Paulo: Manole, p. 219-41, 2009.
BRAGA, J. A. P. et al. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. v. 32, Supl. 2, p. 38-44, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher PNDS, 2006. Estatística e Informação em Saúde. Brasília. DF, p. 296, 2009. 
CANÇADO, R. D.Deficiência de Ferro. Prática Hospitalar, v. 61, p. 48-51, 2009.
MAHAN, L. K.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
OSÓRIO, M. M. Fatores determinantes da anemia em crianças. Jornal de Pediatria, v. 78, n. 4, p. 269-78. 2002.
SAAD, S. T. O. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. v. 32, p. 99-104, 2010.
TADDEI, J. A.; LANG, R. M. F.; LONGO-SILVA, G.; TOLONI, M. H. A. Nutrição em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Editora Rubio, p. 640. 2011.
TEFFERI, A. Anemia in adults: a contemporary approach to diagnosis. Mayo Clin Proc. v. 78, n. 10, p.1274-80, 2003.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Iron deficiency anaemia: assessment prevention and control: a guide for program managers. 1 ed. Geneva: WHO; 2001.

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