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tratamento em gestantes na clinica de atenção básica I

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PRIMEIRA AVALIACÃO PARCIAL 
CLÍNICA DE ATENÇÃO BÁSICA 1 
 
NOME _______________________________________________ 
 
Todas as perguntas estão relacionadas ao caso clínico, não existe uma única resposta correta, o mais importante é a 
fundamentação teórica. 
 
Paciente sexo feminino, procurou a FOP/UPE com queixa de “MUITO TÁRTARO E SENSIBILIDADE NO PÉ DO DENTE 
“(sic) . Na história médica a paciente relatou que está GRÁVIDA. No exame PSR apresentou os seguintes códigos: 
 
SI 3 S2 2 S3 4 
S6 2 S5 2 S4 3 
 
No exame clínico foram detectadas abfrações nos dentes 13,12,11,21,22 e 23 (V) todas com envolvimento dentina/esmalte e 
cáries MOD nos dentes 34,35 e 47. No início do tratamento os alunos observaram que a paciente não fazia uso do fio dental 
e o índice de placa foi de 80%. 
 
 
1) Faça um plano de tratamento, por sessão, justificando as suas decisões, quando achar conveniente. 
2) Que orientações de higiene são necessárias para este paciente? Explique e exemplifique. 
3) Nos dentes que serão restaurados, ou que serão feitos provisórios , explique e justifique suas escolhas de materiais. 
4) A paciente é Grávida , que cuidados são necessários ? 
5) Como o fato da paciente estar grávida afeta a saúde geral e periodontal dela ? Que cuidados especiais são necessários ? 
 
 
Alanna Alexandre 5-O 
2017.1 
O protocolo de atendimento recomendado às pacientes gestantes é: 
 
Primeiro trimestre : Exame clínico para identificação da presença ou não de doença periodontal. Instruções sobre 
higiene oral e controle de placa bacteriana. As gestantes que não forem portadoras de periodontopatias, devem 
receber instruções para retornarem apenas para terapia de manutenção. 
 
Segundo Trimestre: tratamento da doença periodontal e terapia de manutenção nas gestantes que não possuem 
doença periodontal. 
 
Terceiro Trimestre: terapia de manutenção. 
 
 
- Primeiro trimestre : 
 Exame clínico + Exame físico + radiografias 
 Sondagem periodontal (PSR) 
SI 3 S2 2 S3 4 
S6 2 S5 2 S4 3 
 
 Pelo fato do PSR ter tido um cód. 4 é necessário realizar o periograma em todos os sextantes, lembrando que: 
 Código 0: tudo OK 
 Código 1: presença de placa, mas não precisa realizar periograma 
 Código 2: presença de cálculo e placa subgengival, mas não precisa realizar periograma 
 Código 3: presença de cálculo, bolsas e problemas mucogengivais, deve-se realizar o periograma apenas deste 
sextante 
 Código 3 em dois ou mais sextantes: realizar periograma completo 
 Código 4: presença de cálculo, bolsas e problemas mucogengivais (uma bagaceira) e deve-se realizar o 
periograma completo 
 
 A paciente apresenta SENSIBILIDADE , porém é válido lembrar que : durante a gravidez e a lactação, alguns 
dessensibilizantes são contraindicados e como qualquer outro medicamento, não se recomenda a sua utilização no 
primeiro trimestre da gravidez. A aplicação tópica de medicamentos contendo salicilatos, especialmente quando 
aplicado em grandes áreas, a absorção sistêmica da medicação não deve ser negligenciada, podendo levar a 
ocorrência de efeitos secundários sistêmicos que afetem um sistema de órgãos específico (hepático, renal ou efeitos 
secundários gastrointestinais) ou mesmo o organismo como um todo. Portanto, o uso de dessensibilizantes deve ser 
apenas em casos realmente necessários e utilizados na menor quantidade eficaz. 
Plano de tratamento para a paciente gestante 
 
- Segundo Trimestre: 
1ª Sessão: S1 = Raspagem supra e subgengival + OHB + ATF 
2ª Sessão: S2 = Raspagem supragengival + OHB + ATF 
3ª Sessão: S3 = Raspagem supra e subgengival + OHB + ATF 
4ª Sessão: S4 = Raspagem supra e subgengival + OHB + ATF 
5ª Sessão: S5 = Raspagem supragengival + OHB + ATF 
6ª Sessão: S6 = Raspagem supragengival + OHB + ATF 
 
7ª Sessão: Remoção dos fatores causais da abfração 
 
 
8ª Sessão: Restauração em resina composta MOD elemento 34 
9ª Sessão: Restauração em resina composta MOD elemento 35 
10ª Sessão: Restauração em resina composta MOD elemento 47 
 
 
Caso a paciente esteja no primeiro trimestre de gestação os cuidados 
devem ser redobrados, usar o equipamento de proteção corretamente e 
evitar a repetição das tomadas radiográficas ao máximo 
Indicações de raspagem periodontal 
Código 2 : Raspagem supragengival 
Código 3 : Raspagem supra e subgengival 
Código 4: Raspagem supra e subgengival 
Remoção de contatos oclusais 
prematuros (restaurações altas e/ou 
coroas com contatos prematuros). 
Restaurações neste caso exigem preparo cavitário, logo existe a 
necessidade de fazer a anestesia local. Anestésico que deve ser 
usado: Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 
máx. 2g 
11ª Sessão: Restauração em resina composta das abfrações 13, 12 e 112 
12ª Sessão: Restauração em resina composta das abfrações 21, 22 e 23 
 
