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Direito das Obrigações - Pablo Stolze.pdf 5.pdf

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MATERIAL DE APOIO 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Apostila 05 
 Prof.: Pablo Stolze Gagliano 
 
 
Enriquecimento sem causa, Inadimplemento Relativo (Mora) e Absoluto 
 
 
1. Enriquecimento sem Causa1 
 
No sistema brasileiro, o enriquecimento sem causa traduz a situação em que uma das partes de 
determinada relação jurídica experimenta injustificado benefício, em detrimento da outra, que se 
empobrece, inexistindo causa jurídica para tanto. 
 
É o que ocorre, por exemplo, quando uma pessoa, de boa fé, constrói em terreno alheio, ou, bem 
assim, quando paga uma dívida por engano. Nesses casos, o proprietário do solo e o recebedor da 
quantia enriqueceram-se ilicitamente à custa de terceiro. 
 
Nesse sentido, o art. 884: 
“Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a 
restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. 
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é 
obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na 
época em que foi exigido”. 
 
 
1 Este tema não integra a grade do Intensivo 1, mas você vai perceber que é de fácil 
compreensão. 
 
 
A principal situação de enriquecimento sem causa é a do pagamento indevido. 
 
E é justamente a concepção de pagamento indevido que está estampada no art. 876, CC-02 (art.964, CC-16): 
 
“Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação 
que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição”. 
 
A ação, que objetiva evitar ou desfazer o enriquecimento sem causa, denomina-se actio de “in rem verso”. 
 
Para o seu cabimento, cinco requisitos simultâneos devem se conjugar: 
 
a) Enriquecimento do Réu; 
b) Empobrecimento do Autor; 
c) Relação de Causalidade; 
d) Inexistência de Causa Jurídica para o Enriquecimento; 
e) Inexistência de Ação Específica. 
 
Vale lembrar que prescreve em três anos a pretensão civil de ressarcimento de enriquecimento sem causa 
(art. 206 § 3o IV CC ). 
O enriquecimento sem causa, inclusive, tem sido, em alguns julgados (posto polêmica a matéria), 
fundamento para justificar o reconhecimento à (ao) concubina (o) – ou seja, amante – do direito ao 
ressarcimento pelo período de convivência, como tivemos a oportunidade de observar, com base, inclusive, 
em jurisprudência do STJ2: 
“Uma união paralela fugaz, motivada pela adrenalina ou simplesmente pela química sexual, não poderia, em 
princípio, conduzir a nenhum tipo de tutela jurídica. 
 
2 Este nosso artigo, intitulado “Direitos das (os) Amantes – na Teoria e na Prática dos 
Tribunais”, encontra-se disponível em nosso site, no endereço: www.pablostolze.com.br 
 
 
No entanto, por vezes, este paralelismo se alonga no tempo, criando sólidas raízes de 
convivência, de maneira que, desconhecê-lo, é negar a própria realidade. 
Tão profundo é o seu vínculo, tão linear é a sua constância, que a amante (ou o amante, frise-se) 
passa, inequivocamente, a colaborar, direta ou indiretamente, na formação do patrimônio do seu parceiro 
casado, ao longo dos anos de união. 
Não é incomum, aliás, que empreendam esforço conjunto para a aquisição de um imóvel, casa 
ou apartamento, em que possam se encontrar. 
Configurada esta hipótese, amigo (a) leitor (a), recorro ao seu bom-senso e à sua inteligência 
jurídica, indagando-lhe: seria justo negar-se à amante o direito de ser indenizada ou, se for o caso, de haver 
para si parcela do patrimônio que, comprovadamente, ajudou a construir? 
Logicamente que não, em respeito ao próprio princípio que veda o enriquecimento sem causa. 
Nesse sentido, já decidiu o Superior Tribuna de Justiça: 
“Em decisão da 4ª Turma, do ano de 2003, o ministro Aldir Passarinho Júnior, relator de um 
recurso (REsp 303.604), destacou que é pacífica a orientação das Turmas da 2ª Seção do STJ no sentido de 
indenizar os serviços domésticos prestados pela concubina ao companheiro durante o período da relação, 
direito que não é esvaziado pela circunstância de o morto ser casado. No caso em análise, foi identificada a 
existência de dupla vida em comum, com a mulher legítima e a concubina, por 36 anos. O relacionamento 
constituiria uma sociedade de fato. O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou incabível indenização à 
concubina. Mas para o ministro relator, é coerente o pagamento de pensão, que foi estabelecida em meio 
salário mínimo mensal, no período de duração do relacionamento”.3 
Também o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: 
“Namorar homem casado pode render indenização devida pelo período do relacionamento. 
Durante 12 anos, a concubina dividiu o parceiro com a sua mulher ‘oficial’. Separado da mulher, o parceiro 
passou a ter com a ex-concubina uma relação estável. Na separação, cinco anos depois, ela entrou com 
 
3 http://www.conjur.com.br/static/text/60967,1, acessado em 13 de julho de 2008. 
 
 
pedido de indenização. Foi atendida por ter provado que no período do concubinato ajudou o homem a 
ampliar seu patrimônio. A 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul fixou indenização de 
R$ 10 mil. Para o desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, relator da matéria, deve haver a possibilidade 
do concubino ganhar indenização pela vida em comum. ‘Não se trata de monetarizar a relação afetiva, mas 
cumprir o dever de solidariedade, evitando o enriquecimento indevido de um sobre o outro, à custa da 
entrega de um dos parceiros’, justificou. O casal viveu junto de 1975 a 1987, enquanto o parceiro foi casado 
com outra pessoa. Depois, mantiveram união estável de 1987 a 1992. Com o fim da união, ela ajuizou ação 
pedindo indenização pelo período em que ele manteve outro casamento. A mulher alegou que trabalhou 
durante os doze anos para auxiliar o parceiro no aumento de seu patrimônio e, por isso, reivindicou a 
indenização por serviços prestados. O desembargador José Carlos Teixeira Giorgis entendeu que a mulher 
deveria ser indenizada por ter investido dinheiro na relação. Participaram do julgamento os 
desembargadores Luis Felipe Brasil Santos e Maria Berenice Dias”.4” 
Em Direito de Família, retomaremos esta temática controvertida. 
 
