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Bacharelado em Ciências Contábeis CONTABILIDADE GERENCIAL A contabilidade gerencial parte de informações derivadas da contabilidade financeira e da contabilidade de custos. Pode-se afirmar que a contabilidade gerencial é aquela responsável por fornecer instrumentos para que possam ser compreendidas a situação econômica e financeira das entidades. A contabilidade gerencial é essencial para o processo de tomada de decisão. Assim como outras ciências ligadas à economia, a contabilidade gerencial apresentou evolução mudando seu foco e objetivo com o passar do tempo assim como seu posicionamento no processo de planejamento e tomada de decisão dentro das entidades. (SOUTES; GUERREIRO, 2007). ESTÁGIOS DA CONTABILIDADE GERENCIAL Soutes e Guerreiro (2007) destacam que a contabilidade gerencial, até meados da década de 1980 era considerada apenas como órgão de “staff” e que estava fora do ambiente de gestão das empresas, fazendo apenas atividades como o controle de custos preparação de orçamentos e elaboração de alguns relatórios. Posteriormente a contabilidade passou de órgão de apoio para auxiliar no processo de tomada de decisão. Desta forma, atualmente, pode-se dizer que a Contabilidade Gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir os objetivos organizacionais. Padoveze (2004) e Soutes e Guerreiro (2007) e citam que a evolução da contabilidade gerencial pode ser entendida conforme o IMA – Institute of Management Accounting (Instituto dos Contadores Gerenciais) através do IMAP1 – Institute Management Accounting Practices. 1. Estágio 1 – antes da década de 1950, a contabilidade gerencial tinha o foco na determinação do custo e controle financeiro, utilizando tecnologias de orçamento e contabilidade de custos: Nesta época o foco principal foi no desenvolvimento dos métodos de custeio, como por exemplo, o custeio por absorção, custeio variável, controle financeiro bem Bacharelado em Ciências Contábeis como a elaboração de orçamentos anuais. Soutes e Guerreiro (2007) cita que de acordo com o IMA esse estágio ficou conhecido como “Determinação dos custos e controle financeiro”, exatamente pela ênfase que tinha nestes tópicos. 2. Estágio 2 – por meados de 1965 – conhecido como “informação para o planejamento e controle gerencial”, o foco foi mudado para o fornecimento de informação para o controle e planejamento gerencial, utilizando-se de tecnologias como análise de decisão e contabilidade por responsabilidade; Os principais conceitos desenvolvidos nesta época foram os de Custo padrão, Custeio Baseado em Atividade (ABC), Método de custeamento RKW, Orçamento de capital e a descentralização (SOUTES; GUERREIRO, 2007). 3. Estágio 3 – conhecido como “Redução de perdas de recursos e processos organizacionais – este estágio ocorreu por volta de 1985, tendo a atenção focada na redução de desperdícios de recursos usados nos processos dos negócios, usando tecnologias de análise do processo e administração estratégica de custos; A ênfase deste estágio ocorreu na Gestão Baseada em Atividade, na criação de Centros de Responsabilidade, Preço de Transferência, Custo Meta, Método de Custeio de Vida e Custeio do ciclo de vida (SOUTES; GUERREIRO, 2007). 4. Estágio 4 – estágio denominado de “Criação de valor através do uso efetivo de recursos” – ocorreu por volta de 1995 e teve a mudança do foco para a geração ou criação de valor mediante o uso efetivo dos recursos, utilizando tecnologias como o exame de direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista e inovação organizacional. Neste estágio foram usadas ferramentas como planejamento estratégico, Balanced Scorecard, e métodos de avaliação de desempenho como: EVA e MVA, por exemplo (SOUTES; GUERREIRO, 2007). Para Padoveze (2004) cada estágio representa a adaptação da contabilidade a um novo conjunto de condições que as organizações enfrentam, pela absorção, reforma e adição aos focos de tecnologia utilizados anteriormente. Desta forma, cada estágio combina o que já vinha sendo utilizado com novas características propiciando assim um novo conjunto de condições para o ambiente gerencial. Lunkes (2007) afirma que, atualmente, a Contabilidade Gerencial, desempenha um papel ligado à presidência, se mantendo independente às demais áreas da organização. Bacharelado em Ciências Contábeis DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A CONTABILIDADE FINANCEIRA Padoveze (2004) relata que os métodos desenvolvidos para a contabilidade gerencial e para a contabilidade financeira foram criados com diferentes propósitos e para diferentes