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1. CHEQUE: PRAZOS DE PRESCRIÇÃO 2. REQUISITOS PARA A EXECUÇÃO DE CHEQUES O prazo para a propositura da ação de execução de um cheque é de 06 (seis) meses, contados do término do prazo de apresentação. O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido na mesma praça do lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em praça diversa do local do pagamento. Praça é a localidade em que se situar a agência bancária. Em suma, sendo o cheque emitido como pagamento à vista, conta-se da data de emissão, dia a dia, para efeito da expiração do prazo de apresentação os 30 ou 60 dias (conforme o lugar em que foi passado) e após mais 6 meses, sendo incorreta uma contagem inversa. A importância na observação destes prazos está na execução do cheque, que é uma forma de cobrança simples e rápida, na qual, o devedor, para apresentar embargos à execução, deverá garantir o Juízo ou, se não o fizer, terá bens penhorados pelo oficial de justiça, se este encontrar e na quantidade de tantos quantos encontrar para garantir a satisfação da execução ou mesmo os bens que o próprio credor indicar na inicial da execução. Para o ajuizamento de uma ação de execução de cheque, se faz necessário: o cheque original com um ou dois carimbos de devolução, ou protestado. *O protesto no cheque se dá pela falta de pagamento (cheque sem fundo), devendo ser efetivado antes de se operar a prescrição, sob pena de configurar um ato coercitivo ilegal e abusivo, rendendo ensejo à reparação por danos morais. *O protesto deve ser feito no lugar do pagamento ou domicílio do emitente do cheque. Portanto, o protesto de cheque fora destes prazos ou em outra cidade que não aquela que for o do lugar de pagamento ou do domicilio do emitente, pode trazer problemas para quem protesta. *Lembrando que o protesto não é obrigatório para execução do cheque, tão somente é a prova cabal da mora do devedor e de sua má-fé ao se enriquecer ilicitamente. * Caso haja passado o prazo de 06 meses para entrar com ação de execução, pode ser ajuizada Ação de Locupletamento Ilícito, que prescreve em 02 anos, ou então pode ser ajuizada a Ação Monitória ou Ação de Cobrança, em 05 anos contados a partir da data final do prazo de 06 meses para ingresso com a Ação Executiva. *A execução do cheque é uma forma de cobrança simples, rápida e eficaz de título cambial. *A prescrição, por outro lado, fará com que todos os benefícios da presumível segurança que o cheque possa oferecer, a princípio, inclusive a sua força executiva, acabem, irremediavelmente, em curtíssimo espaço de tempo. Depois de decorrida a prescrição o cheque não servirá para instruir processo de execução e somente poderá ser cobrado pela via da ação de locupletamento ilícito (cuja qual existe a possibilidade de não se discutir a “causa debendi” – origem da dívida), e, via ação monitória ou ação de cobrança, as quais são demoradas, admitem defesa, provas e discussões em torno da sua origem de sua legalidade, sem a prévia penhora de bens para garantir a eficácia da cobrança. * Interessante lembrar ainda, que conforme entendimento dos Tribunais (Súmula 370 do Superior Tribunal de Justiça), a apresentação antecipada de cheque pré-datado gera danos morais. Portanto, muito cuidado! Portanto, você que se sentir prejudicado no seu direito, entre em contato conosco, faça uma consulta que nossos advogados especialistas em cobrança e execução de cheques analisarão minunciosamente seu caso e o orientarão a ingressar com uma ação na Justiça, garantindo assim os seus direitos e evitando abusos. 3. CARACTERISTICAS DA LETRA DE CÂMBIO É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo. É o título de crédito por meio do qual uma pessoa (denominada sacador) declara que certa pessoa (denominada sacado) pagará a certa pessoa (denominada tomador ou beneficiário) uma quantia certa, num determinado local e data. - Características: Ordem de pagamento (não é promessa), Nominativa à ordem (endosso) ou não à ordem (cessão de crédito), Modelo livre (na sacola de pão), Abstrato (emissão do título – causa que me leva a lançar este titulo no mercado - vinculada). Representa uma ordem de pagamento, ou seja, quem realiza o saque (emissão do título) a principio não é quem se responsabiliza pelo pagamento. Para ser letra de câmbio deve atender aos