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Reta Final OAB - Material Completo

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RETA FINAL OAB 
XXXII EXAME DE ORDEM 
1 
 
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ANOTAÇÕES DIREITOS HUMANOS E INTERNACIONAL 
01. Maria deu entrada em uma maternidade pública já em trabalho de parto. Contudo, a falta de 
pronto atendimento levou a óbito tanto Maria quanto o bebê. Você foi contratado(a) pela família 
de Maria para advogar neste caso de grave violação de Direitos Humanos. Após algumas rápidas 
pesquisas na Internet, o pai e a mãe de Maria pedem que o caso seja imediatamente 
encaminhado para julgamento na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Você, como 
advogado(a) da família, deve esclarecer que 
A) é uma ótima ideia e vai peticionar para que o caso seja submetido à decisão da Corte, bem 
como tomar todas as providências para que o caso seja julgado o mais cedo possível. 
B) apesar de ser uma boa ideia, é necessário aguardar que hajam sido interpostos e esgotados os 
recursos de jurisdição interna para que a família possa submeter o caso à decisão da Corte. 
C) não é possível a família encaminhar o caso à Corte, pois somente os Estados Partes da 
Convenção Americana de Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
têm direito de submeter um caso à decisão da Corte. 
D) não é possível que o caso seja encaminhado para decisão da Corte porque, embora o Brasil 
seja signatário da Convenção Americana dos Direitos Humanos, o país não reconheceu a 
jurisdição da Corte. 
 
02. No Caso Damião Ximenes (primeiro caso do Brasil na Corte Interamericana de Direitos 
Humanos), o Brasil foi condenado a investigar e sancionar os responsáveis pela morte de Damião 
Ximenes, a desenvolver um programa de formação e capacitação para as pessoas vinculadas ao 
atendimento de saúde mental e a reparação pecuniária da família. Damião Ximenes foi morto, 
sob tortura, em uma clínica psiquiátrica particular na cidade de Sobral, no Ceará. A condenação 
recaiu sobre a Federação (União) e não sobre o estado do Ceará ou sobre o município de Sobral, 
embora ambos tenham algum tipo de responsabilidade sobre o funcionamento da clínica. A 
responsabilização do governo federal (e não do estadual ou do municipal) aconteceu porque 
A) estado e município não possuem capacidade jurídica para responder pela violação de direitos 
humanos praticados por seus agentes. 
B) o Brasil é um estado federativo e, nesses casos, cabe ao governo nacional cumprir todas as 
disposições da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, relacionadas com as matérias 
sobre as quais exerce competência legislativa e judicial. 
C) o falecimento de Damião Ximenes aconteceu em uma clínica particular e cabe ao SUS, que é 
federal, a regulamentação e supervisão do funcionamento de todas as casas de saúde. 
D) a Corte Interamericana de Direitos Humanos possui jurisdição internacional e para que a 
condenação recaísse sobre um estado ou um município seria necessária a homologação da 
decisão da Corte pelo Tribunal de Justiça do Ceará. 
 
03. Você está advogando em um caso que tramita na Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
O Brasil é parte passiva do processo e, finalmente, foi condenado. A condenação envolve, além da 
reparação pecuniária pela violação dos direitos humanos, medidas simbólicas de restauração da 
dignidade da vítima e até mesmo a mudança de parte da legislação interna. Embora a União 
tenha providenciado o pagamento do valor referente à reparação pecuniária da vítima, há muito 
tempo permanece inadimplente quanto ao cumprimento das demais obrigações impostas na 
sentença condenatória proferida pela Corte. Diante disso, assinale a afirmativa correta. 
A) É necessário ingressar com medida específica junto ao STF para a homologação da sentença da 
Corte ou a obtenção do exequatur, isto é, a decisão de cumprir, aqui no Brasil, uma sentença que 
tenha sido proferida por tribunal estrangeiro. 
B) Não há nada que possa ser feito, já que não há previsão nem na legislação do Brasil, nem na 
própria Convenção Americana dos Direitos Humanos sobre algum tipo de medida quando do não 
cumprimento da sentença da Corte pelo país que se submeteu à sua jurisdição. 
C) A execução da sentença pode ser feita diretamente no Sistema Interamericano de Direitos 
Humanos, pois essa é uma das atribuições e incumbências previstas no Pacto de São José da 
Costa Rica para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
D) Pode-se solicitar à Corte que, no seu relatório anual para a Assembleia Geral da OEA, indique o 
caso em que o Brasil foi condenado, como aquele em que um Estado não deu cumprimento total 
à sentença da Corte. 
 
04. Há cerca de três meses, foi verificado que os presos da Penitenciária Quebrantar estavam 
sofrendo diversas formas de maus tratos, incluindo violência física. Você foi contratado(a) por 
 
 
 
 
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XXXII EXAME DE ORDEM 
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www.portalciclo.com.br 
 
 
ANOTAÇÕES familiares dos presos, que lhe disseram ter elementos suficientes para acreditar que qualquer 
medida judicial no Brasil seria ineficaz no prazo desejado. Por isso, eles o(a) consultaram sobre a 
possibilidade de submeter o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). 
Considerando as regras de funcionamento dessa Comissão, você deve informá-los de que a CIDH 
pode receber a denúncia: 
A) caso sejam feitas petições individualizadas, uma vez que os casos de violação de direitos 
previstos no Pacto de São José da Costa Rica devem ser julgados diretamente pela Corte 
Interamericana de Justiça. 
B) caso sejam feitas petições individualizadas relatando a violação sofrida por cada uma das 
vítimas e as relacionando aos direitos previstos na Convenção Americana; assim, a CIDH poderá 
adotar as medidas que julgar necessárias para a cessação da violação. 
C) caso entenda haver situação de gravidade e urgência. Assim, a CIDH poderá instaurar de ofício 
um procedimento no qual solicita que o Estado brasileiro adote medidas cautelares de natureza 
coletiva para evitar danos irreparáveis aos presos. 
D) caso entenda haver situação de gravidade e urgência. Assim, a CIDH deve encaminhar 
diretamente o caso à Corte Interamericana de Justiça, que poderá ordenar a medida provisória 
que julgar necessária à cessação da violação. 
 
05. Paulo, brasileiro, celebra no Brasil um contrato de prestação de serviços de consultoria no 
Brasil a uma empresa pertencente a François, francês residente em Paris, para a realização de 
investimentos no mercado imobiliário brasileiro. O contrato possui uma cláusula indicando a 
aplicação da lei francesa. Em ação proposta por Paulo no Brasil, surge uma questão envolvendo a 
capacidade de François para assumir e cumprir as obrigações previstas no contrato. 
Com relação a essa questão, a Justiça brasileira deverá aplicar 
A) a lei brasileira, porque o contrato foi celebrado no Brasil. 
B) a lei francesa, porque François é residente da França. 
C) a lei brasileira, país onde os serviços serão prestados. 
D) a lei francesa, escolhida pelas partes mediante cláusula contratual expressa. 
 
