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ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

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UCSAL - Universidade Católica do Salvador
Alunos: Allda Mercya de Souza Santos e
Eduardo Luiz Santana Toniato
Disciplina: Direitos humanos
Orientador: Luiz Eugênio
Curso: Direito
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS: ORGANIZAÇÃO INTERNA E COMPETÊNCIAS
Salvador
Abril de 2017
“Em 1945 as nações estavam em ruínas. A Segunda Guerra havia terminado e o mundo queria a paz. 51 países se reuniram em San Francisco nesse ano e firmaram um documento. O documento era uma carta, criando uma nova organização, as Nações Unidas. 70 anos depois as Nações Unidas mantém a paz e a segurança internacionais, promove o desenvolvimento e presta assistência humanitária às pessoas necessitadas, defende o direito internacional, protege os direitos humanos e promove a democracia. E agora os seus Estados Membros trabalham em conjunto para combater as alterações climáticas. A ONU está ajudando a construir o mundo melhor previsto pelos seus fundadores há 70 anos.”
O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Pedro Leão Velloso, assina a Carta das Nações Unidas, na Conferência de São Francisco, que criou a Organização. 26 de junho de 1945. Foto: ONU/
McLain
Introdução
No século anterior à criação da Organização das Nações Unidas, diversas organizações internacionais e conferências foram realizadas para regular os conflitos entre países, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e as Convenções da Haia (1899 e 1907). Com a catastrófica perda de vida na Primeira Guerra Mundial, a Conferência de Paz de Paris (1919) estabilizou a Liga das Nações, para manter a harmonia entre as nações. Essa organização resolveu algumas disputas territoriais e criou estruturas internacionais para áreas como correio postal, aviação e controle de ópio, das quais algumas seriam absorvidas pelas Nações Unidas mais tarde. Contudo, a Liga era fraca na representação da população que vivia em países coloniais (então metade do total mundial) e na participação de diversas potências, como Estados Unidos, União Soviética, Alemanha e Japão; falhou em agir contra a invasão japonesa da Manchúria em 1931, a Segunda Guerra Ítalo-Etíope e as expansões alemãs sob o comando de Adolf Hitler, que culminaram na Segunda Guerra Mundial. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o presidente estadunidense, Franklin D. Roosevelt, começou a discutir a criação de uma agência que sucederia a Liga das Nações, e a Carta das Nações Unidas foi elaborada em uma conferência em abril–junho de 1945; a carta entrou em vigor a 24 de outubro de 1945 (data oficial de sua fundação) na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados Unidos), logo após o fim da Segunda Guerra. Então a ONU começou a operar e contava com a participação de 51 nações, até então. Procurou desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um novo conflito armado mundial. 
Atualmente, conta com 193 países membros, sendo que cinco deles (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) fazem parte do Conselho de Segurança. Este pequeno grupo tem o poder de veto sobre qualquer resolução da ONU. Trata-se, portanto, da maior organização internacional existente, cujo objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos direitos humanos e o progresso social. A organização é financiada com contribuições avaliadas e voluntárias dos países-membros.
A sede principal da ONU fica na cidade de Nova Iorque e seus representantes definem, através de reuniões constantes, leis e projetos sobre temas políticos, administrativos e diplomáticos internacionais. A ONU está dividida em vários organismos administrativos como, por exemplo, Corte Internacional de Justiça, Conselho Econômico e Social, Assembleia Geral entre outros. 
O preâmbulo da Carta das Nações Unidas – documento de fundação da Organização – expressa os ideais e os propósitos dos povos cujos governos se uniram para constituir as Nações Unidas:
“Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes de direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla.”
“E para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns com os outros, como bons vizinhos, unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, e empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos.”
“Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução desses objetivos. Em vista disso, nossos respectivos governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que será conhecida pelo nome de ‘Organização das Nações Unidas.”
Dentre os objetivos das Nações Unidas estão inclusos manter a segurança e a paz mundial, promover os direitos humanos, auxiliar no desenvolvimento econômico e no progresso social, proteger o meio ambiente e prover ajuda humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados.
A estrutura das Nações Unidas baseia-se em cinco principais órgãos: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), o Secretariado e o Tribunal Internacional de Justiça. Um sexto órgão principal, o Conselho de Administração Fiduciária, foi suspenso em 1994, após a independência de Palau, o último território sob a tutela da ONU.
