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8 1 Análise Preliminar Perigos

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Introdução
APP - Identificação dos 
perigos potenciais
APP - Conhecendo a 
metodologia
APP - Aplicando a 
metodologia 
Nesta unidade
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Benjamim Franklyn
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abendo-se que acidentes devem ser evitados a
qualquer custo, pois os prejuízos que deles provêm
são inúmeros, tanto no que diz respeito à vida hu-
mana e ao meio ambiente, quanto ao aspecto finan-
ceiro, reconhecemos a metodologia da ANÁLISE PRE-
LIMINAR DE PERIGOS (APP) como essencial à formação
de um profissional que trabalha com sistemas que
apresentam periculosidade.
Assim, esta unidade apresenta as etapas dessa
metodologia (APP), desde os seus objetivos até a
sugestão de um relatório final, esperando que tais
informações sejam de grande valia ao seu trabalho.
IntroduçãoIntrodução
Unidade 1
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APP
Identificação dos
perigos potenciais
ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS (APP) é uma metodologia estruturada
para identificar os perigos potenciais decorrentes da instalação de novas
unidades/sistemas ou da operação de unidades/sistemas existentes que
lidam com materiais perigosos.
Esta metodologia procura examinar as maneiras pelas quais a energia
pode ser liberada de forma descontrolada, levantando, para cada um dos
perigos identificados, as suas causas, os métodos de detecção disponíveis
e os efeitos sobre os operadores, a população circunvizinha e o meio am-
biente. Além disso, são sugeridas medidas preventivas e/ou mitigadoras
dos perigos, a fim de se eliminarem as causas ou reduzirem as conseqüências
dos cenários de acidentes identificados.
O escopo da APP abrange todos os eventos perigosos cujas causas te-
nham origem no interior da instalação analisada, englobando tanto as
falhas intrínsecas de componentes ou sistemas, como eventuais erros ope-
racionais ou de manutenção (erros humanos).
Embora seja remota a possibilidade de ocorrerem alguns acidentes cau-
sados por agentes externos, tais como: sabotagem, queda de balões, de avi-
ões, de helicópteros ou de
meteoritos, terremotos,
maremotos e inundações,
eles poderão também ser
incluídos na análise.
Veja ao lado quais são
os objetivos da APP.
Unidade 1
APP
Identificação dos
perigos potenciais
Identificar perigos potenciais
Diagnosticar causas
Avaliar as conseqüências, impactos
Propor medidas mitigadoras e/ou preventivas
✔
✔
✔
✔
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sta metodologia pode ser usada tanto para sistemas que estão come-
çando a ser desenvolvidos ou na fase inicial do projeto, quando apenas os
elementos básicos do sistema e os materiais estão definidos, quanto para
revisão geral de segurança de sistemas/instalações já em operação.
O emprego da APP ajuda a selecionar as áreas da instalação nas quais
outras técnicas mais detalhadas de análise de riscos ou de confiabilidade
devam ser usadas posteriormente.
Trata-se, portanto, de uma análise inicial, com importância reconheci-
da pelo seu caráter investigatório em sistemas novos de alta inovação ou
pouco conhecidos.
A utilização da metodologia da APP compreende:
Informações necessárias para a APP
As principais informações requeridas para a realização da APP estão in-
dicadas no Quadro 1 a seguir.
Levantamento, organização e
análise de informações
Constituição de uma equipe
Estimativa de tempo e custo
Avaliação dos resultados
APP
Conhecendo a
metodologia
APP
Conhecendo a
metodologia
Unidade 1
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✔
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QUADRO 1 INFORMAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE APP
REGIÃO
INSTALAÇÕES
SUBSTÂNCIAS
Composição recomendável da equipe
A APP deve ser realizada por uma equipe que contenha entre cinco e oito
pessoas. Dentre os membros da equipe deve-se dispor de um com expe-
riência em segurança de instalações industriais e outro que seja conhe-
cedor do processo de APP. É recomendável a equipe ter a composição in-
dicada no Quadro 2, que apresenta a função e as atividades desempenha-
das por cada um.
Estimativa de tempo e custo requerido
Em geral as reuniões dessa equipe não devem durar mais do que três ho-
ras, sendo realizadas de duas a três vezes por semana. Assim, o tempo
necessário para a realização de reuniões de APP pode ser estimado
em três horas para cada grande equipamen-
to da instalação.
O reconhecimento na planta dos perigos
existentes economiza tempo e reduz os cus-
tos oriundos de modificações posteriores da
instalação/sistema. Isto faz com que os cus-
tos em termos de homens-hora alocados
para a realização da APP tenham um retor-
no considerável.
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
 