DIREITO AMBIENTAL 
Fiscalização ambiental 
06. Técnicos do IBAMA, autarquia federal, verificaram que determinada unidade industrial, 
licenciada pelo Estado no qual está localizada, está causando degradação ambiental significativa, 
vindo a lavrar auto de infração pelos danos cometidos. Sobre o caso apresentado e aplicando as 
regras de licenciamento e fiscalização ambiental previstas na Lei Complementar n. 140/2011, 
assinale a afirmativa correta. 
A) Há irregularidade no licenciamento ambiental, uma vez que em se tratando de atividade que 
cause degradação ambiental significativa, o mesmo deveria ser realizado pela União. 
B) É ilegal a fiscalização realizada pelo IBAMA, que só pode exercer poder de polícia de atividades 
licenciadas pela União, em sendo a atividade regularmente licenciada pelo Estado. 
C) É possível a fiscalização do IBAMA o qual pode, inclusive, lavrar auto de infração, que, porém, 
não prevalecerá caso o órgão estadual de fiscalização também lavre auto de infração.D) Cabe somente à União, no exercício da competência de fiscalização, adotar medidas para 
evitar danos ambientais iminentes, comunicando imediatamente ao órgão competente, em 
sendo a atividade licenciada pelo Estado. 
 
Licenciamento ambiental 
07. A sociedade empresária Xique-Xique S.A. pretende instalar uma unidade industrial 
metalúrgica de grande porte em uma determinada cidade. Ela possui outras unidades industriais 
do mesmo porte em outras localidades. Sobre o licenciamento ambiental dessa iniciativa, assinale 
a afirmativa correta. 
A) Como a sociedade empresária já possui outras unidades industriais do mesmo porte e da 
mesma natureza, não será necessário outro licenciamento ambiental para a nova atividade 
utilizadora de recursos ambientais, se efetiva ou potencialmente poluidora. 
B) Para uma nova atividade industrial utilizadora de recursos ambientais, se efetiva ou 
potencialmente poluidora, é necessária a obtenção da licença ambiental, por meio do 
procedimento administrativo denominado licenciamento ambiental. 
C) Se a sociedade empresária já possui outras unidades industriais do mesmo porte, poderá ser 
exigido outro licenciamento ambiental para a nova atividade utilizadora de recursos ambientais, 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES se efetiva ou potencialmente poluidora, mas será dispensada a realização de qualquer estudo 
ambiental, inclusive o de impacto ambiental, no processo de licenciamento. 
D) A sociedade empresária só necessitará do alvará da prefeitura municipal autorizando seu 
funcionamento, sendo incabível a exigência de licenciamento ambiental para atividades de 
metalurgia. 
 
Responsabilidade ambiental 
08. João, militante ambientalista, adquire chácara em área rural já degradada, com o objetivo de 
cultivar alimentos orgânicos para consumo próprio. Alguns meses depois, ele é notificado pela 
autoridade ambiental local de que a área é de preservação permanente. Sobre o caso, assinale a 
afirmativa correta. 
A) João é responsável pela regeneração da área, mesmo não tendo sido responsável por sua 
degradação, uma vez que se trata de obrigação propter rem. 
B) João somente teria a obrigação de regenerar a área caso soubesse do dano ambiental 
cometido pelo antigo proprietário, em homenagem ao princípio da boa-fé. 
C) O único responsável pelo dano é o antigo proprietário, causador do dano, uma vez que João 
não pode ser responsabilizado por ato ilícito que não cometeu. 
D) Não há responsabilidade do antigo proprietário ou de João, mas da Administração Pública, em 
razão da omissão na fiscalização ambiental quando da transmissão da propriedade. 
 
Código Florestal 
09. A definição dos espaços territoriais especialmente protegidos é fundamental para a 
manutenção dos processos ecológicos. Sobre o instituto da Reserva Legal, de acordo com o Novo 
Código Florestal (Lei n. 12.651/2012), assinale a afirmativa correta. 
A) Pode ser instituído em área rural ou urbana, desde que necessário à reabilitação dos processos 
ecológicos. 
B) Incide apenas sobre imóveis rurais, e sua área deve ser mantida sem prejuízo da aplicação das 
normas sobre as Áreas de Preservação Permanente. 
C) Foi restringida, de acordo com a Lei n. 12.651/2012, às propriedades abrangidas por Unidades 
de Conservação. 
D) Incide apenas sobre imóveis públicos, consistindo em área protegida para a preservação da 
estabilidade geológica e da biodiversidade. 
 
Gabarito: C, D, B,A,C 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Poderes Administrativos 
10. Um fiscal de posturas públicas municipais verifica que um restaurante continua colocando, de 
forma irregular, mesas para os seus clientes na calçada. Depois de lavrar autos de infração com 
aplicação de multa por duas vezes, sem que a sociedade empresária tenha interposto recurso 
administrativo, o fiscal, ao verificar a situação, interdita o estabelecimento e apreende as mesas e 
cadeiras colocadas de forma irregular, com base na lei que regula o exercício do poder de polícia 
correspondente. A partir da situação acima, assinale a afirmativa correta. 
a) O fiscal atuou com desvio de poder, uma vez que o direito da sociedade empresária de 
continuar funcionando é emanação do direito de liberdade constitucional, que só pode ser 
contrastado a partir de um provimento jurisdicional. 
b) A prática irregular de ato autoexecutório pelo fiscal é clara, porque não homenageou o 
princípio do contraditório e da ampla defesa ao não permitir à sociedade empresária, antes da 
apreensão, a possibilidade de produzir, em processo administrativo específico, fatos e provas em 
seu favor. 
c) O ato praticado pelo fiscal está dentro da visão tradicional do exercício da polícia administrativa 
pelo Estado, que pode, em situações extremas, dentro dos limites da razoabilidade e da 
proporcionalidade, atuar de forma autoexecutória. 
d) A atuação do fiscal é ilícita, porque os atos administrativos autoexecutórios, como mencionado 
acima, exigem, necessariamente, autorização judicial prévia. 
 
Organização Administrativa 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES 11. Após autorização em lei, o Estado X constituiu empresa pública para atuação no setor 
bancário e creditício. Por não possuir, ainda, quadro de pessoal, foi iniciado concurso público com 
vistas à seleção de 150 empregados, entre economistas, administradores e advogados. 
A respeito da situação descrita, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível a constituição de empresa pública para exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado. 
b) A lei que autorizou a instituição da empresa pública é, obrigatoriamente, uma lei 
complementar, por exigência do texto constitucional. 
c) Após a Constituição de 1988, cabe às empresas públicas a prestação de serviços públicos e às 
sociedades de economia mista cabe a exploração de atividade econômica. 
d) A empresa pública que explora atividade econômica sujeita-se ao regime trabalhista próprio 
das empresas privadas, o que não afasta a exigência de concurso público. 
 
