Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução APP - Identificação dos perigos potenciais APP - Conhecendo a metodologia APP - Aplicando a metodologia Nesta unidade A áli P li i d P i Benjamim Franklyn S EN A I – P E T R O B R A S15 .................... O p e r a ç ã o s e m r i s c o s abendo-se que acidentes devem ser evitados a qualquer custo, pois os prejuízos que deles provêm são inúmeros, tanto no que diz respeito à vida hu- mana e ao meio ambiente, quanto ao aspecto finan- ceiro, reconhecemos a metodologia da ANÁLISE PRE- LIMINAR DE PERIGOS (APP) como essencial à formação de um profissional que trabalha com sistemas que apresentam periculosidade. Assim, esta unidade apresenta as etapas dessa metodologia (APP), desde os seus objetivos até a sugestão de um relatório final, esperando que tais informações sejam de grande valia ao seu trabalho. IntroduçãoIntrodução Unidade 1 SS Tome NotaTome Nota S EN A I – P E T R O B R A S17 .................... O p e r a ç ã o s e m r i s c o s APP Identificação dos perigos potenciais ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS (APP) é uma metodologia estruturada para identificar os perigos potenciais decorrentes da instalação de novas unidades/sistemas ou da operação de unidades/sistemas existentes que lidam com materiais perigosos. Esta metodologia procura examinar as maneiras pelas quais a energia pode ser liberada de forma descontrolada, levantando, para cada um dos perigos identificados, as suas causas, os métodos de detecção disponíveis e os efeitos sobre os operadores, a população circunvizinha e o meio am- biente. Além disso, são sugeridas medidas preventivas e/ou mitigadoras dos perigos, a fim de se eliminarem as causas ou reduzirem as conseqüências dos cenários de acidentes identificados. O escopo da APP abrange todos os eventos perigosos cujas causas te- nham origem no interior da instalação analisada, englobando tanto as falhas intrínsecas de componentes ou sistemas, como eventuais erros ope- racionais ou de manutenção (erros humanos). Embora seja remota a possibilidade de ocorrerem alguns acidentes cau- sados por agentes externos, tais como: sabotagem, queda de balões, de avi- ões, de helicópteros ou de meteoritos, terremotos, maremotos e inundações, eles poderão também ser incluídos na análise. Veja ao lado quais são os objetivos da APP. Unidade 1 APP Identificação dos perigos potenciais Identificar perigos potenciais Diagnosticar causas Avaliar as conseqüências, impactos Propor medidas mitigadoras e/ou preventivas ✔ ✔ ✔ ✔ AA Tome NotaTome Nota S EN A I – P E T R O B R A S19 .................... O p e r a ç ã o s e m r i s c o s sta metodologia pode ser usada tanto para sistemas que estão come- çando a ser desenvolvidos ou na fase inicial do projeto, quando apenas os elementos básicos do sistema e os materiais estão definidos, quanto para revisão geral de segurança de sistemas/instalações já em operação. O emprego da APP ajuda a selecionar as áreas da instalação nas quais outras técnicas mais detalhadas de análise de riscos ou de confiabilidade devam ser usadas posteriormente. Trata-se, portanto, de uma análise inicial, com importância reconheci- da pelo seu caráter investigatório em sistemas novos de alta inovação ou pouco conhecidos. A utilização da metodologia da APP compreende: Informações necessárias para a APP As principais informações requeridas para a realização da APP estão in- dicadas no Quadro 1 a seguir. Levantamento, organização e análise de informações Constituição de uma equipe Estimativa de tempo e custo Avaliação dos resultados APP Conhecendo a metodologia APP Conhecendo a metodologia Unidade 1 ✔ ✔ ✔ ✔ EE 1 U N I D A D E S EN A I – P E T R O B R A S20 .................... QUADRO 1 INFORMAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE APP REGIÃO INSTALAÇÕES SUBSTÂNCIAS Composição recomendável da equipe A APP deve ser realizada por uma