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FTEC – FACULDADE DE TECNOLOGIA
IBGEN – INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO DE NEGÓCIOS
Elisangela Santos Lemos
OS EXCESSOS NA LEGÍTIMA DEFESA
E A RESPONSABILIDADE PENAL
Porto Alegre
2017
ELISANGELA SANTOS LEMOS
OS EXCESSOS NA LEGÍTIMA DEFESA
E A RESPONSABILIDADE PENAL
Projeto de pesquisa desenvolvido no módulo de PRÉ-PROJETO I do curso de DIREITO da Faculdade de Tecnologia- FTEC/Instituto Brasileiro de gestão de Negócios – IBGEN.
 
Orientadora: profª Ângela Maria Garcia dos Santos Silva e Viviane Viebrantz Herchmann
Porto Alegre
2017
SUMÁRIO
1 TEMA	3
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA	3
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA	3
1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA	3
1.4.1 Objetivo geral	3
1.4.2 Objetivos específicos	3
1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA	3
2 REFERENCIAL TEÓRICO	5
2.1 O COMPORTAMENTO HUMANO: AÇÃO E REAÇÃO	6
2.2 LEGÍTIMA DEFESA E AUTODEFESA	6
2.3 PSICOLOGIA JURÍDICA E A CIÊNCIA JURÍDICA À LEGÍTIMA DEFESA	7
2.4 O EXCESSO NA LEGÍTIMA DEFESA E A PERDA DO DIREITO	9
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO	11
4 CRONOGRAMA	12
REFERÊNCIAS	13
1 TEMA
Os limites na legítima defesa: a responsabilidade penal.
 
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A responsabilidade penal de quem comete o excesso na legítima defesa.
 
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA
Qual é o limite do agredido na legítima defesa para que sua atuação não configure o excesso do Instituto Jurídico da Legítima Defesa?
1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA
 
1.4.1 Objetivo geral
Entender os limites do agredido na Legítima Defesa para que sua atuação não configure o Excesso do Instituto Jurídico da Legítima Defesa.
 
1.4.2 Objetivos específicos
* Verificar os casos em que a ação do agredido configura o Excesso da Legítima Defesa;
* Apresentar os elementos necessários e sua função repressiva para que o agressor seja responsabilizado por sua conduta excessiva;
* Conceituar Legítima Defesa e analisar o excesso da Legítima Defesa.
 
1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
O trabalho revela-se importante dentre os diversos assuntos abordados pela Ciência Jurídica como um todo, a partir da maneira como irá procurar esclarecer aspectos positivos e negativos do instituto Jurídico da Legítima Defesa, pois, assim, contribuirá para o aperfeiçoamento do conhecimento científico, no que tange ao assunto abordado.
 Várias são as vezes em que o agente é responsabilizado por “excesso de sua conduta”. Entretanto, ao agir em retribuição a uma agressão real, iminente e injusta, não provocada pelo agredido, fica acometido de um estado psicológico que, “a priori”, o eximiria da conduta excessiva. Em contraponto a essa afirmativa, questiona-se a necessidade de aplicabilidade do Instituto Jurídico do Excesso da Legítima Defesa, quando o agredido, perante a atitude do agressor de cessar a agressão, continua a empreender a sua em demasia. Ao contexto de um caso prático sobre o Excesso na Legítima Defesa, demonstra-se, assim, quão tênue é a configuração do excesso, e por isso seja complexo seu entendimento, acarretando o extravasamento da ação do ofendido. Esse Instituto aguçou a ideia de buscar um melhor entendimento sobre o limite da legítima defesa, até onde podemos ir para parar a agressão ou contê-la de forma precisa, ficando claros os critérios que envolvem os limites de agir em detrimento da preservação do bem jurídico ofendido. 
Por conseguinte, busca-se esclarecer o texto da normativa jurídica que discorre sobre a excludente da ilicitude que enfatiza a responsabilidade pela reação desordenada na pretensão de conter ou revidar o ato direcionado a si.  Apesar da repulsa ser sinônimo de Legítima Defesa ao direito seu ou de outrem não deve um sentimento caracterizado como antijurídico, pois dessa forma há de se falar em retorno ao Estado de natureza de Hobbes. Para isso, catalisar as leituras sobre o assunto, buscar artigos, periódicos e literaturas jurídicas e jurisprudências que clarifiquem o que é e de que forma pode-se extrapolar o Instituto da Legítima Defesa auxiliarão na “fuga” do ato ilícito.
Ao finalizar, aborda-se os aspectos objetivos e subjetivos que tangenciam o conceito de Legítima Defesa, no intuito de compreender que o agressor, em determinado momento, podendo estar acometido de uma forte emoção que o conduza a ação desordenada, precisa agir sob os critérios da legis, desconfigurando uma conduta igualmente ilícita do agressor no âmbito penal, apesar da vontade do agredido de sanar o ato de perigo, esse não poderá fazê-lo fora do que rege a lei.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Quadro 1 - Quadro teórico
	COMPORTAMENTO HUMANO: AÇÃO E REAÇÃO
	Trindade, Jorge
	Manual de Psicologia Jurídica para Operadores de Direito (2009)
	Livro
	