Serviços Públicos 
12. A União celebrou com a empresa Gama contrato de concessão de serviço público precedida 
de obra pública. O negócio jurídico tinha por objeto a exploração, incluindo a duplicação, de 
determinada rodovia federal. Algum tempo após o início do contrato, o poder concedente 
identificou a inexecução de diversas obrigações por parte da concessionária, o que motivou a 
notificação da contratada. Foi autuado processo administrativo, ao fim do qual o poder 
concedente concluiu estar prejudicada a prestação do serviço por culpa da contratada. 
Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) O contrato é nulo desde a origem, eis que a concessão de serviços públicos não pode ser 
precedida da execução de obras públicas. 
b) O poder concedente pode declarar a caducidade do contrato de concessão, tendo em vista a 
inexecução parcial do negócio jurídico por parte da concessionária. 
c) O poder concedente deve, necessariamente, aplicar todas as sanções contratuais antes de 
decidir pelo encerramento do contrato. 
d) O processo administrativo tem natureza de inquérito e visa coletar informações precisas dos 
fatos; por isso, não há necessidade de observar o contraditório e a ampla defesa da 
concessionária. 
 
Responsabilidade Civil do Estado 
13. Rafael, funcionário da concessionária prestadora do serviço público de fornecimento de gás 
canalizado, realizava reparo na rede subterrânea, quando deixou a tampa do bueiro aberta, sem 
qualquer sinalização, causando a queda de Sônia, transeunte que caminhava pela calçada. 
Sônia, que trabalha como faxineira diarista, quebrou o fêmur da perna direita em razão do 
ocorrido e ficou internada no hospital por 60 dias, sem poder trabalhar. 
Após receber alta, Sônia procurou você, como advogado(a), para ajuizar ação indenizatória em 
face 
a) da concessionária, com base em sua responsabilidade civilobjetiva, para cuja configuração é 
desnecessária a comprovação de dolo ou culpa de Rafael. 
b) do Estado, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil direta e subjetiva, 
para cuja configuração é prescindível a comprovação de dolo ou culpa de Rafael. 
c) de Rafael, com base em sua responsabilidade civil direta e objetiva, para cuja configuração é 
desnecessária a comprovação de ter agido com dolo ou culpa, assegurado o direito de regresso 
contra a concessionária. 
d) do Município, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil objetiva, para 
cuja configuração é imprescindível a comprovação de dolo ou culpa de Rafael. 
 
 
Agentes Públicos 
14. José, servidor público federal ocupante exclusivamente de cargo em comissão, foi exonerado, 
tendo a autoridade competente motivado o ato em reiterado descumprimento da carga horária 
de trabalho pelo servidor. José obteve, junto ao departamento de recursos humanos, documento 
oficial com extrato de seu ponto eletrônico, comprovando o regular cumprimento de sua jornada 
de trabalho. 
Assim, o servidor buscou assistência jurídica junto a um advogado, que lhe informou 
corretamente, à luz do ordenamento jurídico, que 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES a) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que o 
próprio texto constitucional estabelece que cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração 
pela autoridade competente, que não está vinculada ou limitada aos motivos expostos para a 
prática do ato administrativo. 
b) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que tal 
ato é classificado como vinculado, no que tange à liberdade de ação do administrador público, 
razão pela qual o Poder Judiciário não pode se imiscuir no controle do mérito administrativo, sob 
pena de violação à separação dos Poderes. 
c) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que, apesar 
de ser dispensável a motivação para o ato administrativo discricionário de exoneração, uma vez 
expostos os motivos que conduziram à prática do ato, estes passam a vincular a Administração 
Pública, em razão da teoria dos motivos determinantes. 
d) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que, por se 
tratar de um ato administrativo vinculado, pode o Poder Judiciário proceder ao exame do mérito 
administrativo, a fim de aferir a conveniência e a oportunidade de manutenção do ato, em razão 
do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. 
 
Gabarito: C, D, B, A, C 
 
 
ÉTICA 
15. Carmem, graduada em Administração, trabalhou por 10 anos como preposta de uma empresa 
de telefonia em ações ajuizadas no juizado especial cível. Ao conviver em ambientes jurídicos 
passou a se interessar pelo assunto e se graduou em direito, obtendo sucesso no Exame da OAB e 
realizando sua inscrição, tendo em vista que cumpria todos os requisitos necessários. Devido à 
sua vasta experiência no ramo, a empresa Ligue Ligue decidiu contratá-la como advogada 
empregada do contencioso trabalhista. Acostumada a encontrar o preposto da empresa já na 
porta da Vara, Carmem nunca se preocupou com a ida deste até o fórum. Porém, em um certo 
dia, com a audiência marcada para às 8:30h o preposto perdeu o ônibus e ficou sem bateria no 
celular para comunicar à advogada do seu atraso. Carmem, confiante em sua grande experiência 
como preposta, se apresenta como preposta da empresa reclamada, na condição de empregada 
da empresa, advogada com procuração para patrocinar a causa. Nesse contexto, 
a) Carmem não pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrona e preposta 
do empregador ou cliente. 
b) Carmem pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrona e preposta do 
empregador, em qualquer hipótese. 
c) Carmem pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrona e preposta do 
empregador, pois não há outro empregado disponível no momento da audiência. 
d) Carmem funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrona e preposta do 
empregador, por ser formada em administração. 
 
16. O advogado Ross é muito tímido, mesmo assim tem uma grande facilidade em realizar 
audiências e conhece todas as suas nuances. Atuando como patrono do autor em uma audiência 
o advogado do réu faz um comentário que causou confusão quanto a um documento presente 
nos autos, fato este capaz de influenciar imensamente no resultado do processo. No entanto, o 
momento de falar do advogado já havia passado. No caso em questão, o que o Drº. Ross poderá 
fazer? 
a) Nada, deveria ter falado tudo que queria quando estava em seu momento de sustentação. 
b) Usar a palavra, pela ordem, com intuito de esclarecer o equívoco ou dúvida surgida em relação 
ao documento. 
c) Nada, pois a palavra, pela ordem, é prerrogativa do juiz. 
d) Nada, a palavra, pela ordem, só deve ser utilizada para replicar acusação. 
 
17. Mark Hoppus, advogado, valendo‐se dos poderes para receber, que lhe foram outorgados 
pelo autor de certa demanda, promove o levantamento da quantia depositada pelo réu e não 
presta contas ao seu cliente, apropriando‐se dos valores recebidos. Por tal infração disciplinar, 
qual a sanção prevista no Estatuto da Advocacia e da OAB? 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES A) Censura, com possibilidade de conversão em advertência, caso o advogado infrator preste 
contas ao seu cliente antes do fim do processo disciplinar instaurado na OAB. 
b) Suspensão pelo prazo de 30 (trinta) dias a 12 (doze) meses, perdurando a suspensão até que o 
advogado satisfaça integralmente a dívida. 
C) Suspensão pelo prazo máximo de 30 (trinta) dias. 
D) Exclusão. 
 