equipe que contenha entre cinco e oito pessoas. Dentre os membros da equipe deve-se dispor de um com expe- riência em segurança de instalações industriais e outro que seja conhe- cedor do processo de APP. É recomendável a equipe ter a composição in- dicada no Quadro 2, que apresenta a função e as atividades desempenha- das por cada um. Estimativa de tempo e custo requerido Em geral as reuniões dessa equipe não devem durar mais do que três ho- ras, sendo realizadas de duas a três vezes por semana. Assim, o tempo necessário para a realização de reuniões de APP pode ser estimado em três horas para cada grande equipamen- to da instalação. O reconhecimento na planta dos perigos existentes economiza tempo e reduz os cus- tos oriundos de modificações posteriores da instalação/sistema. Isto faz com que os cus- tos em termos de homens-hora alocados para a realização da APP tenham um retor- no considerável. QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ Dados demográficos QQQQQ Dados climatológicos QQQQQ Premissas de projeto QQQQQ Especificações técnicas de projeto QQQQQ Especificações de equipamentos QQQQQ Layout da instalação QQQQQ Descrição dos principais sistemas de proteção e segurança QQQQQ Propriedades físicas e químicas QQQQQ Características de inflamabilidade QQQQQ Características de toxicidade Três horas REUNIÕES DURAÇÃO FREQÜÊNCIA Duas a três vezes por semana S EN A I – P E T R O B R A S21 .................... 1 O p e r a ç ã o s e m r i s c o s QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ QQQQQ Avaliação dos resultados Na APP são levantadas as causas que provocam a ocorrência de cada um dos eventos e as suas respectivas conseqüências, sendo, então, feita uma avaliação qualitativa da freqüência com que ocorre o cenário do acidente, da severidade das conseqüências e do risco associado. Por- tanto, os resultados obtidos são qualitativos, não fornecendo estimati- vas numéricas. Normalmente uma APP fornece também uma ordenação qualitativa dos cenários de acidentes identificados, que pode ser utilizada como um pri- meiro elemento na priorização das medidas propostas para redução dos riscos da instalação analisada. QUADRO 2 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE COORDENADOR Pessoa responsável pelo evento, que deverá: QQQQQ Definir a equipe QQQQQ Reunir informações atualizadas, tais como: fluxogramas de engenharia, especificações técnicas do projeto etc. QQQQQ Distribuir material para a equipe QQQQQ Programar as reuniões QQQQQ Encaminhar aos responsáveis as sugestões e modificações oriundas da APP LÍDER Pessoa conhecedora da metodologia, sendo responsável por: QQQQQQQQQQ Explicar aos demais participantes a metodologia a ser empregada QQQQQQQQQQ Conduzir as reuniões e definir o ritmo de andamento das mesmas ESPECIALISTAS Pessoas que estarão ou não ligadas ao evento, mas que detêm informações sobre a unidade ou o sistema a ser analisado ou experiência adquirida em sistemas/unidades similares RELATOR Pessoa que tenha poder de síntese para fazer anotações, preenchendo as colunas da planilha de APP de forma clara e objetiva FUNÇÃO ATIVIDADES Tome NotaTome Nota S EN A I – P E T R O B R A S23 .................... O p e r a ç ã o s e m r i s co s APP Aplicando a metodologia APP Aplicando a metodologia Unidade 1 1. Definição dos objetivos e do escopo da análise 2. Identificação das fronteiras da instalação analisada 3. Coleta de informações sobre a região, a instalação e a substância perigosa envolvida 4. Subdivisão da instalação em módulos de análise 5. Realização da APP propriamente dita (preenchimento da planilha) 6. Elaboração das estatísticas dos cenários identificados por categorias de freqüência e de severidade 7. Análise dos resultados e preparação do relatório metodologia de APP compreende a execução das seguintes etapas: ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ AA 1 U N I D A D E S EN A I – P E T