Assembleia Geral das Nações Unidas
Está localizada na sede da organização, em Nova York. É a assembleia deliberativa principal das Nações Unidas. Composta por todos os Estados-membros, reúne-se em uma sessão ordinária anual, no âmbito de um presidente eleito entre os países. Ao longo de um período de duas semanas, no início de cada sessão, todos os membros têm a oportunidade de dirigir a montagem. Tradicionalmente, o secretário-geral faz a primeira declaração, seguido pelo presidente da assembleia. A primeira sessão foi convocada em 10 de janeiro de 1946 no Westminster Central Hall, em Londres, e contou com representantes de 51 nações. 
Para a aprovação da Assembleia Geral sobre questões importantes, é necessária a maioria de dois terços dos presentes e votantes. Exemplos de questões importantes incluem: recomendações sobre a paz e segurança, eleição de membros de órgãos, admissão, suspensão e expulsão de membros e questões orçamentais. Todas as outras questões são decididas por maioria de votos. Cada país membro tem um voto. Além da aprovação da matéria orçamental, as resoluções não são vinculativas para os membros. A Assembleia pode fazer recomendações sobre quaisquer matérias no âmbito da ONU, excetuando as questões de paz e segurança que estão sob consideração do Conselho de Segurança. 
Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança é o responsável por manter a paz e a segurança entre as nações. Enquanto outros órgãos das Nações Unidas só podem fazer "recomendações" para os governos membros, o Conselho de Segurança tem o poder de tomar decisões vinculativas que os governos-membros acordaram em realizar, nos termos do artigo 25 da Carta. As decisões do Conselho são conhecidas como Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 
O Conselho de Segurança é composto por 15 Estados-membros, sendo cinco membros permanentes - China, França,Rússia, Reino Unido e Estados Unidos - e dez membros temporários. Os cinco membros permanentes têm o poder de veto sobre as resoluções do Conselho, mas não processual; isto é, um membro permanente pode impedir a adoção, mas não é capaz de bloquear o debate de uma resolução inaceitável por ele. Os dez membros temporários são mantidos em mandatos de dois anos conforme votado na Assembleia Geral sobre uma base regional. A Presidência do Conselho de Segurança é girada em ordem alfabética a cada mês. 
O Conselho Econômico e Social (ECOSOC)
Assiste a Assembleia Geral na promoção da cooperação econômica e social e do desenvolvimento internacional. O ECOSOC possui 54 membros, os quais são eleitos pela Assembleia Geral para um mandato de três anos. O presidente é eleito para um mandato de um ano e é escolhido entre os poderes pequenos ou médios representados no ECOSOC. O ECOSOC se reúne uma vez por ano, em julho, por um período de quatro semanas. 
Desde 1998, ele realiza uma outra reunião em abril, com os principais Ministros das Finanças do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Criado separadamente dos organismos especializados que coordena, o ECOSOC tem funções que incluem recolher informação, aconselhar e fazer recomendações aos países membros. Além disso, o ECOSOC está bem posicionado para fornecer coerência de políticas e coordenar as funções de sobreposição de organismos subsidiários da ONU e é nesse papel que é mais ativo. 
Secretariado
O Secretariado das Nações Unidas é chefiado pelo secretário-geral, auxiliado por uma equipe de funcionários internacionais, distribuídos em todo o território global. Ele fornece estudos, informações e facilidades necessárias para que os organismos das Nações Unidas realizem suas reuniões. Também realiza tarefas como dirigir o Conselho de Segurança, a Assembleia Geral, o Conselho Econômico e Social e outros organismos da ONU. A Carta da ONU prevê que os funcionários do Secretariado sejam escolhidos pela aplicação das normas mais elevadas "de eficiência, competência e integridade", tendo na devida conta a importância do recrutamento numa base geográfica ampla. 
O documento prevê também que os funcionários não solicitarão e nem receberão instruções de qualquer autoridade que não seja a ONU. Cada país membro da ONU é convocado a respeitar o caráter internacional do Secretariado e não procurar influenciar a instituição. O secretário-geral é o único responsável pela seleção dos funcionários. 
Os direitos do secretário-geral incluem a resolução de disputas internacionais, gestão de operações de paz, organização de conferências internacionais, recolhimento de informação sobre a aplicação das decisões do Conselho de Segurança e consulta com os governos membros a respeito de diversas iniciativas. Escritórios do Secretariado nesta área incluem o Escritório do Coordenador de Assuntos Humanitários e o Departamento de Operações de Manutenção. O secretário-geral pode levar à atenção do Conselho de Segurança qualquer assunto que, na sua opinião, possa ameaçar a paz e a segurança internacionais. 