2. Inadimplemento Relativo (Mora) 
 
A mora tanto poderá ser do credor (mora accipiendi ou credendi), como também, com mais 
freqüência, do devedor (mora solvendi ou debendi). 
O Novo Código Civil fez referência ao fato de que também incorrerá em mora o credor se se recusar a 
receber a prestação no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer: 
 
“Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não 
quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer”. 
 
Quanto aos efeitos da mora do credor, o art. 400, CC-02 (art. 958, CC-16), dispõe: 
 
 
4 http://www.conjur.com.br/static/text/40960,1, acessado em 13 de julho de 2008. 
 
 
“Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela 
conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e 
sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o 
dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.” 
 
Vale ainda anotar, com base no ensinamento de CLÓVIS BEVILÁQUA5, os seguintes requisitos da mora do 
devedor: 
 
a) a existência de dívida líquida e certa; 
b) o vencimento (exigibilidade)da dívida; 
c) a culpa do devedor. 
 
Deve haver ainda, por óbvio, a viabilidade do cumprimento tardio da obrigação. 
 
Os efeitos da mora do devedor, por sua vez, são, basicamente: a responsabilidade civil decorrente do atraso 
no pagamento (art. 395), e, bem assim, a “perpetuatio obligationis”, ou seja, a responsabilidade civil pela 
integridade da coisa, durante a mora (art. 399): 
“Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos 
valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. 
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e 
exigir a satisfação das perdas e danos”. 
“Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa 
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; 
salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse 
oportunamente desempenhada”. 
 
 
5 BEVILÁQUA, Clóvis. Direito das Obrigações. Campinas – SP: RED, 2000, pág. 152. 
 
 
 
3. Inadimplemento Absoluto (Culposo e Fortuito) 
 
Enfrentaremos aqui o inadimplemento total da obrigação. 
 
Se o descumprimento decorreu de desídia, negligência ou, mais gravemente, por dolo do devedor, 
estaremos diante de uma situação de inadimplemento culposo no cumprimento da obrigação, que 
determinará o conseqüente dever de indenizar a parte prejudicada (sem prejuízo de eventual tutela 
específica). 
 
Por outro lado, se a inexecução obrigacional derivou de fato não-imputável ao devedor, enquadrável 
na categoria de caso fortuito ou de força maior, configurar-se-á o inadimplemento fortuito da 
obrigação, sem conseqüências indenizatórias, em regra, para qualquer das partes. 
 
Sobre o inadimplemento culposo, dispõe o art. 389, CC-02 (art. 1056, CC-16): 
 
“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e 
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de 
advogado”. 
Já quanto ao inadimplemento fortuito, leia-se a regra prevista no art. 393 do novo Código: 
 
“Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou de força 
maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos 
efeitos não era possível evitar ou impedir”. 
 
Retomaremos importantes aspectos jurídicos referentes à inexecução das obrigações na grade de 
Responsabilidade Civil. 
 
 
 
 
 
4. Jurisprudência Selecionada 
 
4.1. Enriquecimento sem Causa 
 
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. ALARME ANTIFURTO DISPARADO 
QUANDO DA SAÍDA DE CLIENTE EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL. EXAME DAS MERCADORIAS 
ADQUIRIDAS. ETIQUETA NÃO RETIRADA COMO CAUSA DO INCIDENTE. LESÃO CONFIGURADA. DISSÍDIO 
JURISPRUDENCIAL. 
I. O soar de alarme antifurto em estabelecimento comercial de grande porte, chamando a atenção de 
todos para o cliente que portava mercadorias adquiridas, uma das quais continha etiqueta 
equivocadamente não destacada no caixa, acarreta dano de ordem moral e o dever de pagar pela 
indenização respectiva, que deve, por outro lado, ser fixada com moderação, a fim de evitar 
enriquecimento sem causa. 
II. Recurso especial conhecido pela divergência e parcialmente provido, para redução do valor da 
indenização a patamar razoável. 
(REsp 552.381/MG, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 
28.09.2004, DJ 27.06.2005 p. 402) 
 
PROCESSUAL CIVIL - RECURSO ESPECIAL - DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO - SÚMULA 284/STF - 
AÇÃO MONITÓRIA - CHEQUE PRESCRITO ATÉ PARA AÇÃO DE LOCUPLETAMENTO - CORREÇÃO 
MONETÁRIA - TERMO INICIAL - EMBARGOS DECLARATÓRIOS PREQUESTIONADORES - SÚMULA 98. 
- Mera alegação de contrariedade à Lei Federal, sem demonstração da alegada ofensa à lei federal, 
não basta para justificar o conhecimento do recurso especial. 
- O cheque prescrito serve como instrumento de ação monitória, mesmo vencido o prazo de dois anos 
para a ação de enriquecimento (Lei do Cheque, Art. 61), pois o Art. 1.102a, do CPC exige apenas "prova 
escrita sem eficácia de título executivo", sem qualquer necessidade de demonstração da causa 
debendi. 
- No procedimento monitório, nada impede que o Juiz determine a correção monetária e os juros de 
mora imputados ao valor do crédito traduzido na "prova escrita sem eficácia de título executivo". 
 