usuários da informação financeira. Porém existem numerosas similaridades entre os dois métodos. Assim a contabilidade gerencial é aquela que serve para o fornecimento de informações aos administradores, ou seja, aqueles agentes que estão dentro da empresa e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. Já a contabilidade financeira é relacionada ao fornecimento de informações para os acionistas credores e outros que estão fora da organização. Quadro comparativo entre a Contabilidade Gerencial e a Financeira Contabilidade Gerencial Contabilidade Financeira Objetivos Facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisões pelos usuários internos (sócios e gestores). Facilitar a análise financeira dos usuários externos. Usuários primários Gestores da organização em vários níveis Usuários externos, como investidores e agências governamentais, mas também gestores das organizações Liberdade de escolha Sem restrições, exceto custos em relação a benefícios das melhores definições gerenciais Regida pelos Princípios de Contabilidade Implicações comportamentais Preocupação com a influência que as mensurações e os relatórios exercerão sobre o comportamento cotidiano dos gestores. Preocupação em mensurar e comunicar fenômenos econômicos. As considerações comportamentais são secundárias, embora a compensação dos executivos baseada em relatos possa ter impacto em seu comportamento Enfoque de tempo Orientação para o futuro: uso formal de orçamentos, bem Orientação para o passado: avaliação histórica. Exemplo: Bacharelado em Ciências Contábeis como de registros históricos. Exemplo: o orçamento de 20X2 comparado com o desempenho real de 20X1. o Desempenho real de 20X2 comparado com o desempenho real de 20X1. Horizonte de tempo Flexível, com uma variação que vai de horas a 10 ou 15 anos Menos flexível: geralmente um ano ou um trimestre. Relatórios Detalhado; preocupam-se com detalhes de partes da entidade, produtos, departamentos, territórios, etc. Resumidos, preocupam-se primeiramente com a entidade como um todo. Tipos de relatórios Orçamentos, relatórios de desempenho, de custos e outros não rotineiros para facilitar a tomada de decisões, elaborados de forma detalhada, com especificidades de partes da entidade, como produtos, departamentos etc. e liberdade quanto à forma de elaboração BP, DRE, DLPA (DMPL), DFC e DVA, conforme os moldes legais, elaborados de forma resumida, preocupando-se precipuamente com a entidade como um todo Delineamento das atividades Campo de ação se define com menor precisão. Uso mais intenso de disciplinas como economia, ciências de decisão e comportamentais. Campo de ação se define com maior precisão. Menor uso de disciplinas afins. Bases de mensuração Várias bases (moeda corrente,estrangeira – moeda forte, medidas físicas etc.). Moeda corrente Arcabouço técnico e teórico Ciência Contábil, Economia, Finanças, Estatística, pesquisa operacional e comportamental etc. Ciência Contábil. Fonte: Padoveze (2004) Quanto aos objetivos a contabilidade gerencial permite o planejamento, controle e avaliação de desempenho da empresa pelos usuários externos, que podem ser representados por sócios ou gestores, enquanto isso a contabilidade financeira facilita somente a análise financeira, que Bacharelado em Ciências Contábeis pode ser entendida como aquela baseada nas demonstrações contábeis obrigatórias, pelos usuários externos da contabilidade. No caso dos usuários de ambas as contabilidades Ching (2006) afirma que as informações da contabilidade financeira são destinadas ao uso do público externo, porém essa informação serve para o consumo dos usuários internos da organização, em especial seus colaboradores. O autor afirma que é deste modo que são obtidas informações sobre o faturamento da empresa em que trabalham, se esta tem lucro ou prejuízo, o custo das mercadorias que são vendidas, as despesas de marketing com venda entre outras. Ching (2006) relata que o interesse dos gestores aumenta quando os executivos têm seus bônus atrelados aos resultados. Já as informações da contabilidade gerencial são exclusivamente voltadas para o público interno das empresas, uma vez que esta informação é voltada para atender às necessidades de planejamento, controle e avaliação de desempenho. Este tipo de informações, provavelmente não seria entendimento pelo público externo uma vez que nem sempre apresentam uma uniformidade em sua elaboração e não são seguidas regras definidas para a sua elaboração. Neste ponto, conforme destaca Lunkes (2007) ainda há uma série de envolvidos como por exemplo: colaboradores, equipes de trabalho, processos