O secretário-geral atua como porta-voz de facto e líder da ONU. O atual é o português António Guterres, que substituiu Ban Ki-moon em 2017 e cujo segundo mandato expira em 2023. 
Descrito por Franklin D. Roosevelt como o "moderador do mundo", o secretário-geral é definido na Carta como "chefe administrativo oficial" da organização, mas o texto também afirma que o secretário-geral pode chamar a atenção do Conselho de Segurança em relação a "qualquer assunto que, em sua opinião, possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais", dando a posição de maior capacidade de ação na cena mundial. O posto exige o duplo papel de administrador da Organização das Nações Unidas e de diplomata e mediador para resolver disputas entre os Estados-membros e chegar a um consenso sobre questões globais. 
O secretário-geral é nomeado pela Assembleia Geral, depois de ter sido recomendado pelo Conselho de Segurança. A seleção pode ser vetada por qualquer membro do Conselho, e a Assembleia pode substituir a recomendação do Conselho de Segurança se uma maioria de votos não for atingida. 
Não há nenhum critério específico para o cargo, mas, ao longo dos anos, admitiu-se que o cargo será realizado por um ou dois mandatos de cinco anos, que o cargo deve ser nomeado com base no sistema de rotação geográfica e que o secretário-geral não deve ser originário de um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. 
O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)
Localizado em Haia, Países Baixos, é o principal órgão judicial das Nações Unidas. Fundado em 1945 pela Organização das Nações Unidas, o Tribunal começou a trabalhar em 1946 como sucessor da Corte Permanente de Justiça Internacional. O Estatuto da Corte Internacional de Justiça, semelhante ao do seu antecessor, é o principal documento constitucional, constituindo e regulando o Tribunal de Justiça. 
Baseia-se no Palácio da Paz, em Haia, Países Baixos, partilha o edifício com a Academia de Direito Internacional de Haia, um centro privado para o estudo do direito internacional. Vários dos atuais juízes do Tribunal de Justiça são alunos ou ex-membros do corpo docente da Academia. Sua finalidade é dirimir litígios entre os Estados. O tribunal ouve casos relacionados a crimes de guerra, a interferência estatal ilegal, casos de limpeza étnica, entre outros. 
Um tribunal relacionado, o Tribunal Penal Internacional (TPI), iniciou a sua atividade em 2002 através de discussões internacionais iniciada pela Assembleia Geral. É o primeiro tribunal internacional permanente, encarregado de julgar aqueles que cometem os crimes mais graves do direito internacional, incluindo os crimes de guerra e genocídio. O TPI é funcionalmente independente das Nações Unidas, em termos de pessoal e financiamento, mas algumas reuniões do organismo que rege o TPI, a Assembleia dos Estados Partes do Estatuto de Roma, são realizadas na ONU. Existe um "acordo de relacionamento" entre o TPI e a ONU que determina como as duas instituições relacionam-se entre si juridicamente.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas 
Sucessor da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos e é parte do corpo de apoio à Assembleia Geral das Nações Unidas. Baseado em Genebra, sua principal finalidade é aconselhar a Assembleia Geral sobre situações em que os direitos humanos são violados. À Assembleia Geral, por sua vez, compete fazer recomendações ao Conselho de Segurança. 
Em 15 de março de 2006, a ONU aprovou a criação dessa nova organização de direitos humanos, apesar da oposição dos Estados Unidos. É formado por 47 países, enquanto a Comissão de Direitos Humanos contava com 53 países membros. A criação do novo conselho foi aprovada por 170 dos 190 membros da Assembleia. Quatro nações votaram contra — Estados Unidos, as Ilhas Marshall, Palau e Israel. Não votaram Bielorrússia, Irã e Venezuela. Os países contrários justificaram seus votos alegando que haveria pouco poder envolvido e não se conseguiria evitar os abusos contra os direitos humanos que acontecem ao redor do mundo. As 47 cadeiras desse novo conselho são distribuídas entre grupos regionais: 13 para a África, 13 para a Ásia, 6 para a Europa Oriental, 8 para a América Latina e Caribe e 7 para "Europa Ocidental e Outros", que inclui a América do Norte, a Oceania e a Turquia. A primeira eleição de membros aconteceu no dia 9 de maio de 2006. 
Idiomas oficiais
A ONU tem seis línguas oficiais: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. As reuniões oficiais são traduzidas simultaneamente para tais idiomas, assim como os documentos oficiais, tanto impressos em papel quanto on-line. Em algumas dependências, as conferências e os documentos de trabalho estão disponíveis apenas em francês e inglês, e as publicações realizam-se nesses dois idiomas.
