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Processo Penal II - Materia do Semestre

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Caderno: Processo Penal II
Criada em: 09/03/2020 07:56 Atualizada … 25/03/2020 20:14
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
AULA 1 - 09/03/20
ORIENTAÇÃO
TDE será uma dissertação sobre o texto 1 Moodle, irá valer 1 ponto extra = entrega
02/06/20.
P1, P2 e P3 = tem que fazer no mínimo 2 provas.
Email - ricardogloeckner@hotmail.com
Procedimentos Ordinário/Sumário
1.1 Processo X Procedimentos
Quanto a natureza do crime.
A Ciência dos atos é procedimento.
O processo anda até a sentença.
Dentro do procedimentos há sequencia de atos = Ritos.
Procedimentos Comuns (ordinário, sumário e sumaríssimo) X Procedimentos
Especiais (os demais são este, ex.: Júri, Tóxicos e Foro Prerrogativa de Função)
- Não pode achar que os processo comuns estão regulados apenas no CPP, bem
como achar que o procedimento especial está regulado por lei especial, pois há
procedimentos comuns em leis especias e vice e versa.
1.2 Processo Comum : Art. 394 CPP
Para saber qual é o procedimento devera se olhar a pena.
Ordinário: pena = ou > 4 anos (superior)
Sumário: pena < 4 anos (inferior)
Sumaríssimo: infrações de menor potencial ofensivo, pena = ou < 2 anos
(inferior)
 1.2.1 Ritos: Art. 394 S 2º do CPP
Quando a lei dispõe especificamente de alguma coisa se aplica o rito ordinário
para preencher lacunas.
mailto:ricardogloeckner@hotmail.com
 1.2.2 Proc. Júri: Art. 394 S 3º do CPP (homicido, aborto, participação no suicídio e
infanticídio)
 1.2.3 Primeira Instância: Art. 394 S 4º do CPP
 1.2.4 Aplicação Subsidiária: Art. 394 S 5º do CPP
 1.2.5 Prioridade: Art. 394 - A do CPP, Art. 19 -A da Lei 9807/11
2 Proc. Oridinário
Não há procedimento em sentido estrito.
2.1 Oferecimento da Denúncia: Art. 41, 385 e 28 -A
Oferecimento da denúncia é ato de protocolo.
Rejeição: art. 395 CPP
Proposta de acordo de não persecução penal: art. 28-A CPP.
2.2 Recebimento da Ação: Citação - Art. 396 e 396 -A do CPP
Ato de recebimento da denúncia - Causa interruptiva da prescrição.
Citação com a cópia da denúncia.
Suspensão do processo: art. 89 da Lei 9099/95.
 2.2.1 Resposta X Matéria
Recebimento da citação em 10 dias para oferecer a resposta.
Elemento importante da denúncia: descrição dos fatos, rol de testemunhas (art.
41)
3 Condições da Ação - Art. 395:
 I - Inépcia da ação: Art. 41 CPP não aplicado.
II - Faltar pressuposto processual
III - Faltar justa causa
*Denuncia genérica não identifica corretamente
3.1 Possibilidade do pedido
Condenação do acusado
Se na ação não for crime é pedido impossível.
Tem que haver tipicidade, ilicitude e culpabilidade.
3.2 Interesse Processual
Art. 107 do CP
3.3 Legitimidade d causam
Ativa ou Passiva
A legitimidade passiva se confunde com o mérito. 
4 Pressupostos processuais
 1 - Juiz competente
 2 - Não pode ser caso de coisa julgada, litispendência, suspensão e impedimento
 3 - Legitimidade do processo: representação (Ação Penal Privada)/procuração (art.
44 do CPP)
 - Poderes específicos
 - Descrição do fato
 - Tipo Penal
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 25/03/2020 20:16 Atualizada … 08/04/2020 19:31
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
AULA 23/03/20
PROCEDIMENTOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO
1. Processo x procedimento
 1.2 Procedimento Comum: Art. 394 CPP.
 Ritos: ordinário, sumário e sumaríssimo (Lei 9099/95). Art. 394, § 2º CPP.
 1.3 Procedimento do júri: art. 394, § 3º CPP.
 1.4 Primeira instância: art. 394, § 4º CPP.
 1.5 Aplicação subsidiária: art. 394, § 5º CPP.
 1.6 Prioridade de tramitação: art. 394-A CPP. Art. 19-A da Lei 9807/11.
2. Procedimento Ordinário:
2.1 Oferecimento da Denúncia: art. 41 CPP; Rejeição liminar: art. 395 CPP. Art. 28-A do
CPP: proposta de acordo de não persecução penal.
2.2 Recebimento da denúncia: citação. Art. 396 CPP e 396-A do CPP. Suspensão do
processo: art. 89 da Lei 9099/95.
 2.2.1 Matéria da Resposta: art. 396-A e § 1º CPP. Preclusão? Prova, exceções.
 2.2.2 Número de Testemunhas:
2.3 Recebimento da acusação x momento?
2.4 Procedimento em caso de suspensão condicional do processo ou a sua falta: art. 89 da
Lei 9099/95 e art. 28 do CPP e art. 62, I da LC 75/93. Súmula 696 STF.
2.5 Absolvição Sumária: art. 397 CPP. Recurso do MP: Súmula 707 STF.
2.6 Citação por Edital: prazo? Art. 396, § único. Art. 366 CPP. Art. 2º, § 2º Lei 9613/98. Prazo
da Suepnsão: Súmula 415 do STJ. Problema: crimes imprescri�veis?
3. Designação de Audiência de instrução e julgamento: art. 399 e 400 do CPP.
3.1 In�mação do ofendido: art. 201 CPP.
3.2 In�mação do réu preso: requisição à penitenciária ou casa prisional.
3.3 Inquirição testemunhas: carta precatória ou videoconferência (art. 222, § 3º CPP).
Inversão da oi�va? STJ: Nulidade rela�va (HC 191326/DF). Súmula 273 STJ. Súmula 155 STF.
4. Audiência de Instrução e Julgamento: art. 400 CPP.
4.1 Alegações Finais: Súmula 523 STF. Prazo: art. 403, § 3º CPP.
4.2 Indeferimento de provas: art. 400, § 1º CPP. Precatória x jus�fica�va da oi�va.
4.3 Desistência: art. 401, § 2º CPP. Concordância x necessidade?
4.4 Testemunhas Referidas: art. 401, § 1º e art. 402 CPP. 
4.5 Assistentes Técnicos: art. 159, § 3º, § 4º e § 5º CPP.
4.6 Prazo para Defesa: art. 402 CPP. Tempo individualizado: art. 403, § 1º CPP. Assistente de
acusação: art. 403, § 2º CPP.
4.7 Sentença: art. 404,§ único CPP.
4.8 Fracionamento de Atos: a) art. 404 CPP e 402 CPP; b) art. 403, § 3º CPP. 
4.9 Registro dos Atos: art. 405, § 1º CPP.
4.10 Iden�dade Física do Juiz: art. 399, § 2º CPP.
VIDEO AULA
Procedimento Sumário - similar ao proc. ordinário
Pena inferior a 4 anos (pena máxima de 03 anos).
Lei 9099 - Infrações penais de menor potencial ofensivo - Rito Sumaríssimo (=
ou inferior a 2 anos).
Inicio -> oferecimento da denuncia. -> Conclusos para o Juiz: 1. Analisar os
requisitos (395); 2. Recebe a denúncia; 3.
Rito: art. 394, § 1º, II CPP.
1. Aplicação dos arts. 395 e 397 do CPP.
2. Rejeição da denúncia ou queixa: art. 395 CPP.
3. Recebimento e citação do acusado: art. 396 CPP.
4. Absolvição Sumária: art. 397 CPP.
1. Designação de audiência;
2. Audiência de instrução e julgamento: previsão de debates: art. 534 CPP.
Diferenças Rela�vamente ao Procedimento Ordinário:
1. Designação da audiência: 30 dias e não 60 art. 531 CPP.
2. Não há previsão de fracionamento da audiência: não se aplica os ar�gos 402, 403 e
404 CPP.
3. Número máximo de testemunhas: 5. Art. 532 CPP.
4. Aplicação Subsidiária: art. 394, § 5º CPP. Aplicam-se também os arts. 401 e 405 do
CPP. 
 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 25/03/2020 20:17 Atualizada … 08/04/2020 19:34
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
AULA 24/03/20
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
1. Aspectos Gerais: descarcerização. Modelo consensual de jus�ça criminal.
2. Proibição de conversão em pena priva�va de liberdade: art. 51 CP. Art. 85 da Lei
9099/95.
3. Infrações de menor potencial ofensivo: art. 61 da Lei 9099/95.
4. Competência: se trata de competência em razão da matéria (absoluta).
1. Vedações: a) art. 41 da Lei 11.340/06; b) art. 90-A Lei 9099/95; c) art. 291, § 1º da Lei
9.503/97 (lesão corporal culposa no trânsito); d) não se aplica transação nos casos do art. 94
da Lei 10.741/03. Apenas o rito sumaríssimo (ADI 3096/DF). 
2. Modificação de Competência: art. 60 e § único da Lei 9099/95 (conexão e con�nência); 
3. Transação Penal: natureza jurídica: direito público subje�vo ou discricionariedade regrada?
Direito Público Subje�vo no entendimento atual do STJ e STF. Aplicação analógica da
Súmula 696 do STF.
5. Competência Para os Atos Processuais: Art 63 da Lei 9099/95. Aplicação integra�va
do art. 6º do CP (teoria da ubiquidade). 
1. Concurso de Infrações: reunião de processos fora do juizado. Aplicação do art. 78 do CPP.
6. Princípios:art. 62 da Lei 9099/95. Art. 65 da Lei 9099/95.
7. Citação do autor do fato: sempre pessoal. Art. 66 da Lei 9099/95. O mandado deve
conter a necessidade de o autor comparecer à audiência preliminar acompanhado de
advogado, podendo ser nomeado defensor público se comparecer desprovido de
defesa. Enunciado 09 do CNJ. Exaurimento da competência após a remessa ao juízo
comum (Enunciado 52 CNJ). Tem-se admi�do o uso da precatória. Citação com hora
certa? Enunciado 110 CNJ.
8. In�mações: poderão ser feitas por correspondência, com aviso de recebimento
pessoal. Art. 67 da Lei 9099/95. 
1. In�mação de Pessoa Jurídica: correspondência.
2. In�mação pessoal das partes: dispensável no caso de julgamento das apelações. Art. 82, §
4º da Lei 9099/95 (Inclusive do Ministério Público e do defensor público). STF: HC
76.915/RS. 
 