e atividades e departamentos. É neste momento que são criados os conhecidos “centros de responsabilidade” para assegurar que cada unidade corresponda às expectativas preestabelecidas. Lunkes (2007) afirmar que estes centros de responsabilidade estão envolvidos em uma série de atividades e usam a informação para o planejamento, execução e controle de curto prazo de atividades do dia-a-dia e de longo prazo na definição, por exemplo, de novos investimentos, formulação de políticas e planos. Além disso, conforme cita o autor, outros usuários, como a área de pesquisa e desenvolvimento, por exemplo, tem a necessidade de informações relacionadas à identificação de características que o cliente considera como essenciais na sua satisfação bem como processos e os custos que serão decorrentes dessa necessidade. Outra área que também tem interesse na contabilidade como usuário interno é a de vendas e marketing que irá precisar de informação sobre receitas geradas, participação no mercado, comissões de vendedores, perdas com vendas a prazo, custos dos produtos, níveis de estoque e Bacharelado em Ciências Contábeis preço de venda. Outro ponto é a necessidade de demanda esperada em função de campanhas ou ainda o êxito das políticas e procedimentos envolvidos. Cabe ainda destacar a área de produção e logística que precisa de informações da contabilidade para tomar decisões sobre custos e processos, atividades e produtos, níveis de qualidade, produtividade e ciclo de vida do produto. Outra área que tem interesse nas informações internas geradas pela contabilidade é a própria área de contabilidade e finanças observando o custo de capital, capital de terceiros, prazos de pagamento e recebimento, uma vez que estes são de extrema importância para que os gerentes de contabilidade e finanças possam tomar decisões que irão interessar a outras áreas. A área de recursos humanos necessita de informações sobre níveis de motivação e retenção de empregados, produtividade, necessidade de novos treinamentos, entre outros (LUNKES, 2007). Ainda há necessidade de informações para o centro de serviços ao cliente que possuem a necessidade de informações sobre custos com reparos, lotes de peças defeituosos, número de reclamações e atendimentos. A liberdade de escolha está relacionada ao fato de elaboração de relatórios, que podem ser feitos de diversas formas, um exemplo são as formas de custeio empregadas, sendo que vários tipos de raciocínio, como o custeio por absorção, variável entre outros podem ser aplicados para que se obtenha a informação da melhor forma possível, o único limitador nesse caso seria o custo benefício da obtenção destas informações. Já na contabilidade financeira a liberdade de escolha está limitada aos Princípios de Contabilidade, uma vez que esta é responsável pela elaboração e a apresentação das demonstrações contábeis exigida conforme a legislação societária. O aspecto comportamental da contabilidade gerencial é principalmente observado com influência das medidas e relatórios sobre o o comportamento dos gerentes que tem que preparar o futuro sem se descuidar com o futuro, esta preocupação já não acontece na contabilidade financeira (CHING, 2006). Como a Contabilidade Financeira faz o registro das informações que já ocorreram e modificaram o patrimônio das entidades ela é essencialmente voltada para o passado, já a Bacharelado em Ciências Contábeis Contabilidade Gerencial possui sempre um olhar para o futuro, trabalhando com ferramentas como o orçamento, por exemplo, que irá trabalhar com metas e objetivos para o futuro; O horizonte de tempo da contabilidade gerencial é bastante flexível uma vez que os relatórios podem ser requisitos, elaborados e utilizados em qualquer espaço de tempo que seja necessário. Já a contabilidade financeira, por se tratar de fornecedora de informações aos usuários externos, sendo ai considerados o governo, investidores e outros interessados, será menos flexível, sendo caracterizado por um período de um ano ou um trimestre (dependendo do tipo de lucro que a empresa está enquadrada). Os relatórios por sua vez, na contabilidade gerencial, uma vez que são voltados para a tomada de decisão são muito mais detalhados, preocupando-se com detalhes de partes da entidade, produtos, departamento e território em que a empresa atua, alguns exemplos desses relatórios são: orçamentos, relatórios de desempenho, de custos, entre outros não rotineiros que irão auxiliar o processo decisório. Já a contabilidade financeira apresenta relatórios resumidos, apresentando a entidade como um todo, sendo que estes são representados