Instituições especializadas
Há muitas organizações e agências das Nações Unidas que funcionam para trabalhar sobre questões específicas. Algumas das agênciasmais conhecidas são a Agência Internacional de Energia Atómica, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Banco Mundial e a Organização Mundial da Saúde. É por meio dessas agências que a ONU realiza a maior parte de seu trabalho humanitário. Exemplos incluem programas de vacinação em massa (através da OMS), de prevenção da fome e da desnutrição (através do trabalho do PAM) e à proteção dos mais vulneráveis e das pessoas deslocadas (por exemplo, o ACNUR). A Carta das Nações Unidas prevê que cada órgão principal da ONU pode estabelecer várias agências especializadas para cumprir suas funções.
Com a entrada do Sudão do Sul em 14 de julho de 2011, há 193 estados-membros na Organização das Nações Unidas, incluindo todos os Estados soberanos que não estão sob disputa, à parte do Vaticano. A Carta da ONU dá as regras para a filiação:
A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.
A admissão de qualquer desses Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança. Capítulo II, Artigo 4.
Em adição, há dois observadores da Assembleia Geral das Nações Unidas: a Santa Sé, que tem soberania sobre o Vaticano, e o Estado da Palestina. As Ilhas Cook e o Niue, ambos estados associados à Nova Zelândia, são membros completos de diversas agências especializadas da ONU e têm sua "capacidade de realização de tratados" reconhecida pelo Secretariado.
Grupo dos 77
O Grupo dos 77 é uma coalizão livre dos países em desenvolvimento, designado para promover os interesses econômicos coletivos de seus membros e criar uma capacidade de negociação conjunta e reforçada dentro das Nações Unidas. 77 nações fundaram o grupo, mas em novembro de 2013 esse número já estava em 133. Sua fundação ocorreu em 15 de junho de 1964 pela Declaração Conjunta dos Setenta e Sete Países emitida na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). O primeiro grande encontro do grupo ocorreu em Argel, em 1967, onde foi adotada a Carta de Argel e estabelecida a base para as estruturas institucionais permanentes.
Manutenção da paz e segurança
A Organização das Nações Unidas, após autorização do Conselho de Segurança, envia forças de manutenção da paz para regiões onde o conflito armado recentemente cessou ou foi pausado para fazer cumprir os termos dos acordos de paz e desencorajar combatentes a retomar as hostilidades. Uma vez que as Nações Unidas não têm seu próprio exército, as tropas são providenciadas de maneira voluntária pelos estados-membros. Esses soldados são às vezes apelidados de "capacetes azuis" por seu vestuário distinto. A força de manutenção de paz como um todo ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1988.
Em março de 2015, a ONU tinha soldados encarregados de 16 missões. A maior delas foi a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), que envolveu 20 688 pessoas uniformizadas. A menor, Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas para Índia e Paquistão (UNMOGIP), incluiu 42 agentes responsáveis por monitorar o cessar-fogo de Jammu e Caxemira. As tropas de paz da Organização de Supervisão de Trégua das Nações Unidas (UNTSO) estão estacionadas no Oriente Médio desde 1948, sendo a mais longa missão de paz ainda ativa.
Um estudo da RAND Corporation realizado em 2005 diz que a ONU é bem-sucedida em duas de cada três tentativas de manutenção da paz. Ele comparou os esforços de construção de países pelas Nações Unidas e os Estados Unidos, e concluiu que sete dos oito da ONU estavam em paz, contra quatro de oito dos EUA. No mesmo ano, o Human Security Report documentou um declínio no número de genocídios e abusos de direitos humanos desde o fim da Guerra Fria, e apresentou evidências, ainda que circunstanciais, de que o ativismo internacional — encabeçado principalmente pela organização — tinha sido o principal motivo para a redução de conflitos armados nesse período.Situações em que a ONU agiu não só para manter a paz mas também interveio incluem a Guerra da Coreia (1950–53) e a autorização da intervenção no Iraque após a Guerra do Golfo (1990–91).