R O B R A S24 .................... A etapa de realização da APP propriamente dita utiliza como instrumen- to uma planilha que contém nove campos ou itens de análises e que de- vem ser preenchidos conforme a descrição apresentada no Quadro 3. Para simplificar a análise, a instalação estudada é dividida em “módulos de análise” e para cada módulo uma planilha deve ser preenchida. QUADRO 3 PLANILHA DE APP ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO Subsistema: Referência: Preparado por: Data: Perigos identificados para o módulo de análise em estudo. Perigos são eventos acidentais com potencial para causar danos às instalações, operadores, público ou meio ambiente Investigação dos modos de falhas dos componentes, explicitando como e em que situação ocorre a falha e suas possíveis causas A detecção da ocorrência do perigo pode ser através de instrumentação ou percepção humana Efeitos FreqüênciaPerigo Causas Modos de detecção Principais efeitos dos acidentes envolvendo substâncias tóxicas ou inflamáveis Conforme o Quadro 4 Conforme o Quadro 5 Recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela equipe de realização da APP Contém o número de identificação do cenário de acidente Realização da APP A APP é realizada sempre que houver uma suspeita de perigo/risco, mesmo que a probabilidade de ocorrência seja remota. Entende-se por perigos os eventos acidentais com potencial para cau- sar danos às instalações, aos operadores, ao público ou ao meio ambiente. No contexto da APP, um cenário de acidente é definido como o conjun- to formado pelo perigo identificado, suas causas e cada um dos seus efei- tos. Na página ao lado, um exemplo de cenário de acidente possível. Severidade CenárioRisco Recomendações Combinação da categoria de freqüência com a de severidade, conforme Quadro 6 S EN A I – P E T R O B R A S25 .................... 1 O p e r a ç ã o s e m r i s c o s De acordo com a metodologia de APP, os cenários de acidente são classificados em: CATEGORIAS DE FREQÜÊNCIA Que fornecem uma indicação qualitativa da freqüência esperada para cada um dos cenários identificados (Quadro 4). CATEGORIAS DE SEVERIDADE DAS CONSEQÜÊNCIAS DOS CENÁRIOS Fornecem uma indicação qualitativa das conseqüências dos cenários en- volvidos nos perigos (Quadro 5). Assim, sempre que forem identificados eventos acidentais com poten- cial para causar danos, a equipe deve se reunir e dar início à APP, preen- chendo todos os campos da planilha. Os campos relativos à “Freqüência” e à “Severidade” devem ser pre- enchidos com base nas categorias de freqüência e de severidade das con- seqüências dos cenários, apresentadas nos Quadros 4 e 5. QUADRO 4 CATEGORIAS DE FREQÜÊNCIA DOS CENÁRIOS A Conceitualmente possível, mas extremamente improvável de ocorrer durante a vida útil da instalação CATEGORIA DENOMINAÇÃO FAIXA DE FREQÜÊNCIA (% ANO) DESCRIÇÃO Extremamente remota f < 10-4 B Remota 10-3 > f > 10-4 Não esperado ocorrer durante a vida útil da instalação C Improvável 0-2 > f > 10-3 Pouco provável de ocorrer durante a vida útil da instalação D Provável 10-1 > f > 10-2 Esperado ocorrer até uma vez durante a vida útil da instalação E Freqüente f > 10-1 Esperado ocorrer várias vezes durante a vida útil da instalação Grande liberação de substância tóxica, devido à ruptura de tubulação, levando “à formação de uma nuvem tóxica” 1 U N I D A D E S EN A I – P E T R O B R A S26 .................... A combinação dos valores desses dois campos resulta no grau de risco e serve como referência para a análise dos resultados, identificação do cenário do acidente, bem como para subsidiar a proposição de recomen- dações e de medidas mitigadoras. IDENTIFICADOR DO CENÁRIO DE ACIDENTE Após o preenchimento das planilhas de APP, a tarefa seguinte corresponde ao levantamento do número de cenários de acidentes identificados por ca- tegorias de freqüência, de severidade e de risco. Como resultado