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TRABALHO SOBRE A ONU

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
DEPARTAMENTO DE DIREITO PÚBLICO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU
JOÃO PESSOA / PB
2016
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU
Trabalho entregue ao departamento de direito público do curso de Direito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), como pré-requisito para obtenção de nota da disciplina de Direito Internacional Público, sob a orientação do docente Sergio José Vieira Lopes.
Discentes: - 
 Ana Rachel Gondim – 11123689
Bruno de Carvalho Nóbrega Veras – 11117709
Leonardo Antonio de Souza Neves - 11319782
Lucas Grangeiro Bonifácio – 11113419
Raquel de Lima Vieira Dantas Oliveira - 11501447
Renato Gomes de Lacerda - 11316939
 
JOÃO PESSOA/PB
2016
SUMÁRIO
1.	SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS	4
2.	DA FORMAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS	5
3.	COMPETÊNCIA DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS	5
4.	ESPÉCIES DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS	6
5.	ASPECTOS GERAIS DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS	6
6.	ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU	7
7.	A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS	7
8.	FUNDAÇÃO DA ONU	9
9.	DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A ONU	9
10.	PÓS-GUERRA FRIA	11
11.	ORGANIZAÇÃO	12
12.	ASSEMBLEIA GERAL	12
12.1.	OBSERVADORES DA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS	13
12.2.	ESTADOS NÃO MEMBROS	13
13.	CONSELHO DE SEGURANÇA	14
13.1.	OPERAÇÕES DE PAZ DA ONU	14
14.	SECRETARIADO	15
15.	SECRETÁRIO GERAL	15
16.	TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA	16
16.1.	JUÍZES BRASILEIROS QUE COMPUSERAM A CORTE	17
16.2.	COMPOSIÇÃO	17
16.3.	JUÍZES AD HOC	18
16.4.	JURISDIÇÃO	19
17.	CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL	19
18.	CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS	20
19.	INSTITUIÇÕES ESPECIALIZADAS	20
20.	MEMBROS	21
20.1.	O BRASIL E AS NAÇÕES UNIDAS	22
21.	OBJETIVOS	22
21.1.	MANUTENÇÃO DA PAZ E SEGURANÇA	22
21.2.	DIREITOS HUMANOS	23
21.3.	DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA	24
21.4.	OUTROS OBJETIVOS	25
22.	FINANCIAMENTO	26
23.	CONCLUSÃO	26
REFERÊNCIAS	29
SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Segundo a doutrina a sociedade internacional é composta por Estados e entidades jurídicas criadas pelos Estados, possuindo um corpo estrutural institucional permanente, como também, personalidade jurídica própria independente dos Estados que lhe constituíram, objetivando com isso a administração e cooperação internacional em temas de comum interesse aos seus membros. Conforme nos ensina Paulo Henrique Gonçalves Portela (p. 251, 2015), tais entidades podem receber as seguintes denominações: organismos internacionais, organizações intergovenamentais ou organizações internacionais intergovenamentais. 
Assim o surgimento de tais organizações remonta ao século XIX, contudo, só após o término da Segunda Guerra Mundial, essas entidades assumiram papel de relevância no contexto internacional. Esse fenômeno aflorou a maior interdependência dos povos, o estreitamento das relações comerciais, o desenvolvimento de novas tecnologias da comunicação e o surgimento de meios de transporte que encurtaram distâncias transformando o planeta em uma grande aldeia global. Ou seja, a afirmação do multilateralismo em contrapartida as relações internacionais exclusivamente bilaterais.
As organizações internacionais surgem no meio internacional a partir da vontade de Estados soberanos através de tratados, e sua manutenção e funcionamento se dá mediante a disponibilidade de recursos financeiros e humanos dos Estados participantes. Assim, devem expressar no cenário internacional a vontade dos seus integrantes materializando-se através das deliberações dos Estados dentro de órgãos próprios. Entretanto, como dito anteriormente, tais organismos internacionais possuem personalidade jurídica própria, podendo assim figurar como sujeitos de direito e obrigações na ordem internacional independente dos Estados membros. 
Com isso as organizações possuem capacidade para celebrar tratados internacionais, contratar e demitir funcionários, alienar e adquirir bens, e ainda, realizar todos os atos necessários para o seu devido funcionamento, tal grau de autonomia lhes é conferido que podem inclusive adotar posições contrárias a seus membros, seja por meios dos órgãos que lhes constituem seja através de deliberação da maior parte dos seus integrantes.
O objetivo maior dos organismos internacionais é a promoção da cooperação internacional em temas de interesse comum, de modo que o tratado que lhe constitui deve estabelecer sua estrutura, objetivos, forma de funcionamento, órgãos, processos decisórios de entidade, podendo ser tomadas as decisões a partir de discussões e votações, como também das competências conferidas a determinados órgãos componente da entidade. 
Assim as decisões dos organismos internacionais podem possuir variados formatos, das quais a mais conhecida é a resolução, que pode possuir ou não caráter vinculante, também merece ser destacado as recomendações, declarações, códigos de conduta ou outros diplomas normativos derivados das decisões. Resta ainda esclarecer que as decisões desses órgãos geralmente são tomadas a partir dos votos favoráveis de dois terços dos Estados participantes. 
Ao passo que possuem personalidade jurídica própria os organismos internacionais poderão celebrar tratados, sendo responsáveis pelos atos praticados e cumprimento de suas obrigações decorrentes, além disso, possuem capacidade para recorrer a tribunais internacionais nos caos permitidos em lei, exercer o direito de legação e gozar de imunidade de jurisdição. Essa capacidade de celebração de tratados foi estabelecida a partir da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais, datando de 1986.
Por fim, em face de ainda não ter entrado em vigência tal convenção, os tratados celebrados por organismos internacionais se lastreiam nas normas internacionais, análogas as estabelecidas na Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969, o que de certo modo gerou certa controvérsia sobre o reconhecimento da personalidade jurídica dos organismos para a celebração de tratados. Tal impasse só foi solucionado com o parecer da Corte Internacional de Justiça, ao reconhecer o direito da Organização das Nações Unidas (ONU) è reparação pela morte de um membro em 1948. 
DA FORMAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
	Assim como os Estados são formados, basicamente, por um povo, situado em determinado território, sujeito a um poder soberano, as organizações internacionais também possuem elementos essenciais a sua constituição.
	De acordo com Paulo Henrique Gonçalves Portela (p. 255, 2015), são elementos precípuos das organizações internacionais os Estados que a integram, seu ato constitutivo e, por fim, a personalidade jurídica, compreendida e projeta em um conjunto de órgãos que a formam.
	Em relação ao primeiro elemento basilar das organizações internacionais, os Estados, faz-se necessário, segundo a doutrina, que haja a reunião de no mínimo três. Sendo assim, quando estivermos diante de uma união de dois estados não há que se falar em organização internacional, podendo, no máximo, esses firmarem um acordo bilateral, etc. 
	Outra característica das Organizações Internacionais é a estabilidade ou permanência. Essas pessoas são criadas visando a continuidade, isso se coaduna com a formalidade, grande parte das vezes exigida para a sua formação; bem como com o regime de direito e deveres recíprocos que permeia a esfera internacional. 	Contudo, podem ser dissolvidas, sucedidas por outra organização (Liga das Nações, sucedida pela ONU) ou se transformarem. 
COMPETÊNCIA DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
	Conforme nos coloca Paulo Henrique Gonçalves Portela as competências das Organizações Internacionais são de quatro tipos: normativas, operacionais, de controle e impositivas. 
	As competências normativas se bifurcam em internas e externas. As primeiras estão compreendidas no poder de autocontrole interno de suas próprias atividades. Já as segundas compreendema emissão de normas hábeis a reger os sujeitos de Direito Internacional, sobretudo aqueles que integrem a referida organização.
	A competência operacional compreende a possibilidade de as Organizações de empreender políticas e projetos visando a consecução de seus objetivos. 
	Já a competência de controle relaciona-se a fiscalização que a Organização exerce sobre os Estados pactuantes de determinado acordo.
	Por fim, temos a competência impositiva, que a depender das normas estabelecidas no ato constitutivo da organização, poderá ser de diferentes maneiras. Como o próprio nome nos leva a entender, tal competência abarca a possibilidade de imposição de obrigações e até mesmo de sanções em caso de descumprimento. 
ESPÉCIES DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
	As classificações partem, como já é consagrado no Direito, de dualidades. Podemos classificar as Organizações Internacionais tomando por base uma considerável gama de variáveis, dentre elas podemos destacar a abrangência, sua temática ou finalidades, natureza dos poderes exercidos, etc.