 
- Na ação monitória para cobrança de cheque prescrito, a correção monetária corre a partir da data 
em que foi emitida a ordem de pagamento à vista. É que, malgrado carecer de força executiva, o 
cheque não pago é título líquido e certo (Lei 6.899/81, Art. 1º, § 1º). 
- Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não tem caráter 
protelatório. 
(REsp 365.061/MG, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 
21.02.2006, DJ 20.03.2006 p. 263) 
 
4.2. Inadimplemento Relativo (Mora) 
 
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE AUTOMÓVEL COM 
GARANTIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. 
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL REALIZADA POR CARTÓRIO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS SITUADO EM 
COMARCA DIVERSA DA DO DOMICÍLIO DO DEVEDOR. 
VALIDADE. 
1. A notificação extrajudicial realizada e entregue no endereço do devedor, por via postal e com aviso de 
recebimento, é válida quando realizada por Cartório de Títulos e Documentos de outra Comarca, mesmo que 
não seja aquele do domicílio do devedor. Precedentes. 
2. Julgamento afetado à Segunda Seção com base no procedimento estabelecido pela Lei nº 11.672/2008 (Lei 
dos Recursos Repetitivos) e pela Resolução STJ nº 8/2008. 
3. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. 
(REsp 1184570/MG, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/05/2012, DJe 
15/05/2012) 
 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AGRAVO REGIMENTAL. JUROS DE MORA. INÍCIO. CITAÇÃO. 
MANUTENÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. 
1. O STJ pacificou entendimento de que os juros de mora6 têm início à partir da citação nas hipóteses de 
responsabilidade contratual. 
2. Agravo regimental a que se nega provimento. 
 
6
 Amigo (a) do coração: “Juros” é tema de outra grade do Curso LFG. 
 
 
(AgRg no REsp 1080005/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 22/03/2011, 
DJe 28/03/2011) 
 
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. JUROS 
DE MORA. TERMO INICIAL DE INCIDÊNCIA. EVENTO DANOSO. SÚMULA 54/STJ. 
1. "Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual" 
(Súmula 54/STJ). 
2. Embargos de declaração acolhidos, para determinar que os juros de mora incidam a partir do evento 
danoso. 
(EDcl no AgRg no AgRg no Ag 1200470/MS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado 
em 22/03/2011, DJe 28/03/2011) 
 
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. 
CLÁUSULAS ABUSIVAS. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO JULGAMENTO ULTRA PETITA. COMPROVAÇÃO DA 
MORA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 
I - O órgão julgador, na ação de busca e apreensão, não pode, de ofício, revisar as cláusulas do contrato de 
financiamento subjacente, por considerá-las abusivas. Assim agindo, ultrapassa o limite da irresignação da 
parte interessada e a natureza eminentemente patrimonial dos direitos envolvidos. 
II - A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça é pacífica no sentidode que, na ação de busca e 
apreensão de bem objeto de contrato de financiamento com garantia fiduciária, a mora constitui-se ex-re, 
ou seja, decorre automaticamente do vencimento do prazo para pagamento. Precedentes. 
Recurso Especial provido. 
(REsp 1186747/SC, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/05/2010, DJe 
25/05/2010) 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DE NOVOS ARGUMENTOS CAPAZES 
DE INFIRMAR A DECISÃO ORA AGRAVADA. MANUTENÇÃO POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. A 
JURISPRUDÊNCIA DA 2.ª SEÇÃO DO STJ É PACÍFICA NO SENTIDO DE QUE NA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, A 
MORA CONSTITUI-SE EX RE, ISTO É, DECORRE AUTOMATICAMENTE DO VENCIMENTO DO PRAZO PARA 
PAGAMENTO. NA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, COMPROVA-SE A MORA DO DEVEDOR PELO PROTESTO DO 
TITULO, SE HOUVER, OU PELA NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL FEITA POR INTERMÉDIO DO CARTÓRIO DE 
TÍTULOS E DOCUMENTOS. 
 
 
AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 
(AgRg no Ag 997.534/GO, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 17/11/2009, 
DJe 30/11/2009) 
 
Direito civil e processual civil. Agravo no recurso especial. Busca e apreensão. Alienação fiduciária. 
Caracterização da mora. 
Precedentes. Comprovação da Mora. 
- A jurisprudência da 2.ª Seção do STJ é pacífica no sentido de que na alienação fiduciária a mora constitui-
se ex re, isto é, decorre automaticamente do vencimento do prazo para pagamento. 
- Na alienação fiduciária, comprova-se a mora do devedor pelo protesto do titulo, se houver, ou pela 
notificação extrajudicial feita por intermédio do Cartório de Títulos e Documentos. 
Negado provimento ao agravo no recurso especial. 
(AgRg no REsp 1041543/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/05/2008, 
DJe 28/05/2008) 
 
Ação de busca e apreensão. Notificação por carta. Precedentes da Corte. 
1. Na jurisprudência da Corte para comprovar a mora não é necessário intimação pessoal, basta que o 
aviso por carta seja entregue no endereço do devedor, não se exigindo que a assinatura constante do aviso 
seja a do próprio destinatário. No caso, porém, os endereços do contrato, da notificação e daquele em que 
efetivada a citação são diferentes tornando inadequada a aplicação da jurisprudência da Corte. 
2. Recurso especial conhecido e provido. 
(REsp 676.207/RJ, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 
07.06.2005, DJ 29.08.2005 p. 338) 
 
A purga da mora, nos contratos de alienação fiduciária, só é permitida quando já pagos pelo menos 40% 
(quarenta por cento) do valor financiado. 
(Súmula 284, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28.04.2004, DJ 13.05.2004 p. 201) 
 
 
 
 
 
 
OBS. Compare a Súmula 284 com o art. 56 da Lei nº 10.931 de 2004: 
 
Súmula 284, STJ: 
 
 A purga da mora, nos contratos de alienação fiduciária, só é permitida quando já pagos pelo menos 40% 
(quarenta por cento) do valor financiado. 
 
(SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/04/2004, DJ 13/05/2004 p. 201) 
 
Lei n. 10.931 de 2004: 
 Art. 56. O Decreto-Lei no 911, de 1o de outubro de 1969, passa a vigorar com as seguintes alterações: 
"Art. 3o ............................................................................. 
§ 2o No prazo do § 1o, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os 
valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do 
ônus. 
Em nosso pensar, para os contratos celebrados após a entrada da Lei 10.931, não se aplicaria o limite 
mínimo (de 40%) referido na súmula 284. 
 
No STJ, veja, pois, este julgado, a respeito desta temática: 
 
Ação de busca e apreensão. Decreto-Lei nº 911/69 com a redação dada pela Lei nº 10.931/04. 
1. Com a nova redação do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69 pela Lei n° 10.931/04, não há mais falar em 
purgação da mora, podendo o credor, nos termos do respectivo § 2º, "pagar a integralidade da dívida 
pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe 
será restituído livre do ônus". 
2. Recurso especial conhecido e provido, em parte. 
 
 
(REsp 767227/SP, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 
25/10/2005, DJ 13/02/2006 p. 800) 
 
No entanto, é de boa cautela acompanhar a jurisprudência do STJ e do STF para se verificar que rumo 
pretoriano será adotado a respeito desta temática. 
 
 
A notificação destinada a comprovar a mora nas dívidas garantidas por alienação fiduciária dispensa a 
indicação do valor do débito. 
(Súmula 245, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28.03.2001, DJ 17.04.2001 p. 149) 
 
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PROTESTO E INSCRIÇÃO NO SPC INDEVIDOS. REGISTROS 
DO BANCO DESATUALIZADOS. RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL. DANO MORAL CONFIGURADO. 
TERMO INICIAL DOS JUROS MORATÓRIOS. SÚMULA 54/STJ. 
1. O Tribunal a quo fixou a indenização por danos morais em R$10.000,00 (dez mil reais), atualizados 
monetariamente, "acrescidos de juros de 0,5 (meio por cento) ao mês, incidentes a contar da publicação 
do acórdão". 
2. As razões recursais são acolhidas: consoante entendimento pacificado nesta Corte, "os juros 
moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual" (Súmula 
54/STJ). Precedentes. 
3. Destarte, in casu, os juros de mora têm como termo inicial a data do evento danoso (16.08.98), 
quando ao autor lhe foi negado o direito de retirar talão de cheques, em virtude de constar seu nome 
irregularmente inscrito no SPC, por um indevido protesto. 
4. Recurso conhecido e provido. 
(REsp 815.917/PR, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 21.03.2006, DJ 
10.04.2006 p. 228) 
Finalmente, vale conferir a recente súmula 380 do STJ: 
Súmula: 380 
 
A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a 
caracterização da mora do autor. 
 
 
 
E, mais recentemente, vale anotar: 
 
Os juros de mora na indenização do seguro DPVAT fluem a partir da citação. 
(Súmula 426, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 10/03/2010, DJe 13/05/2010) 
 
Ver, no site do STJ, outras súmulas e julgados atinentes ao tema. 
 
4.3. Inadimplemento Absoluto 
 
AGRAVO REGIMENTAL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ASSALTO - INTERIOR DE ÔNIBUS - RESPONSABILIDADE DA 
EMPRESA - EXCLUDENTE - CASO FORTUITO - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. 
I. Fato inteiramente estranho ao transporte (assalto à mão armada no interior de ônibus coletivo), constitui 
caso fortuito, excludente de responsabilidade da empresa transportadora. 
II. O agravante não trouxe qualquer argumento capaz de modificar a conclusão alvitrada, a qual se mantém 
por seus próprios fundamentos. 
Agravo improvido. 
(AgRg no Ag 711.078/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/09/2008, DJe 
30/09/2008) 
 
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ASSALTO A ÔNIBUS SEGUIDO DE ESTUPRO DE PASSAGEIRA. 
CASO FORTUITO. CONFIGURAÇÃO. PREPOSTO. 
OMISSÃO NO SOCORRO À VÍTIMA. RESPONSABILIDADE DA TRANSPORTADORA.7 
I. A 2ª Seção do STJ, no julgamento do REsp n. 435.865/RJ (Rel. Min. 
Barros Monteiro, por maioria, DJU de 12.05.2003), uniformizou entendimento no sentido de que constitui 
caso fortuito, excludente de responsabilidade da empresa transportadora, assalto a mão armada ocorrido 
dentro de veículo coletivo. 
II. Caso, entretanto, em que a prova dos autos revelou que o motorista do ônibus era indiretamente 
vinculado a dois dos assaltantes e que se houve com omissão quando deixou de imediatamente buscar o 
 
7 Esta jurisprudência insere-se no âmbito da responsabilidade aquiliana, mas serve para que 
você observe o entendimentoamplo que o STJ tem dado aos conceitos de “caso fortuito e força 
maior”. Retomaremos essa temática na grade de responsabilidade civil. 
 
 
auxílio de autoridade policial, agravando as lesões de ordem física, material e moral acontecidas com a 
passageira, pelo que, em tais circunstâncias, agiu com culpa a ré, agravando a situação da autora, e por tal 
respondendo civilmente, na proporção desta omissão. 
III. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. 
(REsp 402.227/RJ, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 07.12.2004, DJ 
11.04.2005 p. 305) 
 
Direito processual civil. Agravo no agravo de Instrumento. Recurso especial. Contrato de compra e venda. 
Incorporação Imobiliária. 
Compensação com parcelas pagas. Aluguel. Perdas e danos. 
- Resolvendo-se o contrato por culpa do promitente comprador, incumbe a este o pagamento das perdas e 
danos, devendo tais verbas ser compensadas com os valores por ele já pagos, sob pena de enriquecimento 
ilícito do promitente vendedor. 
Agravo no agravo de instrumento improvido. 
(AgRg no Ag 581.366/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 08.03.2005, DJ 
21.03.2005 p. 366). 
 