 
14ª Sessão: Acabamento e polimento das restaurações + radiografias finais + OHB 
 
- Terceiro Trimestre : Proservação 
 
- Orientações de higiene 
A grávida pode apresentar mais cáries e gengivites sim, mas é porque come mais, dorme mais e escova menos os 
dentes. Quando o bebê começa a se desenvolver, o útero pressiona o estômago, que tem o seu volume reduzido. A gestante 
passa a fazer, então, vários lanches durante o dia (ou até mesmo durante a noite!) que não são acompanhados por uma 
eficiente higienização, tornando a saliva mais ácida, favorecendo o aparecimento das doenças bucais. Também os enjoos, 
acompanhados de vômitos, são responsáveis pelo aumento da acidez da saliva. O sono, que aumenta durante a gravidez, é 
também um período crítico para o aparecimento de cáries e gengivites, pois durante o sono, há uma diminuição da saliva no 
meio bucal. Além disso, os distúrbios hormonais da gravidez resultam no aumento de progesterona e estrógeno afeta o tecido 
gengival Portanto, a orientação de uma higiene bucal é fundamental para a saúde da mãe e do bebê. Escovação adequada e 
o uso do fio dental são as medidas básica de prevenção para estas doenças. 
 
- Escolhas de materiais 
O tratamento restaurador definitivo com RESINA COMPOSTA é bem indicado em casos de paciente com atividade de cárie 
controlada ou problemas estéticos. Na presença de atividade cariogênica intensa, podemos optar por tratamento de 
adequação do meio bucal com cimento de ionômero de vidro, utilizando a técnica de restauração atraumática, para que a 
paciente tenha tempo para modificar seus hábitos. 
*Amálgama : É preciso ter muito cuidado com obturação de amálgama em gestantes. Pesquisas mostram que o mercúrio 
liberado das obturações atravessa a placenta e alcança o feto, podendo prejudicá- lo. Como os sintomas são comuns, fica 
difícil apontar uma causa específica. 
*Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol : é contraindicado para gestantes pois o EUGENOL pode provocar a contração da 
musculatura do útero 
 
- Cuidados são necessários 
A gestante poderá ser atendida em qualquer período gestacional, embora o segundo trimestre (entre o 4 º e o 6º mês) 
seja o mais oportuno, porque nesta fase ela se encontra num período de maior estabilidade. No 1º trimestre deve-se evitar o 
uso de medicamentos, pois o bebê ainda está se formando, e no 3º trimestre a mãe está numa maior ansiedade a 
aproximação do parto. 
Outra preocupação seria marcar consultas para as gestantes em horários diferentes das crianças que frequentam o 
consultório, prevenindo o possível contágio das doenças virais da infância (rubéola, sarampo, catapora, etc.). Neste mesmo 
sentido deve-se evitaro agendamento de consultas a gestantes quando o dentista ou auxiliar estiverem acometidos de gripes 
ou resfriados. 
Não existem riscos em relação à anestesia desde que o dentista conheça o efeito dos anestésicos e as alterações que 
ocorrem durante a gravidez. As gestantes podem apresentar uma elevação da pressão arterial e isso deve ser levado em 
conta. O mesmo ocorre em relação as radiografias, desde que o profissional esteja ciente dos riscos e realize todas as 
medidas de segurança, não há risco em realiza-la. 
 
- A gestação afeta a saúde geral e periodontal dela ? Que cuidados especiais são necessários ? 
A gravidez, por si só, não causa gengivite. A gengivite na gestação é causada pela placa bacteriana, da mesma forma 
que em mulheres não-grávidas. Entretanto, a gravidez acentua a resposta gengival para a placa e modifica o quadro clínico 
resultante (Carranza E Newman, 1997). As alterações no periodonto também podem estar associadas às mudanças 
hormonais (Barros E Molitermo, 2001; Lindhe, 1999). Na gravidez, o estrógeno e a progesterona estão aumentados (Fourniol 
Filho, 1998) e podem exercer suas influências sobre os tecidos periodontais de diferentes maneiras: alterando a resposta 
tecidual à placa, influenciando a composição da microbiota da placa bacteriana e estimulando a síntese de citocinas 
inflamatórias, particularmente as prostagladinas. 
Restaurações de abfrações só devem ser feitas 
se os fatores causais forem completamente 
eliminados. 
Está provado em estudos que a periodontite na paciente gestante pode causar danos no processo de gestação, como 
um parto prematuro, o nascimento de um bebê abaixo do peso e até mesmo pré-eclâmpsia. O tratamento das doenças 
periodontais é de extrema importância, pois a saúde bucal, ou a falta dela, interferem no desenvolvimento da criança. O 
dentista deve atuar como um profissional da saúde, informando sobre procedimentos preventivos e detectando problemas 
precocemente. Se diagnosticada a doença periodontal o CD deve entrar em contato com o médico obstetra da paciente e 
tratá-la normalmente, de preferência durante o segundo trimestre da gravidez.

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