O PROCEDIMENTO NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
I – A FASE PRELIMINAR
1. Obje�vo: tenta�va de em uma audiência, proceder-se à composição/ transação.
2. Inves�gação: Termo circunstanciado: art. 69 da Lei 9099/95.
1. Prisão em flagrante: não cabe: art. 69, § único da Lei 9099/95. Art. 48, § 2º da Lei 11.343/06
(caso do art. 28).
2. Fiança: não cabe. Art. 69, § único da Lei 9099/95. 
3. Audiência preliminar: não comparecimento: adiamento: art. 71 da Lei 9099/95.
4. Audiência prelimina x composição civil dos danos: �tulo execu�vo judicial: art. 74 da Lei
9099/95.
1. Ação privada ou condicionada à representação: renúncia. Art. 74 § único da Lei
9099/95. 
2. Ação penal pública incondicionada: não produz efeito rela�vamente à ação.
3. Transação penal: art. 76 da Lei 9099/95.
1. Ação penal privada x cabimento: sim STJ (Ap 634/RJ e HC 187.090/MG). Deve haver
proposta do querelante. Legi�midade do MP?
2. Propositura: apenas quando o MP es�ver convencido da autoria e materialidade dos fatos.
Pressupostos:
1. Não ter sido o autor do fato condenado à pena priva�va de liberdade, por sentença
defini�va – art. 76, § 2º, I da Lei 9099/95: basta a condenação em primeiro grau.
Condenação por contravenção? Não.
2. Não ter sido o agente beneficiado pelo ins�tuto no prazo de 5 anos – art. 76, § 2º, II da
Lei 9099/95; Não se aplica ao art. 28 da Lei 11.343/06 (enunciado 115 CNJ)
3. Verificação: antecedentes, conduta social, personalidade, mo�vos e circunstâncias do
crime. art. 76, § 2º, III da Lei 9099/95.
4. Crimes Ambientais: art. 27 da Lei 9.605/97.
3. Rejeição da Proposta pelo Juiz: Cabível quando se tratar de fato não criminoso.
4. Aceitação da Proposta: art. 76, § 3º, 4º e 6º da Lei 9099/95.
5. Descumprimento da Transação: Súmula Vinculante 35 STF.
6. Apelação: art. 76, § 5º da Lei 9099/95.
7. Indeferimento da Proposta de transação pelo juiz: art. 28 CPP. Cabimento de HC.
 
II - PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
1. Oferecimento de denúncia: art. 77 da Lei 9099/95.
1.1 Comprovação da materialidade: art. 77, § 1º da Lei 9099/95.
1.2 Complexidade do caso: remessa rito sumário: art. 77, § 2º da Lei 9099/95.
1.3 Ação Penal Privada: art. 77, § 3º da Lei 9099/95.
2. Designação de audiência de instrução e julgamento: art. 78 da Lei 9099/95.
2.1 Citação: ar. 78, § 1º da Lei 9099/95;
2.2 Apresentação de testemunhas: art. 78, § 1º da Lei 9099/95. In�mação pessoal: art.
78, § 1º da Lei 9099/95. Testemunhas da acusação: art. 67 da Lei 9099/95. In�mação
ofendido ausente: art. 67 da Lei 9099/95.
2.3 Número de Testemunhas: 5 ou 3?
2.4 Nova tenta�va de conciliação: arts. 72 a 75 da Lei 9099/95; reabertura fase
transação – art. 76 da Lei 9099/95.
2.4.1 Resposta à acusação: art. 81 da Lei 9099/95.
2.4.2 Provas: art. 81 da da Lei 9099/95.
2.4.2.1 Produção das provas : audiência: art. 81, § 1º da Lei 9099/95; Indeferimento:
art. 81, § 1º da Lei 9099/95.
2.5 Sentença: art. 81, § 3º da Lei 9099/95.
2.6 Recurso: apelação: competência turmas recursais criminais. Art. 82 da Lei 9099/95.
2.6.1 Rejeição denúncia ou queixa: apelação. Não cabe recurso em sen�do estrito nos
JECRIM (enunciado 48 CNJ). MP e Defensoria Pública: ciência pessoal.
2.6.2 Prazo: 10 dias.
2.6.3 Interposição com as razões e pedido de modificação da decisão: art. 82, § 1º da Lei
9099/95.
2.6.4 Resposta ao recuros: 10 dias. Art. 82, § 2º da Lei 9099/95.
2.7 Competência para HC: Turmas Recursais e Tribunal de Jus�ça (86834/SP).
Inaplicabilidade da Súmula 690 STF.
2.8 Embargos Declaratórios: art. 83 da Lei 9099/95. 
2.8.1 Forma: oral ou escrita: art. 83, § 1º da Lei 9099/95.
2.8.2 Prazo: 5 dias: art. 83, § 1º da Lei 9099/95.
2.8.3 Efeito: interrup�vos: art. 83, § 2º da Lei 9099/95..
3. Execução: impossibilidade de conversão em pena priva�va de liberdad. Art. 85 da Lei
9099/95. STF: HC 80.802/MT. Súmula Vinculante 35 STF.
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 11/05/2020 16:18 Atualizada … 11/05/2020 16:18
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
TRIBUNAL DO JURI
TRIBUNAL DO JÚRI
 