	Quanto à abrangência as Organizações podem ser regionais ou universais, as primeiras abrangem países, em regra, contíguos geograficamente ou que pactuam da mesma cultura, língua, etc. Já as segundas abrangem as mais diversas Organizações, irrestritamente. Em regra, as disposições das Organizações universais prevalecem sobre as regionais. 
	Quando à temática, as organizações poderão ser gerais, no dizer de REZEK, citado por Paulo Henrique Gonçalves Portela (p. 257, 2015), com vocação política, voltadas para uma gama de temas, e Organizações especiais, a exemplo do FMI (Fundo Monetário Internacional). 
	Quanto à natureza dos poderes exercidos as Organizações podem ser intergovernamentais ou supranacionais. As primeiras são formadas por órgão que representam os estados e as decisões são tomadas pela unanimidade ou maioria qualifica; já as segundas são formadas por órgão próprio, não representativos dos estados, podendo, por conseguinte, impor suas decisões. 
ASPECTOS GERAIS DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
	O ingresso nas Organizações Internacionais far-se-á de acordo com as regras estabelecidas no ato constitutivo. 
	Já a saída de um membro da organização pode-se dar voluntariamente, por meio de denúncia ao ato constitutivo, ou de forma compulsória (expulsão).
	Em regra as Organizações internacionais têm sua sede estabelecida em um dos estados que a integra. Contudo, o exemplo da ONU, que tem uma sede europeia em Genebra, Suíça, país que até pouco tempo não fazia parte das Nações Unidas, demonstra que não é obrigatória a regra. 
	As Organizações internacionais precisam, tendo em vista a sua permanência, de funcionários. Estes devem manter a impessoalidade em relação ao seu país, não podendo receber deste qualquer orientação. 
	Ademais, pode a Organização Internacional prevê imunidades e benefícios para os seus funcionários, podendo englobar, inclusive, a seara penal, é o que se chama de “proteção funcional”, variável da chamada proteção diplomática. 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU 
A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional ou intergovernamental formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais, mantendo um clima de relacionamento e colaboração entre as nações, promovendo a cooperação internacional. 
Através da Carta das Nações Unidas, assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, deu-se a fundação da organização, após o término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, entrando em vigor em 24 de outubro daquele mesmo ano. 
No cenário pós Segunda Guerra Mundial surgia a ONU, com a intenção de impedir outros conflitos. Iniciou-se com 51 estados-membros e alcançando os 193 nos dias atuais. 
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
A Carta da ONU é o tratado que estabeleceu as Nações Unidas.
Em junho de 1941, Londres era a sede de nove governos exilados por ocasião da Segunda Guerra Mundial. No dia 12 de junho de 1941, por meio da Declaração do Palácio de St. James, diversos governos reafirmavam sua fé na paz e esboçavam o futuro pós-guerra. No dia 14 agosto de 1941 foi publicada a Carta do Atlântico, mais um passo para o estabelecimento de uma organização mundial.
No dia primeiro de janeiro de 1942, representantes de 26 países que lutavam contra o Eixo Roma-Berlim-Tóquio decidiram apoiar a Declaração das Nações Unidas.
Em 1943, os marcos principais foram as conferências de Moscou e de Teerã. Neste ano, todas as principais nações aliadas estavam comprometidas com a vitória e, posteriormente, com uma tentativa de criar um mundo fundamentado na paz e na segurança internacionais. Em 1944 e 1945, propostas foram elaboradas nos encontros de Dumbarton Oaks e Ialta.
Foi elaborada pelos representantes de 50 países presentes à Conferência sobre Organização Internacional, que se reuniu em São Francisco de 25 de abril a 26 de junho de 1945, a Carta das Nações Unidas. No dia 26 de junho, último dia da Conferência, foi assinada pelos 50 países a Carta, com a Polônia – também um membro original da ONU – assinando-a dois meses depois.
Entretanto, as Nações Unidas, começaram a existir oficialmente em 24 de outubro de 1945, após a ratificação da Carta por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos signatários. Por este motivo, o dia 24 de outubro é comemorado em todo o mundo como o Dia das Nações Unidas.
A Carta da ONU é o documento mais importante da Organização, como registra seu artigo 103: “No caso de conflito entre as obrigações dos membros das Nações Unidas, em virtude da presente Carta e as obrigações resultantes de qualquer outro acordo internacional, prevalecerão as obrigações assumidas em virtude da presente Carta”.
	Em 26 de junho de 1945, após o término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, foi assinada a Carta das Nações Unidas em São Francisco, entrando em vigor em 24 de outubro daquele mesmo ano. O Estatuto da Corte Internacional de Justiça é parte integrante da Carta.
Em 17 de dezembro de 1963, a Assembleia Geral aprovou as emendas aos artigos 23, 27 e 61 da Carta, as quais entraram em vigor a 31 de agosto de 1965. Uma posterior emenda ao artigo 61 foi aprovada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1971 e entrou em vigor a 24 de setembro de 1973. A emenda do artigo 109, aprovada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1965, entrou em vigor a 12 de junho de 1968.
A emenda ao artigo 23 eleva o número de membros do Conselho de Segurança de onze para quinze.
O artigo 27 emendado estipula que as decisões do Conselho de Segurança sobre questões de procedimento sejam efetuadas pelo voto afirmativo de nove membros (anteriormente sete) e, sobre todas as demais questões, pelo voto afirmativo de nove membros (anteriormente sete), incluindo-se entre eles os votos dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.
A emenda ao artigo 61, que entrou em vigor a 31 de agosto de 1965, eleva o número de membros do Conselho Econômico e Social de dezoito para vinte e sete. A emenda subsequente a este artigo, que entrou em vigor a 24 de setembro de 1973, elevou posteriormente o número de membros do Conselho para cinquenta e quatro.
A emenda ao artigo 109, relacionada com o primeiro parágrafo do referido artigo, estipula que uma Conferência Geral de Estados-membros, convocada com a finalidade de rever a Carta, poderá efetuar-se em lugar e data a serem fixados pelo voto de dois terços dos membros da Assembleia Geral e pelo voto de nove membros quaisquer (anteriormente sete) do Conselho de Segurança.
O parágrafo 3 do artigo 109, sobre uma possível revisão da Carta durante a décima sessão da Assembleia Geral, mantém-se em sua forma original, quando se refere a um “voto de sete membros quaisquer do Conselho de Segurança”, havendo o referido parágrafo sido aplicado em 1955 pela Assembleia Geral durante sua décima sessão ordinária e pelo Conselho de Segurança.
 FUNDAÇÃO DA ONUAs Nações Unidas foram formuladas e negociadas por delegações de União Soviética, Reino Unido, Estados Unidos e China na Conferência Dumbarton Oaks em 1944. Depois de meses de planejamento, a Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional foi aberta em São Francisco, 25 de abril de 1945, com a presença de 50 governantes e várias organizações não-governamentais envolvidas na elaboração da Carta das Nações Unidas. "Os chefes de delegações dos países envolvidos se revezaram como presidentes das reuniões plenárias: Anthony Eden, da Grã-Bretanha, Edward Stettinius, dos Estados Unidos, T. V. Soong, da China, e Vyacheslav Molotov, da União Soviética. Nos encontros seguintes, Lord Halifax substituiu o Sr. Eden, V. K. Wellington Koo entrou no lugar de T. V. Soong, e o Sr. Gromyko substituiu o Sr. Molotov". 
A ONU nasceu oficialmente em 24 de outubro de 1945, sobre a ratificação da Carta pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança — França, República da China, União Soviética, Reino Unido e Estados Unidos — e pela maioria dos outros 46 signatários.
Ocorreram no Westminster Central Hall, em Londres, os primeiros encontros da Assembleia Geral, com 51 territórios representados, e do Conselho de Segurança, com início em 6 de janeiro de 1946. Como localização da sede da ONU, a Assembleia escolheu Nova York, e a instalação foi completada em 1952. Seu local — assim como as sedes em Genebra, Nairóbi e Viena — é designado como território internacional. Trygve Lie, então ministro de Assuntos Exteriores da Noruega, foi eleito o primeiro secretário-geral das Nações Unidas.
 DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A ONU
A sede da ONU está situada em Manhattan, Nova York, e possui extraterritorialidade. Outros escritórios situam-se em Genebra, Nairóbi e Viena. A organização é financiada com contribuições avaliadas e voluntárias dos países-membros. Seus objetivos incluem manter a segurança e a paz mundial, promover os direitos humanos, auxiliar no desenvolvimento econômico e no progresso social, proteger o meio ambiente e prover ajuda humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados.