Requisitos do art. 1º da LUG. OBS: Súmula 387, STF: a cambial emitida ou aceita com omissões ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 4. EXECUÇÃO DE AVALISTAS E ENDOSSANTES EM CHEQUES Execução (art. 47, LC) Sujeito ativo: portador Sujeito passivo: I - emitente e seu avalista II - endossantes e seus avalistas: se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação. Uma vez que o cheque é um título executivo extrajudicial (art. 784, I, NCPC), deve haver o protesto para garantir direito contra os coobrigados. Deve ser feito antes da expiração do prazo de apresentação (30 ou 60 dias). E no caso dos cheques pós-datados, podem ser protestados, pois são ordens de pagamento à vista. 5. ENDOSSO - Instituto do direito cambiário. - Puro e simples. - Endossa tudo ou nada - Tácito ou expresso (só assinatura no verso basta) - Manifestação unilateral de vontade - Coobrigação (no vencimento caso não tenha sido pago, o ultimo pode cobrar de todos os outros coobrigados) O ENDOSSO serve para TRANSMITIR o título de crédito. O titulo que não tem nome de ninguém será destinado “ao portador”. Então quem tiver com a posse do documento, será o dono deste titulo. Por outro lado, quando você coloca o nome do credor, esse titulo passa a ser chamado de “nominativo”. - Será que os títulos de créditos podem ser ao portador? R: É possível, mas em caráter de exceção. Só é possível no CHEQUE e com valor até R$ 100,00 (cem reais). Nota promissória = NOMINATIVA; Duplicata = NOMINATIVA; Cheque = AO PORTADOR (até R$100,00) NOMINATIVO (acima de R$100,00); TRADIÇÃO é a simples entrega do título. (AO PORTADOR). Porém, se o titulo for NOMINATIVO, é necessário um ato solene para a transmissão. Esta solenidade pode ser feita de DUAS FORMAS: ENDOSSO: previsto no direito cambial. Se o credor só assinar no VERSO do titulo e não escrever nada, é o que chamamos de endosso. A SESSÃO CIVIL DE CRÉDITO: prevista no direito civil. Se o credor assinar no VERSO e escrever “não à ordem” se trata desta solenidade. Quando eu ENDÓSSO um título de crédito (Endossante) eu estou TRANSMITINDO e GARANTINDO o título. Ou seja, responde junto ao devedor principal. Torna-se um garantidor solidário. Sem nenhum beneficio de ordem. Isso quer dizer que se o credor quiser acionar só você, ele pode. Na Cessão civil de créditos você está apenas transmitindo, você não é um garantidor do titulo. O novo credor é chamado de ENDOSSATÁRIO. Se eu endossar, e indicar o nome do endossatário, nós chamamos este endosso de ENDOSSO EM PRETO. No entanto, se eu endossei, e não coloquei o nome do novo credor (endossatário), trata-se de ENDOSSO EM BRANCO. Existem alguns endossos que chamamos de ENDOSSOS IMPRÓPRIOS, ou seja, endossos que perderam as suas características originais. ENDOSSO MANDATO: vira o verso do titulo de credito, e ao invés de transmitir para um terceiro, faz-se uma procuração. Dou poderes a quem acabou de receber o titulo de credito, para que ele possa cobrar em meu lugar. Mas não se tornará o novo credor. EX: “Dou poderes à (coloca o nome da pessoa que irá prestar o serviço) para (o motivo – dar quitação, cobrar, protestar, etc.) e assino atrás”. ENDOSSO CAUÇÃO: usa-se o titulo para caucionar uma obrigação. EX: Conta garantida. Empresas que tem um limite pré-aprovado no banco. As vezes essas empresas deixamna tesouraria do banco uma certa quantia de cheques que elas recebera do varejo. E esses cheques ficam lá para ser depositados no dia marcado. Ou seja, esses cheques são a garantia de que a empresa irá quitar com sua obrigação. A melhor forma de se fazer é através do endosso caução, que se faz no VERSO do título e escrevo: “Este titulo serve como garantia de....” ou “valor dado em garantia de...”. No endosso impróprio eu nunca transmito o titulo, e nem a propriedade. Eu apenas transmito a POSSE do título. Ambos estão nos arts. 18 e 19 da LUG. ENDOSSO PÓSTUMO: é o endosso realizado após o protesto. Este endosso perde a finalidade de garantir o titulo de crédito. Ele só serve agora para transmitir o título. Em outras palavras, o endosso póstumo produz os efeitos da sessão civil de crédito. 