5. Texto Recomendado 
 
No site do CJF recomendamos, a respeito do tema “enriquecimento sem causa” a leitura de artigo do 
Prof. Menezes Leitão da Universidade de Lisboa: http://www.cjf.jus.br/revista/numero25/artigo04.pdf 
Vale a pena conferir! 
Texto profundo e erudito! 
 
6. Bibliografia Básica 
 
Fonte: Novo Curso de Direito Civil – Obrigações – vol. II, PABLO STOLZE GAGLIANO e RODOLFO 
PAMPLONA FILHO, (Ed. Saraiva) www.saraivajur.com.br ou www.editorajuspodivm.com.br 
 
 
 
 
 
7. Fique por Dentro 
 
Os julgados abaixo reafirmam a linha de pensamento do STJ no sentido de que o assalto em transporte 
coletivo equipara-se a um “evento fortuito”, excluindo a responsabilidade do transportador: 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. 
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO TEMPESTIVOS OPOSTOS NA 
ORIGEM. REJEITADOS. RECURSO ESPECIAL. TEMPESTIVO. TRANSPORTE COLETIVO. ASSALTO À MÃO 
ARMADA. 
RESPONSABILIDADE. AFASTAMENTO. 
1. Em homenagem aos princípios da economia processual e da fungibilidade, devem ser recebidos 
como agravo regimental os embargos de declaração que contenham exclusivo intuito infringente. 
2. Pacificado o entendimento nesta Corte de que somente os embargos declaratórios opostos 
intempestivamente não interrompem o prazo para outros recursos. Recurso especial tempestivo. 
3. Este Tribunal tem jurisprudência tranquila de que eximida a responsabilidade da empresa de 
transporte coletivo em caso de assalto à mão armada ocorrido no interior de ônibus. Precedentes. 
4. Agravo regimental a que se nega provimento. 
(EDcl no Ag 1395921/BA, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 
19/04/2012, DJe 25/04/2012) 
RECLAMAÇÃO. RESOLUÇÃO STJ Nº 12/2009. DIVERGÊNCIA ENTRE ACÓRDÃO DE TURMA RECURSAL 
ESTADUAL E A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RESPONSABILIDADE CIVIL. ASSALTO NO INTERIOR DE ÔNIBUS 
COLETIVO. CASO FORTUITO EXTERNO. EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE DA EMPRESA 
TRANSPORTADORA. 
MATÉRIA PACIFICADA NA SEGUNDA SEÇÃO. 
1. A egrégia Segunda Seção desta Corte, no julgamento das Reclamações nº 6.721/MT e nº 3.812/ES, 
no dia 9 de novembro de 2011, em deliberação quanto à admissibilidade da reclamação disciplinada 
pela Resolução nº 12, firmou posicionamento no sentido de que a expressão "jurisprudência 
consolidada" deve compreender: (i) precedentes exarados no julgamento de recursos especiais em 
controvérsias repetitivas (art. 543-C do CPC) ou (ii) enunciados de Súmula da jurisprudência desta 
Corte. 
 
 
2. No caso dos autos, contudo, não obstante a matéria não estar disciplinada em enunciado de Súmula 
deste Tribunal, tampouco submetida ao regime dos recursos repetitivos, evidencia-se hipótese de 
teratologia a justificar a relativização desses critérios. 
 
3. A jurisprudência consolidada neste Tribunal Superior, há tempos, é no sentido de que o assalto à 
mão armada dentro de coletivo constitui fortuito a afastar a responsabilidade da empresa 
transportadora pelo evento danoso daí decorrente para o passageiro. 
 
4. Reclamação procedente. 
(Rcl 4.518/RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, 
DJe 07/03/2012) 
 
AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RESPONSABILIDADE CIVIL - TRANSPORTE COLETIVO - 
ASSALTO - CASO FORTUITO - SÚMULA 83/STJ - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. 
I. O entendimento desta Corte é firme no sentido de que, em caso de transporte coletivo de passageiros, "o 
transportador só responde pelos danos resultantes de fatos conexos com o serviço que presta" (REsp 
468.900/RJ, Rel. Min. ARI PARGENDLER, DJ 31.3.2003) e que havendo "assalto com arma de fogo no interior 
do ônibus, presente o fortuito, os precedentes da Corte afastam a responsabilidade do transportador" (REsp 
286.110/RJ, Rel. Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, DJ 1.10.2001). Aplicável, portanto, à espécie, o 
óbice da Súmula 83 desta Corte. 
II. O Agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, a qual se mantém 
por seus próprios fundamentos. 
III. Agravo Regimental improvido. 
(AgRg no Ag 1348966/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/12/2010, DJe 
03/02/2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora agredida dentro de escola deve ser indenizada pelo Estado 
05/11/2010 
 
O Distrito Federal deverá indenizar uma professora que foi agredida fisicamente por um aluno dentro da 
escola. A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o Estado pode ser 
responsabilizado por omissão quando não presta a devida segurança aos seus servidores. A decisão ainda 
manteve o valor da indenização em R$ 10 mil, conforme entendimento do Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal e dos Territórios (TJDFT). 
 
De acordo com o processo, a professora já vinha sofrendo ameaças de morte pelo aluno agressor. Segundo 
ela, a direção da escola, apesar de ciente, não tomou medidas para o afastamento imediato do estudante da 
sala de aula e não providenciou sua segurança. Após o dano sofrido, foram realizados exames de corpo de 
delito e psicológicos, os quais demonstraram as graves lesões, danos físicos e morais. Segundo os autos, a 
professora passou a ter receio de ministrar aulas com medo de sofrer nova agressão, mesmo sendo 
remanejada para outro centro de ensino. 
 
Inicialmente, a servidora ajuizou uma ação de reparação de danos contra o DF, o diretor e o assistente da 
escola onde lecionava, com o intuito de responsabilizá-los pela má prestação no atendimento e pela omissão 
do poder público. O valor estipulado pela docente para a indenização, em princípio, era de R$ 15 mil. 
 