O presidente estadunidense, Franklin D. Roosevelt, durante a Segunda Guerra, começou a discutir a criação de uma agência que sucederia a Liga das Nações, e a Carta das Nações Unidas foi elaborada em uma conferência em abril–junho de 1945; a carta entrou em vigor a 24 de outubro de 1945, e a ONU começou a operar. A sua missão de promover a paz foi complicada nas suas primeiras décadas de existência, por culpa da Guerra Fria, entre Estados Unidos, União Soviética e seus respectivos aliados. Teve participação em ações importantes na Coreia e no Congo-Léopoldville, além de ter aprovado a criação do estado de Israel em 1947.
Cresceu muito o número de integrantes após o grande processo de descolonização na década de 1960, ocorrido principalmente na África, na Ásia e na Oceania, e na década seguinte, seu orçamento para programas de desenvolvimento social e econômico ultrapassou em muito seus gastos com a manutenção da paz. Após o término da Guerra Fria, a ONU assumiu as principais missões militares e de paz ao redor do globo, com diferentes níveis de sucesso. A organização foi laureada com o Nobel da Paz em 2001, e alguns de seus oficiais e agências também ganharam o prêmio. Outras avaliações da eficácia da ONU são mistas. Alguns analistas afirmam que as Nações Unidas são uma força importante no que tange manter a paz e o estimular o desenvolvimento humano, enquanto outros adjetivam-na de ineficiente, corrupta ou tendenciosa.
As Nações Unidas são compostas por seis órgãos principais: a Assembleia Geral (assembleia deliberativa principal); o Conselho de Segurança (para decidir determinadas resoluções de paz e segurança); o Conselho Econômico e Social (para auxiliar na promoção da cooperação econômica e social internacional e desenvolvimento); o Conselho de Direitos Humanos (para promover e fiscalizar a proteção dos direitos humanos e propor tratados internacionais sobre esse tema); o Secretariado (para fornecimento de estudos, informações e facilidades necessárias para a ONU), e o Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal). Além desses, há órgãos complementares de todas as outras agências do Sistema das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O chefe mais proeminente da ONU é o secretário-geral, cargo ocupado por Ban Ki-moon desde 2007.
Ban Ki-moon é o oitavo e atual secretário-geral da Organização das Nações Unidas, tendo sucedido ao ganês Kofi Annan em 2007. Antes de se tornar secretário-geral, Ban era um diplomata de carreira no Ministério de Relações Exteriores e Comércio da Coreia do Sul e na ONU. Ele entrou no serviço diplomático no ano em que se formou na universidade, assumindo seu primeiro posto em Nova Deli, Índia. No Ministério das Relações Exteriores, ele estabeleceu uma reputação de modéstia e competência.
As línguas oficias da ONU são: Árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.
A bandeira da ONU figura o emblema oficial das Nações Unidas em branco num fundo azul. O emblema consiste numa projeção azimutal equidistante do mapa mundo (menos a Antárctica) centrada no Polo Norte, rodeada de ramos de oliveira. Os ramos de oliveira são um símbolo de paz e o mapa mundo representa todos os povos do mundo. O branco e azul são as cores oficiais das Nações Unidas.
Imagem da bandeira da ONU
PÓS-GUERRA FRIA
Com o término da Guerra Fria, as Nações Unidas viram uma expansão radical em suas funções de manutenção de paz, com mais missões em dez anos que nas quatro décadas anteriores. 
Entre 1988 e 2000, o número de resoluções do Conselho de Segurança adotadas mais que dobrou, e o orçamento de paz aumentou mais que dez vezes. A organização foi responsável por negociar um fim à Guerra Civil de El Salvador, lançou uma missão de paz bem-sucedida na Namíbia, e supervisionou as eleições democráticas na África do Sul pós-apartheid e no Camboja pós-Khmer Vermelho. 
Em 1991, a instituição autorizou uma coalizão liderada pelos EUA que repulsou a invasão iraquiana do Kuwait. Brian Urquhart, subsecretário-geral entre 1971 e 1985, descreveria mais tarde a esperança dada pelo sucesso dessas ações como "falso renascimento", dadas as missões problemáticas que se seguiram.
Embora a Carta da ONU tenha sido escrita com o objetivo principal de prevenir a agressão de uma nação contra outra, durante a década de 1990 as Nações Unidas enfrentaram um número de crises simultâneas e sérias entre territórios como Somália, Haiti, Moçambique e a antiga Iugoslávia. A missão na Somália foi vista como um fracasso após a saída dos Estados Unidos, devido aos acidentes na Batalha de Mogadíscio, e a operação na Bósnia enfrentou "ridicularização mundial" por sua confusa e indecisa missão diante da limpeza étnica.
Críticos da organização, a partir das últimas décadas da Guerra Fria, a condenaram por percebida má gestão e corrupção. Em 1984, o presidente dos EUA, Ronald Reagan, retirou o financiamento do país à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, fundada em 1946) sob alegações de má gestão, sendo seguido pelo Reino Unido e Singapura. Boutros Boutros-Ghali, de 1992 a 1996 secretário-geral, iniciou uma reforma no Secretariado, reduzindo um tanto o tamanho da organização. Seu sucessor, Kofi Annan (1997–2006), fez novas reformas de gestão em face das ameaças dos Estados Unidos de reter suas cotas das NU.
As intervenções internacionais das Nações Unidas, no final das décadas de 1990 e 2000, tiveram uma ampla variedade de formas. A missão durante a Guerra Civil de Serra Leoa entre 1991–2002 foi suplementada pela Royal Marines britânica, e a invasão do Afeganistão em 2001 foi supervisionada pela OTAN.
Os Estados Unidos invadiram o Iraque em 2003, mesmo sem conseguir passar uma resolução no Conselho de Segurança que lhe desse autorização para o ato, levando a uma nova rodada de questionamentoda eficiência da organização. Sob o atual secretário-geral, Ban Ki-moon, a ONU interveio com tropas de paz em crises como a Guerra de Darfur no Sudão e o conflito de Kivu na República Democrática do Congo, além de enviar observadores e inspetores de armas químicas à Guerra Civil Síria. 
Em 2013, uma análise interna das ações das NU nas etapas finais da Guerra civil do Sri Lanka em 2009 concluíram que a associação sofreu "falha sistêmica". 101 funcionários morreram durante o sismo do Haiti de 2010, a maior perda de vida da história da organização.
ORGANIZAÇÃO 
A estrutura das Nações Unidas baseia-se em cinco principais órgãos (eram seis - o Conselho de Administração Fiduciária suspendeu suas operações em 1994); a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), o Secretariado e o Tribunal Internacional de Justiça.
Quatro dos cinco órgãos principais estão localizados na sede principal das Nações Unidas em território internacional em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O Tribunal Internacional de Justiça está localizado em Haia, nos Países Baixos, enquanto outras grandes agências estão baseadas nos escritórios da ONU em Genebra, Viena e Nairobi. Outras instituições das Nações Unidas estão localizadas em todo o mundo.
São seis as línguas oficiais da ONU: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. Quase todas as reuniões oficiais são traduzidas simultaneamente para estas línguas. Quase todos os documentos oficiais, em suporte de papel e "on-line", são traduzidos para estes seis idiomas. Em algumas dependências, as conferências e os documentos de trabalho são só em francês e inglês, e as publicações realizam-se nestes dois idiomas.
 ASSEMBLEIA GERAL 
A Assembleia Geral é a assembleia deliberativa principal das Nações Unidas. Composta por todos os Estados membros das Nações Unidas, a Assembleia se reúne em uma sessão ordinária anual, no âmbito de um presidente eleito entre os Estados-Membros. Ao longo de um período de duas semanas, no início de cada sessão, todos os membros têm a oportunidade de dirigir a montagem. Tradicionalmente, o secretário-geral faz a primeira declaração, seguido pelo presidente da assembleia. “A primeira sessão foi convocada em 10 de janeiro de 1946, no Westminster Central Hall, em Londres, e contou com representantes de 51 nações”.