	Figueiredo, L.C.M
	Matrizes do Pensamento Psicológico (1989)
	Livro
	
	Rodrigues, M.E
	“Behaviorismo: Mitos, discordância, conceitos e preconceitos.” In: Educere et Educare (2006)
	Artigo
	
	Skinner, J.B
	Sobre o behaviorismo (1982)
	Livro
	LEGÍTIMA DEFESA E A AUTO DEFESA
	Chrystense, Rony.
	Guia de sobrevivência nas ruas. Noções de autodefesa, fugas e técnicas de combate (2013)
	Livro
	
	Código Penal
	2005
	Código
	
	Mirabete, Júlio Fabrinni
	Manual de Direito Penal (2001)
	Livro
	
	Guimarães, Deoclesiano.
	Dicionário Técnico Jurídico (1999)
	Artigo
	
	Noronha, E. Magalhães
	Direito Penal (1998)
	Livro
	
	Greco, Rogério
	Curso de Direito Penal (2003)
	Livro
	
	Capez,Fernando
	Curso de Direito Penal (2002)
	Livro
	
	Bettiol, Giuseppe
	Direito Penal (2000) 
	Livro
	
	Dias, Jorge de Figueiredo
	Direito Penal parte geral (2007) 
	Livro
	
	Cretela Jr., José
	Curso de Direito Romano (1995)
	Livro
	
	Bittencourt, Cezar Roberto
	Tratado de Direito Penal: parte geral (2003)
	Livro
	PSICOLOGIA JURÍDICA E A CIÊNCIA JURÍDICA À LEGÍTIMA DEFESA
	Guerrero, Hermes Vilchez
	Do excesso da legítima defesa (1997)
	Livro
	
	Silva, Marcos Antônio
	Excesso Punível na Legítima Defesa
	Livro
	
	Zaffaroni, Eugênio Raúl
	Manual de Direito penal Brasileiro. Parte Geral (2003)
	Livro
	
	SCHWARTZ, Diego
	A responsabilidade civil do policial militar no crime de homicídio praticado em serviço
	Artigo
	
	Silva, M.Antônio Duarte
	Antijuricidade, escusas absolutórias e legítima defesa (2009)
	Artigo
	
	SZNICK, Valdir
	Manual de direito penal (2002)
	Livro
	O EXCESSO NA LEGÍTIMA DEFESA E A PERDA DO DIREITO
	ROXIN, Claus
	Derecho penal parte general: fundamentos, la estrutura de la teoria do delito (1997)
	Livro
	
	Nucci, Guilherme de Souza
	Código Penal comentado (2003)
	Livro
	
	Filho, Vicente Greco
	Manual de processo penal
	Livro
	
	VENZON, Altayr. 
	Excessos na Legítima Defesa.
	Livro
	
	ZACARIAS, André E. Carvalho
	Exclusão da Ilicitude
	Livro
	METODOLOGIA DA PESQUISA
	Santos, A.R.
	Metodologia científica: a construção do conhecimento
	Livro
	
	Gil,A.C
	Métodos e técnicas de pesquisa social
	Livro
	
	Flick,Uwe
	Introdução a pesquisa qualitativa.
	Livro
	
	FONSECA, João José Saraiva da
	Metodologia da Pesquisa Científica
	Livro
Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2017.
 