 
 Dados demográficos
QQQQQ
 
 
 Dados climatológicos
QQQQQ
 
 
 Premissas de projeto
QQQQQ
 
 
 Especificações técnicas de projeto
QQQQQ
 
 
 Especificações de equipamentos
QQQQQ
 
 
 Layout da instalação
QQQQQ
 
 
 Descrição dos principais sistemas de proteção e segurança
QQQQQ
 
 
 Propriedades físicas e químicas
QQQQQ
 
 
 Características de inflamabilidade
QQQQQ
 
 
 Características de toxicidade
Três horas
REUNIÕES
DURAÇÃO
FREQÜÊNCIA
Duas a três vezes
por semana
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QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
QQQQQ
Avaliação dos resultados
Na APP são levantadas as causas que provocam a ocorrência de cada
um dos eventos e as suas respectivas conseqüências, sendo, então, feita
uma avaliação qualitativa da freqüência com que ocorre o cenário do
acidente, da severidade das conseqüências e do risco associado. Por-
tanto, os resultados obtidos são qualitativos, não fornecendo estimati-
vas numéricas.
Normalmente uma APP fornece também uma ordenação qualitativa dos
cenários de acidentes identificados, que pode ser utilizada como um pri-
meiro elemento na priorização das medidas propostas para redução dos
riscos da instalação analisada.
QUADRO 2 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE
COORDENADOR Pessoa responsável pelo evento, que deverá:
QQQQQ
 
 
 Definir a equipe
QQQQQ
 
 
 Reunir informações atualizadas, tais como: fluxogramas de
engenharia, especificações técnicas do projeto etc.
QQQQQ
 
 
 Distribuir material para a equipe
QQQQQ
 
 
 Programar as reuniões
QQQQQ
 
 
 Encaminhar aos responsáveis as sugestões e modificações
oriundas da APP
LÍDER Pessoa conhecedora da metodologia, sendo responsável por:
QQQQQQQQQQ
 