O Distrito Federal alegou que não pode ser responsabilizado diante de omissões genéricas e que era 
necessária a devida comprovação de culpa da administração em não prestar a devida segurança, tendo em 
vista que havia a presença de um policial que não foi informado pela direção da escola sobre o ocorrido em 
sala de aula. O Distrito Federal nega haver relação de causa entre a falta de ação do poder público e o dano 
configurado. 
 
A decisão em primeiro grau estabeleceu a indenização no valor de R$ 10 mil e afastou a responsabilidade do 
diretor e do assistente da escola, e manteve o Distrito Federal como responsável pelo dano causado. A 
professora apelou ao TJDFT na tentativa de elevar o valor da indenização e ver reconhecida a 
responsabilização do diretor e do assistente do centro educacional. O TJDFT, por suavez, manteve o valor da 
indenização e concluiu que os agentes públicos não deveriam ser responsabilizados. O tribunal reconheceu 
que a culpa recai exclusivamente ao Distrito Federal, a quem incumbe manter a segurança da escola. 
 
O recurso especial interposto ao STJ busca afastar a responsabilidade do Estado por omissão no caso. No 
processo, o relator, ministro Castro Meira, esclareceu que ficou demonstrado o nexo causal entre a inação 
 
 
do poder público e o dano sofrido pela vítima, o que, segundo o relator, gera a obrigação do Estado em 
reparar o dano. O ministro ressaltou que o fato de haver um policial na escola não afasta a responsabilidade 
do DF, pois evidenciou a má prestação do serviço público. 
 
No voto, o relator observou que ocorre culpa do Estado quando o serviço não funciona, funciona mal, ou 
funciona intempestivamente. Ao manter o entendimento do TJDFT, o ministro Castro Meira assegurou que o 
tribunal aplicou de maneira fundamentada o regime de responsabilidade civil. 
Processos: Resp 1142245 
Fonte: 
http://www.stj.gov.br/portal_stj/objeto/texto/impressao.wsp?tmp.estilo=&tmp.area=398&tmp.texto=9969
3 acessado em 08 de novembro 2010. 
 
Prova apenas testemunhal serve para demonstrar cumprimento de contrato 
26/04/2010 
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou um recurso especial envolvendo a disputa por 
um terreno objeto de contrato firmado em 1995. Os ministros reformaram acórdão do Tribunal de Alçada de 
Minas Gerais que não aceitou a prova exclusivamente testemunhal do pagamento do imóvel. A 
jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que a prova exclusivamente testemunhal é admitida para 
demonstração do cumprimento de obrigações contratuais. 
 
A disputa já dura 15 anos. O comprador da área de 3.158,75 m2, localizada no município de Monsenhor 
Paulo (MG), alega que, mesmo tendo quitado o imóvel, dando como pagamento o total de 110 sacas de café, 
totalizando o valor de R$ 15,9 mil, o casal réu não efetuou a entrega do terreno. Ele pediu na Justiça a 
entrega do imóvel ou a restituição do valor pago. 
 
O juízo de primeiro grau entendeu que o pagamento estava comprovado e condenou os réus a outorgarem 
escritura definitiva do imóvel no prazo de trinta dias, sob pena de a sentença produzir os mesmos efeitos 
para fins de inscrição no registro imobiliário. O tribunal, no entanto, deu provimento à apelação dos réus por 
considerar a decisão extra petita, pois considerou a decisão além do que foi pedido pelos autores. Os autos 
retornaram à primeira instância, que, em nova sentença, determinou a entrega do terreno. 
 
Novamente, o tribunal deu provimento à apelação por não aceitar a prova exclusivamente testemunhal do 
pagamento do terreno. Como a decisão contrariou a jurisprudência do STJ, o ministro Luis Felipe Salomão, 
relator do recurso, cassou o acórdão e restabeleceu a sentença. Todos os ministros acompanharam o relator. 
Processos: Resp 436085 
 
 
http://www.stj.jus.br/portal_stj/objeto/texto/impressao.wsp?tmp.estilo=&tmp.area=398&tmp.texto=96890 
acessado em 30 de abril de 2010 
 
Transexual consegue alteração de nome e gênero, sem registro da decisão judicial na certidão 
15/10/2009 
 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a alteração do pré-nome e da designação de sexo de um 
transexual de São Paulo que realizou cirurgia de mudança de sexo. Ele não havia conseguido a mudança no 
registro junto à Justiça paulista e recorreu ao Tribunal Superior. A decisão da Terceira Turma do STJ é inédita 
porque garante que nova certidão civil seja feita sem que nela conste anotação sobre a decisão judicial. O 
registro de que a designação do sexo foi alterada judicialmente poderá figurar apenas nos livros cartorários. 
 
A relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, afirmou que a observação sobre alteração na certidão 
significaria a continuidade da exposição da pessoa a situações constrangedoras e discriminatórias. 
Anteriormente, em 2007, a Terceira Turma analisou caso semelhante e concordou com a mudança desde 
que o registro de alteração de sexo constasse da certidão civil. 
 
A cirurgia de transgenitalização foi incluída recentemente na lista de procedimentos custeados pelo Sistema 
Único de Saúde (SUS) e o Conselho Federal de Medicina reconhece o transexualismo como um transtorno de 
identidade sexual e a cirurgia como uma solução terapêutica. De acordo com a ministra relatora, se o Estado 
consente com a cirurgia, deve prover os meios necessários para que a pessoa tenha uma vida digna. Por isso, 
é preciso adequar o sexo jurídico ao aparente, isto é, à identidade, disse a ministra. 
 