2.1 O COMPORTAMENTO HUMANO: AÇÃO E REAÇÃO
A Psicologia procura esclarecer algumas condutas que partem de comportamentos excessivos. Isso porque se sabe que essa é a Ciência que estuda os processos comportamentais, nos quais muito se utiliza de sua “técnica” científica para explicar algumas atitudes. Para que se entenda essa análise, é necessário conhecer um pouco sobre esses dois tipos de processos comportamentais e mentais. 
Ao falar em comportamento, tem de se pensar em duas vertentes – comportamentos fechados e abertos.
Para Rodrigues (2006, p. 154), as “consequências advindas dessas ações modificam o mundo à sua volta (ambiente externo) e a si próprio (ambiente interno)". Por isso, o homem não age de forma passiva o tempo todo, sua ação ou reação depende do meio ambiente e suarelação. Entende-se, então, que a conduta de um ser humano analisada no âmbito jurídico, também pode e deve ser vista com especificidade em questões da matéria de psicologia, como afirma Rodrigues (2006), pois diariamente especula-se por vários meios de pesquisas e múltiplos métodos de análises o não entendimento sobre atitudes que muitas vezes passam dos limites e são consideradas ofensivas em demasia para se conviver em coletividade dentro da ordem do Estado. 
 
2.2 LEGÍTIMA DEFESA E AUTODEFESA
De acordo com a Jusbrasil (2015), a Legítima Defesa é considerada, pelo Código Penal, como Excludente de Ilicitude. Isso indicaria que se alguém age em Legítima defesa não está cometendo crime algum (SILVEIRA; INSTITUTO DEFESA). O que é legítima defesa para o Direito brasileiro?).  Assim, tenta-se entender a atitude desenfreada de sanar uma conduta ilícita que não está de acordo com o que determina o direito, principalmente se tratando do agredido que em um instante pode passar à posição de agressor ao configurar sobre o Instituto de Legítima Defesa, justificando a reação a partir da ação de outrem. 
A partir disso, é evidente que o indivíduo agindo sob a defesa pessoal está reagindo a ações agressivas de outro. Mas como saber sobre o excesso?
Conforme o Código Penal de 1916, se o bem jurídico sofre ameaça ou agressão, é da conduta humana, a defesa, porém, reagir o suficiente para subjugar o ataque, caso contrário, o agredido ou ameaçado de agressão cairá no ato de ilicitude, que pelo Código Penal Brasileiro é crime. Mudei a frase.
Segundo Chrystense (2013), fazer qualquer coisa, de forma a agravar uma situação que se tornou violenta, ou ir além da força razoável, cruza a linha para “combate” nos olhos da lei e, uma vez que isso aconteça, o indivíduo pode ser responsabilizado por suas ações.   Nem sempre é fácil lidar com os sentimento e emoções e a Psicologia Jurídica entra como um auxiliar na aplicação jurídica e no estudo do comportamento humano. Essa Ciência encontra uma forma de entender e ajudar as pessoas que de uma hora para outra expressam sensações ou sentimentos aparentemente capazes de controlar, mas que devido ao seu descontrole cometem ato desordenado e ofensivo.
 A Legítima Defesa é, segundo o autor, um campo minado legal que pode arrastar pessoas para a prisão e para o tribunal, caso não tenha cuidado.
 
2.3 PSICOLOGIA JURÍDICA E A CIÊNCIA JURÍDICA À LEGÍTIMA DEFESA
Junto à Psicologia Jurídica é preciso falar sobre a Ciência Jurídica e as normas do Direito Penal, especialmente sobre a Teoria do Crime – título da parte geral – pois essa parte traz a legítima defesa como excludente de ilicitude, um dos critérios para que o agredido não passe para a qualificação de agressor nem seja visto como desobediente em relação às normas jurídicas sociais.
 
Ao examinar uma situação em que se caracteriza a legítima defesa é preciso muita cautela para que cada um de seus requisitos sejam avaliados e predispostos a indagações concernentes a aprovação da existência do instituto. Isso significa que comprovada à plena verificação, tem-se por excluída a ilicitude do fato típico não devendo o agente ser punido (SILVA, 2011, p.11).
  