1. Origem: Lei de 18 de junho de 1822 (crimes de imprensa).
2. Composição: Juiz Presidente e Conselho de Sentença.
3. Princípios Cons�tucionais: art. 5º, XXXVIII CF:
1. Plenitude de Defesa: Súmula 523 STF.
2. Sigilo das Votações: incomunicabilidade entre os jurados. 
3. Soberania dos Veredictos: possibilidade de revisão da decisão através da ação de
revisão criminal.
4. Competência Para os Crimes Dolosos Contra a Vida: julga-se também os crimes conexos
(art. 78, I CPP).
 I – DA FASE DE INSTRUÇÃO PRELIMINAR
1. Procedimento Bifásico: a primeira, a instrução preliminar; a segunda, a fase de plenário
(julgamento propriamente dito).
2. Finalidade: a fase de instrução preliminar tem por função verificar a competência do
tribunal do júri para o julgamento de um fato. Trata-se de um juízo de admissibilidade.
3. Procedimento: na fase de instrução preliminar, o procedimento é pra�camente igual ao do
rito ordinário: art. 394, I do CPP.
3.1 Juízo de recebimento ou rejeição da denúncia ou queixa: art. 395 CPP.
3.2 Acusação: nº de testemunhas: 8. Art. 406, § 2º CPP. 
3.3 Citação: art. 406 CPP. Resposta à acusação – 10 dias. Contagem do prazo: art. 406, § 1º
CPP.
3.3.1 Citação por edital: aplica-se o art. 366 do CPP, segundo o art. 406, § 1º CPP. 
3.4 Não Apresentação da Resposta: nomeação de defensor – art. 408 CPP.
3.5 Matéria da Resposta: art. 406, § 3º CPP. Não se aplica o art. 397 do CPP. STJ: HC
52.086/MG. 
3.6 Exceções: processamento em apartado: art. 407 CPP.
3.7 Oi�va da acusação: sobre provas e questões preliminares. 5 dias. Art. 409 CPP.
3.8 Designação de audiência: 10 dias. Art. 410 CPP.
3.9 Procedimento probatório: art. 411 CPP. Esclarecimentos dos peritos? Art. 411, § 1º CPP
x Art. 159, § 5º, I CPP.
3.9.1 Audiência única. Indeferimento de provas: art. 411, § 2º CPP.
3.9.2 Possibilidade de aditamento: art. 384 CPP e art. 411, § 3º CPP.
3.9.3 Alegações Orais: art. 411, § 4º CPP. Prazo individual para a defesa: art. 411, § 5º CPP.
Assistente da acusação: art. 411, § 6º CPP.
3.9.4 Sentença: art. 411, § 9º CPP. 10 dias.
3.10 Prazo para encerramento: 90 dias. Art. 412 CPP.
4. Decisões:
4.1 Absolvição Sumária: art. 415 CPP. Recurso: apelação: art. 416 CPP.
4.1.2 Absolvição Sumária e Crime Conexo: aplica-se o art. 81, § único do CPP.
4.2 Desclassficação: art. 419 do CPP. Recurso: RSE – art. 581, II CPP.
4.2.1 Desclassificação própria: altera a competência do júri. Necessidade de renovação dos
atos de instrução? Sim. De acordo com o art. 399, § 2º CPP e art. 8º, 1 e 2 da CADH
4.2.2. Crime conexo: aplica-se o art. 81, § único do CPP. 
4.2.3 Desclassificação Operada pela Tribunal do Júri: sendo caso único, aplica-se o art. 74, §
3º CPP e art. 492, § 1º CPP. Havendo crime conexo: art. 492, § 2º CPP.
4.2.4 Sentença Absolutória proferida pelo júri e crime conexo: o júri julga o crime conexo
também.
4.2.5 Desclassificação Imprópria: altera o crime, que con�nua sendo contra a vida. Se
operada pelo júri, segue sendo competente para o julgamento do crime conexo.
4.2.6 Extensão da Desclassificação a corréu: devem ser condições idên�cas. RHC 67.383/SP.
4.3 Impronúncia: art. 414 CPP. Não é propriamente uma sentença. É uma decisãointerlocutória mista. Todavia, caberá apelação. art. 416 CPP.
4.3.1 Nova denúncia sobre fato impronunciado: art. 416, § único CPP.
4.3.2 Despronúncia: impronúncia ob�da em grau de recurso.
4.4 Pronúncia: art. 413 CPP.
4.4.1 In Dubio pro societate? STJ HC 175.639/AC 
4.4.2 Excesso de Linguagem: AgRg no Resp 1.442.002/AL. STF: RHC 127.522/BA. Art. 413, §
1º CPP.
4.4.3. Prisão Cautelar: fundamentação. Art. 413, § 3º CPP. Possibilidade de aplicação de
medidas do art. 319 do CPP? Sim, art. 282, § 6º CPP.
4.4.4 Afiançabiliadde? Art. 413, § 2º CPP. Possibilidade do art. 319 CPP. Casos de vedação da
fiança: art. 323 e 324 CPP. 
4.4.5 Emenda�o Libelli? Art. 383 CPP. Art. 418 CPP.
4.4.6 Pronúncia x delimitação acusação: a pronúncia (art. 413, § 1º CPP) deve delimitar o
âmbito da acusação. Deve incluir qualificadoras e causas de aumento. Causas de privilégio ou
atenuantes e agravantes podem ser reconhecidas fora da pronúncia.
4.4.7 Natureza jurídica: decisão interlocutória mista.
4.4.8 Recurso: art. 581, IV CPP.
4.4.9 Efeitos: não produz coisa julgada rela�vamente ao júri (que pode desclassificar).
Possibilidade de alteração da acusação após o trânsito em julgado da pronúncia? Sim. Art.
421, § 1º CPP.
4.4.10: Preclusão da decisão de pronúncia: imutabilidade da decisão. Deve seguir o
processo. art. 421 CPP.
4.4.11 Aditamento de outros réus? Art. 417 CPP. Não concordância do MP: art. 28 CPP.
5. In�mação da Pronúncia: art. 420 CPP. Não se aplica o art. 366 do CPP no caso do art. 420,
§ único CPP.
II – FASE DO PLENÁRIO
1. Preparação do Processo: art. 421 CPP: a) requerimento diligências, rol de testemunhas
(até 5) e juntada documentos. Prazo: 5 dias. 
2. Número de testemunhas: para o fato? Para o processo? STJ RHC 29236/SP. Poderá o
assistente de acusação arrolar testemunhas? Sim, desde que o MP não tenha arrolado 5.
2.1 Cláusula de Imprescindibilidade: art. 461 CPP. Poderá haver condução coerci�va. Poderá
haver adiamento da sessão. Art. 461, § 1º e § 2º CPP. Não se aplica a testemunhas ouvidas
por carta precatória.
3. Saneamento do Processo: decisão acerca de diligências e requerimentos. Elaboração de
relatório do processo. Inclusão em pauta. art. 423 CPP e art. 424 CPP.
4. Desaforamento: art. 427 CPP.
4.1 Preferência de julgamento: art. 427, § 1º CPP.
4.2 Suspensão liminar do júri: art. 427, § 2º CPP.
4.3 Não é cabível na pendência de julgamento de pronúncia: art. 427, § 3º CPP.
4.4 Desaforamento por Excesso de Serviço: art. 428 CPP. 6 meses a contar do trânsito em
julgado da pronúncia.
4.4.1 Diligências no interesse da defesa? Art. 428, § 1º CPP.
4.4.2 Necessidade de oi�va da defesa sobre o desaforamento: Súmula 712 do STF.
5. Pauta: art. 429 CPP.
5.1 Preferência: art. 429, I, II e III CPP.
5.2 Habilitação do Assistente: 5 dias antes da sessão. Art. 430 CPP.
6. Jurados:
6.1 Serviço obrigatório: art. 436 CPP.
6.2 Recusa: art. 436, § 2º CPP: multa 1 a 10 salários mínimos. 
6.2.1 Recusa por convicção ín�ma: serviço alterna�vo. Art. 438 CPP e § 1º CPP. 
6.3 Dispensa: art. 437 CPP. Advogados e estudantes de direito podem ser jurados?
6.4 Direitos do jurado: preferência, em licitações e concursos. Art. 440 CPP.
6.5 Presunção de idoneidade moral: art. 439 CPP.
6.6 Não Comparecimento à Sessão: multa 1 -10 salários mínimos. Art. 442 CPP.
6.7. Impedimento dos Jurados: art. 448 CPP, 449 CPP, 450 CPP.
6.8. Contagem no Número Legal: art. 451 CPP.
6.9. U�lização do mesmo Conselho de Sentença em mais de um processo: art. 452 CPP. 
7. Reunião e Sessões do Júri
7.1. Composição do tribunal do júri: 1 juiz togado e 25 jurados sorteados (7 comporão o
conselho de sentença). Art. 447 CPP.
7.2 Decisão Sobre Impedimentos e Recusas: art. 454 CPP.
7.3 Adiamento: não comparecimento do MP. Art. 455 CPP. Não Comparecimento do
advogado: escusa legí�ma: art. 456 e §1º e § 2º CPP.
7.4 Não Comparecimento do Acusado Solto: não haverá adiamento. Art. 457 CPP. Pedido de
adiamento: art. 457, §1º CPP. Não comparecimento do réu preso: adiamento. Art. 457, § 2º
CPP.
8. Sorteio dos jurados: art. 463 CPP. Mínimo de 15 jurados presentes. Sorteio de suplentes:
art. 464 CPP.
8.1 Incomunicabilidade: art. 466, § 1º e § 2º CPP.
8.2 Número de jurados: 7 – art. 467 CPP.
8.3 Recusa Imo�vada: art. 468 e § único do CPP.
8.4 Dois Defensores x recusa: art. 469 CPP.
8.4.1 Separação de Processos: art. 469, § 1º CPP. Preferência: art. 469, § 2º CPP.
8.5 Ausência do Mínimo Legal: art. 471 CPP.
9. Quesitação: art. 482 e § único CPP.
9.1 Ordem de Quesitação: art. 483 CPP.
9.1.1 Materialidade do fato art. 483, I CPP;
9.1.2 Autoria ou par�cipação: art. 483, II CPP.
9.1.3 Absolvição do Acusado: art. 483, III CPP.
9.1.4 Existência de causa de diminuição: art. 483, IV CPP.
9.1.5 Existência de Qualificadora ou Causa de Aumento: art. 483, V CPP.
9.2 Prejudiciais: art. 483, § 1º CPP.
9.3 Quesito genérico de absolvição: art. 483, § 2º CPP.
9.4 Causas de Diminuição: art. 483, § 3º CPP;
9.5 Quesito de desclassificação: deve ser feito após o 3º quesito. Art. 483, § 4º CPP.
9.6 Quesito de tenta�va ou desclassificação imprória: art. 483, § 5º CPP: deve ser
respondido após o 2º quesito.
9.7 Pluralidade de réus ou crimes: séries dis�ntas. Art. 583, § 6º CPP.
10. Instrução em Plenário: art. 473 CPP.
10.1 Perguntas pelos jurados: devem ser endereçadas ao juiz. Art. 473, § 2º CPP.
10.2 Demais provas: art. 473, § 3º CPP. Leitura: cautelares e cartas precatórias. 
10.3 Interrogatório: art. 474 CPP.
10.3.1 Ordem: art. 474, § 1º CPP. Jurados: art. 474, § 2º CPP.
10.3.2 Uso de Algemas: art. 474, § 3º CPP. Súmula Vinculante 11 STF.
11. Debates: art. 476 CPP. Assistente: art. 476, § 1º CPP.
11.1 Tempo: art. 477 e § 1º CPP. Pluralidade de réus: art. 477, § 1º 3 § 2º CPP.
11.2 Vedações: art. 478 CPP (pronúncia e silêncio do acusado).
11.3 Leitura de Documentos: art. 479. Prazo 3 dias antes do julgamento. 
12. Sentença: art. 492 CPP.
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 11/05/2020 16:20 Atualizada … 11/05/2020 16:49
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
INSTRUÇÃO NO PLENÁRIO DO JÚRI
INSTRUÇÃO NO PLENÁRIO DO JÚRI
Depois de tomado compromisso pelos jurados, se iniciará a instrução em
plenário.]
1. As partes tomarão declarações da ví�ma (se possível). 2. Inquirição das
testemunhas:
2.1 Testemunha de Acusação: 1ª inquirição pelo Ministério Público e assistente de
acusação, se houver. Depois inquirição pela Defesa.
2.2 Testemunha de Defesa: 1ª inquirição pela Defesa e depois pelo Ministério Público
e assistente de acusação, se houver.
3.4 O Juiz Presidente não formulará perguntas.
3.5 Os jurados poderão formular perguntas, através do Juiz Presidente que servirá
como mediador.
4. Em plenário, poderá ser realizada instrução plena:
Oi�va de testemunhas;
Acareações;
Reconhecimento de pessoas e coisas;
Esclarecimento de peritos.
LEITURA DAS PEÇAS]
1. O Código de Processo Penal permite a leitura:
2. Restrições à permissão (art. 478):
Das provas colhidas por carta precatória;
Das provas cautelares e não repe�veis.
Decisão de pronúncia e as posteriores confirmatórias;
A determinação judicial do uso de algemas;
Os documentos não juntados no prazo de 3 dias;
Ao silêncio do acusado. 
DO USO DAS ALGEMAS EM PLENÁRIO
1. Art. 474, §3º do Código de Processo Penal e Súmula Vinculante 11 do STF.
2. A Súmula Vinculante 11 do STF se em razão do HC 91.952 que anulou um Júri
porque o réu passou todo o tempo algemado sem jus�fica�va.
Súmula Vinculante 11 do STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e
de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade �sica própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, jus�ficada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade
da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil
do Estado.
CONCLUSÃO DA INSTRUÇÃO
 
1. O úl�mo ato será o interrogatório do réu.
2. Depois se iniciará os debates:
2.1 Acusação: 1h 30 minutos
2.2 Defesa: 1h30 minutos
3. Réplica: +1h para Acusação
4. Tréplica: +1h para Defesa.
 