É necessária a maioria de dois terços dos presentes e votantes para a aprovação da Assembleia Geral sobre questões importantes. São exemplos de questões importantes: recomendações sobre a paz e segurança, eleição de membros de órgãos, admissão, suspensão e expulsão de membros e questões orçamentais. Todas as outras questões são decididas por maioria de votos. Cada país membro tem um voto. Além da aprovação da matéria orçamental, as resoluções não são vinculativas para os membros. A Assembleia pode fazer recomendações sobre quaisquer matérias no âmbito da ONU, excetuando as questões de paz e segurança que estão sob consideração do Conselho de Segurança.
Em resumo, as principais funções da Assembleia Geral são:
Discutir e fazer recomendações sobre todos os assuntos em pauta na ONU;
Discutir questões ligadas a conflitos militares – com exceção daqueles na pauta do Conselho de Segurança;
Discutir formas e meios para melhorar as condições de vida das crianças, dos jovens e das mulheres;
Discutir assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável, meio ambiente e direitos humanos;
Decidir as contribuições dos Estados-Membros e como estas contribuições devem ser gastas;
Eleger os novos Secretários-Gerais da Organização.
OBSERVADORES DA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS
Além dos 193 Estados-membros, as Nações Unidas aceitam muitas organizações internacionais, entidades e outros Estados sob a condição de Observadores. A condição de Observador é garantida pela Resolução da Assembleia Geral, sendo que o título de "Observador Permanente" é meramente prático e não está previsto na Carta das Nações Unidas.
Os Membros Observadores têm o direito de fala na Assembleia Geral, de voto nos assuntos procedimentais e de assinatura nos tratados e acordos da instituição. Direitos mais amplos, como propor emendas e apresentar resoluções, é restrito a alguns Observadores. Contudo, a União Europeia é a única organização internacional que goza destes diretos.
Algumas organizações internacionais, organizações não-governamentais ou entidades cuja soberania e status não são precisamente definidos, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários da Cruz de Malta (SMOM), têm o mesmo status de observadores, mas não como estados.
ESTADOS NÃO MEMBROS 
	É permitido ao Estado não membro solicitar a sua aceitação como Estado-membro pleno da Organização. A petição é avaliada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pela Assembleia Geral. A Suíça, por exemplo, foi um Estado Observador de 1948 a 2002, quando foi aceita como Estado-membro pleno. Atualmente, há dois Estados não membros Observadores: a Santa Sé e a Palestina. Ambos são Observadores permanentes, tendo recebido um convite a participar das sessões de reunião da Assembleia Geral e a manter missões permanentes na Sede da Organização.
CONSELHO DE SEGURANÇA 
O Conselho de Segurança é o responsável por manter a paz e a segurança entre os países do mundo. Enquanto outros órgãos das Nações Unidas só podem fazer "recomendações" para os governos membros, o Conselho de Segurança tem o poder de tomar decisões vinculativas que os governos-membros acordaram em realizar, nos termos do artigo 25 da Carta. As decisões do Conselho são conhecidas como Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O Conselho de Segurança é composto por 15 Estados-membros, sendo 5 membros permanentes - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos - e por 10 membros temporários, atualmente a Áustria, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Gabão, Japão, Líbano, México, Nigéria, Turquia e Uganda. Os cinco membros permanentes têm o poder de veto sobre as resoluções do Conselho, mas não processual, permitindo que um membro permanente impeça a adoção, mas não bloqueie o debate de uma resolução inaceitável por ele. Os dez membros temporários são mantidos em mandatos de dois anos conforme votado na Assembleia Geral sobre uma base regional. A Presidência do Conselho de Segurança é girada em ordem alfabética de cada mês e foi realizada pela Áustria em 2011.
OPERAÇÕES DE PAZ DA ONU
	O atual sistema de constante Missões de Paz não foi originalmente previsto pelos fundadores da ONU. Ao invés disto, eles previram um sistema de segurança coletiva que, na verdade, nunca chegou a se materializar. 
	A comissão de Estado-Maior nunca conseguiu superar seus impasses, não havendo entendimento entre os cinco membros permanentes para o efetivo funcionamento de segurança coletiva da Carta. 
	As operações de paz cobrem uma vasta gama de atividades, dentre elas a observação e o acompanhamento de armistícios ou de cessar-fogo, a supervisão da retirada de forças antagônicas, a manutenção de zonas-tampão e áreas desmilitarizadas, o planejamento e a verificação da movimentação e do acantonamento de forças militares, a prevenção de infiltrações e novas confrontações, o levantamento de minas e de explosivos não detonados, o exercício de administrações de transição, a organização e supervisão de referendos e de eleições, supervisão dos fluxos de refugiados e deslocados, etc.
O mecanismo de segurança coletivo das Nações Unidas é importante instrumento para manter a paz mundial, regulado pelos artigos 39 a 51 da Carta da ONU. Trata-se de mecanismo decorrente do objetivo maior das Nações Unidas, qual seja, manter a segurança e a paz internacionais.
O órgão da ONU responsável pela sua administração é o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Dessa forma, diante de uma ameaça à paz e à estabilidade internacional será acionado o presente instrumento. Inicialmente, o Conselho de segurança "determinará a existência de qualquer ameaça à paz, ruptura da paz ou ato de agressão, e fará recomendações ou decidirá quemedidas deverão ser tomadas de acordo com os artigos 41 e 42, a fim de manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais" (art. 39 - Carta da ONU).
Não havendo mudança na situação de instabilidade, poderão ser tomadas medidas de caráter não militar, que poderão incluir a "interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer espécie e o rompimento das relações diplomáticas" (art. 41 - Carta da ONU).
Por fim, não havendo qualquer alteração na situação de instabilidade, o Conselho de Segurança "poderá levar e efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. Tal ação poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos membros das Nações Unidas" (art. 42 - Carta da ONU)
Cabe destacar que a ONU não tem forças militares próprias. É nesse sentido que necessita da colaboração de seus Estados-membros nos termos dos arts. 43 e 44 de sua Carta, in verbis:
Artigo 43
1. Todos os membros das Nações Unidas, a fim de contribuir para a manutenção da paz e da segurança internacionais, se comprometem a proporcionar ao Conselho de Segurança, a seu pedido e de conformidade com o acordo ou acordos especiais, forças armadas, assistência e facilidades, inclusive direitos de passagem, necessários à manutenção da paz e da segurança internacionais.
2. Tal acordo ou tais acordos determinarão o número e tipo das forças, seu grau de preparação e sua localização geral, bem como a natureza das facilidades e da assistência a serem proporcionadas.
3. O acordo ou acordos serão negociados o mais cedo possível, por iniciativa do Conselho de Segurança. Serão concluídos entre o Conselho de Segurança e membros da Organização ou entre o Conselho de Segurança e grupos de membros e submetidos à ratificação, pelos Estados signatários, de conformidade com seus respectivos processos constitucionais.
Artigo 44
Quando o Conselho de Segurança decidir o emprego de força, deverá, antes de solicitar a um membro nele não representado o fornecimento de forças armadas em cumprimento das obrigações assumidas em virtude do artigo 43, convidar o referido membro, se este assim o desejar, a participar das decisões do Conselho de Segurança relativas ao emprego de contingentes das forças armadas do dito membro. 
Ressalte-se, contudo, que tais medidas não elidem a possibilidade de o Estado ofendido empregar a força contra o agressor em sua legítima defesa. Senão, vejamos:
Artigo 51
Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais.
SECRETARIADO 
O Secretariado das Nações Unidas é chefiado pelo Secretário-Geral, auxiliado por uma equipe de funcionários internacionais no mundo inteiro. Ele fornece estudos, informações e facilidades necessárias para que os organismos das Nações Unidas façam suas reuniões. Também realiza tarefas como dirigir Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Assembleia Geral da ONU, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e outros organismos da ONU. A Carta das Nações Unidas prevê que os funcionários do Secretariado sejam escolhidos pela aplicação das normas mais elevadas "de eficiência, competência e integridade", tendo na devida conta a importância do recrutamento numa base geográfica ampla.
A Carta prevê também que os funcionários não solicitarão nem receberão instruções de qualquer autoridade que não seja a ONU. Cada país membro da ONU é convocado a respeitar o carácter internacional do Secretariado e não procurar influenciar a instituição. O secretário-geral é o único responsável pela seleção dos funcionários.
Os direitos do Secretário-Geral incluem a resolução de disputas internacionais, gestão de operações de paz, organização de conferências internacionais, recolhimento de informação sobre a aplicação das decisões do Conselho de Segurança e consulta com os governos membros a respeito de diversas iniciativas. Escritórios do Secretariado nesta área incluem o Escritório do Coordenador de Assuntos Humanitários e o Departamento de Operações de Manutenção. O Secretário-Geral poderá levar à atenção do Conselho de Segurança qualquer assunto que, na sua opinião, possa ameaçar a paz e a segurança internacionais.