pelo Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e outros exigidos na legislação societária. O delineamento das atividades no caso da contabilidade gerencial tem seu campo definido como uma menor precisão uma vez que esta faz uso intenso de outras disciplinas como economia, ciências da decisão e comportamentais. Já na contabilidade Financeira este campo se define com maior precisão com um menor uso de disciplinas afins. De acordo com os Princípios de Contabilidade a contabilidade financeira utiliza em suas demonstrações a moeda corrente no Brasil que é o Real. Já a contabilidade gerencial pode utilizar diversas moedas, uma vez que é necessário fornecer informações para a matriz, por exemplo, que fica em outro país, ou ainda apresentar as demonstrações em moeda forte, como o dólar, por exemplo. O arcabouço técnico e teórico da contabilidade gerencial, por ter um campo de ação definido como menor precisão utiliza a ciência contábil e outras ciências correlatas e a contabilidadefinanceira é baseada somente na Ciência Contábil. Bacharelado em Ciências Contábeis O PROCESSO DE GESTÃO NA TOMADA DE DECISÃO O processo de gestão envolve algumas etapas, que formam um ciclo: administrativo, planejamento, execução e controle. Sendo que estes podem ser visualizados conforme a figura a seguir: Figura 1 – Processo de Gestão Adaptado de Lunkes (2013) No planejamento é que acontecem as escolhas de um curso de ação, por objetivo tratados a curto prazo (operacional) e longo prazo (estratégico). Dentro deste planejamento deve haver o desenvolvimento de metas de curto prazo, que deverão ser alcançadas em menos de um ano e questões de longo prazo, que poderão diferenciar a empresa de seus competidores, por exemplo. Bacharelado em Ciências Contábeis Lunkes (2007) afirma que é de extrema importância que a empresa possua sistemas que façam a mensuração da evolução do planejamento, estabelecendo e acompanhando o conjunto de indicadores e metas. Uma das ferramentas que auxilia nesse processo, por exemplo, é o Balance Scorecard. Já na execução, as atividades operacionais terão que contar com o envolvimento e mobilização do pessoal para que os planos sejam cumpridos. Decisões, como por exemplo, a abertura de uma nova fábrica, lançamento de um novo produto ou serviço ou ainda de terceirização, são decisões que afetam toda a organização e conforme cita Lunkes (2007) incluem a gestão de pessoal, as decisões de marketing, bem como a contratação de pessoal em tempo integral ou temporário entre outras, ou seja, é necessário que as áreas sejam comunicadas e que haja entre elas uma integração para que tudo funcione. Este ciclo pode ser chamado de direção e motivação e irá envolver a coordenação de diversas atividades da empresa bem como a área de recursos humanos para facilitar o processo operacional. Aqui entra o relacionamento e a implementação dos objetivos planejados e a promoção de incentivos necessários para sua efetivação. No ciclo de controle haverá o monitoramento e a avaliação de pessoas e recursos usados nas operações para assegurar que os objetivos da entidade sejam alcançados. O controle tem como principal finalidade assegurar que sejam atingidas as metas planejadas pela empresa, incluindo, para isso, o uso de recompensas para motivar os empregados a atingir metas. Assim, o papel da contabilidade gerencial é fundamental neste processo de controle. INTRODUÇÃO À TOMADA DE DECISÃO Embora os gerentes das diferentes áreas dentro de uma empresa enfrentem problemas diferentes, o processo de tomada de decisão que estes seguem é bastante uniforme. Sendo que em cada decisão deve ser considerado um conjunto de fatores que influenciam direta e indiretamente na resolução do problema. Pode-se afirmar que a tomada de decisão é um Bacharelado em Ciências Contábeis processo de escolher entre as alternativas disponíveis, e isto pode ser apresentado em algumas etapas, conforme demonstra Lunkes (2007): Primeira etapa – definir o problema – O problema só existe quando há uma diferença entre o desejado e o existente e isso precisa ser definido com precisão. Por exemplo, uma empresa que enfrenta queda de vendas, pode achar que para resolver o problema deve diminuir a comissão dos vendedores, quando na verdade não visualiza que o problema está na qualidade de seu produto; Segunda Etapa – Formular objetivo e as alternativas de ação – para encontrar alternativas de ação, o gestor deve levantar todas informações disponíveis, considerando as causas e as consequências de suas decisões, pode ser dividida entre coleta e análise das informações. Terceira etapa – Identificar e analisar