 
 Explicar aos demais participantes a metodologia
a ser empregada
QQQQQQQQQQ
 
 
 Conduzir as reuniões e definir o ritmo de andamento
das mesmas
ESPECIALISTAS Pessoas que estarão ou não ligadas ao evento, mas que detêm
informações sobre a unidade ou o sistema a ser analisado ou
experiência adquirida em sistemas/unidades similares
RELATOR Pessoa que tenha poder de síntese para fazer anotações,
preenchendo as colunas da planilha de APP de
forma clara e objetiva
FUNÇÃO ATIVIDADES
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APP
Aplicando a
metodologia
APP
Aplicando a
metodologia
Unidade 1
1. Definição dos objetivos e do escopo da análise
2. Identificação das fronteiras da instalação analisada
3. Coleta de informações sobre a região, a instalação e
a substância perigosa envolvida
4. Subdivisão da instalação em módulos de análise
5. Realização da APP propriamente dita
(preenchimento da planilha)
6. Elaboração das estatísticas dos cenários identificados por
categorias de freqüência e de severidade
7. Análise dos resultados e preparação do relatório
metodologia de APP compreende a execução das seguintes etapas:
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✔
✔
✔
✔
✔
✔
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A etapa de realização da APP propriamente dita utiliza como instrumen-
to uma planilha que contém nove campos ou itens de análises e que de-
vem ser preenchidos conforme a descrição apresentada no Quadro 3.
Para simplificar a análise, a instalação estudada é dividida em “módulos
de análise” e para cada módulo uma planilha deve ser preenchida.
QUADRO 3 PLANILHA DE APP
ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO
Subsistema: Referência: Preparado por: Data:
Perigos identificados para o
módulo de análise em estudo.
Perigos são eventos acidentais
com potencial para causar danos
às instalações, operadores,
público ou meio ambiente
Investigação dos modos
de falhas dos componentes,
explicitando como e em que
situação ocorre a falha e suas
possíveis causas
A detecção da ocorrência do perigo
pode ser através de instrumentação
ou percepção humana
Efeitos FreqüênciaPerigo Causas Modos de detecção
Principais efeitos dos acidentes
envolvendo substâncias
tóxicas ou inflamáveis
Conforme o Quadro 4
Conforme o Quadro 5
Recomendações de
medidas mitigadoras de
risco propostas pela equipe
de realização da APP
Contém o número de
identificação do cenário
de acidente
Realização da APP
A APP é realizada sempre que houver uma suspeita de perigo/risco,
mesmo que a probabilidade de ocorrência seja remota.
Entende-se por perigos os eventos acidentais com potencial para cau-
sar danos às instalações, aos operadores, ao público ou ao meio ambiente.
No contexto da APP, um cenário de acidente é definido como o conjun-
to formado pelo perigo identificado, suas causas e cada um dos seus efei-
tos. Na página ao lado, um exemplo de cenário de acidente possível.
Severidade CenárioRisco Recomendações
Combinação da categoria
de freqüência com a
de severidade,
conforme Quadro 6
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De acordo com a metodologia de APP, os
cenários de acidente são classificados em:
CATEGORIAS DE FREQÜÊNCIA
Que fornecem uma indicação qualitativa
da freqüência esperada para cada um dos
cenários identificados (Quadro 4).
CATEGORIAS DE SEVERIDADE DAS
CONSEQÜÊNCIAS DOS CENÁRIOS
Fornecem uma indicação qualitativa das conseqüências dos cenários en-
volvidos nos perigos (Quadro 5).
Assim, sempre que forem identificados eventos acidentais com poten-
cial para causar danos, a equipe deve se reunir e dar início à APP, preen-
chendo todos os campos da planilha.
Os campos relativos à “Freqüência” e à “Severidade” devem ser pre-
enchidos com base nas categorias de freqüência e de severidade das con-
seqüências dos cenários, apresentadas nos Quadros 4 e 5.
QUADRO 4 CATEGORIAS DE FREQÜÊNCIA DOS CENÁRIOS
A Conceitualmente possível, mas
extremamente improvável de ocorrer
durante a vida útil da instalação
CATEGORIA DENOMINAÇÃO FAIXA DE
FREQÜÊNCIA (% ANO)
DESCRIÇÃO
Extremamente
remota
f < 10-4
B Remota 10-3 > f > 10-4 Não esperado ocorrer durante
a vida útil da instalação
C Improvável 0-2 > f > 10-3 Pouco provável de ocorrer durante
a vida útil da instalação
D Provável 10-1 > f > 10-2 Esperado ocorrer até uma vez
durante a vida útil da instalação
E Freqüente f > 10-1 Esperado ocorrer várias vezes
durante a vida útil da instalação
Grande liberação
de substância tóxica,
devido à ruptura de
tubulação, levando
“à formação de
uma nuvem tóxica”
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A combinação dos valores desses dois campos resulta no grau de risco
e serve como referência para a análise dos resultados, identificação do
cenário do acidente, bem como para subsidiar a proposição de recomen-
dações e de medidas mitigadoras.
IDENTIFICADOR DO CENÁRIO DE ACIDENTE
Após o preenchimento das planilhas de APP, a tarefa seguinte corresponde
ao levantamento do número de cenários de acidentes identificados por ca-
tegorias de freqüência, de severidade e de risco. Como resultado da elabo-
ração das estatísticas dos cenários, tem-se uma matriz de riscos (Quadro 6),
QUADRO 5 SEVERIDADE DAS CONSEQÜÊNCIAS DOS CENÁRIOS
I QQQQQQQQQQ
 
 
 Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos,
à propriedade e/ou ao meio ambiente
CATEGORIA DENOMINAÇÃO DESCRIÇÃO / CARACTERÍSTICAS
Desprezível
QQQQQQQQQQ
 