18. Fred Mercury, é servidor público federal do executivo e não exerce função de direção em seu 
órgão, John Lennon é analista do TJ de Sergipe, Yoko Ono é professora titular de Direito 
Ambiental na UFS e Ringo Starr é vereador em Aracaju e não compõe mesa. Todos se graduaram 
em direito e decidiram advogar. De acordo com as normas do Estatuto da Advocacia da OAB, 
responda: 
a) Todos podem se inscrever na OAB, exceto Fred Mercury. 
b) Yoko Ono pode se inscrever na OAB, porém está impedida de atuar em face da União. 
c) Ringo Starr é incompatível com a advocacia por ser membro do Poder Legislativo. 
d) Todos podem advogar, salvo John Lennon e alguns impedimentos a que os demais estão 
submetidos. 
 
19. Em um processo administrativo em curso na OAB, Seccional Sergipe, o Conselho Seccional 
proferiu uma decisão definitiva. O advogado parte desse processo quer recorrer ao Conselho 
Federal de tal decisão, sendo assim: 
a) A decisão será recorrível apenas se não tiver sido unânime. 
b) A decisão será recorrível apenas se tiver contrariado o Código de Ética e Disciplina. 
c) A decisão será recorrível se tiver sido unânime ou, sendo unânime, contrarie o Estatuto, 
decisão do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o Regulamento Geral, o 
Código de Ética e Disciplina e os Provimentos. 
d) Decisões de Seccionais não são recorríveis. 
 
20. Luciana, Annie e Adriana, são advogadas atuantes. Luciana está amamentando seu filho 
Mateus, recém-nascido, Annie está gestante de 5 meses e Adriana não tem filhos e acabar de 
receber um resultado negativo no teste de gravidez. Diante da situação narrada, de acordo com o 
Estatuto da OAB, assinale a afirmativa correta: 
a) Luciana e Annie têm direito a reserva de vaga nas garagens dos fóruns e tribunais. 
b) Luciana, Annie e Adriana têm direito a utilizar a palavra pela ordem para esclarecer equívoco 
surgido em relação a fatos narrados em audiência. 
c) Apenas Luciana e Adriana tem direito à preferência na ordem do dia, mediante comprovação 
da condição. 
d) Annie e Luciana têm direito à suspensão dos prazos processuais desde quesejam as únicas 
patronas constituídas no processo. 
 
21. Havendo indícios de que Sara obteve inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil mediante 
prova falsa, foi instaurado contra ela processo disciplinar. 
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta. 
A) O processo disciplinar contra Sara pode ser instaurado de ofício ou mediante representação, 
que pode ser anônima. 
B) Em caso de revelia de Sara, o processo disciplinar seguirá, independentemente de designação 
de defensor dativo. 
C) O processo disciplinar instaurado contra Sara será, em regra, público. 
D) O recurso contra eventual decisão que determine o cancelamento da inscrição de Sara não 
terá efeito suspensivo. 
 
22. Em certo município, os advogados André e Helena são os únicos especialistas em 
determinado assunto jurídico. Por isso, André foi convidado a participar de entrevista na 
imprensa escrita sobre as repercussões de medidas tomadas pelo Poder Executivo local, 
relacionadas à sua área de especialidade. Durante a entrevista, André convidou os leitores a 
litigarem em face da Administração Pública, conclamando-os a procurarem advogados 
especializados para ajuizarem, desde logo, as demandas que considerava tecnicamente cabíveis. 
Porém, quando indagado sobre os meios de contato de seu escritório, para os leitores 
interessados, André disse que, por obrigação ética, não poderia divulgá-los por meio daquele 
veículo. Por sua vez, a advogada Helena, irresignada com as mesmas medidas tomadas pelo 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES Executivo, procurou um programa de rádio, oferecendo-se para uma reportagem sobre o 
assunto. No programa, Helena manifestou-se de forma técnica, educativa e geral, evitando 
sensacionalismo. 
Considerando as situações acima narradas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, 
assinale a afirmativa correta. 
A) André e Helena agiram de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética e 
Disciplina da OAB. 
B) Nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inobservado as normas 
previstas no Código de Ética e Disciplina da OAB. 
C) Apenas André agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética e 
Disciplina da OAB. 
D) Apenas Helena agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética e 
Disciplina da OAB. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos 
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações 
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal 
Federal; 
 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o 
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da 
República não estará sujeito a prisão. 
 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por 
atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: 
 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo 
Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos 
do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função 
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
 
 
23. Um representante da sociedade civil, apresentando indícios de que o Presidente da República 
teria ultrapassado os gastos autorizados pela lei orçamentária e, portanto, cometido crime de 
responsabilidade, denuncia o Chefe do Poder Executivo Federal à Câmara dos Deputados. 
Protocolizada a denúncia na Câmara, foram observados os trâmites legais e regimentais de modo 
que o Plenário pudesse ou não autorizar a instauração de processo contra o Presidente da 
República. Do total de 513 deputados da Câmara, apenas 400 estiveram presentes à sessão, 
sendo que 260 votaram a favor da instauração do processo. 
 
Diante desse fato, 
a) o processo será enviado ao Senado Federal para que este, sob a presidência do 
Presidente do STF, proceda ao julgamento do Presidente da República. 
b) o processo será enviado ao Supremo Tribunal Federal, a fim de que a Corte Maior proceda ao 
julgamento do Presidente da República. 
c) o processo deverá ser arquivado, tendo em vista o fato de a decisão da Câmara dos Deputados 
não ter contado com a manifestação favorável de dois terços dos seus membros. 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES d) dá-se o impeachment do Presidente da República, que perde o cargo e fica inabilitado para o 
exercício de outra função pública por oito anos. 
 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O CONTROLE DIFUSO E O CONCENTRADO 
 
DIFUSO CONCENTRADO 
QUALQUER ORGÃO DO JUDICIÁRIO STF ou TJs 
CONCRETO ABSTRATO 
D. SUBJETIVO ORDEM JURÍDICA ABSTRATA - OBJETIVO 
PARTES INTERESSADOS 
INTER PARTS ERGA OMNES E VINCULANTE 
FUNDAMENTAÇÃO DISPOSITIVO 
INCIDENTAL PRINCIPAL – ADI, ADC, ADPF... 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ADI, ADC E ADPF 
 
 
CARACTERÍSTICAS COMUNS ENTRE ADI, ADC E ADPF 
 
 Não se admite desistência. 
 Não se admite assistência e nem intervenção de terceiros, salvo o amicus 
curiae. 
 Não se admite recurso da decisão de mérito, salvo embargos de declaração. 
 Não se admite ação rescisória 
 
 
LEGITIMIDADE ATIVA 
 
 Essa previsão está no art. 103, da Constituição. O art. 103 não fala da ADPF, mas o art. 
2º, da lei da ADPF diz que os legitimados para a ADPF são os mesmos do art. 103. 
 
 A Constituição e a lei não fazem qualquer diferença entre os legitimados, mas o STF tem 
feito uma distinção, estabelecendo duas categorias de legitimados: os 
 
 legitimados ativos universais e 
 legitimados ativos especiais. 
 
 
O legitimado ativo especial precisa demonstrar a chamada pertinência temática para ter 
legitimidade, que é possuir uma relação, um nexo de causalidade entre aquele objeto que está 
sendo impugnado (aquela lei ou ato normativo) e os interesses daquela categoria defendida pelos 
legitimados. 
 