Principais funções do Secretariado:
· Administrar as forças de paz;
· Analisar problemas econômicos e sociais;
· Preparar relatórios sobre meio ambiente ou direitos humanos;
· Sensibilizar a opinião pública internacional sobre o trabalho da ONU;
· Organizar conferências internacionais;
· Traduzir todos os documentos oficiais da ONU nas seis línguas oficiais da Organização.
 SECRETÁRIO GERAL
O Secretariado é chefiado pelo secretário-geral, que atua como porta-voz de facto e líder da ONU. O atual secretário-geral é Ban Ki-moon, que assumiu no lugar de Kofi Annan, em 2007, e será substituído quando o seu segundo mandato expirar em 2016.
Previsto por Franklin D. Roosevelt como o "moderador do mundo", a posição é definido na Carta das Nações Unidas como "chefe administrativo oficial" da organização, mas a Carta também afirma que o secretário-geral pode chamar a atenção do Conselho de Segurança sobre "qualquer assunto que, em sua opinião, possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais", dando a posição de maior capacidade de ação na cena mundial. A situação evoluiu em um duplo papel de um administrador da organização das Nações Unidas e de um diplomata e mediador para resolver disputas entre os Estados-Membros e chegar a um consenso sobre questões globais.
O secretário-geral é nomeado pela Assembleia Geral, depois de ter sido recomendado pelo Conselho de Segurança. A seleção pode ser vetada por qualquer membro do Conselho de Segurança, e a Assembleia Geral pode, teoricamente, substituir a recomendação do Conselho de Segurança se uma maioria de votos não for atingida, embora isso não tenha acontecido até agora.
 Não há nenhum critério específico para o cargo, mas ao longo dos anos, admitiu-se que o cargo será realizado por um ou dois mandatos de cinco anos, que o cargo deve ser nomeado com base no sistema de rotação geográfica e que o secretário-geral não deve ser originário de um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.
TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
Localizado em Haia (Países Baixos), o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também conhecido como Corte ou Tribunal de Haia, é o principal órgão judicial das Nações Unidas. Foi fundado em 1945 pela ONU e começou a funcionar em 1946 como sucessor da Corte Permanente de Justiça Internacional. Seu principal documento constitucional é o Estatuto da Corte Internacional de Justiça, que constituiu e regula o Tribunal de Justiça. 
Foi instituído pelo artigo 92 da Carta das Nações Unidas, que assim reza: "A Corte Internacional de Justiça será o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará de acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e faz parte integrante da presente Carta”. 
O escopo do Tribunal é solucionar litígios entre os Estados, ouvindo casos relativos a crimes de guerra, casos de limpeza étnica, interferências estatais ilegais, dentre outros.
No mesmo âmbito de atuação, tem-se o TPI – Tribunal Penal Internacional, que, a partir de 2002, entabulou sua atuação.Nos termos do artigo 1º do Estatuto de Roma, “o Tribunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional […] e será complementar às jurisdições penais nacionais”.
Ainda nos termos do artigo 5º do referido estatuto, “a competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto”, neles incluídos, “o crime de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão”. 
Em que pese possuir independência funcional com relação às Nações Unidas, algumas reuniões do organismo regente do TPI, qual seja, a Assembleia dos Estados Partes do Estatuto de Roma, são realizadas na ONU. As relações jurídicas entre a ONU e o TPI são realizadas com base num "acordo de relacionamento" entre eles entabulado.
Por fim, é de se ressaltar que, apesar de o capítulo XIV da Carta das Nações Unidas autorizar o Conselho de Segurança a tomar as medidas necessárias para cumprir as sentenças proferidas pela CIJ, tal obrigação sujeita-se ao veto dos cinco membros permanentes do Conselho.
JUÍZES BRASILEIROS QUE COMPUSERAM A CORTE 
O primeiro magistrado brasileiro a compor a Corte Permanente de Justiça Internacional foi Rui Barbosa, eleito para o mandato inicial referente ao período de 1921 a 1930. Contudo, veio a falecer em 1923, sem haver participado de nenhuma sessão da Corte. Foi substituído por Epitácio Pessoa. Posteriormente, também compuseram a Corte: Filadelfo de Azevedo, Levi Carneiro, José Sette Câmara, José Francisco Rezek (1996 a 2006) e Antônio Augusto Cançado Trindade (membro do tribunal desde 2009).
COMPOSIÇÃO
O Tribunal Internacional de Justiça é formado por quinze juízes eleitos pela Assembleia Geral das Nações Unidas e pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a partir de uma lista de pessoas apresentadas pelos grupos nacionais do Tribunal Permanente de Arbitragem, estando, o processo eleitoral, previsto nos artigos 4 a 19 do estatuto do TIJ. 
O mandato do magistrado é de nove anos, podendo ser reeleitos para até mais dois mandatos. As eleições são realizadas a cada três anos, renovando-se um terço dos juízes (que poderão se candidatar à reeleição). Ressalte-se que não poderá haver dois juízes do mesmo país e caso um magistrado faleça no cargo, em regra, se elege um juiz da mesma nacionalidade para completar o mandato. 
Interessante mencionar que o artigo 9º do Estatuto do Tribunal Internacional de Justiça reza que “em cada eleição [..] seja assegurada a representação das grandes formas de civilização e dos principais sistemas jurídicos do mundo”. Sendo assim, deverão compor a Corte juízes que representem a common law, o sistema romano-germânico e o direito socialista. 
Saliente-se, outrossim, existir uma regra de composição geopolítica na Corte, em que pese não haver previsão para tanto no seu Estatuto. De fato, desde a década de 90, quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (França, Rússia, Reino Unido, e Estados Unidos) sempre mantiveram um juiz no Tribunal, com exceção da China que, por não apresentar candidato, não possuía representação no período de 1967 a 1985. 
A garantia de independência judicial do Tribunal é delineada pelas regras contidas nos artigos 16 a 18 do seu Estatuto. Nos termos dos referidos dispositivos, nenhum membro do Tribunal poderá: 1) exercer qualquer função política ou administrativa ou dedicar-se a outra ocupação de natureza profissional; 2) servir como agente, consultor ou advogado em qualquer causa; 3) participar na decisão de qualquer causa na qual anteriormente tenha intervindo como agente, consultor ou advogado de uma das partes, como membro de um tribunal nacional ou internacional, ou de uma comissão de inquérito, ou em qualquer outra qualidade; 4) ser demitido, a menos que, na opinião unânime dos outros membros, tenha deixado de preencher as condições exigidas.
 A despeito dessas disposições, a independência dos membros do TIJ tem sido alvo de questionamentos, a exemplo do que ocorreu no caso Nicarágua vs Estados Unidos, quando os EUA sugeriram não poder apresentar material restrito ao Tribunal tendo em vista a presença de juízes dos estados do Bloco do Leste.
Aos magistrados é possível pronunciar-se em conjunto ou monocraticamente. Decisões e opiniões consultivas são decididas por maioria e, havendo empate, o presidente decidirá. Opiniões divergentes também poderão ser entregues, em separado, pelos juízes.
JUÍZES AD HOC
Com o escopo de incentivar os Estados a apresentarem casos ao Tribunal, o artigo 31 do seu Estatuto estabelece um procedimento que permite a intervenção de juízes ad hoc nos casos contenciosos a serem julgados pela Corte. Assim, qualquer parte poderá nomear um juiz de sua escolha, sendo permitido que até dezessete magistrados julguem determinada causa. Eis o teor do referido artigo: 
Artigo 31
1. Os juizes da mesma nacionalidade de qualquer das partes conservam o direito de intervir numa causa julgada pelo Tribunal. 
2. Se o Tribunal incluir entre os seus membros um juiz de nacionalidade de uma das partes, qualquer outra parte poderá designar uma pessoa para intervir como juiz. Essa pessoa deverá, de preferência, ser escolhida de entre as que figuraram como candidatos, nos termos dos artigos 4 e 5.
3. Se o Tribunal não incluir entre os seus membros nenhum juiz de nacionalidade das partes, cada uma destas poderá proceder à escolha de um juiz, em conformidade com o nº 2 deste artigo.
4. As disposições deste artigo serão aplicadas aos casos previstos nos artigos 26 e 29. Em tais casos, o presidente solicitará a um ou, se necessário, a dois dos membros do Tribunal que integrem a câmara que cedam seu lugar aos membros do Tribunal de nacionalidade das partes interessadas e, na falta ou impedimento destes, aos juizes especialmente designados pelas partes.