 
 Não ocorrem lesões/mortes de funcionários, de terceiros
(não funcionários) e/ou de pessoas extramuro (indústrias
e comunidade); o máximo que pode acontecer são casos
de primeiros socorros ou tratamento médico menor
II QQQQQQQQQQ
 
 
 Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ou ao
meio ambiente (os danos materiais são controláveis
e/ou de baixo custo de reparo)
Marginal
QQQQQQQQQQ
 
 
 Lesões leves em funcionários, terceiros e/ou
em pessoas extramuro
III QQQQQQQQQQ
 
 
 Danos severos aos equipamentos, à propriedade
e/ou ao meio ambiente, levando à parada ordenada da
unidade e/ou sistema
Crítica
QQQQQQQQQQ
 
 
 Lesões de gravidade moderada em funcionários, em
terceiros e/ou em pessoas extramuro (probabilidade
remota de morte de funcionários e/ou de terceiros)
QQQQQQQQQQ
 
 
 Exigência de ações corretivas imediatas para evitar
seu desdobramento em catástrofe
IV QQQQQQQQQQ
 
 
 Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade
e/ou ao meio ambiente, levando à parada desordenada
da unidade e/ou sistema (reparação lenta ou impossível)
Catastrófica
QQQQQQQQQQ
 
 
 Ocorrência de mortes ou lesões graves em várias pessoas
(em funcionários, em terceiros e/ou em pessoas extramuro)
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Catastrófica
QUADRO 8
CATEGORIA DE RISCO Nº DE OCORRÊNCIAS
CENÁRIOS DE RISCO
(1) – Desprezível 8
(2) – Menor 16
(3) – Moderado 5
(4) – Sério 0
(5) – Crítico 0
QUADRO 7 CENÁRIOS DE ACIDENTE POR CATEGORIAS
FREQÜÊNCIA
A B C D E
Extremamente
remota
Remota Improvável Provável Freqüente
SEVERIDADE Totais
IV 10 5 0 0 0 15
CríticaIII 3 2 0 0 0 5
MarginalII 0 1 4 0 0 5
DesprezívelI 1 1 2 0 0 4
Totais 14 9 6 0 0 29
QUADRO 6 MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS
SEVERIDADE FREQÜÊNCIA
I
II
III
A B C D E
F R E Q Ü Ê N C I A
S
E
V
E
R
ID
A
D
E
l
II
III
IV
Desprezível
Marginal
Crítica
A
B
C
Extremamente remota
Remota
Improvável
RISCO 1 Desprezível 2 Menor 3 Moderado 4 Sério 5 Crítico
indicando a quantidade de cenários por categorias de freqüência e de se-
veridade, bem como a quantidade de cenários por categoria de risco, con-
forme exemplificado nos Quadros 7
e 8, respectivamente.
Finalmente, procede-se à análise
dos resultados obtidos, listando-se
as recomendações de medidas pre-
ventivas e/ou mitigadoras propostas
pela Equipe da APP. O passo final é
a preparação do relatório da análise
realizada. Na página seguinte veja
a Propostade Estrutura do Relatório.
IV Catastrófica D Provável
E Freqüente
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✔DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS que se pretende alcançar com a
aplicação da técnica, do escopo abrangido pela análise e da
estrutura do relatório
DESCRIÇÃO DO SISTEMA ANALISADO contemplando aspectos
de operação e de manutenção, bem como possíveis
modificações a serem feitas
DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA utilizada, destacando os
eventuais critérios adotados na análise
APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS DE PERIGOS DE PERIGOS DE PERIGOS DE PERIGOS do
sistema analisado, contento a identificação dos módulos de
análise, as planilhas da APP e a estatística dos cenários de
acidentes levantados pela APP
CONCLUSÕES GERAIS DA APP listando os cenários de risco
sério ou crítico identificados na APP. As recomendações geradas
devem ser enfatizadas e, se possível, designar o órgão
responsável por suas avaliações e implementações
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO – Fluxogramas utilizados na APP do sistema analisado
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✔
✔
✔
✔
✔
PROPOSTA DE ESTRUTURA DO RELATÓRIO
Tome NotaTome Nota

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