Se houver mais de 1 acusador ou mais de um réu? Art. 477, §1º
Se houver mais de um réu? Art. 477, §2º.
+ 1h
2x réplica e tréplica.
É permi�do ao jurado pedir ao orador que indique a folha onde se encontra a
peça lida ou citada: apartes.
A acusação e a defesa também poderá pedir aparte ao orador.
O Juiz Presidente concederá 3 minutos para cada parte, os quais serão
acrescidos ao tempo de quem está com a palavra.
A qualquer momento, os jurados poderão ter acesso aos autos do processo,
bem como aos instrumentos do crime, devendo solicitar ao Juiz Presidente (art.
480 do CPP).
Encerrado os debates, o Juiz indagará aos jurados se já estão aptos a julgar. A
dúvida sobre questões fá�cas serão sanadas pelo Juiz Presidente (art. 480, §1º,
do CPP)
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS QUESITOS
Art. 483 CPP.
Formulação das perguntas.
Proferida a votação.
Agravantes e atenuantes não serão objeto de quesitação.
Ordem dos quesitos:
Mínimo 4 votos posi�vos, con�nuará a quesitação.
I – materialidade do fato: “no dia X, horário X, na Rua X, Fulano de Tal (ví�ma) foi
a�ngido por disparos de arma de fogo, sofrendo as lesões descritas no auto de
necropsia da fl. X, que causaram a sua morte?
II – A autoria ou par�cipação: o réu X desferiu os �ros referidos no quesito anterior?;
O réu Y concorreu para a morte da ví�ma, ao disparar...ao sufocar...ao segurar)
- Mínimo 4 votos posi�vos con�nuará a quesitação.
III – Se o acusado deve ser absolvido: o jurado absolve o acusado?
Mínimo 4 votos posi�vos encerrará a quesitação.
IV – Se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa: exemplo,
privilegiadora.
V – Se existe causa de aumento ou qualificadora presente na pronúncia ou em
decisões posteriores que a confirmaram e que julgaram admissível a acusação.
 
TESE DE DESCLASSIFICAÇÃO, TENTATIVA OU DIVERGÊNCIA SOBRE A
TIPIFICAÇÃO
 
Art. 483, §4ª e §5º.
Desclassificação Própria: Se alegada desclassificação para crime de competência do
Juiz Singular, será formulado quesito para ser respondido após 2º quesito ou depois
do 3º a depender do caso.
Exemplo: Homicídio culposo, latrocínio...lesão corporal…
Obs: jurados decidem sobre questões fá�cas, não jurídicas. 
Desclassificação Imprópria: Divergência sobre a �pificação. A competência
permanece sendo do Júri. Quesito formulado após 2º quesito.
Exemplo: Infan�cídio, aborto, auxílio ao suicídio.
 
A tenta�va também não exclui a competência do júri, será quesitada após 2º
quesito da autoria.
O quesito da absolvição é OBRIGATÓRIO.
Em havendo mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries
dis�ntas.
SENTENÇA
 
Em caso de desclassificação própria: o Juiz singular julgará o crime pelo qual
houve a desclassificação, aplicando-se, quando cabível, as disposições da Lei
9.099/95, julgará o crime conexo.
Fixará a pena-base, circunstâncias agravantes e atenuantes, causas de aumento
e diminuição admi�das pelo Júri, decidirá sobre a prisão.
Em caso de absolvição, determinará a imediata soltura se es�ver preso e a
revogação das demais medidas cautelares restri�vas .
Também decidirá, se for o caso, pela medida de segurança.
A sentença será lida em plenário pelo Juiz Presidente, antes do encerramento
da sessão (art. 493 do CPP)
QUESITOS
1º QUESITO (materialidade, art. 483, I, do CPP)
No dia 04 de agosto de 2012, por volta das 15h, na propriedade rural de
Albino Knopf dos Santos, situada na Linha São Jorge, s/n, interior do
Município de Jacuizinho, ALGUÉM, fazendo uso de uma pedra (não
apreendida), matou Y, consoante auto de necropsia constante dos autos?
Por maioria sim.
 
2º QUESITO (autoria, art. 484, II, do CPP)
O réu X praticou o fato, desferindo um violento golpe com uma pedra na
região occiptal da vítima Y?
Por maioria sim.
 
3º QUESITO (quesito defensivo, art. 483, III, do CPP)
O jurado absolve o réu X?
Por maioria não.
 
4ª QUESITO (quesito defensivo – desclassificação própria)
O réu X, ao desferir um golpe com uma pedrada na região occiptal da vítima,
quis a morte de Vanderlei da Silva?
Por maioria não.
 
Encerrada a votação e, as portas abertas, o Juiz Presidente publicou a
sentença que lavrara de conformidade com a resposta do Colendo Conselho
de Sentença que desclassificou propriamente o fato para outro crime que não
o doloso contra a vida. Tendo em vista a situação processual, o processo será
remetido ao gabinete para proferir sentença.
2ª FASE – PLENÁRIO
 
 
Quando se inicia a segunda fase do procedimento especial o Júri?
Prazo 5 dias para apresentar rol de testemunhas, juntar documentos e requerer
diligências
Rol de testemunhas: 5 testemunhas por parte e por fato 
Após decisão sobre os requerimentos, fará relatório sucinto e aprazará a sessão
do Júri.
A pronúncia delimitará a acusação.
Documentos a serem u�lizados no plenário deverão ser acostados ao processo
em até 3 dias antes da sessão.
DESAFORAMENTO
Exceção do art. 69 do CPP que determina a Competência.
Desaforar – re�rar do foro de Competência territorial.
Quem pode requerer o desaforamento?
Causas:
 1. Interesse da ordem pública/Comoção social;
 2. Dúvida sobre a imparcialidade dos jurados; 
 3. Segurança pessoal do réu; 
 4. Excesso de serviço.
TRAMITAÇÃO DO DESAFORAMENTO
 
Distribuição imediata à câmera ou turma.
Liminar: efeito suspensivo.
Momento para realizar o pedido de desaforamento.
Exceção: Júri considerado nulo.
Preferência: Comarcas da mesma região, às mais próximas.
Súmula 712 do STF: a defesa deve ser ouvida sobre o desaforamento em
audiência.
Reaforamento: possibilidade.
SESSÃO DE JULGAMENTO
 
1. ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO: habilitação. Diferente dos art. 268 e 269 do CPP.
Regido pelo art. 430 do CPP.
2. JURADOS:
O serviço do Júri é obrigatório.
EXCEÇÃO DA OBRIGATORIEDADE
 
Art. 437 do CPP
No caso do inc. X:
-Recusa fundamentada em razão de crença religiosa, filosófica ou polí�ca.
-Deriva do art. 5º, inc. VIII, da CF: “ninguém será privado de direitos por mo�vo
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou polí�ca, salvo se as invocar
para eximir-se de obrigação legal imposta a todos e recusar-se a cumprir
prestação alterna�va, fixada em lei.
Serviços alterna�vos: Art. 439 do CPP, §1º - exercício de caráter administra�vo,
assistencial, filantrópico ou produ�vo no PJ, Defensoria, MP ou en�dade
conveniada.
RECUSA INJUSTIFICADA:
-Multa de 1 a 10 salários mínimos
-Mesma multa será aplicada ao que não comparecer ou se re�rar.
DIREITO DOS JURADOS
 
Art. 439. Cons�tuirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de
idoneidade moral.
Art. 440:
-Preferência em licitações;
-Preferência em cargo ou função pública;
-Preferência em promoção funcional ou remoção voluntária
Art. 441: Nenhum desconto será feito nos vencimentos ou salário do jurado
sorteado que comparecer à sessão do Júri
Art. 445: O jurado, no exercício da função ou a pretexto de exercê-la, será
responsável criminalmente nos mesmos termos em que o são os juízes
togados.
COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI
 
1 Juiz togado que presidirá a sessão.
25 jurados
7 sorteados: conselho de sentença
IMPEDIMENTOS
 
Art. 448 do CPP
I – Marido e Mulher;
II – Ascendentes e Descendentes;
III – sogro, genro ou nora;
IV – irmãos e cunhados, durante o cunhadio;
V – �o e sobrinho;
VI – padrasto, madrasta ou enteado;
§1º - se estende a união estável.
§2º - aplica-se as mesmas causas de impedimento, suspeição e incompatibilidade dos
juízes togados (art. 252, inc. I e IV; e art. 253 CPP)
 
PROIBIÇÃO
 
Art. 449 – Não poderá servir o jurado que:
I – �ver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo,
independentemente da causa determinante do julgamento posterior;
II – no caso de concurso de pessoas, houver integrado o conselho de sentença que
julgou o outro acusado;
III – �ver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado.
Solução: devera declinar do serviço ou poderá ser recusado sem integrar ao computo
das recusas imo�vadas.
 