da elabo- ração das estatísticas dos cenários, tem-se uma matriz de riscos (Quadro 6), QUADRO 5 SEVERIDADE DAS CONSEQÜÊNCIAS DOS CENÁRIOS I QQQQQQQQQQ Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente CATEGORIA DENOMINAÇÃO DESCRIÇÃO / CARACTERÍSTICAS Desprezível QQQQQQQQQQ Não ocorrem lesões/mortes de funcionários, de terceiros (não funcionários) e/ou de pessoas extramuro (indústrias e comunidade); o máximo que pode acontecer são casos de primeiros socorros ou tratamento médico menor II QQQQQQQQQQ Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente (os danos materiais são controláveis e/ou de baixo custo de reparo) Marginal QQQQQQQQQQ Lesões leves em funcionários, terceiros e/ou em pessoas extramuro III QQQQQQQQQQ Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente, levando à parada ordenada da unidade e/ou sistema Crítica QQQQQQQQQQ Lesões de gravidade moderada em funcionários, em terceiros e/ou em pessoas extramuro (probabilidade remota de morte de funcionários e/ou de terceiros) QQQQQQQQQQ Exigência de ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento em catástrofe IV QQQQQQQQQQ Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente, levando à parada desordenada da unidade e/ou sistema (reparação lenta ou impossível) Catastrófica QQQQQQQQQQ Ocorrência de mortes ou lesões graves em várias pessoas (em funcionários, em terceiros e/ou em pessoas extramuro) S EN A I – P E T R O B R A S27 .................... 1 O p e r a ç ã o s e m r i s c o s Catastrófica QUADRO 8 CATEGORIA DE RISCO Nº DE OCORRÊNCIAS CENÁRIOS DE RISCO (1) – Desprezível 8 (2) – Menor 16 (3) – Moderado 5 (4) – Sério 0 (5) – Crítico 0 QUADRO 7 CENÁRIOS DE ACIDENTE POR CATEGORIAS FREQÜÊNCIA A B C D E Extremamente remota Remota Improvável Provável Freqüente SEVERIDADE Totais IV 10 5 0 0 0 15 CríticaIII 3 2 0 0 0 5 MarginalII 0 1 4 0 0 5 DesprezívelI 1 1 2 0 0 4 Totais 14 9 6 0 0 29 QUADRO 6 MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS SEVERIDADE FREQÜÊNCIA I II III A B C D E F R E Q Ü Ê N C I A S E V E R ID A D E l II III IV Desprezível Marginal Crítica A B C Extremamente remota Remota Improvável RISCO 1 Desprezível 2 Menor 3 Moderado 4 Sério 5 Crítico indicando a quantidade de cenários por categorias de freqüência e de se- veridade, bem como a quantidade de cenários por categoria de risco, con- forme exemplificado nos Quadros 7 e 8, respectivamente. Finalmente, procede-se à análise dos resultados obtidos, listando-se as recomendações de medidas pre- ventivas e/ou mitigadoras propostas pela Equipe da APP. O passo final é a preparação do relatório da análise realizada. Na página seguinte veja a Propostade Estrutura do Relatório. IV Catastrófica D Provável E Freqüente 1 U N I D A D E S EN A I – P E T R O B R A S28 .................... ✔DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS que se pretende alcançar com a aplicação da técnica, do escopo abrangido pela análise e da estrutura do relatório DESCRIÇÃO DO SISTEMA ANALISADO contemplando aspectos de operação e de manutenção, bem como possíveis modificações a serem feitas DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA utilizada, destacando os eventuais critérios adotados na análise APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS DE PERIGOS DE PERIGOS DE PERIGOS DE PERIGOS do sistema analisado, contento a identificação dos módulos de análise, as planilhas da APP e a estatística dos cenários de acidentes levantados pela APP CONCLUSÕES GERAIS DA APP listando os cenários de risco sério ou crítico identificados na APP. As recomendações geradas devem ser enfatizadas e, se possível, designar o órgão responsável por suas avaliações e implementações REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO – Fluxogramas utilizados na APP do sistema analisado ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ PROPOSTA DE ESTRUTURA DO RELATÓRIO Tome NotaTome Nota
Compartilhar