múltiplas opções – Este processo requer a consideração de variáveis pertinentes que afetam o problema e dos cursos alternativos de ação; Quarta etapa – Selecionar a melhor opção – Depois de todos os passos a fase agora é escolher o curso de ação que pode resolver o problema, sendo a alternativa a melhor entre todas levantadas. FATORES RELEVANTES NA TOMADA DE DECISÃO Lunkes (2007) enumera alguns fatores relevantes na tomada de decisão e entre eles estão: Preço Custo Qualidade O tempo A inovação Melhoria Continua Bacharelado em Ciências Contábeis Sistemas de informação O gerenciamento da cadeia de valor A gestão de pessoas MUDANÇA DE AMBIENTE EMPRESARIAL E A CONTABILIDADE GERENCIAL Ching (2006) afirma que a intensificação da competição em um mercado globalizado acaba por obrigar as empresas a se desdobrarem para se manter competitivas e sobreviver. O autor relata alguns dos fatores externos que acabam por exercer as pressões sobre elas e entre eles estão: Ciclo de vida do produto mais curto – devido ao avanço tecnológico que hoje em dia ocorre cada vez mais rápido e às constantes e crescentes mudanças nos produtos, seu ciclo de vida diminui muito, com destaque para a área de eletrônicos, na área de máquinas e de informática. O autor afirma que produtos lançados hoje possuem uma nova versão ou um upgrade um ano depois, ou ainda acabam sendo substituídos por um inteiramente novo. Desta forma, as empresas são obrigadas a inovar sua linha de produtos para manter-se atualizadas no mercado, sendo que este torna-se cada dia mais competitivo e os clientes, mais exigentes; Clientes exigentes e bem informados – devido à grande quantidade de informações e opções que os clientes possuem, estes acabam por se tornar cada vez mais criteriosos e exigentes. Assim a empresa precisa adotar uma postura para cativar este cliente, ofertando produtos e serviços que satisfaçam a sua necessidade e seus desejos, criando com eles um vínculo de confiança; Competição externa – diferentes fatores competitivos implicam em diferentes objetivos de desempenho, sendo que os clientes valorizam: preço baixa, alta qualidade, entrega rápida e confiável, produtos e serviços imovadores e prazo de entrega. Além disso a empresa precisa se preocupar com custos, qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade de produto/serviço e de volume e entrega dos produtos e serviços. Bacharelado em Ciências Contábeis Pensando nestes aspectos do ponto de vista contábil existe a pressão para os contadores financeiros, ou seja aqueles que suprem as informações para os credores, mercado de capital, autoridades fiscais que solicitam relatórios e demonstrativos acurados e que muitas vezes passam por auditoria. Ching (2006) cita que à medida que os produtos se expandiam as empresas acabavam por entrar em novas regiões geográficas, tornado desta forma as operações mais complexas, fazendo com que os executivos sentissem a necessidade de informações e relatórios diferentes daqueles que eram elaborados na contabilidade financeira e que pudessem subsidiar o seu processo de tomada de decisão. Padoveze (2004) cita que para a Contabilidade Gerencial seja usada no processo decisório é necessário que essa informação seja desejável e útil para as pessoas responsáveis pela tomada de decisão dentro da entidade. É preciso lembrar que para os administradores que buscam a excelência empresarial, uma informação, mesmo que útil, só será interessante se conseguida a um custo adequado, parte daí a única limitação para a contabilidade gerencial, que é a de custo versus benefício para a obtenção da informação, sendo que Padoveze (2004) afirma que a informação não pode valer custar mais do que ela pode valer para a administração da empresa. Assim, será explorado como a contabilidade gerencial também precisa terfoco em estratégia, competitividade e concorrência para que as empresas possam garantir não só seu sucesso, mas em muitos casos sua sobrevivência. Referências CHING, Hong Yuh. Contabilidade Gerencial: Novas práticas contábeis para a gestão de negócios. São Paulo, Pearson, 2006. LUNKES, Rogério João. Contabilidade Gerencial. Florianópolis: Visual Books, 2007. Bacharelado em Ciências Contábeis PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4ª. Ed., São Paulo: Atlas, 2004. SOUTES, Dione Olesczuk; GUERREIRO, Reinaldo. Uma investigação do uso de artefatos da contabilidade gerencial por empresas brasileiras. - In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - ENANPAD, 31., 2007, Rio de Janeiro. Anais ... Rio de Janeiro: ANPAD, 2007. CD-ROM.
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