As Nações Unidas já receberam críticas por falhas percebidas. Em vários casos, os estados-membros mostraram relutância em alcançar ou fazer cumprir as resoluções do Conselho de Segurança. Desentendimentos no Conselho quanto às ações e intervenções militares são citados como motivo para não se ter conseguido evitar os genocídios em Bangladesh, em 1971, Camboja nos anos 1970 e Ruanda em 1994. De maneira similar, a falta de ação da ONU é alegadamente culpada tanto por não impedir o massacre de Srebrenica em 1995 ou por não completar as operações de manutenção da paz na Guerra Civil da Somália. As tropas de paz da organização também já foram acusadas de abuso sexual de crianças, solicitação de prostitutas e abuso sexual durante várias das missões na República Democrática do Congo, Haiti, Libéria, Sudão e no que hoje é o Sudão do Sul, Burundi e Costa do Marfim. Cientistas citaram militares da instituição como a mais provável fonte do surto de cólera no Haiti de 2010, que matou mais de 8 mil haitianos após o terremoto ocorrido no país naquele ano. 
Além de tentar manter a paz mundial, a ONU também é bastante ativa em encorajar o desarmamento. A regulação de armamentos foi incluída na Carta da ONU em 1945 e foi imaginada como uma forma de limitar o uso de recursos humanos e econômicos na sua criação. O advento das armas nucleares veio somente algumas semanas depois da assinatura da Carta, resultando na primeira resolução do primeiro encontro da Assembleia Geral, convocando propostas específicas para "a eliminação dos arsenais nacionais das armas nucleares e outras armas relevantes capazes de causar destruição em massa". A ONU esteve envolvida em tratados de limitação de armas, como o Tratado do Espaço Exterior (1967), o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (1968), o Tratado sobre a Proibição da Colocação de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição em Massa no Leito do Mar e no Fundo do Oceano (1971), a Convenção sobre as Armas Biológicas (1972), a Convenção sobre as Armas Químicas (1992) e o Tratado de Ottawa (1997), que proíbe minas terrestres. Três corpos da ONU cuidam de problemas relacionados à proliferação de armas: a Agência Internacional de Energia Atômica, a Organização para a Proibição de Armas Químicas e a Comissão Preparatória da Organização para a Proibição Completa dos Testes Nucleares. 
Direitos humanos
Um dos objetivos principais da ONU é "promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião", e os estados-membros se comprometem a agir "em cooperação com a ONU, em conjunto ou separadamente".
Em 1948, a Assembleia Geral adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, escrita pela viúva de Franklin D. Roosevelt, Eleanor, com o advogado francês René Cassin. O documento proclama direitos civis, políticos e econômicos básicos e comuns a todos os seres humanos, muito embora a sua eficácia em ajudar a conquistar esses direitos tenha sido alvo de discussão desde a elaboração. A Declaração serve como um "padrão comum de conquista para todos os povos e nações" em vez de ser um documento juridicamente vinculativo, mas o texto foi a base para dois tratados obrigatórios: o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de 1966. Na prática, as Nações Unidas são incapazes de agir de maneira significativa contra os abusos de direitos humanos sem uma resolução do Conselho de Segurança, embora tenham papel importante na investigação e no relato de tais crimes. 
A Convenção sobre a eliminação de todasas formas de discriminação contra as mulheres foi adotada pela Assembleia Geral em 1979, seguida pela Convenção internacional sobre os direitos da criança em 1989. Com o término da Guerra Fria, a pressão por ações que ajudassem no respeito aos direitos humanos tomou um novo impulso. A Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos foi formada em 1993 para cuidar dos problemas de direitos humanos pela organização, após a recomendação feita na Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, realizada naquele ano. Jacques Fomerand, um estudioso da instituição, descreve essa comissão como "ampla e vaga", com recursos "escassos" para ser possível mantê-la. Em 2006, ela foi substituída pelo Conselho de Direitos Humanos, constituído de 47 países. No mesmo ano, foi aprovada a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, e em 2011 veio a primeira resolução reconhecendo os direitos da comunidade LGBT. 
Outros corpos da ONU responsáveis pelos problemas dos direitos da mulher incluem: a Comissão sobre a Situação das Mulheres, uma comissão do ECOSOC fundada em 1946; o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a mulher, criado em 1976; e o Instituto Internacional de Pesquisas e Capacitação para o Progresso da Mulher, iniciada em 1979. O Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, uma das três agências com mandato para cuidar dos problemas relacionados à população indígena, teve sua primeira sessão em 2002. 
Outro propósito primário da ONU é "conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário". Várias agências foram criadas para trabalhar e alcançar esse objetivo, principalmente sob a autoridade da Assembleia Geral e do ECOSOC. Em 2000, os 192 estados-membros concordaram em atingir oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015:
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), uma organização de assistência técnica baseada em subvenções fundada em 1945, é uma das forças principais no campo de desenvolvimento internacional. 