Já os universais podem propor a ação questionando qualquer objeto. 
 
 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
 
 I - o Presidente da República; 
 
II - a Mesa do Senado Federal; 
 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
 
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
 
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
 
VI - o Procurador-Geral da República; 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 
DIFERENÇAS ENTRE ADI, ADC E ADPF 
 
QUANTO AO PARÂMETRO 
 
ACÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – Constituição Federal (com exceção do preambulo) e 
Tratados Internacionais Equivalentes a Emenda Constitucional 
 
ACÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE – Constituição Federal (com exceção do 
preambulo) e Tratados Internacionais Equivalentes a Emenda Constitucional 
 
ACÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – Normas da Constituição Federal que 
o Supremo Tribunal Federal entender como Preceito Fundamental. (ex. Princípios fundamentais, 
Direitos e Garantias Fundamentais, Princípios Constitucionais Sensíveis, Cláusulas Pétreas...) 
 
QUANTO AO OBJETO 
 
ACÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE– Norma Federal, Estadual ou do Distrito Federal (de 
natureza Estadual), inconstitucionalidade direta e originária. 
 
ACÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE – Norma Federal, inconstitucionalidade direta e 
originária. 
 
Obs1.: É requisito para a propositura de Ação Declaratória de Constitucionalidade a existência de 
Controvérsia Judicial Relevante. 
 
Obs2.: A Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação declaratória de Constitucionalidade são 
Ações Dúplices. Sendo possível a propositura, simultânea, das ações questionando o mesmo ato 
normativo. 
 
 
ACÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – Normas Municipais, Normas não 
recepcionadas, atos concretos do executivo ou do judiciário. 
 
Obs1.: A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental possui Caráter Subsidiário. 
 
24. O Estado Alfa promulgou, em 2018, a Lei Estadual X, concedendo unilateralmente isenção 
sobre o tributo incidente em operações relativas à circulação interestadual de mercadorias (ICMS) 
usadas como insumo pela indústria automobilística. 
 
O Estado Alfa, com isso, atraiu o interesse de diversas montadoras em ali se instalarem. A Lei 
Estadual X, no entanto, contraria norma da Constituição da República que dispõe caber a lei 
complementar regular a forma de concessão de incentivos, isenções e benefícios fiscais relativos 
ao ICMS, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal. Em razão da Lei Estadual X, o 
Estado Beta, conhecido polo automobilístico, sofrerá drásticas perdas em razão da redução na 
arrecadação tributária, com a evasão de indústrias e fábricas para o Estado Alfa. 
Diante do caso narrado, com base na ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa 
correta. 
 
a) O Governador do Estado Beta não detém legitimidade ativa para a propositura da Ação Direta 
de Inconstitucionalidade em face da Lei Estadual X, uma vez que, em âmbito estadual, apenas a 
Mesa da Assembleia Legislativa do respectivo ente está no rol taxativo de legitimados previsto na 
Constituição. 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES b) A legitimidade do Governador do Estado Beta restringe-se à possibilidade de propor, perante o 
respectivo Tribunal de Justiça, representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos 
estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual. 
c) A legitimidade ativa do Governador para a Ação Direta de Inconstitucionalidade vincula-se ao 
objeto da ação, pelo que deve haver pertinência da norma impugnada com os objetivos do autor 
da ação; logo, não podem impugnar ato normativo oriundo de outro Estado da Federação. 
d) O Governador do Estado Beta é legitimado ativo para propor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade em face da Lei Estadual X, a qual, mesmo sendo oriunda de ente federativo 
diverso, provoca evidentes reflexos na economia do Estado Beta. 
 
25. Numerosas decisões judiciais, contrariando portarias de órgãos ambientais e de comércio 
exterior, concederam autorização para que sociedades empresárias pudessem importar pneus 
usados. Diante disso, o Presidente da República ingressa com Arguição de Descumprimento de 
Preceito Fundamental (ADPF), sustentando que tais decisões judiciais autorizativas da importação 
de pneus usados teriam afrontado preceito fundamental, representado pelo direito à saúde e a 
um meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) A ADPF não se presta para impugnar decisões judiciais, pois seu objeto está adstrito às leis ou a 
atos normativos federais e estaduais de caráter geral e abstrato, assim entendidos aqueles 
provenientes do Poder Legislativo em sua função legislativa. 
b) A ADPF tem por objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do 
Poder Público, ainda que de efeitos concretos ou singulares; logo, pode impugnar decisões 
judiciais que violem preceitos fundamentais da Constituição, desde que observada a 
subsidiariedade no seu uso. 
c) Embora as decisões judiciais possam ser impugnadas por ADPF, a alegada violação do direito à 
saúde e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado não se insere no conceito de preceito 
fundamental, conforme rol taxativo constante na Lei Federal nº 9.882/99. 
d) A ADPF não pode ser admitida, pois o Presidente da República, na qualidade de chefe do Poder 
Executivo, não detém legitimidade ativa para suscitar a inconstitucionalidade de ato proferido por 
membros do Poder Judiciário, sob pena de vulneração ao princípio da separação dos poderes. 
 
PROCESSO CIVIL 
Meus queridos, como está o coraçãozinho? Apertado? A ansiedade é uma inimiga traiçoeira, a 
cobrança é uma invejosa chata, e o medo de errar? O medo é o único inimigo que você deve 
abraçar, nesse momento. Como assim, professor? Abraçar o medo... Reconhecer um inimigo é a 
chance de dominá-lo, reconhecer a existência de algo nos traz a chance de usar ao nosso favor. 
Meu avô dizia que só não tem medo e não fica nervoso (a) quem não tem responsabilidade, 
portanto, vocês vão ficar nervosos sim, com medo também, mas sabe de uma coisa? Nossa 
preparação foi insana, específica, completa, sua prova foi analisada e estudada passo a passo, e 
vocês sabem das noites em claro, dos dias abdicados, da dor de cada cobrança, da angustia da 
desconfiança... mas é amanhã que tudo vai se realizar. Crer em nós mesmos é o maior de todos 
os segredos, é a chave da libertação de todo nosso potencial, é a pílula mágica que acelera a 
mente e protege o coração. Olhem nesse momento para dentro e procurem âncoras positivas, e 
se lembrem do porquê de estar fazendo essa prova e passando por esse teste de vida. E no final 
das contas, quando a sua mão cerrar os punhos junto a caneta bic, mostre o quanto você é FOD#! 
Estou com vocês, para chorar e comemorar a vermelhinha, vamos nessa! 
 
Bate o confere nesses artigos, a chance de algum ou vários, estarem na sua prova, é enorme! 
 