DIREITODE NÃO COMPARECIMENTO
 
Possibilidade réu solto.
Possibilidade réu preso: pedido subscrito e assinado por réu e advogado.
Réu preso não conduzido: adiamento do julgamento.
Impossibilidade não comparecimento do MP: adiamento. = Art. 455, § único: se
a ausência do MP não for jus�ficada, o fato será encaminhado imediatamente
ao Procurador-Geral de Jus�ça com a data designada para nova sessão.
Possibilidade de ausência do advogado: Art. 456: Se a falta não for jus�ficada, o
Juiz presidente comunicará a OAB, com a data designada para a nova sessão.
§1º - Não havendo escusa legí�ma, o julgamento será adiado somente uma
vez, devendo o acusado ser julgado quando chamado novamente.
§2º - Nesse caso, o juiz in�mará a defensoria pública para o dia do julgamento,
que será adiado para o primeiro dia do desimpedido, observando o prazo
mínimo de 10 dias.
- Ausência de réu solto, advogado do querelante ou do assistente: não haverá
adiamento.
SORTEIO DOS JURADOS
 
O juiz presidente verificará se a urna contém as cédulas dos 25 jurados
sorteados e determinará que o escrivão proceda a chamada deles.
Tem de comparecer pelo menos 15 jurados.
Dos 25 serão sorteados 7 para compor o Conselho de Sentença.
INCOMUNICABILIDADE
 
Assim que sorteados, os jurados são incomunicáveis, sob pena de exclusão do
Conselho de Sentença e multa.
RECUSA DOS JURADOS
 
Juiz lerá o nome do jurado
Defesa recusará primeiro
Depois o MP
Recusa mo�vada: causas de impedimento, suspeição, incompa�bilidade e
proibição. Sem limite
Recusa imo�vada: limite de 3 por parte.
Recusa realizada quando há mais de um réu: poderão ser realizadas por um
único advogado.
Se houver consenso dos advogados pelos 7 jurados ocorrerá julgamento.
Do contrário ocorrerá a cisão
Preferência: Aquele que es�ver preso. Dos presos o que �ver preso há mais
tempo. Dos soltos o que foi primeiramente pronunciado.
APÓS FORMADO O CONSELHO DE SENTENÇA:
Art. 472: “Em nome da lei, concito-vos a examinar a esta causa com
imparcialidade e a proferir a vossa decisão de acordo com a vossa consciência e
os ditames da jus�ça”.
Jurados responderão:“assim o prometo”.
Receberão cópia da pronúncia, eventuais decisões dos tribunais e o relatório do
juiz.
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 11/05/2020 16:50 Atualizada … 11/05/2020 16:51
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
JUIZADOS ESPECIAIS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER – LEI 11.340/06
 
1. Aplicabilidade: relações homossexuais femininas? STF ADI 4424 e ADC 19: não.
STJ: HC 277.561/AL: se aplica se for entre mãe e filha menor. Homens? Não.
2. Ação Penal Pública Incondicionada: lesão leve e lesão culposa. Súmula 542 STJ.
3. Competência Cível e Criminal: competência cível: limita-se aos procedimentos
cautelares.
4. Aplicação Lei 9099/95: não se aplica aos crimes (art. 41 da Lei 11.340/06).
Contravenções? Sim.
5. Pena x Vedação: art. 17 Lei 11.340/06. 
6. Procedimento:
6.1 Atuação policial: providências: art. 11 e art. 12 e 12-c da Lei 11.340/06. 
6.2 Atuação Judicial: art. 18 e 19 da Lei 11.340/06. Crimes de ação privada? As
medidas deverão ser requeridas exclusivamente pela ofendida.
6.3 Intervenção MP: art. 25 Lei 11.340/06.
6.4 Prisão preventiva: art. 20 Lei 11.340/06. Segundo STJ (HC 170.443/DF), não há
necessidade de se obedecer o art. 313, I CPP.
6.5 Competência Cível: art. 15 Lei 11.340/06. 
7. Medidas Protetivas:
7.1 Medidas Protetivas que Obrigam o Agressor: art. 22 Lei 11.340/06.
7.2 Medidas Protetivas de Urgência: art. 23 Lei 11.340/06.
7.3 Medidas Cautelares Cíveis: art. 24 Lei 11.340/06.
7.4 Crime de Descumprimento de Medida Protetiva: art. 24-A da Lei 11.340/06.
 
PROCESSOS DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA – LEI 8038/90
1. Competência Originária: fora especial.
2. Possibilidade de Delegação do Julgamento do Pleno a Câmaras? Sim. Caso de
prefeitos (STF). Art. 5º RISTF (competências das turmas para julgar as autoridades),
exceção dos presidentes das casas do Congresso, membros do STF, Presidente, Vice e
Procurador Geral da República.
3. Inquérito Policial: tramita na própria corte. Tribunal examina: pedidos de
prorrogação de prazo e todas as demais providências cautelares (atribuição do Relator,
art. 2º Lei 8038/90).
3.1 Instauração do IP: requisição do MP. Julgamento da PET 3825 no Inq 2963
STF. Proibido a autoridade policial agir de ofício. Não pode também indiciar.
4. Procedimento:
4.1 Denúncia: prazo de 15 dias para oferecimento ou para requerer o arquivamento.
Art. 1º Lei 8038/90. Réu preso: prazo 5 dias. Art. 1º, § 2º, “a”. Arquivamento STF:
arquivamento de ofício – art. 231, § 4º do RISTF.
4.2 Notificação Acusado: oferecimento de resposta 15 dias. Art. 4º Lei 8038/90.
Pluralidade de acusados: questão de ordem no INQ 3983: prazo em dobro. Salvo se
se tratar de processo eletrônico (QO 3980/DF). 
4.3 Julgamento do Recebimento: art. 6º Lei 8038/90.
4.4 Interrogatório (art. 7º da Lei 8038)? Constitui ato final. HC 127.900/AM.
4.5 Recebimento acusação: cabe HC. 
4.6 Instrução: ordem do CPP. Alegações finais escritas: em 15 dias (art. 11 Lei
8038/90).
4.7 Julgamento: sessão. Prazo de 1 hora para sustentação oral. Art. 12 Lei 8038. 
LEI 11.343/06
1. Investigação: prazo inquérito: 30 dias (preso) ou 90 dias (solto). Art. 51 Lei
11.343/06. Duplicação: art. 51, § único Lei 11.343/06.
2. Prisão em flagrante: art. 50 – comunicação imediata ao juiz e em 24 horas, cópia
ao MP.
3. Hediondez art. 33, § 4º da Lei 11.343/06: Súmula 512 STJ. STF: pleno HC
118.533/MS. 
4. Diligências policiais após o oferecimento da denúncia: art. 52, § único da Lei
11.343/06 (prazo de 3 dias antes da instrução e julgamento).
5. Recebimento da denúncia: aplica-se o art. 396 do CPP e não os arts. 55 e 56 da
Lei 11.343/06. Fundamento: art. 394, § 4º CPP.
6. Laudo de constatação: art. 50, § único da Lei 11.343/06. Materialidade: laudo
definitivo. Art. 50, § 2º da Lei 11.343/06.
7. Colaboração premiada: art. 41 da Lei 11.343/06.
8. Denúncia: 10 dias (preso ou solto). Testemunhas: número de 5. Art. 54, III da Lei
11.343/06.
9. Atividades MP: art. 54 da Lei 11.343/06.
10. Instrução e Julgamento: aplicação dos artigos 395 a 397 do CPP. Exceções: art.
55, § 2º da Lei 11.343/06.
11. Não oferecimento de resposta: art. 55, § 3º da Lei 11.343/06.
12. Audiência: art. 56, § 2º da Lei 11.343/06.
13. Afastamento cautelar do funcionário público: art. 56, § 1º da Lei 11.343/06.
Interrogatório como primeiro ato: STF HC 121953/MG. HC 127.900 (aplicação do
interrogatório como último ato na justiça militar x analogia).
14. Exame Cruzado: aplica-se o art. 212 CPP.
15. Alegações orais: 20 minutos + 10 – art. 57 da Lei 11.343/06
16. Sentença: art. 58 da Lei 11.343/06.
17. Cautelares: aplica-se o art. 319 do CPP.
18. Prisão x possibilidade de recorrer: art. 59 da Lei 11.343/06. ARE 663.261
(repercussão geral); HC 97.256.
19. Competência JECRIM: art. 48, § 1º da Lei 11.343/06. Aplica-se também aos
crimes do art. 38 e do art. 33, § 3º da Lei 11.343/06.
20. Justiça Federal: tráfico transnacional – art. 70 da Lei 11.343/06. Varas
especializadas: competência em razão da matéria.
21. Medidas Acautelatórias: art. 62 da Lei 11.343/06. Perdimento: art. 63, § 4º da
Lei 11.343/06. Prova da licitude: art. 60, § único da Lei 11.343/06.
Comparecimento pessoal x restituição: art. 60, § 1º da Lei 11.343/06.
22. Utilização pelos Órgãos: art. 61 da Lei 11.343/06.
23. Recursos x efeito devolutivo: art. 62, § 10º da Lei 11.343/06.
24. Perdimento: art. 63 da Lei 11.343/06.
 