Também responsável pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), uma medida comparativa que classifica os países por pobreza, alfabetização, educação, expectativa de vida e outros fatores. 
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), criada no mesmo ano, promove o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentícia.
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) foi estabelecida em 1946 para assistir as crianças europeias após a Segunda Guerra Mundial e expandiu sua missão para prover ajuda ao redor do globo e sustentar a Convenção sobre os Direitos da Criança. 
O Grupo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são agências independentes e especializadas dentro da estrutura da ONU, segundo um acordo de 1947. Eles foram inicialmente formados separadamente à instituição pelos Acordos de Bretton Woods em 1944. O Banco Mundial provê empréstimos para o desenvolvimento internacional, enquanto o FMI promove a cooperação mundial e dá créditos de emergência para países endividados. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS), que se foca em problemas de saúde internacionais e na erradicação de doenças, é um dos maiores órgãos da ONU. Em 1980, anunciou que a erradicação da varíola havia sido completada. Nas décadas seguintes, a OMS extinguiu quase que completamente a poliomielite, a oncocercose e a lepra. O UNAIDS foi iniciado em 1996 e coordena a resposta das Nações Unidas para a epidemia de AIDS; o Fundo de População das Nações Unidas, que também dedica parte de seus recursos para combater o HIV, é a maior fonte mundial de serviços de saúde sexual e planejamento familiar. 
Em conjunto com o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a Organização das Nações Unidas frequentemente tem papel principal em coordenar ajuda emergencial. 
O Programa Mundial de Alimentação (PMA), originado em 1961, dá assistência alimentar em resposta à fome, a desastres naturais e aos conflitos armados. A organização informa que alimenta uma média de 90 milhões de pessoas em 80 nações a cada ano. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), estabelecido em 1950, trabalha para a proteção dos direitos dos refugiados, requerentes de asilo e apátridas. Os programas ACNUR e PMA são financiados por contribuições voluntárias de governos, corporações e civis, mas os custos administrativos do ACNUR são pagos pelo orçamento principal da ONU.
Outros
Desde a sua fundação, oitenta colônias tornaram-se independentes. A Assembleia Geral adotou a Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais em 1960, sem votos contra mas abstenções de todas as principais potências coloniais. A organização trabalha na descolonização através de grupos como o Comitê Especial da Descolonização, criado em 1962. O comitê lista dezessete "territórios não auto-governantes" restantes, dos quais o Saara Ocidental é o maior e mais populoso.
A partir da formação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 1972, a ONU tornou os problemas ambientais parte importante de sua agenda. A falta de sucesso nessa área durante as suas duas primeiras décadas de existência levou à ECO-92, conferência realizada no Rio de Janeiro, Brasil, que procurou dar um novo impulso a esses esforços.  Em 1998, o PNUMA e a Organização Meteorológica Mundial, outra agência da ONU, criaram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que avalia e relata as pesquisas sobre o aquecimento global. O Protocolo de Quioto, patrocinado pelas Nações Unidas e assinado em 1997, estabeleceu metas de redução de emissões juridicamente vinculativas para os Estados que ratificaram. Em 2015, durante a COP-21, foi esboçado o Acordo de Paris, o primeiro acordo universal a definir medidas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e aprovado por aclamação por quase todos os países. 
A instituição também declara e coordena datas comemorativas, períodos de tempo para observar e informar-se sobre problemas de interesse ou preocupação internacional. Exemplos são o Dia Mundial da Tuberculose, o Dia da Terra e o Ano Internacional dos Desertos e Desertificação (2006). 
Financiamento
A ONU é financiada a partir de contribuições voluntárias dos Estados-membros. A Assembleia Geral aprova o orçamento regular e determina a taxa para cada membro. O valor a pagar é principalmente baseado na capacidade de cada país, conforme seu Produto nacional bruto (PNB), com ajustes em relação à dívida externa e no caso de baixa renda per capita.
A Assembleia estabeleceu que as Nações Unidas não devem ser excessivamente dependentes de qualquer membro para financiarem suas operações. Assim, existe uma taxa "teto", que fixa o montante máximo de cada membro que é doado para o orçamento regular. Em dezembro de 2000, a Assembleia revisou a escala de doações global para refletir as circunstâncias atuais, em resposta a pressões dos Estados Unidos. Como parte dessa revisão, o limite de pagamento foi reduzido de 25% para 22%. Além de uma taxa limite, o valor mínimo avaliado a qualquer país membro (ou a taxa "piso") é fixado em 0,001% do orçamento da ONU. Para os países menos desenvolvidos, um limite máximo de 0,01% é aplicado.