A ausência do requisito que configura a legítima defesa eleva a condição do agredido – como visto anteriormente - ao aspecto de agressor e ocasiona vários debates no meio jurídico em relação à complexidade sobre o entendimento desse tipo de ação. 
É sabido que se este não tem outro meio para se defender o faz de forma a obter o resultado da cessação da agressão com excesso, ou seja, não limita a sua ação a sanar a agressão, mas continua a prática mesmo que já tenha repelido a outra parte, a exemplo de uma intenção de vontade própria, desnecessária aquele ponto e intencional. 
Quando se trata de defender o bem jurídico, conceitua-se a forma de agir em legítima defesa uma excludente de ilicitude, considerando que o indivíduo ao ter uma reação, a faz para proteger um direito próprio ou alheio, pois, conforme o art. 25 do Código Penal Brasileiro, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Assim não atua contra o direito..
Conforme Guerrero (1997), para os romanos, embora a legítima defesa fosse um ato de ação individual, para que tivesse reconhecimento fez-se necessário algumas formalidades. Assim também o direito penal brasileiro discorre, em seus artigos, as premissas sobre a legítima defesa e os critérios que deverão ser obedecidos para configurá-la sem penalidade ao ofendido. Fugindo a esses parâmetros, não se afastará a ilicitude acarretando o dolo ou culpa a quem o praticou pelo excesso.
A esse respeito, Greco (2011) discorre:
 
Excesso punível. Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo
Art. 23 Não há crime quando o agente pratica o fato
I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º. Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito quando ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços (GRECO, 2011, p. 196). 
Dentro da classificação das normas penais, existem os critérios das normas incriminadoras e não-incriminadoras. A última possui a finalidade, dentre outras, de tornar lícitas determinadas condutas. Nesse âmbito, é que fala-se em Excesso da Legítima Defesa, pois o direito – de agir em legítima defesa – não é absoluto, ao ponto de ao deparar-se com um assaltante, na ação do agredido de não entregar o bem, estes traçarem uma luta corporal e a vítima desferir vários golpes de faca no assaltante até que este perca a vida (JUSBRASIL, 2012).
Tendo a opção de parar e imobilizar aquele que já está sem possibilidade de ataque é considerado um excesso e, portanto, a mercê de ser levado à prática das normas penais e a observância dos artigos dispostos e do que refere-se o parágrafo único das normas não-incriminadoras (JUSBRASIL, 2012).
No que se refere à doutrina, pode-se entender, claramente, que a norma conceitua da seguinte forma: 
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. - permissivas exculpantes – têm por finalidade eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena. Ex.: arts. 26, caput e 28, §1o , do CP.
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (GRECCO, 2014, p. 11).
Sendo assim, há o que se refletir e discutir em relação aos excessos na reação a determinada ação, em que não existe opção de cessar o ataque, mas existe a possibilidade de conter o excesso. Sob essa visão, atua também o Código Civil Brasileiro, pois o direito não admite a justiça de mão própria, podendo o indivíduo repelir agressão injusta, atual ou iminente.
Uma ratificação que todo excesso é passível de punição é o exemplo do que foi considerado homicídio praticado por um policial militar no excesso de legítima defesa e no estrito cumprimento do dever legal.
Conforme observa Schwartz (2007), o policial militar, agindo em legítima defesa, fere gravemente seu agressor e o derruba; mas, após estar este deitado não apresentando mais perigo, excede-se e ainda o fere levemente. Não haverá crime pela lesão corporal grave praticada em legítima defesa, mas o agente será responsabilizado pelo seu excesso, ou seja, a lesão leve posterior à defesa.
Continua Schwartz(2007) ratificando que no estrito cumprimento de dever legal, é indispensável que o agente atue de acordo com o ordenamento jurídico. Se desnecessariamente causa dano maior que o permitido, não ficam preenchidos os requisitos desta discriminante.
 