Lei 4737/65 – Crimes Eleitorais
1. Ação Penal:pública incondicionada. art. 355 da Lei 4737/65; 
2. Denúncia: 10 dias. Art. 357 da da Lei 4737/65. (Para acusado solto). Preso: 5
dias (art. 46 do CPP). Art. 364 da da Lei 4737/65.
3. Arquivamento: art. 357, § 1º da da Lei 4737/65. Procurador Regional Eleitoral.
Ações Penais originárias: submissão ao Procurador Geral Eleitoral. 
4. Rito: aplicam-se os dispositivos dosarts. 395 – 397 do CPP.
5. Instrução: rito ordinário. 
6. Recurso: inominado. Deve ser acompanhado das razões. Art 362 da da Lei
4737/65. Aplicam-se recursos do CPP, de forma analógica. Embargos declaratórios:
art. 258 da da Lei 4737/65 (3 dias).
 
Lei 11.101/05 – Crimes Falimentares
1. Ação Penal: pública incondicionada. Art. 184 da Lei 11.101/05.
2. Rito: sumário. Art. 185 da Lei 11.101/05. 
3. Competência: art. 183 da da Lei 11.101/05. Justiça federal não julga falências:
art. 109, I CF.
4. Art. 180 da Lei 11.101/05: condição de procedibilidade.
5. Prescrição: art. 182 da Lei 11.101/05 (conta da decretação). Interrupção: art.
182, § único da Lei 11.101/05.
6. Denúncia: prazo: art. 46 do CPP – art. 187, § 1º da Lei 11.101/05.
7. Ação penal privada subsidiária: art. 184, § único da da Lei 11.101/05.
 
 
Lei 12.694/12 – Lei de Organização Criminosa e Colegiados de 1º Grau
1. Definição: art. 1º, § 1º da Lei 12.850/13.
2. Formação do colegiado: processo ou execução penal. Não cabe durante
investigação. art. 1º, § 1º da Lei 12.694/12.
3. Composição: art. 1º, § 2º da Lei 12.694/12.
4. Competência colegiado: art. 1º, § 3º da Lei 12.694/12.
5. Sigilo reuniões: art. 1º, § 4º da Lei 12.694/12. Reuniões eletrônicas: art. 1º, § 5º
da Lei 12.694/12.
6. Supressão da divergência de votos: art. 1º, § 6º da Lei 12.694/12.
7. Recurso: não há previsão. Não cabem embargos infringentes ou de nulidade. Pode
ser habeas corpus ou mandado de segurança.
 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 11/05/2020 16:52 Atualizada … 11/05/2020 16:53
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
NULIDADES
 NULIDADES NO PROCESSO PENAL
1. A Transposição Civilista de Conceitos Gerais da Teoria das Nulidades ao
Campo do Processo Penal
2. Perspectivas Teóricas Sobre as Nulidades Processuais Penais
 2.1 Nulidade como vício do negócio jurídico processual penal
2.1 A nulidade como sanção processual
2.2 A nulidade como ato jurídico inválido
2.3 A doutrina do tipo processual e constitucional
 3. Anulabilidade e Inexistência dos Atos Processuais: duas categorias frustradas
 3.1 Nulidade Relativa: preclusão, dependência de arguição, interesse privado. 
3.2 A Nulidade Absoluta: não sujeição à preclusão, independência de arguição,
interesse público.
 3.3 O ato Irregular
4. Nulidade e a Ilicitude dos Atos Processuais Defeituosos
5. Os princípios gerais da teoria das nulidades
5.1 Instrumentalidade das Formas: art. 563 CPP. Verdade substancial? Art. 566
CPP.
5.2 Pas de Nullité Sans Grief: o Dano Como Elemento da Decretação da Nulidade: a
ideia de prejuízo. Prejuízo em nulidades absolutas? Posição STF e STJ. 
5.3 Taxatividade ou Pas de Nullité Sans Texte: previsibilidade das nulidades.
5.4 Princípio da causalidade: art. 573, § 1º CPP. Exceção: art. 567 CPP.
5.5 O princípio da convalidação do ato processual penal defeituoso: art. 570 CPP.
Art. 572 CPP.
5. 6 Princípio do interesse: art. 565 CPP.
5.7 As Regras do Artigo 564 do CPP:
5.7.1 Incompetência, Suspeição ou Suborno do Juiz (art. 564, I CPP): aplica-se
também aos casos dos demais serventuários, MP e defensor público. Também se aplica
aos casos de impedimento (arts. 252 e 253 do CPP) e nos casos de incompatibilidade
(art. 112 CPP). Nulidade absoluta.
5.7.2 Ilegitimidade de Parte (art. 564, II CPP): violação ao princípio da oficialidade.
Nulidade absoluta.
5.7.3 Ausência das fórmulas (art. 564, III CPP):
5.7.3.1 Ausência da acusação (art. 564, III, a CPP): também se aplica ao caso da
falta da representação. Nulidade absoluta.
5.7.3.2 Ausência do Exame de Corpo de Delito (art. 564, III, b CPP): trata-se de
caso de verdadeira absolvição e não de declaração de nulidade. Nulidade absoluta.
5.7.3.3 Nomeação de Defensor ao Acusado (art.564, III, c CPP): aplicação da
Súmula 523 STF. Nulidade absoluta.
5.7.3.4 Intervenção do Ministério Público (art. 564, III, d CPP): aplica-se à ação
penal privada e pública. Nulidade relativa.
5.7.3.5 Ausência de citação e interrogatório e ausência de concessão prazos
acusação e defesa (art. 564, III, e CPP): nulidade relativa quanto aos prazos.
Absoluta quanto ao interrogatório e citação. 
5.7.3.6 Ausência da Decisão de Pronúncia (art. 564, III, f CPP): nulidade absoluta.
5.7.3.7 A intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri
(art. 564, III, g CPP): nulidade relativa.
5.7.3.8 A intimação das testemunhas arroladas para o julgamento pelo plenário
(art. 564, III, h CPP): nulidade relativa.
5.7.3.9 A presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri (art. 564,
III, i CPP): nulidade absoluta.
5.7.3.10 O sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua
incomunicabilidade (art. 564, III, j CPP): nulidade absoluta.
5.7.3.11 Os quesitos e as respectivas respostas (art. 564, III, k CPP): nulidade
absoluta.
5.7.3.12 A acusação e a defesa, na sessão de julgamento (art. 564, III, l CPP):
nulidade absoluta.
5.7.3.13 A sentença (art. 564, III, m CPP): nulidade absoluta.
5.7.3.14 O recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido (art. 564,
III, n CPP): nulidade absoluta.
5.7.3.15 A intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de
sentenças e despachos de que caiba recurso (art. 564, III, o CPP): nulidade
absoluta.
5.7.3.16 No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum
legal para o julgamento (art. 564, III, p CPP): nulidade absoluta.
5.8 Por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato (art. 564,
IV CPP): relativa.
 
 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 11/05/2020 16:55 Atualizada … 11/05/2020 16:56
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
I – NOÇÕES GERAIS
1. Recurso: recursos de cassação x recursos ordinários.
2. Natureza Jurídica: a) recurso como prolongamento da ação originária; b) recurso
como uma ação autônoma no curso do mesmo processo. Problema: cabimento, no
processo penal, de recursos antes do processo (caso de recurso contra decisão que
relaxa prisão em flagrante ou contra decisão que arbitra fiança – art. 581, V do CPP);
3. Classificação:
3.1 Quanto à extensão:
a. Parciais ou totais;
3.2 Quanto à Fundamentação:
a) de fundamentação livre ou vinculada (ex: recurso especial e extraordinário; apelação
do tribunal do júri, art. 593, “a” a “d” CPP).
3.3 Quanto À Natureza do Objeto:
a) ordinários e extraordinários (questões de fato x questões de direito).
II – FUNDAMENTOS DOS RECURSOS
1. Psicológico;
2. Polí�co: controle
3. Jurídico: direito ao reexame da decisão.
4. Direito ao Duplo Grau de Jurisdição:
a. Fundamento: evitação de erros judiciários. Art. 8.2 “h” da CADH.
b. Conteúdo: caso Mohamed vs Argen�na, de 2012: direito de recorrer da decisão do
tribunal que reformou sentença absolutória); b) Caso Barreto Leiva vc Venezuela
(julgamento pela Corte Suprema de Jus�ça, em obediência a regras de conexão – não
fere o foro especial a CADH, mas deve o país prescrever possibilidade de recurso).
c. Parâmetros da CADH: a) possibilidade de um reexame integral da decisão; b)
acessibilidade do recurso (ausência de grandes óbices formais ao seu exercício); c)
possibilidade de discu�r questões de ordem fá�ca; d0 o recurso deve respeitar as
garan�as processuais mínimas. 
d. STF: rext 466.343/SP: tratados internacionais de direitos humanos têm status
supralegal.
e. Duplo grau “fá�co” e renovação da instrução: Sistemas:
e.1 O julgamento do recurso corresponde a um novo julgamento (Alemanha e Portugal):
necessidade de reprodução da prova, admissão de novos meios de prova; Sentença nº
167/2002 Espanha (refazimento das provas diretas, como interrogatório, testemunhas,
etc).
e.2 Julgamento de segundo grau como revisão de sentença: Brasil.
f) Competência Originária dos Tribunais: ausência no Brasil, de recurso que aborde
matéria fá�ca.
g) Direito Fundamental ao Recurso: recurso exclusivamente do réu em caso de
condenação. Inexistência de apelação em caso de absolvição.
 
III “RECURSO” EX OFFICIO?
1. Recurso: pressupõe voluntariedade. Art. 574, caput do CPP. Alguns autores tratamo
recurso ex officio como condição de eficácia da decisão, etc. Súmula 423 do STF.
2. Não há prazo;
3. Exceções previstas no direito brasileiro: a) art. 574, I CPP – sentença que concede
habeas corpus em primeiro grau; b) art. 746 – reabilitação; c) art. 7º da Lei 1.521/1951 -
decisão de arquivamento de crime contra a economia popular ou saúde pública.
 