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - à tutela provisória de urgência; 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III ; 
III - à decisão prevista no art. 701 . 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a 
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate 
de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas 
todas as decisões, sob pena de nulidade. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art311ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art701
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das 
partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a 
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou 
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o 
óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa 
de pedir. 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às 
partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada comoquestão preliminar de 
contestação. 
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve 
ser declarada de ofício. 
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de 
incompetência. 
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre 
direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. 
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que 
deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a 
indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários 
advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar 
preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 
Art. 145. Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado 
o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar 
meios para atender às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou 
de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição: 
I - ao membro do Ministério Público; 
II - aos auxiliares da justiça; 
III - aos demais sujeitos imparciais do processo. 
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. 
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, 
provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, 
cumulativamente. 
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o 
valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o 
valor atualizado da causa, atendidos: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o 
valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, 
observando o disposto nos incisos do § 2º. 
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao 
processo. 
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em 
conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto 
nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase 
de conhecimento. 
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos 
privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso 
de sucumbência parcial. 
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado 
em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o 
disposto no § 14. 
§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria. 
§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu 
valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança. 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para 
pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da 
justiça, na forma da lei. 
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas 
processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. 
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição 
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos 
subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que 
deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, 
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: 
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o 
processo; 
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. 
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que 
requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena 
de extinção do processo. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental. 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia 
durante o período de suspensão do processo. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução 
ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com 
a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado 
útil do processo. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Art. 329. O autor poderá: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art303
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de 
consentimento do réu; 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir,com 
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação 
deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do 
réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: 
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência 
liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência 
mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de 
antecedência. 
§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. 
§ 4º A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; 
II - quando não se admitir a autocomposição. 
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu 
deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da 
audiência. 
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é 
considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por 
cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou 
do Estado. 
§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. 
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes 
para negociar e transigir. 
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar 
agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de 
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, 
independentemente de juízo de admissibilidade. 
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na 
apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de 
execução e no processo de inventário. 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão 
colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art373%C2%A71
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES § 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em 
votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar 
ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a 
requerimento; 
III - corrigir erro material. 
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de 
injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; 
II - pelo Superior Tribunal de Justiça: 
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou 
pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a 
decisão; 
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional 
e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
 
 
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo 
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para 
substituição do réu. 
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os 
honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor 
da causa ou, sendo este irrisório, nos termos doart. 85, § 8º . 
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, 
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. 
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em 
contradição com prova constante dos autos. 
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de 
decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a 
requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 
(quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o débito será acrescido de 
multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. 
§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput , a multa e os honorários 
previstos no § 1º incidirão sobre o restante. 
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, 
mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação. 
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o 
prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova 
intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. 
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar: 
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; 
II - ilegitimidade de parte; 
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença. 
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação 
alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art344
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o 
fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o pagamento, não prove 
que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará 
protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517 . 
§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar 
justificará o inadimplemento. 
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além 
de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo 
prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. 
§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos 
presos comuns. 
§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações 
vencidas e vincendas. 
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. 
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até 
as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do 
processo. 
§ 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão desde 
logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não será admissível a 
prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo à 
impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação. 
Art. 803. É nula a execução se: 
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível; 
II - o executado não for regularmente citado; 
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo. 
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício 
ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução. 
Art. 833. São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do 
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de 
elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de 
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por 
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de 
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; 
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se 
opor à execução por meio de embargos. 
§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e 
instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas 
pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
§ 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo 
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem 
unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas 
no juízo deprecado. 
 
 
DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO 
26. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB - Os empregados de uma sociedade empresária do setor 
metalúrgico atuavam em turnos ininterruptos de revezamento, cumprindo jornada de 6 horas 
diárias, conforme previsto na Constituição Federal, observado o regular intervalo. O sindicato dos 
empregados, provocado pela sociedade empresária, convocou assembleia no ano de 2018, e, 
após debate e votação, aprovou acordo coletivo para que a jornada passasse a ser de 8 horas 
diárias, com o respectivo acréscimo salarial, observado o regular intervalo, mas sem que houvesse 
qualquer vantagem adicional para os trabalhadores. Diante da situação apresentada e de acordo 
com a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art517
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES a) É nulo o acordo coletivo em questão, e caberá ao interessado nessa declaração ajuizar ação de 
cumprimento. 
b) A validade de tal estipulação, por não prever benefício para os trabalhadores, depende de 
homologação da Justiça do Trabalho. 
c) É obrigatório que a contrapartida seja a estabilidade de todos os funcionários na vigência do 
acordo coletivo. 
d) O acordo coletivo é válido, porque sua estipulação não depende da indicação de vantagem 
adicional para os empregados. 
 
27. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB - Rogério foi admitido, em 08/12/2017, em uma locadora 
de automóveis, como responsável pelo setor de contratos, razão pela qual não necessitava 
comparecer diariamente à empresa, pois as locações eram feitas on-line. Rogério comparecia à 
locadora uma vez por semana para conferir e assinar as notas de devolução dos automóveis. 
Assim, Rogério trabalhava em sua residência, com todo o equipamento fornecido pelo 
empregador, sendo que seu contrato de trabalho previa expressamente o trabalho remoto a 
distância e as atividades desempenhadas. Após um ano trabalhando desse modo, o empregador 
entendeu que Rogério deveria trabalhar nas dependências da empresa. A decisão foi comunicada 
a Rogério, por meio de termo aditivo ao contrato de trabalho assinado por ele, com 30 dias de 
antecedência. Ao ser dispensado em momento posterior, Rogério procurou você, como 
advogado(a), indagando sobre possível ação trabalhista por causa desta situação. Sobre a 
hipótese de ajuizamento, ou não, da referida ação, assinale a afirmativa correta. 
a) Não se tratando da modalidade de teletrabalho, deverá ser requerida a desconsideração do 
trabalho em domicílio, já que havia comparecimento semanal nas dependências do empregador. 
b) Não deverá ser requerido o pagamento de horas extras pelo trabalho sem limite de horário, 
dado o trabalho em domicílio, porém poderá ser requerido trabalho extraordinário em virtude 
das ausências de intervalo de 11h entre os dias de trabalho, bem como o intervalo para repouso e 
alimentação. 
c) Em vista da modalidade de teletrabalho, a narrativa não demonstra qualquer irregularidade a 
ser requerida em eventual demanda trabalhista. 
d) Deverá ser requerido que os valores correspondentes aos equipamentos usados para o 
trabalho em domicílio sejam considerados salário-utilidade. 
 
28. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB - A sociedade empresária Ômega Ltda. deseja reduzir em 
20% o seu quadro de pessoal, motivo pelo qual realizou um acordo coletivo com o sindicato de 
classe dos seus empregados, prevendo um Programa de Demissão Incentivada (PDI), com 
vantagens econômicas para aqueles que a ele aderissem. Gilberto, empregado da empresa havia 
15 anos, aderiu ao referido Programa em 12/10/2018, recebeu a indenização prometida sem 
fazer qualquer ressalva e, três meses depois, ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-
empregador. Diante da situação apresentada e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
a) A adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) não impede a busca, com sucesso, por 
direitos lesados. 
b) A quitação plenae irrevogável pela adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) 
somente ocorreria se isso fosse acertado em convenção coletiva, mas não em acordo coletivo. 
c) O empregado não terá sucesso na ação, pois conferiu quitação plena. 
d) A demanda não terá sucesso, exceto se Gilberto previamente devolver em juízo o valor 
recebido pela adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI). 
 