Uma grande parte das despesas da ONU está relacionada ao cerne de seus objetivos: a paz e a segurança, sendo que o orçamento dessas áreas é separado do regular. Para a manutenção da paz, estavam disponíveis US$ 7,54 bilhões no ano fiscal 2013–14, de forma a apoiar os 82 318 soldados ativos em 15 missões pelo mundo. As operações de paz são financiadas por doações, utilizando uma fórmula derivada da escala de financiamento regular e incluindo uma sobretaxa para os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que deve aprovar todas as ações de paz. Essa sobretaxa serve para compensar o desconto dado nas taxas de manutenção de paz para os países menos desenvolvidos. Em 2013, os principais provedores de contribuição financeira para a organização eram Estados Unidos(28,38%), Japão (10,83%), França (7,22%), Alemanha (7,14%), Reino Unido (6,68%), China (6,64%), Itália (4,45%), a Federação Russa (3,15%), Canadá (2,98%) e Espanha (2,97%).
Os programas especiais não incluídos no orçamento regular, como a UNICEF e o Programa Mundial de Alimentação, são financiados por contribuições voluntárias dos membros, corporações e doações de civis.
Prêmios e controvérsias
Várias agências e indivíduos associados à ONU receberam o Nobel da Paz, em reconhecimento de seu trabalho. Dois secretários-gerais, Dag Hammarskjöld e Kofi Annan, receberam o prêmio (em 1961 e 2001, respectivamente), assim como Ralph Bunche (1950), um negociador da organização, René Cassin (1968), contribuinte da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e o Secretário de Estado dos Estados Unidos Cordell Hull (1945), este último por seu papel na fundação. Lester B. Pearson, Ministro de Assuntos Exteriores do Canadá, foi laureado em 1957 por ajudar na criação da missão de paz para resolver a Crise de Suez.  A UNICEF ganhou em 1965, a Organização Internacional do Trabalho em 1969, as Forças de Paz da ONU em 1988, a Agência Internacional de Energia Atômica em 2005 e a Organização para a Proibição de Armas Químicas em 2013. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados recebeu a condecoração em 1954 e 1981, sendo um dos dois recipientes a conquistá-la por duas vezes. As Nações Unidas, como um todo, foram premiadas em 2001, dividindo o prêmio com Annan. 
Depois da Segunda Grande Guerra, o Comitê Francês de Libertação Nacional demorou para ser reconhecido pelos Estados Unidos como o governo oficial da França, e, com isso, o país foi inicialmente excluído das conferências que criaram a organização. Charles de Gaulle criticou-a, adjetivando-a famosamente de machin ("geringonça"), e disse não crer que uma aliança em prol da segurança global ajudaria a manter a paz mundial, preferindo tratados de defesa diretos entre países. Durante a Guerra Fria, tanto Estados Unidos quanto União Soviética acusaram as Nações Unidas de favorecimento ao outro. Em 1953, a URSS efetivamente forçou a renúncia de Trygve Lie, o secretário-geral, ao recusar negociar com ele; e nas décadas de 1950 e 1960, um popular adesivo estadunidense dizia: "Você não pode soletrar comunismo sem U.N.".[158] Em fevereiro de 2003, o presidente dos EUA, George W. Bush, referindo-se à incerteza da fundação em relação às provocações iraquianas sobre o regime de Saddam Hussein, disse que "os países livres não vão permitir que as Nações Unidas desapareçam na história como uma sociedade deliberativa ineficiente e irrelevante." Em contraste, o presidente francês, François Hollande, afirmou em 2012 que "a França confia nas Nações Unidas. Ela sabe que nenhum Estado, não importa quão poderoso, pode resolver problemas urgentes, lutar por desenvolvimento e trazer um fim a todas as crises... A França quer que a ONU seja o centro da governança global."[162] Críticos como Dore Gold, um diplomata israelense, Robert S. Wistrich, um estudioso britânico, Alan Dershowitz, um estudioso legal estadunidense, Mark Dreyfus, um político da Austrália, e a Liga Anti-Difamação consideram que a atenção em relação ao tratamento dado por Israel aos palestinos é exagerada. Em setembro de 2015, Faisal bin Hassan Trad, da Arábia Saudita, foi eleito o presidente do painel do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que nomeia peritos independentes,[164] um movimento criticado por grupos de direitos humanos.