A ministra Nancy Andrighi destacou que, atualmente, a ciência não considera apenas o fator biológico como 
determinante do sexo. Existem outros elementos identificadores do sexo, como fatores psicológicos, 
culturais e familiares. Por isso, “a definição do gênero não pode ser limitada ao sexo aparente”, ponderou. 
Conforme a relatora, a tendência mundial é adequar juridicamente a realidade dessas pessoas. Ela citou 
casos dos tribunais alemães, portugueses e franceses, todos no sentido de permitir a alteração do registro. A 
decisão foi unânime. 
 
Entenda o caso 
 
O transexual afirmou no STJ que cresceu e se desenvolveu como mulher, com hábitos, reações e aspectos 
físicos tipicamente femininos. Submeteu-se a tratamento multidisciplinar que diagnosticou o transexualismo. 
Passou pela cirurgia de mudança de sexo no Brasil. Alega que seus documentos lhe provocam grandes 
transtornos, já que não condizem com sua atual aparência, que é completamente feminina. 
 
 
 
A defesa do transexual identificou julgamentos no Tribunal de Justiça do Amapá, do Rio Grande do Sul e de 
Pernambuco, nos quais questões idênticas foram resolvidas de forma diferente do tratamento dado a ele 
pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Nesses estados, foi considerada possível a alteração e retificação do 
assento de nascimento do transexual submetido à cirurgia de mudança de sexo. 
 
Em primeira instância, o transexual havia obtido autorização para a mudança de nome e designação de sexo, 
mas o Ministério Público estadual apelou ao TJSP, que reformou o entendimento, negando a alteração. O 
argumento foi de que “a afirmação dos sexos (masculino e feminino) não diz com a aparência, mas com a 
realidade espelhada no nascimento, que não pode ser alterada artificialmente”. 
 
Fonte: 
http://www.stj.jus.br/portal_stj/objeto/texto/impressao.wsp?tmp.estilo=&tmp.area=398&tmp.texto=94241 
acessado em 25 de outubro de 2009. 
Nova súmula assegura diferença de vencimentos a servidor em desvio de função 
30/04/2009 
Situação corriqueira na Administração Pública, o desvio de função tem sido analisado pela Justiça brasileira 
sob alguns aspectos polêmicos. Um deles foi transformado em súmula pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
depois de reiteradas decisões no mesmo sentido. De acordo com a Terceira Seção, uma vez “reconhecido o 
desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes”. 
 
A súmula é uma síntese do entendimento do Tribunal a respeito de um tema. No caso do STJ, não tem efeito 
vinculante, mas serve como orientação para as demais instâncias sobre como a questão vem sendo tratada 
pelos ministros, o que pode abreviar a disputa judicial, já que, quando chegar ao STJ, aquela será a posição 
final. O relator da nova súmula, que recebeu o número 378, foi o ministro Arnaldo Esteves Lima. 
 
Em um dos precedentes tidos como referência para a súmula, a Quinta Turma garantiu o direito a uma ex-
servidora do Ministério da Saúde lotada no Rio Grande do Sul de receber diferenças por desvio de função 
(Resp 759.802).Entre 1988 e 2001, mesmo sendo titular do cargo de agente administrativo, ela exerceu 
função de assistente social. Por isso, pediu o pagamento das diferenças entre os vencimentos de ambos. 
 
O relator do recurso, ministro Arnaldo Esteves Lima, destacou que, sendo comprovado o desvio funcional, 
em que a servidora desempenhou atribuições inerentes ao cargo de assistente social, são devidas as 
diferenças remuneratórias por todo o período do desvio, sob pena de locupletamento ilícito da 
 
 
Administração Pública. 
 
Especificamente neste caso, a Quinta Turma ainda reconheceu que a União seria parte legítima para 
responder à ação proposta pela servidora, ainda que a reivindicação de pagamento de diferenças fosse 
relativa a período em que ela esteve cedida ao Governo do Estado gaúcho e a município, por força de 
convênio celebrado pelo Ministério da Saúde. Isso porque o vínculo foi mantido com o pagamento da 
remuneração da servidora. 
 
Recurso Repetitivo 
 
O mais recente julgamento que serviu como referência para a Súmula 378 ocorreu em novembro do ano 
passado. Nele, a Terceira Seção analisou um caso segundo o rito dos recursos repetitivos (Lei n. 
11.672/2008), o que obriga os demais tribunais a acompanhar o entendimento em causas idênticas. 
 
No precedente julgado (Resp 1.091.539), a relatora, ministra Maria Thereza de Assis Moura, afirmou que, 
nos casos de desvio de função, o servidor tem direito às diferenças nos vencimentos decorrentes do 
exercício desviado, apesar de não lhe ser assegurada a promoção para outra classe da carreira. 
 
Na hipótese, o recurso era de uma professora do Amapá. Ocupante do cargo de professor classe A, sua 
atribuição deveria ser ministrar aulas para as turmas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. No entanto, a 
servidora desempenhou as funções típicas do cargo de professor classe B, cuja atribuição é lecionar para as 
turmas de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. O desvio de função teria ocorrido em três períodos 
diferentes, somando mais de cinco anos. O estado do Amapá nunca lhe pagou vencimentos correspondentes 
à função que efetivamente desempenhou. 
 
A Terceira Seção ainda reconheceu, neste caso, que ela teria direito aos valores correspondentes aos 
padrões que, por força de progressão funcional, gradativamente se enquadraria caso efetivamente fosse 
servidora daquela classe, e não ao padrão inicial, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da isonomia 
e de enriquecimento sem causa do estado. 
 