2.4 O EXCESSO NA LEGÍTIMA DEFESA E A PERDA DO DIREITO
Pode-se observar que o excesso na ação da legítima defesa tem de estar exposto a caracterização da ilicitude penal, pois qualquer dano causado a outrem, mesmo que em detrimento do resguardo da vítima, não pode ir além do que considera plausível a norma jurídica.
Preceitua-se junto a isso que a Psicologia Jurídica explica os excessos de conduta em razão do iminente perigo como algo inesperado, mas que não é possível se limitar a uma ação que estará naquele momento correspondendo como uma reação ao que lhe é imposto. Com isso, as discussões sobre o excesso ao uso do Instituto de Legítima Defesa representam a fuga dos padrões expostos à regra jurídica, já que estas defendem e protegem todo o indivíduo, tanto o que pratica o ato perigoso quanto o que o sofre, mas sem assegurar lícito o exagero. 
Filho (2015) afirma que tudo que passe da medida interfere no que garante a lei àquele que sofreu a agressão ou a ameaça real, conforme orienta.
O Direito Penal se expressa definindo quais comportamentos se definem como crime junto a determinação das aplicações das sanções, no caso de desobediência ou fuga do que esse considera normas não incriminadoras indispensáveis ao preceito pessoal e de convívio comunitário ou coletivo (FILHO, 2015, p. 18).
Quando se fala em tipo penal, logo se considera a conduta a principal via de análise para efetivação do direito, pois essa precisa se enquadrar no que é aceito enquanto lícito ou ilícito. Por isso, ao se caracterizar contrária à conduta legal, certamente representa um desvalor jurídico. Nesse pensamento, está caracterizada a culpabilidade que deverá vir atribuída à capacidade do indivíduo que praticou o ato de avaliar a ilicitude, assim como o excesso vindo da atuação de uma força policial entrará em observância dentro do conceito de ilicitude. Isso acontece quando, por exemplo, uma multidão “X” vai em direção a policiais, e estes, por susto, podendo se assegurar de instrumentos de contenção para cessar o avanço da multidão, afirmam não ter encontrado outra maneira de contê-la, senão atirando contra a população com armas de fogo, o que acaba por atingir alguns populares. Nesse raciocínio, se caracteriza o Excesso da Legítima Defesa, conforme caracterizado no Código Penal Brasileiro.
 A culpa entra no tipo penal da Teoria do Crime não caracterizando excludente de ilicitude. Determinando a intenção de lesar, considerando que excesso, conforme Zaffaroni (2002), é uma injusta e atual agressão, repulsa e imoderada da agressão empregando meios desnecessários em prol da própria proteção. 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO
Para atender os objetivos propostos neste estudo, escolheu-se como método a pesquisa do tipo exploratória. 
De acordo com Uwe Flick (2009), o procedimento trata de lograr os objetivos traçados e é caracterizado como pesquisa exploratória, tendo por finalidade expor e conceituar os problemas mais incisivos que podem auxiliar em estudos vindouros. 
No que se refere à abordagem, será qualitativa e será descrita com base em observações de fenômenos sociais que envolvem excessos na reação do indivíduo e que possam exemplificar e auxiliar no entendimento do uso deste Instituto, para que se entenda o considerado abuso do uso do Instituto de legítima Defesa. A abordagem qualitativa carrega hipóteses construídas a partir da observação e leituras que indicam as principais ideias do fenômeno pesquisado, e isso se aplica na escolha de métodos convenientes e coerentes, sob várias perspectivas que fazem parte do conhecimento. 
Santos (2002) esclarece que a abordagem qualitativa se preocupa com os aspectos da realidade e concentra-se na compreensão e explicação do fenômeno, caracterizando-se por objetivá-lo. Busca compreender e descrever as ações, precisando as relações entre o mundo global e o natural.
 A coleta de dados será realizada por meio de uma pesquisa bibliográfica, que é um dos tipos de pesquisa exploratória. Fonseca (2002) explica que a pesquisa bibliográfica se dá por meio do levantamento de referências teóricas que já foram analisadas e publicadas, como artigos, teses, dissertações e livros. Segundo o autor, todo trabalho científico tem como princípio a pesquisa bibliográfica, permitindo a quem pesquisa, o conhecimento estudado sobre o assunto. O processo de construção da temática foi a partir da análise de textos literários juntamente com pesquisa de jurisprudências, que sentenciaram casos concretos, e formas de excesso de utilização do Instituto de Legítima Defesa. No conteúdo abordado no texto usa-se a observação, a compreensão deste instituto através dos recursos acima citados para melhor discorrer sobre a problemática do uso da legítima Defesa.
 Após o reconhecimento dos casos da ação do agredido que configuram o Excesso da Legítima Defesa, um dos objetivos específicos deste estudo, a interpretação dos dados será realizada com base no referencial teórico, como orienta (GIL, 2008). 
4 CRONOGRAMA
A seguir, são apresentadas as etapas do projeto a serem cumpridas durante a realização da pesquisa.
	Etapas do Projeto 
	Agos.
	Set.
	Out.
	Nov.
	Dez.
	  Pesquisa Bibliográfica
	
