EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN WILLIAN FRITZ PIAGET

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EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN WILLIAN FRITZ PIAGET
Epistemologia segundo o dicionário Aurélio é “o conjunto de conhecimentos que tem por objeto o conhecimento científico, visando a explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnicos, históricos ou sociais, sejam lógicos, matemáticos ou linguísticos), sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos e avaliar os seus resultados e aplicações”.
 Sua pesquisa teve por objetivo a definição de como o “sujeito” passaria de um conhecimento anteriormente adquirido para um posterior com um nível maior de conhecimento. 
Partindo da biologia, estudou filosofia, epistemologia, lógica, matemática, física, psicologia, entre outras ciências.
Como explica Luciana Maria Caetano “O modelo teórico de Piaget explica o desenvolvimento da inteligência, tendo como conteúdo básico a ação do sujeito que interage com os objetos, construindo, a partir dessas ações, formas e/ou estruturas de inteligência que lhe permitem, cada vez mais, adaptar-se ao mundo em que vive.” 
Sua teoria é usada para a compreensão do homem moderno. 
Piaget utilizou um modelo formalizado com uma linguagem lógico-matemática para explicar o desenvolvimento e a organização das estruturas cognitivas do ser humano.
Assim, compreende-se o motivo de Piaget ter pesquisado o desenvolvimento humano a partir do estudo e observação de bebês, crianças e adolescentes; por conceber esse estudo como o mais apropriado para as suas investigações a respeito da gênese do conhecimento e para demonstrar empiricamente e explicar o seu modelo teórico de construção da inteligência. Essa é, portanto, a explicação do título da sua teoria: Epistemologia Genética. (Fonte:http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=co_content&id=1797:a-epistemologia-genetica-de-jean-piaget&Itemid=97)
 
	Para Piaget, o conhecimento não pode ser imposto pelo meio ao sujeito, como um reflexo das propriedades do ambiente (empirismo), tampouco estaria inteiramente pré-formado no sujeito, apenas aguardando a maturação (apriorismo). 
A sua teoria tem uma abordagem empirista que explica que a construção do conhecimento pelo ser humano é fruto das interações do sujeito com o seu meio. 
Segundo a Teoria Epistemológica Genética, conforme surgem solicitações do meio, as estruturas da inteligência vão se construindo e, a partir de novas solicitações, o sujeito tem a possibilidade de reorganizá-las, vivenciando constantes mecanismos de assimilação de novos objetos a esquemas já existentes e mecanismos de ampliação do conhecimento denominados acomodação. O resultado das sucessivas assimilações e acomodações é chamado por Piaget de equilibração (conceito central da sua teoria construtivista do conhecimento). Assim, quando as estruturas que o sujeito já construiu não lhe permitem assimilar um novo objeto de conhecimento, isto é, determinado objeto é resistente, provoca uma perturbação no sujeito, o desequilíbrio é desencadeado. (Fonte:http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=co_content&id=1797:a-epistemologia-genetica-de-jean-piaget&Itemid=97)
Piaget explica que o recém-nascido traz consigo condições de vir a se tornar inteligente e, conforme age sobre o mundo, constrói estruturas que lhe permite cada vez mais se adaptar às novas situações, de maneira a construir estágios sucessivos de desenvolvimento. Uma das principais tarefas da Teoria da Epistemologia Genética foi exatamente estabelecer o caminho da inteligência, desde o nascimento até a possibilidade do raciocínio abstrato do adulto.
O desenvolvimento do conhecimento é determinado pela interação entre fatores internos (orgânicos, hereditários) e fatores externos (meio). Para Piaget, a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento "total" do organismo, em todo tempo o sujeito interage com o meio em que vive construindo estruturas mentais, adquirindo assim, formas de fazê-las com que funcionem.
Nas palavras da professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Zélia Ramozzi Chiarotino de um lado, temos o organismo com suas possibilidades; de outro, o meio que o solicita”
O construtivismo procura explicar o desenvolvimento cognitivo (inteligência) como um processo continuo de adaptação do organismo ao meio, marcado por várias fases (estágios). Piaget observou cuidadosamente o desenvolvimento de suas próprias filhas e de demais crianças, identificando o processo gradual do desenvolvimento cognitivo em etapas. 
Piaget descreve-a em 4 fases basicamente, no qual ele mesmo as chama de fases de transição (PIAGET, 1975). 
São abordadas 4 fases: 
Sensório-motor (0 – 2 anos); 
Pré-operatório ( 2 – 7,8 anos);
Operatório-concreto ( 8 – 11 anos) 
Operatório-formal (12 – 14 anos).
Suas pesquisas foram replicadas em muitos países e em diferentes estudos, e os resultados dessas investigações são exatamente similares àqueles apontados por Piaget.
Questões:
1 - Qual era a principal preocupação de Piaget e como se desenvolveu seus estudos?
Resposta: Sua principal preocupação era a capacidade do conhecimento humano e como dava o seu desenvolvimento. Na visão dele a criança é o ser que mais notoriamente constrói conhecimento, suas pesquisas e observações voltaram-se para a construção e aquisição de conhecimento pelos homens na idade infantil e na adolescência.
2 – Quais são as fases de transição que Piaget explicar o desenvolvimento cognitivo (inteligência) do sujeito?
Resposta: Sensório-motor (0 – 2 anos); Pré-operatório ( 2 – 7,8 anos); Operatório-concreto ( 8 – 11 anos) e Operatório-formal (12 – 14 anos).