Reforma
Desde a fundação, têm sido feitos pedidos por uma reforma na organização, mas sem consenso em relação a como ela seria feita. Alguns querem que a ONU tenha um papel maior ou mais eficiente nos problemas mundiais, enquanto outros querem que seu papel seja reduzido a ações humanitárias. Outros clamores são a Reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, novas maneiras de se eleger o secretário-geral e a criação da Assembleia Parlamentar das Nações Unidas. Jacques Fomerand afirma que a divisão mais duradoura em vista da ONU é a "divisão norte-sul", com os países ricos ao norte e os em desenvolvimento ao sul. As nações sulistas tendem a ser favoráveis a uma ONU mais empoderada, com uma Assembleia Geral mais forte e que lhes dê maior voz nos dilemas universais, enquanto que os países ao norte preferem uma ONU economicamente laissez-faire e que foque mais em ameaças transnacionais como o terrorismo. 
A ONU também foi acusada de ineficiência burocrática e desperdício. Durante a década de 1990, os Estados Unidos retiveram suas doações por motivos de "ineficiência", começando um reembolso com a condição de que uma iniciativa de grandes reformas fosse introduzida. Em 1994, o Escritório de Serviços de Supervisão Interna (ESSI) foi criado pela Assembleia Geral para servir como um observatório de eficiência. Um programa oficial de reforma foi iniciado por Annan em 1997. As reformas incluem a mudança dos supracitados membros permanentes do Conselho de Segurança (que refletem as relações de poder de 1945); fazer com que a burocracia fique mais transparente, responsável e eficiente; tornar a ONU mais democrática e instituir uma tarifa internacional sobre os fabricantes de armas. 
Em setembro de 2005, a ONU convocou uma Cúpula Mundial, que reuniu os chefes da maioria dos Estados-membros, adjetivando-a de "uma oportunidade única em uma geração para tomar decisões audaciosas nas áreas de desenvolvimento, segurança, direitos humanos e da reforma das Nações Unidas." Kofi Annan propôs que a cúpula concordasse com um "grande contrato global" de reforma das Nações Unidas, que renovaria o foco da organização sobre a paz, segurança, direitos humanos e desenvolvimento, e a tornaria mais bem equipada para o enfrentamento das questões do século XXI. O resultado da cúpula foi um texto de compromisso acordado pelos líderes mundiais, que incluía a criação de uma Comissão de Consolidação da Paz para evitar que os países emergentes passem por conflitos, um Conselho de Direitos Humanos e um fundo para a democracia, uma condenação clara e inequívoca ao terrorismo "em todas as suas formas e manifestações" e acordos para dedicar mais recursos ao Escritório de Serviços de Supervisão Interna, gastar mais bilhões em alcançar as Metas de desenvolvimento do milênio, encerrar o Conselho de Administração Fiduciária devido à realização da sua missão e concordar que a comunidade internacional tem a "responsabilidade de proteger" — o dever de intervir quando os governos nacionais não cumprem sua responsabilidade de proteger seus cidadãos de crimes atrozes. 
O Escritório de Serviços de Supervisão Interna está a ser reestruturado a fim de definir mais claramente o seu alcance e mandato, e irá receber mais recursos. Para além disso, para melhorar a supervisão e auditoria da Assembleia Geral, um Comitê Consultivo de Auditoria Independente (CCAI) está sendo criado. Em junho de 2007, o Quinto Comitê criou um projeto de resolução para os termos de referência desta comissão. Um escritório de ética foi criado em 2006, responsável pela gestão de informações financeiras e novas políticas de proteção do denunciante. Trabalhando com o ESSI, o Escritório de Ética também pretende implementar uma política para evitar a fraude e a corrupção. A Secretaria está revisando todos os mandatos da ONU que já duram mais de cinco anos. A revisão destina-se a determinar se uma duplicação ou programas desnecessários deverão ser eliminados. Nem todos os Estados-membros estão de acordo em relação a quais dos mais de 7 mil mandatos devem ser revistos. A divergência é a decisão de quais os mandatos que devem ser examinados. Em setembro de 2007, o processo estava em curso. 
Referencias
La Organización. Disponível em: <http://www.un.org/es/about-un/index.html> 
Marli Vieira de Oliveira. Geografia em foco. Disponível em :<http://marlivieira.blogspot.com.br/2009/10/blog-post_25.html>
Organização das Naçoes Unidas. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas>Países-membros da ONU. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/conheca/paises-membros/>

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