IV – PRINCÍPIOS RELATIVOS AOS RECURSOS:
1. Taxa�vidade: previsão legal; art. 493, § 4º.
2. Unirrecorribilidade: admite exceções: interposição simultânea de embargos de
declaração e resp e rext, por exemplo ou interposição de embargos infringentes e os
recursos extraordinários.
3. Fungibilidade: art. 579 CPP.
4. Contraditório: ausência de razões e contrarrazões; necessidade de in�mação da parte
contrária, em caso de embargos de declaração com possibilidade de efeitos
infringentes; Súmula 707 STF (contrarrazões em recursos em sen�do estrito de não
recebimento de denúncia ou queixa).
5. Disponibilidade: art. 576 (vedação do MP desis�r do recurso);
6. Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: art. 581 do CPP. No casos das demais,
caberá mandado de segurança ou habeas corpus.
7. Pessoalidade e proibição de reforma�o in pejus. O recurso somente beneficiária a
parte que recorreu. Art. 617 do CPP. Medida de segurança? Também se aplica.
Súmula 525 do STF.
1. Reforma�o in pejus indireta:
1. Reforma�o in pejus no tribunal do júri: o problema da soberania dos vereditos. 
2. Declaração de nulidade decorrente de juiz absolutamente incompetente: natureza da
decisão: inexistência ou nulidade?
 
V – JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E DE MÉRITO
1. Juízo de admissibilidade: verificação dos requisitos necessários ao recurso. No Brasil
de regra existe um duplo juízo de admissibilidade: pelo julgador que proferiu a
decisão recorrida e pelo tribunal que examinará o recurso.
2. Juízo de mérito: é o conteúdo do recurso. A decisão proferida sempre subs�tui a
anterior, mesmo quando vem “confirmada” – art. 1008 CPC.
 
VI - ADMISSIBILIDADE RECURSAL
1. Caimento: trata-se, além do cabimento, da adequação do recurso escolhido.
2. Legi�midade:
1. Legi�mação Geral: as partes
1. Ministério Público: como parte principal (ação penal pública) ou como interveniente
necessário (ação penal privada): possui legi�midade ampla.
2. Defensor: recorre em nome próprio. Conflito com o acusado: prevalece a decisão
mais favorável ao acusado. Súmula 705 STF.
2. Legi�mação especial:
1. Ofendido: tanto se habilitado como assistente de acusação, como não. Art. 598 do
CPP. Poderá ser interposta apelação pelos sucessores (art. 31 do CPP). Terá também
legi�midade para interpor recurso em sen�do estrito no caso do art. 581, XV (não
recebimento da apelação). Como assistente de acusação: amplitude de
recorribilidade, inclusive recursos extraordinários (Súmula 210 STF).
3. Interesse: sucumbência. Interesse é avaliado pelo disposi�vo, não pela
fundamentação. Falta interesse recursal quando a decisão possui duplo fundamento
suficiente para a sua manutenção, e a impugnação é meramente singular a um
deles. Súmula 283 STF.
1. Interesse do Ministério Público: a) MP como mera parte; b) MP como “parte imparcial”.
Problemas: ação privada? Não pode apelar se o querelante também não o fez. Poderá
apelar para postular uma correta dosimetria da pena, ou em se verificando outro
defeito de natureza formal.
2. Acusado x Ex�nção da Punibilidade: jurisprudência: falta interesse recursal. Uber�s:
direito ao “juízo de inocência”, que pressupõe uma hierarquia nas fórmulas decisórias
processuais. Ex: CP militar: art. 125, § 1º).
4. Ausência de fato impedi�vo ou ex�n�vo: fatos ex�n�vos: desistência e deserção pela
falta de pagamento de custas e despesas de traslado; fatos impedi�vos: renúncia.
Questão: cláusulas das colaborações premiadas que preveem a renúncia
(extemporânea) ao direito de recorrer?
5. Fatos ex�n�vos:
1. Desistência: impede o julgamento do recurso. Ainda que dentro do prazo, não poderá
voltar a recorrer. Na ação penal privada, a desistência do recurso não implica perempção
(Art. 60 CPP), posto que esta é exclusivamente de primeiro grau. Opera-se o trânsito em
julgado da decisão de primeiro grau.
2. Deserção: na ação penal pública, há custas no final, pelo vencido – art. 804 do CPP. Na
jus�ça federal, a Lei 9289/96 há previsão de custas ao final, pelo réu, se condenado.
Preparo: ações penais privadas – art. 806, § 2º, que será dispensado em caso de parte
pobre.
6. Tempes�vidade: art. 798, §1º CPP (termo a quo); Súmula 310 do STF. Súmula 710
STF (contagem da data da in�mação).
7. Regularidade Formal: interposição por pe�ção ou termo nos autos.
 
VII - EFEITOS DOS RECURSOS
1. Efeito devolu�vo;
1. Extensão da matéria devolvida: plena ou parcial
2. Efeito suspensivo: regra nos recursos ordinários. Possibilidade execução provisória da
penal: art. 2º da LEP. Súmula 716 do STF.
3. Efeito regressivo: devolução da matéria para o mesmo juiz. Juízo de retratação no
recurso em sen�do estrito (art. 589 CPP) e no agravo em execução (Art. 197 da LEP)
4. Efeito extensivo: art. 580 CPP. Problema: casos de processos dis�ntos?
 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 27/06/2020 13:41
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
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APELAÇÃO
APELAÇÃO
 