29. Carlos tinha 17 anos quando começou a trabalhar na sociedade empresária ABCD Ltda. No dia 
seguinte ao completar 18 anos foi dispensado. A sociedade empresária pagou as verbas 
rescisórias, mas não pagou as horas extras trabalhadas ao longo de todo o contrato de trabalho. 
Para o caso apresentado, na qualidade de advogado de Carlos, assinale a afirmativa correta. 
a) A ação deverá ser ajuizada no prazo de dois anos contados da dispensa. 
b) Sendo Carlos menor na época da contratação e durante quase todo o pacto laboral, não corre 
prescrição bienal, iniciando-se a quinquenal a partir da data da dispensa. 
c) A ação deverá ser proposta no prazo de cinco anos após a dispensa, já que Carlos era menor 
quando da contratação, não correndo prescrição. 
d) Não há prazo prescricional para ajuizamento da ação, pois não corre prescrição para o 
empregado menor e Carlos trabalhou sempre nessa condição. 
 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES 30. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB - Em março de 2019, durante uma audiência trabalhista 
que envolvia a sociedade empresária ABC S/A, o juiz indagou à pessoa que se apresentou como 
preposto se ela era empregada da empresa, recebendo como resposta que não. O juiz, então, 
manifestou seu entendimento de que uma sociedade anônima deveria, obrigatoriamente, fazer-
se representar por empregado, concluindo que a sociedade empresária não estava 
adequadamente representada. Decretou, então, a revelia, excluiu a defesa protocolizada e 
sentenciou o feito na própria audiência, julgando os pedidos inteiramente procedentes. Diante 
desse quadro e do que prevê a CLT, assinale a afirmativa correta. 
a) Nada há a ser feito, porque uma S/A, por exceção, precisa conduzir um empregado para 
representá-la. 
b) O advogado da ré deverá interpor recurso ordinário no prazo de 8 dias, buscando anular a 
sentença, pois o preposto não precisa ser empregado da reclamada. 
c) O advogado da ré deverá impetrar mandado de segurança, porque a exigência de que o 
preposto seja empregado, por não ser prevista em Lei, violou direito líquido e certo da empresa. 
d) Uma vez que a CLT faculta ao juiz aceitar ou não como preposto pessoa que não seja 
empregada, o advogado deverá formular um pedido de reconsideração judicial. 
 
31. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB - Augusto foi empregado de uma lavanderia por 2 anos, 
tendo sido desligado em setembro de 2018. Após receber as verbas da ruptura, procurou um 
advogado com a intenção de ajuizar reclamação trabalhista para postular horas extras não 
recebidas durante o pacto laboral. Após a entrevista e colheita de todas as informações, o 
advogado de Augusto entrou em contato com a ex-empregadora na tentativa de formular um 
acordo, que, após debatido e negociado, teve sucesso e foi reduzido a termo. Então, as partes 
ajuizaram uma homologação de acordo extrajudicial na Justiça do Trabalho, em petição conjunta 
assinada pelo advogado de cada requerente, mas que não foi homologado pelo juiz, por este 
entender que o valor da conciliação era desfavorável ao trabalhador. Desse modo, o magistrado 
extinguiu o feito sem resolução do mérito. Diante da situação e dos termos da CLT, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Agiu corretamente o juiz, porque não há previsão desse tipo de demanda na Justiça do 
Trabalho. 
b) As partes poderão interpor recurso ordinário da decisão que negou a homologação desejada. 
c) Augusto e seu ex-empregador deverão propor novamente a ação, que deverá ser levada à livre 
distribuição para outro juízo. 
d) Nada poderá ser feito na ação proposta, porque o juiz não é obrigado a homologar acordo. 
 
DIREITO PENAL 
32. Considerando as regras advindas do estudo da lei penal no tempo e no espaço, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. A novatio legis incriminadora, como norma irretroativa, é a lei que não existia no momento da 
prática da conduta e que passa a considerar como delito a ação ou omissão realizada. II. Depois 
do trânsito em julgado da condenação, se a aplicação da lei penal mais benéfica depender de 
mera operação matemática, o juiz da execução da pena é competente para aplicá-la. Por outro 
lado, se for necessário juízo de valor para aplicação da lei penal mais favorável, o interessado 
deverá ajuizar revisão criminal para desconstituir o trânsito em julgado e aplicar a lei nova. III. O 
princípio da continuidade normativa típica ocorre quando uma norma penal é revogada, mas a 
mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a infração penal continua 
tipificada em outro dispositivo, ainda que topologica ou normativamente diverso do originário. IV. 
Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, a lei penal mais leve aplica-se ao 
crime continuado ou ao permanente, se a sua vigência for anterior à cessação da continuidade ou 
da permanência, haja vista que tal interpretação mais benéfica ao acusado privilegia o princípio 
constitucional de presunção de inocência. 
Estão corretas as afirmativas 
A) II e IV, apenas. 
B) I, II e III, apenas. 
C) I, III e IV, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES 33. Tendo em vista a teoria da equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua 
non, considerando como causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, 
observe o que segue: 
I. Carlos ferido gravemente por Pedro foi socorrido em hospital, mas veio a falecer em incêndio 
ocorrido, logo depois, nas dependências desse local. II. Ana ferida levemente por José foi 
socorrida em hospital, onde veio a falecer por complicações de imprescindível cirurgia. 
Nesses casos, 
A) exclui-se a imputação a ambos Carlos e Ana. 
B) não se exclui a imputação a Carlos, mas se exclui a imputação a Ana. 
C) exclui-se a imputação a Carlos, mas não se exclui a imputação a Ana. 
D) não se exclui a imputação a ambos Carlos e Ana. 
 
34. Assinale a alternativa incorreta: 
A) É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação 
de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva 
de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
B) O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de 
pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
C) Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 
D) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena o responsável, 
considerando-se as condições ou qualidades da vítima e não da pessoa contra quem o agente 
queria praticar o crime. 
 
35. Alberto praticou cinco infrações penais distintas. Foi processado e condenado cinco vezes, 
conforme resume o quadro a seguir. Em todos os cinco processos, foram devidamente acostadas 
as Folhas de Antecedentes atualizadas e as respectivas certidões criminais cartorárias dos feitos 
informados. 
 
 
Pode-se afirmar que o Juiz certamente considerou Alberto reincidente nas sentenças 
condenatórias referentes apenas aos processos. 
A) III e IV. 
B) IV e V. 
C) II, III, IV e V. 
D) II e III. 
 