6. CHEQUE: APRESENTAÇÃO PARA PAGAMENTO “O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de trinta dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de sessenta dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior” (art.33, LC). Lugar da emissão: onde o emitente preenche ao colocar a data; Presunção de veracidade: data inscrita como a de emissão do cheque; Data lançada abreviada ou por extenso: emitente / terceiro; Perda do prazo: portador pode colocar o cheque em cobrança bancária, desde que esteja dentro do prazo de prescrição (6 meses a partir da expiração do prazo de apresentação) - art. 59, LC. Havendo saldo, o banco deve realizar o pagamento (art. 35, p.u, LC). Enunciado n° 40 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “O prazo prescricional de 6 (seis) meses para o exercício da pretensão à execução do cheque pelo respectivo portador é contado do encerramento do prazo de apresentação, tenha ou não sido apresentado ao sacado dentro do referido prazo. No caso de cheque pós-datado apresentado antes da data de emissão ao sacado ou da data pactuada com o emitente, o termo inicial é contado da data da primeira apresentação” 7. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA E SEUS DESDOBRAMENTOS NOS TITULOS DE CREDITO “[...]pelo princípio da autonomia, entende-se que as obrigações representadas por um mesmo título de crédito são independentes entre si. Se uma dessas obrigações for nula ou anulável, eivada de vício jurídico, tal fato não comprometerá a validade e eficácia das demais obrigações constantes do mesmo título de crédito.” (COELHO, 2014) “O princípio da autonomia se desdobra em dois subprincípios — o da abstração e o da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé. Trata-se de subprincípios porque, embora formulados diferentemente, nada acrescentam à disciplina decorrente do princípio da autonomia.” (COELHO, 2014) “O subprincípio da abstração é uma formulação derivada do princípio da autonomia, que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a relação, ato ou fato jurídicos que deram origem à obrigação por ele representada [...]” (COELHO, 2014). “Segundo o subprincípio da abstração, entende-se que quando o título circula, ele se desvincula da relação que lhe deu origem. A abstração significa, portanto, a completa desvinculação do título em relação à causa que originou sua emissão.” (RAMOS, 2014). O subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé “[...]é, apenas, o aspecto processual do princípio da autonomia, ao circunscrever as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de crédito executado.” (COELHO, 2014). “Sendo assim, o portador do título não pode ser atingido por defesas relativas a negócio do qual ele não participou. O título chega a ele completamente livre dos vícios que eventualmente adquiriu em relações pretéritas.” (RAMOS, 2014) 8. LETRA DE CÂMBIO: SUJEITOS / ACEITE É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo. É o título de crédito por meio do qual uma pessoa (denominada sacador) declara que certa pessoa (denominada sacado) pagará a certa pessoa (denominada tomador ou beneficiário) uma quantia certa, num determinado local e data. - Características: Ordem de pagamento (não é promessa), Nominativa à ordem (endosso) ou não à ordem (cessão de crédito), Modelo livre (na sacola de pão), Abstrato (emissão do título – causa que me leva a lançar este titulo no mercado - vinculada). Representa uma ordem de pagamento, ou seja, quem realiza o saque (emissão do título) a principio não é quem se responsabiliza pelo pagamento. Para ser letra de câmbio deve atender aos Requisitos do art. 1º da LUG. Como quem recebe a ordem de pagamento não é quem emite o título, este deve ser apresentado ao mesmo para dizer se concorda com a ordem. Esta concordância é dada através do ACEITE. É o que diz o art. 21 da LUG. Se o SACADO ACEITAR ele se torna o DEVEDOR PRINCIPAL do título, o SACADOR se torna CORRESPONSÁVEL e não ocorrerá vencimento antecipado. O aceite pode ser dado de forma PARCIAL, conforme o art. 26 da LUG. Mas no caso da letra de câmbio, o sacado não é obrigado a dar o aceite, já que não existe nenhum vínculo anterior à emissão do título e se recusar a fazê-lo ele não assume a obrigação. Para que surta os efeitos, a recusa de aceite deve ser comprovada pelo protesto por falta de aceite. 9. DUPLICATA: CARACTERISTICAS GERAIS E ACEITE CASO 11 10. CHEQUE: CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS TIPOS DE TÍTULO DE CRÉDITO: ONDE SE ENQUADRA CASO 12 OU 13
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