5. No caso de haver diversas partes com interesse comum na mesma causa, elas serão, para os fins das disposições precedentes, consideradas como uma só parte. Qualquer dúvida sobre este ponto será resolvida por decisão do Tribunal (*).
6. Os juizes designados em conformidade com os nºs 2, 3 e 4 deste artigo deverão preencher as condições exigidas pelos artigos 2, 17 nº 2, 20 e 24 do presente Estatuto. Tomarão parte nas decisões em condições de completa igualdade com os seus colegas.
JURISDIÇÃO
Conforme preceitua o artigo 36 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, “a competência da Corte abrange todas as questões que as partes lhe submetam, bem como todos os assuntos especialmente previstos na Carta das Nações Unidas ou em tratados e convenções em vigor”. Em sua circunscrição, desalinha-se a jurisdição pertinente ao direito internacional, mormente no que pertine à interpretação de tratados, a existência de qualquer fato que, se verificado, constituiria violação de um compromisso internacional e a natureza ou extensão da reparação devida pela ruptura de um compromisso internacional. 
CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL 
	O Conselho Econômico e Social – ECOSOC é composto de cinquenta e quatro membros das Nações Unidas, que serão eleitos pela Assembleia Geral, cada ano, para um período de três anos, podendo ser reeleitos para o período seguinte.
	Dentre as atribuições do Conselho Econômico e Social podem ser citadas: 
· Fazer ou iniciar estudos e relatórios a respeito de assuntos internacionais de caráter econômico, social, cultural, educacional, sanitário e conexos e fazer recomendações a respeito de tais assuntos à Assembleia Geral, aos Membros das Nações Unidas e às entidades especializadas interessadas.
· Fazer recomendações voltadas à promoção do respeito e a observância dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos.
· Convocar, de acordo com as regras estipuladas pelas Nações Unidas, conferências internacionais sobre assuntos de sua competência.
· Coordenar as atividades das entidades especializadas, por meio de consultas e recomendações às mesmas e de recomendações à Assembléia Geral e aos Membros das NaçõesUnidas.
· Fornecer informações ao Conselho de Segurança e, a pedido deste, prestar-lhe assistência.
	
O ECOSOC se reúne uma vez por ano, em julho, por um período de quatro semanas. Contudo, desde 1998, o Conselho efetua uma outra reunião em abril, com os principais Ministros das Finanças do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS
Em substituição à Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, os Estados-Membros da ONU criaram o Conselho de Direitos Humanos, órgão subsidiário da Assembleia Geral. Seu objetivo é a promoção do respeito universal e de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais. Para isso, inquirirá violações de direitos, promoverá assistência e educação nesta área, fomentará o desenvolvimento do direito internacional nesta esfera, examinará o desempenho dos Estados-membros, empreenderá todos os esforços para evitar abusos, respondendo a situações de emergência e servindo de fórum internacional para o debate sobre a temática de direitos humanos.
Em 15 de março de 2006, a ONU aprovou a criação dessa nova organização de Direitos Humanos, apesar da oposição dos Estados Unidos. Em 9 de maio de 2006, 47 países foram eleitos membros do Conselho, distribuídos de acordo com uma equitativa representação geográfica, sendo treze do grupo dos países africanos, treze do grupo dos países asiáticos, sete do grupo dos países do leste europeu, oito do grupo dos países da América Latina e do Caribe e sete do grupo dos países da Europa Ocidental e outros.
INSTITUIÇÕES ESPECIALIZADAS
Com o escopo de atuar em questões específicas, funcionam diversas organizações e agências das Nações Unidas, cuja Carta prevê que cada órgão principal da ONU poderá estabelecer agências especializadas para cumprimento de suas funções. Por intermédio dessas agências, a ONU desenvolve a maior parte de seu trabalho humanitário, a exemplo do que ocorre no programa de prevenção da fome e da desnutrição (realizado pelo PAM), de vacinação em massa (realizado pela OMS), dentre outros.
Algumas das agências mais conhecidas são a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a Organização Mundial da Saúde, o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a Agência Internacional de Energia Atômica.
Como exemplos de organismos intergovernamentais ou programas, pode-se citar: OIT – Organização Internacional do Trabalho (com sede em Genebra); FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (com sede em Roma); UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (com sede em Paris); OMS – Organização Mundial de Saúde (com sede em Genebra); BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (com sede em Washington); IDA – Associação de Desenvolvimento (com sede em Nova Iorque); CFI – Corporação Financeira Internacional; AGMF – Agência de Garantia Multilateral de Financiamento; CIRDF – Agência Internacional para a Resolução de Disputas Financeiras; FMI – Fundo Monetário Internacional (com sede em Washington); ICAO – Organização da Aviação Civil Internacional; UPU – União Postal Universal; ITU – União Internacional de Telecomunicações; OMM – Organização Meteorológica Mundial; IMO – Organização Marítima Internacional; OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual; FIDA – Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola; UNIDO – Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial; OMT – Organização Mundial do Turismo; AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica; OMC – Organização Mundial do Comércio; OPAQ – Organização para a Proibição de Armas Químicas; CTBTO – Organização Preparatória para o Tratado de Proibição de Testes Nucleares; UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento; PMA – Programa Mundial de Alimentos; GATT - Acordo Geral de Tarifas e Comércio (com sede em Genebra).
Outros programas foram criados especialmente para determinadas regiões, como por exemplo: PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância (sede em Nova Iorque); PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente; ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados; UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas; UN-Habitat – Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos; UNIFEM – Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulher; UNAIDS – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids; UNODC – Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime; UNRWA – Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos.
A ONU conta, ainda, com a Universidade das Nações Unidas (UNU), o ACNUDH – Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e várias outras instituições de pesquisa e treinamento.
MEMBROS 
A ONU possui atualmente 193 estados-membros. Nesse número estão contabilizados todos os Estados soberanos que não estão sob disputa, à parte do Vaticano. A Carta da ONU estabelece as regras para a filiação, nos seguintes termos:
Artigo 4. 1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.
2. A admissão de qualquer desses Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.
Há, ainda, dois observadores da Assembleia Geral das Nações Unidas: a Santa Sé, que tem soberania sobre o Vaticano, e o Estado da Palestina. As Ilhas Cook e o Niue, ambos estados associados à Nova Zelândia, são membros completos de diversas agências especializadas da ONU e têm sua "capacidade de realização de tratados" reconhecida pelo Secretariado.
O BRASIL E AS NAÇÕES UNIDAS
O Brasil é um dos membros fundadores da ONU, pois estava entre os 51 países que participaram da conferência de São Francisco (EUA) em 1945, ocasião em que foi fundada a Organização.
Em 1948, o brasileiro Osvaldo Aranha foi eleito presidente da Assembleia Geral da ONU e, durante a sua gestão, dois importantes acontecimentos se registraram, a saber, a criação do Estado de Israel e a decretação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.	
 OBJETIVOS 
MANUTENÇÃO DA PAZ E SEGURANÇA
A Organização das Nações Unidas, após autorização do Conselho de Segurança, envia forças de manutenção da paz para regiões onde o conflito armado recentemente cessou ou foi pausado para fazer cumprir os termos dos acordos de paz e desencorajar combatentes a retomar as hostilidades. Uma vez que as Nações Unidas não têm seu próprio exército, as tropas são providenciadas de maneira voluntária pelos estados-membros. Esses soldados são às vezes apelidados de "capacetes azuis" por seus distintivos. A força de manutenção de paz como um todo ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1988.
Em setembro de 2013, a ONU tinha soldados encarregados de 15 missões. A maior delas foi a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), que envolveu 20.688 pessoas uniformizadas. A menor, Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas para Índia e Paquistão (UNMOGIP), incluiu 42 agentes responsáveis por monitorar o cessar-fogo de Jammu e Caxemira. As tropas de paz da Organização de Supervisão de Trégua das Nações Unidas (UNTSO) estão estacionadas no Oriente Médio desde 1948, sendo a mais longa missão de paz ainda ativa.