36. Em 30/9/2016, com menos de vinte e um anos de idade, Daniel praticou o crime de 
resistência, cuja pena máxima em abstrato é de dois anos. Daniel recusou a transação penal e o 
Ministério Público, então, ofereceu denúncia em 9/4/2018, a qual foi recebida pelo juízo em 
30/4/2018. A sentença que condenou Daniel à pena de seis meses de detenção foi publicada em 
31/10/2019. Até a data da condenação, Daniel eraprimário e não possuía qualquer outro 
incidente criminal. Nenhuma das partes recorreu e o trânsito em julgado ocorreu em 18/11/2019. 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES 
A respeito dessa situação, é correto afirmar que 
 
A) se operou a prescrição da pretensão punitiva relativa ao lapso entre o recebimento da 
denúncia e a publicação da sentença condenatória. 
B) se operou a prescrição da pretensão executória relativa ao lapso entre o fato e o oferecimento 
da denúncia. 
C) se operou a prescrição da pretensão executória relativa ao lapso entre o oferecimento da 
denúncia e o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
D) se operou a prescrição da pretensão punitiva entre o fato e o trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
 
37. Insatisfeito com o comportamento de seu empregador Juca, Carlos escreve uma carta para a 
família daquele, afirmando que Juca seria um estelionatário e torturador. Lacra a carta e a 
entrega no correio, adotando todas as medidas para que chegasse aos destinatários. No dia 
seguinte, porém, Carlos se arrepende de seu comportamento e passa a adotar conduta para 
evitar que a carta fosse lida por qualquer pessoa e o crime consumado. Carlos vai até a casa de 
Juca, tenta retirar a carta da caixa do correio, mas vê o exato momento em que Juca e sua esposa 
pegam o envelope e leem todo o escrito. Ofendido, Juca procura seu advogado e narra o 
ocorrido. 
 
Considerando a situação apresentada, o advogado de Juca deverá esclarecer que a conduta de 
Carlos configura crime de: 
 
A) injúria, consumado; 
B) tentativa de injúria, pois houve arrependimento eficaz, devendo Carlos responder apenas pelos 
atos já praticados; 
C) tentativa de calúnia, pois houve desistência voluntária, devendo Carlos responder apenas pelos 
atos já praticados; 
D) tentativa de calúnia, pois houve arrependimento eficaz, devendo Carlos responder apenas 
pelos atos já praticados; 
 
Gabarito: 01.B 02.C 03.D 04.B 05.A 06.A 
 
PROCESSO PENAL 
38. Nos crimes de ação penal de iniciativa privada, 
A) a renúncia ao exercício do direito de queixa se estenderá a todos os querelantes. 
B) a renúncia é ato unilateral, voluntário e necessariamente expresso. 
C) a perempção pode ocorrer no curso do inquérito policial. 
D) o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, 
efeito em relação ao que o recusar. 
 
39. Douglas, estudante de Direito da Universidade X, estava preocupado com a prova de Direito 
Processual Penal que iria enfrentar. Durante os estudos, surgiu-lhe uma dúvida sobre a 
competência, quando não for conhecido o lugar da infração. Para sanar sua dúvida, entrou em 
contato com duas colegas de classe, Camila e Anna Carolina, que prontamente lhe disseram 
informações desencontradas. Camila dizia que não sendo conhecido o lugar da infração, a 
competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. Anna De acordo com o 
ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores acerca da competência em 
matéria penal, 
A) a existência de conexão entre crime de contrabando, de competência da Justiça Federal, e 
contravenção penal acarreta a reunião de julgamentos das infrações penais perante o mesmo 
Juízo Federal. 
B) os crimes dolosos contra a vida praticados contra funcionário público federal, no exercício de 
suas funções, serão julgados pelo tribunal do júri no âmbito da Justiça Federal. 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES C) compete à Justiça Militar processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação e de 
uso de documento falso, quando se tratar de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro 
(CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), quando expedidas pela Marinha do Brasil. 
D) a competência especial por prerrogativa de função se estende ao crime cometido após a 
cessação definitiva do exercício funcional. 
 
40. Analise as afirmações abaixo: I – A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da 
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência criminal, ou para assegurar a aplicação da 
lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. II – A 
apresentação espontânea do acusado à autoridade impedirá a decretação da prisão preventiva 
nos casos em que a lei a autoriza. III – Qualquer do povo poderá, e as autoridades policiais e seus 
agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. IV – Conforme 
estabelece a Lei nº 7960/1989, caberá prisão temporária para os crimes de infanticídio. São 
verdadeiras as afirmativas: 
A) I e II 
B) II e III 
C) I, II e IV 
D) I e III 
 
41. É correto afirmar em relação às provas no processo penal: 
A) O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a sua realização por 
videoconferência. 
B) A confissão do réu é divisível e irretratável. 
C) Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, não podendo supri-
lo a confissão do acusado. 
D) A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre acusado e testemunhas. 
 
42. Assinale a opção correta acerca da prova no processo penal: 
A) Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de 
nova perícia e, sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou 
microfotográficas, desenhos ou esquemas. 
B) A confissão será indivisível e irretratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado 
no exame das provas em conjunto. 
C) É vedada à testemunha breve consulta a apontamentos. 
D) No procedimento sumaríssimo dos Juizados Criminais, todas as provas serão produzidas na 
audiência de instrução e julgamento, podendo o Conciliador limitar ou excluir as que considerar 
excessivas, impertinentes ou protelatórias. 
 
43. De acordo com a lei dos Juizados Especiais Criminais, quanto à Competência e dos Atos 
Processuais, analise as seguintes assertivas: 
I. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. E 
não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo 
comum para adoção do procedimento previsto em lei. II. A intimação far-se-á por 
correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma 
individual, mediante entrega ao seu representante legal, que será obrigatoriamente identificado, 
ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, 
ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. III. Do ato de intimação do autor do fato e 
do mandado de citação do acusado, constará a necessidade de seu comparecimento 
acompanhado de advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor 
público. 
Quais estão corretas? 
 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas I e II. 
D) Apenas I e III. 
 
Gabarito: 01.D, 02.B, 03.D, 04.C, 05.A, 06.D 
 
 
 
 
 
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ANOTAÇÕES DIREITO CIVIL E DIREITO EMPRESARIAL 
44. Sílvio exigiu que sua filha, Maria Helena, celebrasse negócio jurídico com Flávio, sob pena 
daquela perder o carinho dedicado pelo pai. Berenice, mãe de Maria Helena, concordou 
completamente com a decisão do marido. No entanto, Flávio desconhecia a ameaça feita por 
Sílvio à filha. Maria Helena somente firmou o referido negócio com Flávio com medo de perder o 
afeto de seu pai. Sobre o negócio jurídico celebrado entre Maria Helena e Flávio, é CORRETO 
afirmar que 
A) deve ser declarado nulo em virtude do comprovado vício de dolo. 
B) não se considera coação o simples temor reverencial, portanto o negócio é valido. 
C) pode ser anulado haja vista a presença do vício de lesão. 
D) pode ser anulado, porque Maria Helena incidiu em erro substancial. 
 
45. Pedro tem uma dívida líquida, certa e vencida com Carlos, que reside em lugar incerto.

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