	
	
	
	
	
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  Ajustes do Artigo
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	
	
	
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  Conclusão
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	
	
	
	
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  Entrega do TCC
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	
	
	  
	  
	  
	  
	  
	  Defesa da Banca
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	  
	
	
	
	  
	  
REFERÊNCIAS
BETTIOL, Giuseppe. Direito penal: parte geral. Zacarias, 2000.
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 8º ed. São Paulo. Editora Saraiva. 2003.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. V1. Editora Saraiva, 2002.
CHRYSTENSE, Rony. Guia de sobrevivência nas ruas, noções de auto defesa, fugas e técnicas de combate.  Copyrith, 2013.
CÓDIGO PENAL. 7º ed. São Paulo. Revista dos Tribunais. 2005.
CRETELLA JR, José. Curso de Direito Romano. Rio de Janeiro. Forense, 1995.
DIAS, Jorge de Figueiredo. Direito Penal: parte geral. Revista dos Tribunais. 1º ed. São Paulo, 2007.
FIGUEIREDO, L.C.M. Matrizes do pensamento psicológico. Petrópolis, Vozes, 1989.
FILHO, Vicente Greco. Manual de Processo Penal. SP. Saraiva, 1997.
FLICK, Uwe. Introdução a pesquisa qualitativa. 3ºed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
FONSECA, João José Saraiva da. Metodologia da Pesquisa Científica. Ceará. UEC, 2002.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral. Rio de Janeiro. Impetus, 2003.
GUERRERO, Hermes Vilchez. Do excesso da legítima defesa. Belo Horizonte: Del Rey, 1997.
GUIMARÃES, Deoclesiano. Dicionário técnico jurídico. 5º ed. São Paulo: Ridel, 1999.
JESUS, Damásio E. de. Direito penal, parte geral. v1. 25º ed. são Paulo: Saraiva, 2002.
MIRABETE, Julio Fabrinni. Manual de direito penal. São Paulo. Ed. Atlas. v1, 2001.
NORONHA, E. Magalhães. Direito penal. 33º ed. v1. São Paulo: Saraiva, 1998.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código penal comentado. 4º ed. Revisto e atualizado. Ed. Revista dos Tribunais. São Paulo, 2003.
RODRIGUES, M. E. ”Behaviorismo: mitos, discordância, conceitos e preconceitos, ”In Educere et Educare: Revista de Educação. v1, nº 2. Jul/Dez. Cascavel, 2006.
ROXIN, Claus. Derecho Penal. Parte general. Fundamentos, la estructura de la teoría del delito. 1997.
SANTOS, A.R. Metodologia científica: a construçãodo conhecimento. Rio de Janeiro: PP&A, 1999.
SCHWARTZ, Diego. A responsabilidade civil do policial militar no crime de homicídio praticado em serviço. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1632, 20 dez. 2007. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/10782>. Acesso em: 6 jun. 2017.
SILVA, Marcos Antônio. Excesso punível na legítima defesa, 2009.
SKINNER, J.B. Sobre o behaviorismo. São Paulo, Cultrix/Edusp, 1982.
SZNICK, Valdir. Manual de direito penal. São Paulo. Lend, 2002.
TRINDADE, Jorge. Manual de psicologia jurídica para operadores do direito. Porto Alegre, 2009.
VENZON, Altayr. Excessos na legítima defesa. Porto Alegre, S.A. Fabris, 1989.
ZACARIAS, André E. Carvalho. Exclusão da ilicitude. 1º ed. Sâo Paulo. Edijur, 2002.
ZAFARONI, Eugênio Raúl. Manual de direito penal brasileiro, parte geral. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2002.

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