Um estudo da RAND Corporation realizado em 2005 diz que a ONU é bem-sucedida em duas das três tentativas de manutenção da paz. Ele comparou os esforços em construção de países das Nações Unidas e dos Estados Unidos, e descobriu-se que sete dos oito das NU foram realizados em paz, contra quatro de oito dos EUA. No mesmo ano, o Human Security Report documentou um declínio no número de genocídios e abusos de direitos humanos desde o fim da Guerra Fria, e apresentou evidências, ainda que circunstanciais, que o ativismo internacional — encabeçado principalmente pelaorganização — tinha sido o principal motivo para a redução do conflito armado nesse período. Situações em que a ONU agiu não só para manter a paz mas também interveio incluem a Guerra da Coreia (1950–53) e a autorização da intervenção no Iraque após a Guerra do Golfo (1990–91).
As Nações Unidas já receberam críticas por falhas percebidas. Em vários casos, os estados-membros mostraram relutância em alcançar ou fazer cumprir as resoluções do Conselho de Segurança. Desentendimentos no Conselho quanto às ações e intervenções militares são citados como motivo para não se ter conseguido evitar os genocídios em Bangladesh, em 1971, cambojano nos anos 1970 e do Ruanda em 1994. De maneira similar, a falta de ação da ONU é alegadamente culpada tanto por não impedir o massacre de Srebrenica em 1995 ou por não completar as operações de manutenção da paz na Guerra Civil da Somália. As tropas de paz da organização também já foram acusadas de abuso sexual de crianças, solicitação de prostitutas e abuso sexual durante várias das missões na República Democrática do Congo, no Haiti, na Libéria, no Sudão e no que hoje é o Sudão do Sul, Burundi e Costa do Marfim. Cientistas citaram militares da instituição como a mais provável fonte do surto de cólera no Haiti de 2010, que matou mais de 8 mil haitianos após o terremoto ocorrido no país naquele ano.
Além de tentar manter a paz mundial, a ONU também é bastante ativa em desencorajar o desarmamento. A regulação de armamentos foi incluída na Carta da ONU em 1945 e foi imaginada como uma forma de limitar o uso de recursos humanos e econômicos por sua criação. O advento das armas nucleares veio somente algumas semanas depois da assinatura da Carta, resultando na primeira resolução do primeiro encontro da Assembleia Geral, convocando propostas específicas para "a eliminação das armas nucleares e outras armas principais capazes de causar destruição em massa dos arsenais nacionais". A união esteve envolvida em tratados de limitação de armas, como o Tratado do Espaço Exterior (1967), o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (1968), o Tratado sobre a Proibição da Colocação de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição em Massa no Leito do Mar e no Fundo do Oceano (1971), a Convenção sobre as Armas Biológicas (1972), a Convenção sobre as Armas Químicas (1992) e o Tratado de Ottawa (1997), que proíbe minas terrestres. Três corpos das NU cuidam de problemas relacionados à proliferação de armas: a Agência Internacional de Energia Atômica, a Organização para a Proibição de Armas Químicas e a Comissão Preparatória da Organização para a Proibição Completa dos Testes Nucleares.
Resumidamente os objetivos são a manutenção da paz e a segurança internacional, a determinação da criação, continuação e encerramento das Missões de Paz, de acordo com os Capítulos VI, VII e VIII da Carta. A investigação de toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional, bem como a recomendação de métodos de diálogo entre os países e a elaboração de planos de regulamentação de armamentos. Ainda a determinação da existência de uma ameaça para a paz e a solicitação aos países que apliquem sanções econômicas e outras medidas para impedir ou deter alguma agressão;
DIREITOS HUMANOS
Um dos objetivos principais da ONU é "promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião", e os estados-membros se comprometem a agir "em cooperação com a ONU, em conjunto ou separadamente".
Em 1948, a Assembleia Geral adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, escrita pela viúva de Franklin D. Roosevelt, Eleanor, com o advogado francês René Cassin. O documento proclama direitos civis, políticos e econômicos básicos e comuns a todos os seres humanos, muito embora a sua eficácia em ajudar a conquistar esses direitos tenha sido alvo de disputa desde a elaboração. A Declaração serve como um "padrão comum de conquista para todos os povos e nações" ao invés de um documento juridicamente vinculativo, mas o texto foi a base para dois tratados obrigatórios: o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de 1966. Na prática, as Nações Unidas são incapazes de agir de maneira significativa contra os abusos de direitos humanos sem uma resolução do Conselho de Segurança, embora tenham papel importante na investigação e no relatório de tais crimes.
A Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres foi adotada pela Assembleia Geral em 1979, seguida pela Convenção internacional sobre os direitos da criança em 1989. Com o término da Guerra Fria, a pressão por ações que ajudassem no respeito aos direitos humanos tomou um novo impulso. A Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos foi formada em 1993 para cuidar dos problemas de direitos humanos pela organização, após a recomendação feita na Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, realizada naquele ano. Jacques Fomerand, um estudioso da instituição, descreve essa comissão como "ampla e vaga", com recursos "escassos" para ser possível mantê-la. Em 2006, ela foi substituída pelo Conselho de Direitos Humanos, consistente de 47 países. No mesmo ano, foi aprovada a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, e em 2011 veio a primeira resolução reconhecendo os direitos da comunidade LGBT.
Outros corpos das ONU responsáveis pelos problemas dos direitos da mulher incluem: a Comissão sobre a Situação das Mulheres, uma comissão do ECOSOC fundada em 1946; o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a mulher, criado em 1976; e o Instituto Internacional de Pesquisas e Capacitação para o Progresso da Mulher, iniciada em 1979. O Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, uma das três agências com mandato para cuidar dos problemas relacionados à população indígena, teve sua primeira sessão em 2002.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA
Outro propósito primário da ONU é "conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário". Várias agências foram criadas para trabalhar e alcançar esse objetivo, principalmente sob a autoridade da Assembleia Geral e do ECOSOC. Em 2000, os 192 estados-membros concordaram em atingir oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), uma organização de assistência técnica baseada em subvenções fundada em 1945, é uma das forças principais no campo de desenvolvimento internacional. É também responsável pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), uma medida comparativa que classifica os países por pobreza, alfabetização, educação, expectativa de vida e outros fatores. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), criada no mesmo ano, promove o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentícia. A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) foi estabelecida em 1946 para assistir as crianças europeias após a Segunda Guerra Mundial e expandiu sua missão para prover ajuda ao redor do globo e encorajar a Convenção sobre os Direitos da Criança.
O Grupo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são agências independentes e especializadas dentro da estrutura da ONU, segundo um acordo de 1947. Eles foram inicialmente formados separadamente à instituição pelos Acordos de Bretton Woods em 1944. O Banco Mundial provém empréstimos para o desenvolvimento internacional, enquanto o FMI promove a cooperação mundial e dá créditos de emergência para países endividados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), que se foca em problemas de saúde internacionais e na erradicação de doenças, é um dos maiores órgãos da ONU. Em 1980, anunciou que a erradicação da varíola havia sido completada. Nas décadas seguintes, a OMS extinguiu quase que completamente a poliomielite, a oncocercose e a lepra. O UNAIDS foi iniciado em 1996, e coordena a resposta dasNações Unidas para a epidemia de AIDS; o Fundo de População das Nações Unidas, que também dedica parte de seus recursos para combater o HIV, é a maior fonte mundial de serviços de saúde sexual e planejamento familiar.
Em conjunto com o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a Organização das Nações Unidas frequentemente tem papel principal em coordenar ajuda emergencial. O Programa Mundial de Alimentação (PMA), originado em 1961, dá assistência alimentar em resposta à fome, a desastres naturais e aos conflitos armados. A organização diz que alimenta uma média de 90 milhões de pessoas em 80 nações a cada ano. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), estabilizado em 1950, trabalha para a proteção dos direitos dos refugiados, requerentes de asilo e apátridas. Os programas ACNUR e PMA são financiados por contribuições voluntárias de governos, corporações e civis, mas os custos administrativos do ACNUR são pagos pelo orçamento principal das Nações Unidas.
OUTROS OBJETIVOS
Desde a sua fundação, oitenta colônias tornaram-se independentes. A Assembleia Geral adotou a Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais em 1960, sem votos contra, mas abstenções de todas as principais potências coloniais. A organização trabalha na descolonização através de grupos como o Comitê Especial da Descolonização, criado em 1962. O comitê lista dezessete "territórios não-auto-governantes" restantes, dos quais o Saara Ocidental é o maior e mais populoso.
