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PRÁTICA JURÍDICA PENAL RECURSOS EM GERAL (ART. 574 A 580 do CPP) CONCEITO: Do juízo a quo - reexame ou reforma de Decisão : Do Juízo ad quem PRINCÍPIOS NORTEADORES: 1) DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (corolário da ampla defesa e contraditório art. 5º LV CF88): - baseado na falibilidade humana -visa diminuir o arbítrio dos magistrados -visa evitar os erros judiciários - garante a possibilidade de reexame ou reforma da decisão 2) VOLUNTARIEDADE (ART. 574 do CPP) - regra geral – pois depende da vontade das partes Sentença conssesiva de HC - Exceção: por exludente (exclui) Sentença que absolver – por eximente (isenta) Reexame necessário ou recurso de ofício ( há divergência) 2 correntes: 1ª) A Lei 11.689/2008 - revogou a necessidade de recurso de ofício, uma vez que o art. 415 CPP não faz menção; 2ª) Subsiste por força do art. 574 do CPP 3) FUNGIBILIDADE (ART. 579 do CPP) -Não haja má fé - Possibilita o conhecimento de um recurso por outro quando - tempestivo 4) REFORMATIO IN PEJUS (617 do CPP) - Garantia para o réu de não agravação da pena por recurso exclusivo da defesa. PRESSUPOSTOS DOS RECURSOS EM GERAL: Objetivos: Cabimento: Previsão legal Adequação: Usar o meio recursal adequado (exceção princ. da fungibilidade) Tempestividade: dentro do prazo determinado por lei Subjetivos: Interesse: decorre do prejuízo Legitimidade: a parte deve possuir capacidade (577 do CPP) Efeitos: Dependem de cada recurso em si: Devolutivo: Devolve à instancia superior o reexame da matéria em sua plenitude; (Ex: os recursos extraordinários – art. 637 do CPP) Suspensivo: Suspende a eficácia da decisão até o julgamento final do recurso; (ex: o recurso de apelação – art. 597 do CPP) Extensivo: Os demais co-réus são beneficiados pelo recurso ainda que não tenham recorrido; (art. 580 do CPP) Regressivo ou Deferido: Possibilita ao próprio juízo a quo reformar a sua decisão ou mantê-la, encaminhado para o juízo ad quem fazer o reexame. (Ex: recurso em sentido estrito – art. 584 do CPP – por exclusão) JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: - verificação dos pressupostos legais em 2 etapas: - No Juízo a quo - No Juízo ad quem PRÁTICA JURÍDICA PENAL NULIDADES (art. 563 a 573) Regras de Processo Penal: - visam 1º: o equilíbrio da relação processual (ESTADO-JUIZ/AACUSAÇÃO/DEFESA) - visam 2º: uma Decisão – correta – que espelhe Justiça. Classificação por atos: Inexistentes: sentença proferida por quem não é juiz; Irregulares: fere a forma, mas não gera desequilíbrio; Nulos: Relativa: viola norma de interesse privado (Arts. 571 e 572 do CPP) Absoluta: viola norma de ordem pública (As demais por exclusão) PRINCÍPIOS NORTEADORES: 1) PREJUÍZO: “Pas de nullité sans grief” - só deve ser reconhecida nulidade em caso de prejuízo comprovado. 2) CAUSALIDADE: - sedimentado na Súmula 64 do STJ; - quem dá causa a nulidade não pode tentar se valer dela em benefício próprio. 3) INTERESSE: - Somente o interessado pode requerer o reconhecimento da nulidade - a exceção são as nulidades absolutas – podem ser reconhecidas a qualquer tempo. (exceto a não argüida pela acusação que prejudique o réu – Súmula 160 do STF). 4) CONVALIDAÇÃO: - Convalida-se os atos quando não argüida a nulidade em tempo Espécies: Art. 568 Supríveis ou sanáveis Art. 569 Art. 570 Convalidáveis pelo Comparecimento ROL DAS NULIDADES – ART. 564 do CPP MOMENTO OPORTUNO PARA ARGUIÇÃO DA NULIDADE – ART. 571 do CPP PRÁTICA JURÍDICA PENAL RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (art. 581 a 592 do CPP) Cabimento: - impugnar, unicamente, DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS, previstas em lei: CPP (art. 581 e ss.) CTB (art. 294), Lei Contravenções (art. 6º) e Lei dos Prefeitos (arts. 1º e 4º). Obs: há entendimento de que quando não existir recurso contra decisão e a mesma se equiparar as decisões interlocutórias será possível o RESE. Impropriedade legislativa - O art. 581 fala em DECISÃO, DESPACHO ou SENTENÇA (não cabe contra sentença). Hipóteses Taxativas - Somente os casos previstos em lei. Processamento: (art. 586 do CPP) - Dirigido ao Juiz prolator da Decisão; - Prazo de 5 dias para interposição; - Prazo de 2 dias para as razoes e contra-razões; - Conclusão ao juiz para – Reformar ou manter a decisão – (art. 589 do CPP)
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