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EVOLUÇÃO LEGISLATIVA EM MATÉRIA DE AÇÃO CONTROLADA Lei n° 9.034/1995 Lei n° 9.613/1998 Lei n° 11.343/2006 Lei nº 12.850/2013 ( Dispõe sobre a utilização de meios operacionais para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas. Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. ( Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. ( Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção de prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal e dá outras providências. ( O artigo 2°, inciso II, previa a ação controlada nos seguintes termos: "consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações." O art. 4°- B da Lei de Lavagem de Capitais (com redação dada pela Lei n° 12.683/2012), prevê uma espécie de ação controlada, consistente na suspensão pelo juiz da ordem de prisão de pessoas ou das medidas assecu-ratórias de bens, direitos ou valores, ouvido o Ministério Público, quando sua execução imediata puder compro-meter as investigações, seja por obstar a identificação de outros envolvidos com o esquema de lavagem de dinheiro, seja por impedir a descoberta de outros bens e valores relacionados à prática delituosa. O artigo 53 da Lei de Drogas, após exigir prévia autorização judicial, ouvi-do o Ministério Público, definiu a ação controlada nos seguintes termos: "II - não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precur-sores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível." O artigo 8° disciplinou o instituto nos seguintes termos: "consiste a ação controlada em retardar a interven-ção policial ou administrativa relati-va à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medi-da legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações." A Lei n° 9.034/95 foi expressamente revogada pela nova Lei de Organizações Criminosas (Lei n° 12.850/2013, art. 26). A Lei n° 9.613/98 silenciou quanto à prorrogação da prisão em flagrante. Ao admitir a suspensão pelo juiz da ordem de prisão de pessoas, referiu-se apenas à prisão preventiva, visto que a prisão em flagrante não depende de ordem judicial. Assim, para a autoridade policial e seus agentes, a prisão em flagrante continua sendo obrigatória nos casos de lavagem de capitais, porquanto não abrangida pelo dispo-sitivo em foco (Nesse sentido, Renato Brasileiro de Lima e Rodolfo Tigre Maia). De acordo com o parágrafo único do artigo 53, "na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores." Segundo o § 1° do mesmo artigo 8°, "o retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público" Todavia, como a maior parte dos casos de lavagem de capitais envolvem a atuação de organizações criminosas, aplicam-se subsidiariamente as normas reguladoras do tema previstas na Lei n° 12.850/2013, permitindo-se a ação controlada, mesmo na hipótese de prisão em flagrante. De acordo com os parágrafos 2° e 3° do art. 8°, "a comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser efetuada. E até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações."
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