A partir da formação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 1972, a ONU tornou os problemas ambientais parte importante de sua agenda. A falta de sucesso nessa área durante as suas duas primeiras décadas de existência levou à ECO-92, conferência realizada no Rio de Janeiro, Brasil, que procurou dar um novo impulso a esses esforços. Em 1998, o PNUMA e a Organização Meteorológica Mundial, outra agência da ONU, criaram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que avalia e relata as pesquisas sobre o aquecimento global. O Protocolo de Quioto, patrocinado pelas Nações Unidas e assinado em 1997, estabeleceu metas de redução de emissões juridicamente vinculativas para os Estados que ratificaram. Em 2015, durante a COP-21, foi esboçado o Acordo de Paris, o primeiro acordo universal a definir medidas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e aprovado com aclamação por quase todos os países.
A instituição também declara e coordena datas comemorativas, períodos de tempo para observar e informar-se sobre problemas de interesse ou preocupação internacional. Exemplos incluem o Dia Mundial da Tuberculose, o Dia da Terra e o Ano Internacional dos Desertos e Desertificação (2006).
 FINANCIAMENTO
	O financiamento da ONU é feito por meio de contribuições voluntárias dos Estados-membros. Após a aprovação do orçamento pela Assembleia Geral, esta define a taxa que caberá a cada membro, valor este que lastreia-se na capacidade de cada país, em conformidade com seu Produto Nacional Bruto, ajustado, porém, de acordo com dívida externa e baixa renda per capita.
Conforme estabelecido pela Assembleia, as Nações Unidas não devem possuir dependência excessiva de determinado Estado-membro no que pertine ao seu financiamento. Dessa forma, foi estabelecido um patamar máximo que cada membro deve doar para o orçamento regular. 
A escala de doações globais foi revista pela Assembleia em dezembro de 2000, com o espeque de se adequar à atual conjuntura, mormente repontando-se à pressões dos Estados Unidos. Nesse momento, reduziu-se o limite de pagamento para 22% (antes era 25%), fixando-se, ainda, uma taxa mínima para cada Estado-Membro no importe de 0,001% do orçamento da ONU.
Uma grande parte das despesas da ONU está relacionada ao cerne de seus objetivos: a paz e a segurança, sendo que o orçamento dessas áreas é separado do regular. Para a manutenção da paz, estavam disponíveis $5.152 bilhões no ano fiscal 2013–14, de forma a apoiar as 82.318 tropas ativas em 15 missões pelo mundo. 
As operações de paz são financiadas por doações, utilizando uma fórmula derivada da escala de financiamento regular e incluindo uma sobretaxa para os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que deve aprovar todas as ações de paz. Essa sobretaxa serve para compensar o desconto dado nas taxas de manutenção de paz para os países menos desenvolvidos. Em 2013, os principais provedores de contribuição financeira para a organização eram Estados Unidos (28,38%), Japão (10,83%), França (7,22%), Alemanha (7,14%), Reino Unido (6,68%), China (6,64%), Itália (4,45%), a Federação Russa (3,15%), Canadá (2,98%) e Espanha (2,97%).
Os programas especiais não incluídos no orçamento regular, como a UNICEF e o Programa Mundial de Alimentação, são financiados por contribuições voluntárias dos membros, corporações, e doações de civis.
CONCLUSÃO
	Desde a fundação da ONU, vários pedidos de reforma da organização foram pleiteados, mas sem consenso em relação a como ela seria feita. Alguns querem que as Nações Unidas tenham um papel maior ou mais eficiente nos problemas mundiais, enquanto outros querem que seu papel seja reduzido a ações humanitárias. Outros clamores são a Reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, novas maneiras de se eleger o secretário-geral, e a criação da Assembleia Parlamentar das Nações Unidas. Jacques Fomerand afirma que a divisão mais duradoura em vista da ONU é a "divisão norte-sul", com os países ricos ao norte e os em desenvolvimento ao sul. As nações sulistas tendem a serem favoráveis a uma ONU mais empoderada, com uma Assembleia Geral mais forte e que lhes dê uma maior voz nos dilemas universais, enquanto que os países ao norte preferem uma ONU economicamente laissez-faire e que foque mais em ameaças transnacionais como o terrorismo.
A ONU também foi acusada de ineficiência burocrática e desperdício. Durante a década de 1990, os Estados Unidos retiveram suas doações por motivos de "ineficiência", começando um reembolso com a condição de que uma iniciativa de grandes reformas fosse introduzida. Em 1994, o Escritório de Serviços de Supervisão Interna (ESSI) foi criado pela Assembleia Geral para servir como um observatório de eficiência. Um programa oficial de reforma foi iniciado por Annan em 1997. As reformas incluem a mudança dos supracitados membros permanentes do Conselho de Segurança (que refletem as relações de poder de 1945); fazer com que a burocracia fique mais transparente, responsável e eficiente; tornar a ONU mais democrática e instituir uma tarifa internacional sobre os fabricantes de armas.
Em setembro de 2005, a ONU convocou uma Cúpula Mundial, que reuniu os chefes da maioria dos Estados-membros, adjetivando-a de "uma oportunidade única em uma geração para tomar decisões audaciosas nas áreas de desenvolvimento, segurança, direitos humanos e da reforma das Nações Unidas." Kofi Annan propôs que a cúpula concordasse com um "grande contrato global" de reforma das Nações Unidas, que renovaria o foco da organização sobre a paz, segurança, direitos humanos e desenvolvimento, e a tornaria mais bem equipada para o enfrentamento das questões do século XXI. 
O resultado da cúpula foi um texto de compromisso acordado pelos líderes mundiais, que incluía a criação de uma Comissão de Consolidação da Paz para evitar que os países emergentes passem por conflitos, um Conselho de Direitos Humanos e um fundo para a democracia, uma condenação clara e inequívoca ao terrorismo "em todas as suas formas e manifestações" e acordos para dedicar mais recursos ao Escritório de Serviços de Supervisão Interna, gastar mais bilhões em alcançar as Metas de desenvolvimento do milênio, encerrar o Conselho de Administração Fiduciária devido à realização da sua missão e concordar que a comunidade internacional tem a "responsabilidade de proteger" — o dever de intervir quando os governos nacionais não cumprem sua responsabilidade de proteger seus cidadãos de crimes atrozes.
O Escritório de Serviços deSupervisão Interna está a ser reestruturado a fim de definir mais claramente o seu alcance e mandato, e irá receber mais recursos. Para além disso, para melhorar a supervisão e auditoria da Assembleia Geral um Comitê Consultivo de Auditoria Independente (CCAI) está sendo criado. Em junho de 2007, o Quinto Comitê criou um projeto de resolução para os termos de referência desta comissão. Um escritório de ética foi criado em 2006, responsável pela gestão de informações financeiras e novas políticas de proteção do denunciante. Trabalhando com o ESSI, o Escritório de Ética também pretende implementar uma política para evitar a fraude e a corrupção. A Secretaria está revisando de todos os mandatos da ONU que já duram mais de cinco anos. A revisão destina-se a determinar se uma duplicação ou programas desnecessários deverão ser eliminados. Nem todos os Estados-membros estão de acordo em relação a quais dos mais de 7000 os mandatos devem ser revistos. A divergência é a decisão de quais os mandatos que devem ser examinados. Em setembro de 2007, o processo estava em curso.
Diante desta visão geral de como a ONU está estruturada para desempenhar um papel mais específico na área da paz, lembremos de que na ONU não se fala em paz sem falar em desenvolvimento e em combate a pobreza. Na seara da resolução dos conflitos internacionais, o resultado geral das operações de paz tem sido positivo. O que é uma capacidade valiosa de lidar com crises internacionais e ameaças à paz. Sendo muito importante este multilateralismo em escala global para a manutenção da humanidade. 
REFERÊNCIAS
A Carta das Nações Unidas. Disponível em < https://nacoesunidas.org/carta/>. Acesso em 05/06/2016.
Bandeira das Nações Unidas - Wikipédia <https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_das_Nações_Unidas> Acesso em 09/06/2016.
Documentos e publicações das Nações Unidas. Disponível em <https://nacoesunidas.org/docs/ >. Acesso em 05/06/2016.
MONTEFUSCO, João Gabriel. Organização Social e Política do Brasil. 2 ed. São Paulo: Editora Moderna, 1977.
Organizações das Nações Unidas – INFOESCOLA. Disponível em < http://www.infoescola.com/geografia/organizacao-das-nacoes-unidas-onu/>. Acesso em 06/06/216.
Organizações das Nações Unidas - Wikipédia < https://pt.wikipedia.org/wiki/Organização_das_Nações _Unidas>. Acesso em 06/06/2016.
PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 7 ed. 2015.
Tribunal Internacional de Justiça – Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Internacional_de_Justiça. Acesso em 06/06/2016.

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