Outros precendentes considerados: Agravo Regimental (AgRg) no Resp 270.047, AgRg no Resp 396.704, Resp 
442.967, AgRg no Resp 439.244, Resp 130.215, AgRg no Resp 683.423. 
Processos: Resp 1091539; Resp 759802; Resp 270047; Resp 396704; Resp 442967; Resp 439244; Resp 
130215; Resp 683423 
 
 
Fonte: 
http://www.stj.gov.br/portal_stj/objeto/texto/impressao.wsp?tmp.estilo=&tmp.area=398&tmp.texto=9179
7 acessado em 02 de maio de 2009 
 
STJ tem nova súmula sobre abusividade das cláusulas nos contratos bancários 
29/04/2009 
A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou a súmula 381, que trata de contratos 
bancários. O projeto foi apresentado pelo ministro Fernando Gonçalves e tem o seguinte texto: “Nos 
contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas”. Com ela, fica 
definido que um suposto abuso em contratos bancários deve ser demonstrado cabalmente, não sendo 
possível que o julgador reconheça a irregularidade por iniciativa própria. 
 
A nova súmula teve referência os artigos 543-C do Código de Processo Civil PC) e 51 do Código de Defesa do 
Consumidor (CDC). O primeiro trata dos processos repetitivos no STJ. Já o artigo 51 do CDC define as 
cláusulas abusivas em contratos como aquelas que liberam os fornecedores de responsabilidade em caso de 
defeito ou vício na mercadoria ou serviço. Também é previsto que a cláusula é nula se houver desrespeito a 
leis ou princípios básicos do Direito. 
 
Entre as decisões do STJ usadas para a redação da súmula, estão o Resp 541.135, relatado pelo ministro 
Cesar Asfor Rocha, o Resp 1.061.530, relatado pela ministra Nancy Andrighi, e o Resp 1.042.903, do ministro 
Massami Uyeda. No julgado do ministro Cesar Rocha, ficou destacado que as instituições financeiras não são 
limitadas pela Lei de Usura, portanto a suposta abusividade ou desequilíbrio no contrato deve ser 
demonstrada caso a caso. 
 
No processo do ministro Massami, determinou-se que a instância inferior teria feito um julgamento extra 
petita (juiz concede algo que não foi pedido na ação), pois considerou, de ofício, que algumas cláusulas do 
contrato contestado seriam abusivas. O ministro apontou que os índices usados no contrato não contrariam 
a legislação vigente e as determinações do Conselho Monetário Nacional. O ministro considerou que as 
cláusulas não poderiam ter sido declaradas abusivas de ofício, e sim deveriam ser analisadas no órgão 
julgador. 
Leia mais: 
Segunda Seção aprova súmula sobre ação de revisão de contrato 
STJ aprova súmula regulando juros de contratos bancários 
 
 
Processos: Resp 541135;Resp 1061530;Resp 1042903 
 
Fonte: 
http://www.stj.gov.br/portal_stj/objeto/texto/impressao.wsp?tmp.estilo=&tmp.area=398&tmp.texto=9177
9 acessado em 02 de maio de 2009 
 
Segunda Seção aprova súmula sobre ação de revisão de contrato 
29/04/2009 
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou nova súmula com o enunciado "a simples 
propositura da ação de revisão de contrato não inibe a caracterização da mora do autor". A súmula de 
número 380 esclarece uma questão que tem sido trazida repetidamente aos ministros da Casa. 
 
O projeto do novo resumo de entendimentos da Casa foi apresentado na Segunda Seção por seu relator, 
ministro Fernando Gonçalves, e teve como referência o artigo 543-C do Código de Processo Civil (CPC), que 
trata dos recursos repetitivos no STJ. 
 
Entre os julgados usados como referência, estão o Resp 527.618, do ministro Cesar Asfor Rocha, o Resp 
1.061.530, relatado pela ministra Nancy Andrighi, e o Resp 1.061.819, com o voto do ministro Sidnei Beneti. 
Nas decisões dos magistrados, ficou definido que ações para revisar contratos não interrompem os prazos 
dos contratos no caso de não cumprimento de suas cláusulas. No julgado do ministro Beneti, este ponderou 
que, para interromper o prazo de mora, seria necessária uma ação tutelar ou cautelar. 
 
No julgado do ministro Cesar Rocha, foi negado o pedido de suspensão de inscrição de devedor no SPC e em 
outros serviços de proteção ao crédito. O ministro observou que, constantemente, devedores contumazes 
têm usado ações judiciais para atrasar o pagamento de seus débitos sem os devidos juros. Afirmou ainda que 
ação revisional só poderia impedir a mora se tivesse três elementos: a) a ação contestasse total ou 
parcialmente o débito; b) houvesse efetiva demonstração de haver fumus boni iuris (aparência, fumaça do 
bom direito) e jurisprudência no STJ ou Supremo Tribunal Federal (STF); e c) mesmo com contestação de 
parte do débito, houvesse depósito do valor que não está em discussão ou caução idônea. 
 
Entendimento semelhante teve a ministra Nancy Andrighi em processo sobre financiamento de um veículo. 
O cliente processava o banco por considerar os juros do contrato abusivos e, apesar de não pagar as parcelas 
do empréstimo, pedia que seu nome não entrasse em cadastros de inadimplentes. Em seu voto, a ministra 
afirmou que a simples estipulação de juros em mais de 12% ao ano não caracteriza abusividade e que não há 
elementos para suspender a inscrição nos serviços de proteção. 
 
 
Leia mais: 
STJ aprovasúmula regulando juros de contratos bancários 
STJ tem nova súmula sobre abusividade nas cláusulas dos contratos bancários 
Processos: Resp 527618; Resp 1061530; Resp 1061819 
 
Fonte: 
http://www.stj.gov.br/portal_stj/objeto/texto/impressao.wsp?tmp.estilo=&tmp.area=398&tmp.texto=9177
8 acessado em 02 de maio de 2009 
 
 
8. Mensagem 
 
Queridos amigos, 
Segue uma Verdade que considero absoluta: 
“Tudo passa, só Deus não muda!” 
Fé e Força, sempre! 
Um abraço! 
Até a próxima! 
Fiquem com Deus, o amigo, 
Pablo. 
 
Revisado.2012.1.OK C.D.S.

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