1. Natureza: recurso ordinário, de fundamentação livre (exceto na apelação contra
sentença do tribunal do júri).
2. Cabimento: art. 593 CPP.
2.1 Sentenças Definitivas: art. 593, I CPP. Aplica-se também aos casos do art. 397
(exceto 397, IV CPP) e art. 416 CPP.
2.2 Decisões Definitivas ou Com Força de Definitivas: encerram o processo com
apreciação do mérito. Ex: decisão que julga o incidente de restituição de coisa
apreendida, decisão que autoriza o levantamento do sequestro, indeferimento do
pedido de busca e apreensão, decisão homologatória do laudo de insanidade mental do
acusado. STJ: medida cautelar de sequestro. 
2.3 Sentenças do Tribunal do Júri: recurso de fundamentação vinculada. Súmula
713 do STF.
2.3.1 Nulidade Posterior à Pronúncia (Art. 593, caput, III, “a” CPP): anulação do
julgamento e submissão do acusado à nova sessão do júri.
2.3.2 Sentença Contrária à Lei ou à Decisão dos Jurados (Art. 593, caput, III, “b”
CPP): ex: juiz que aplica a pena acima do limite legal permitido ou que deixa de
reconhecer causa de diminuição expressamente reconhecida pelo júri. Tribunal de
Justiça julgará o mérito e retificará a decisão: art. 593, § 1º CPP.
2.3.3 Erro ou Injustiça da Aplicação da Pena ou Medida de Segurança (Art. 593,
caput, III, “c” CPP): aplicação excessiva ou benevolente dos critérios legais. O
Tribunal de Justiça poderá julgar o mérito, redefinindo a pena.
2.3.4 Decisão dos Jurados Manifestamente Contrária à Prova dos Autos (Art.
593, caput, III, “d” CPP): poderá ser interposto uma única vez – art. 593, § 3º, parte
final CPP.
3. Legitimidade: art. 577, caput CPP. MP, acusado, defensor, querelante e querelado.
Defensor: legitimidade concorrente. Legitimação especial: ofendido (art. 598 CPP),
que pode apelar subsidiariamente ao MP. Aplica-se o art. 31 do CPP.
4. Interesse: poderá haver impugnação apenas quanto a questões secundárias (como
pena de multa, fixação da indenização, etc). Não tem interesse o ofendido quando o
MP recorre.
5. Renúncia e Desistência: art. 576 CPP. Arts 594 e 595 CPP = revogados. Art. 59,
caput da Lei 11.343/06: STF HC 103529/SP (inconstitucionalidade).
6. Deserção: ação penal privada - art. 806, § 2º CPP.
7. Tesmpestividade: 5 dias, art. 593, caput CPP. Ofendido: prazo de 5 dias se
habilitado como assistente de acusação. 15 dias quando não habilitado. Súmula 448
STF.
7.1 Razões de Recurso: 8 dias. Art. 600, caput CPP. Ofendido não habilitado: 8
dias. Assistente de acusação: 3 dias – art. 600, § 1º CPP. Vistas para o MP em ação
penal privada: 3 dias – art. 600, § 2º CPP.
7.2 Pluralidade de Réus: prazo comum – art. 600, § 3º CPP.
7.3 Juntada em Segundo Grau: art. 600, § 4º CPP. Não se aplicaao MP. Aplica-se
ao querelante e ao assistente de acusação.
7.4 Infrações de Menor Potencial Ofensivo: prazo 10 dias, art. 81 da Lei 9099/95,
acompanhada a apelação das razões. Art. 82, § 1º Lei 9099/95. Contrarrazões em
igual prazo: art. 82, § 2º Lei 9099/95.
7.5 Intempestividade Razões: mera irregularidade. 
8. Interposição: petição ou termo nos autos. Art. 578 CPP.
8.1 Razões recusais: indispensáveis (apesar da redação do art. 601, caput CPP). MP:
duas coreentes: a) encaminhamento ao Procurador Geral de Justiça; b) não
conhecimento do recurso.
8.1.1 JECRIM: razões deverão vir acompanhadas quando da interposição pelo
defensor ou MP, sob pena de não conhecimento. O acusado segue tendo legitimidade
para apelar (art. 577 CPP) e nste caso, não se pode exigir dele as razões. Juiz: deverá
intimar defensor para apresentar as razões.
8.2 Juntada de Novos Documentos: admissível. Art. 231 CPP. 
9. Formação de Traslado: art. 601, § 1º CPP.Na prática se aplica o art. 80 do
CPP.Ver art. 106 LEP.
10. Efeitos:
10.1 Devolutivo: art. 599 CPP. 
10.2 Suspensivo: apelação das sentenças absolutórias não tem efeito suspensivo. Art.
596 CPP.
10.3 Regressivo: não existe.
10.4 Extensivo: art. 580 CPP.
11. Apelação no Júri e Execução antecipada: art. 492, I, “e” e art. 492, § 4º CPP;
11.1 Concessão de Efeito Suspensivo: art. 492, § 3º e § 5º, I e II CPP;
11.2 Forma Pedido Efeito Suspensivo: art. 492, § 6º CPP.
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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 
1. Noção: assemelha-se ao agravo de instrumento do processo civil.
2. Cabimento: art. 581 CPP. Cabível contra: sentença de mérito (extinção da
punibilidade), sentenças terminativas, decisões interlocut´roias, decisões
administrativas. Rol taxativo.
2.1 Rejeição da Denúncia ou Queixa: art. 581, I CPP. Rejeição parcial? Cabe. Cabe
da decisão que rejeita o aditamento.
2.2 Declarar a Incompetência: Art. 581, II CPP. A decisão deve ser dada de ofício
pelo juiz. Não pode ser provocado pelas partes.
2.3 Julgar Procedentes as Exceções: art. 581, III CPP. Exceto a de suspeição.
Exceções: art. 95 CPP. Suspeição é julgda diretamente pelo tribunal. Art. 100 CPP.
Improcedência das exceções: não cabe recurso.
2.4 Pronunciar o acusado: art. 581, IV CPP.
2.5 Decisões Sobre Prisão e Liberdade Provisória: a) decisão que conceder, negar,
arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva
ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar prisão em flagrante: art. 581, V
CPP. Cabe recurso da decisão que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor:
art. 581, VII CPP. Aplica-se ao caso as medidas cautelares previstas no art. 319 e
art. 320 CPP.
2.6 Declarar ou Rejeitar Pedido de Extinção da Punibilidade: art. 581, VIII CPP.
2.7 Conceder ou Negar Habeas Corpus: art. 581, X CPP.
2.8 Anular o processo: art. 581, XIII CPP.
2.9 Denegar apelação ou declará-la deserta: art. 581, XV CPP. Denegação: negar
processamento. Deserção: falta de pagamento de preparo. 
2.10 Ordenar a suspensão do processo por questão prejudicial: art. 581, XVI
CPP. Suspensão obrigatória: art. 92 CPP. Suspensão facultativa: art. 93 CPP.
2.11 Decidir incidente de falsidade documental: art.581, XVIII CPP. Art. 145-148
CPP.
2.12 Decisões Sobre Penal e Medida de Segurança:
2.12.1 Art. 581, XI CPP: se o sursis for analisado na sentença condenatória, cabe
apelação: art. 593, § 4º CPP. Se no curso da execução penal, cabe agravo em
execução – art. 197 da LEP.
2.12.2 Art. 581, XII, XVII, XXII e XXIII do CPP: cabe agravo em execução (art.
197 da LEP).
2.12.3 Art. 581, XIX, XX e XIV: revogados.
2.13 Decisão que Incluir ou Excluir Jurados da Lista Geral: art. 581, XIV CPP. a)
primeira corrente: revogado (não há mais previsão do recurso em sentido estrito no
art. 426, § 1º do CPP); b) o recurso ainda existe: prazo de 20 dias, art. 586, § único
CPP. Legitimidade: qualquer cidadão (endereçamento ao presidente do tribunal de
justiça, art. 582, § único CPP)
2.14 Decisão que Recusar Homologar o Acordo de Não Persecução Penal: art.
581, XXV do CPP.
3. Legitimidade: art. 577 CPP. Legitimado especial: ofendido: apenas nos casos de
extinção da punibilidade (art. 271, caput e art. 584, § 1º CPP) e da denegação da
apelação por ele interposta: art. 598 e art. 581, XV CPP.
4. Interesse: não existe quando o réu recorre para ter apreciado o mérito.
5. Renúncia e Desistência: art. 576 CPP. art. 806, § 2º CPP.
6. Tempestividade: 5 dias. Art. 586, caput CPP.Razões: 2 dias – art. 588, caput
CPP. Deve haver intimação do recorrente. Art. 798, § 5º, “a” CPP.
7. Interposição: petição ou termos nos autos (art. 578, caput CPP).
8. Instrumento: art. 583 CPP. De regra, sobre nos próprios autos. Peças que devem
acompanhar o instrumento: art. 587, § único CPP. Má instrução: recurso não deverá
ser conhecido. O pedido de traslado deve acompanhar a interposição do recurso.
9. Juízo de Retratação: não é necessário requerer.
9.1 Falta de manifestação do juiz sobre a retratação: deve o tribunal baixar os
autos.
9.2 Recurso Invertido: interposição: simples petição: art. 589, § único CPP.O
recurso deve ser cabível. Ex: não cabe recurso do juízo de retratação da decisão que
reconheceu a exceção de incompetência.
9.3 Dispensa de Razões e Contrarrazões: art. 589, § único CPP.
10. Efeitos: devolutivo. Suspensivo: de regra não possui. Salvo nas hipóteses do art.
584, caput CPP. Efeito suspensivo limitado: art. 584, § 1º, § 2º e § 3º CPP. Efeito
regressivo: art. 589, caput CPP. Efeito extensivo: art. 580 CPP. 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 27/06/2020 13:42 Atualizada … 27/06/2020 13:42
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
1. Noção Geral: são recursos priva�vos da defesa. Infringentes: questão de direito material.
Nulidade: quando há questão processual.
2. Cabimento: a) julgamento de apelação ou recurso em sen�do estrito; b) decisão não
unânime. Art. 609 CPP. Não cabe de decisão das Turmas Recursais Criminais.
2.1 Divergência: a) total; b) parcial.
2.2 Três Votos Dis�ntos: jurisprudência: voto médio.
3. Legi�midade: apenas o acusado – art. 609, § único CPP. MP? Apenas em favor do
acusado.
4. Tempes�vidade: 10 dias. Art. 609, § único CPP. Havendo divergência parcial: acórdão
possui parte unânime e parte não unânime: interposição dos embargos no tocante à
divergência e recurso especial e extraordinário no que diz respeito à parte unânime. Súmulas
354 e 355 do STF.
5. Interposição: mediante pe�ção. Art. 609, § único CPP. Razões recursais devem
acompanhar.
6. Efeitos: a) devolu�vo; b) suspensivo; c) não há efeito regressivo; d) tem efeito extensivo
(art. 580 CPP).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
 
1. Noção Geral: atualmente se admite a natureza de recurso.
2. Espécies:
1. Embargos de Declaração de Acórdãos proferidos pelos tribunais: arts. 619 e 620 CPP.
2. Embargos de decisões de primeiro grau (sentença): art. 382 CPP.
3. Cabimento: quaisquer decisões (art. 1022, caput CPC).
1. Decisões: ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão (art. 382 e 619 CPP). Lei
9099/95, art. 83: obscuridade, contradição, omissão ou dúvida.
2. Preques�onamento: Súmula 356 STF.
3. Erro Material e Erro de Fato: erro material: art. 83, § 3º Lei 9099/95 e art. 494, I do CPC. Erro
de Fato: art. 966, § 1º CPC. Admissibilidade: art. 1022, caput, III CPC.
4. Legi�midade: art. 577 CPP.
5. Interesse: mesmo a parte beneficiada pela decisão pode ter interesse.
6. Prazo: 2 dias (art. 382 e 619 CPP). STF: 5 dias (art. 337, § 1º do RISTF). STJ: 2 dias: art.
263, caput, RISTJ). JECRIM: 5 dias (art. 83, § 1º Lei 9099/95).
7. Interposição: pe�ção. Art. 620, caput CPP. Necessidade de Fundamentação.
8. Procedimento:
1. Rejeição Liminar (art. 620, § 2º CPP) ou julgamento na primeira sessão do tribunal (art. 620,
§ 1ºCPP): da rejeição liminar pelo relator cabe agravo regimental.
2. Possibilidade de Efeitos Infringentes: vistas à parte contrária. Art. 1023, § 2º do CPC.
Manifestação em 2 dias.
3. Embargos de Declaração em Embargos de Declaração? Sim.
9. Efeitos: a) devolu�vo; b) suspensivo: suspende-se os efeitos da sentença ou acórdão
recorridos; c) não há efeito regressivo; d) possibilidade de efeito extensivo.
10. Suspensão x Interrupção de Outros Recursos: interrupção do prazo dos demais recursos:
art. 83, § 2º Lei 9099/95 e art. 1026, caput CPC. Se intempes�vos: não interrompem. 
11. Embargos Protelatórios: abusividade. Geram o imediato reconhecimento do trânsito em
julgado quando abusivos (em úl�mo grau de jurisdição). STF: AP 470. 
 
 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 27/06/2020 13:43 Atualizada … 27/06/2020 13:43
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
CARTA TESTEMUNHÁVEL
CARTA TESTEMUNHÁVEL
1. Noção Geral: tem natureza de recurso.
2. Cabimento: contra decisão que denegar recurso ou decisão que admita o recurso, negue-
lhe seguimento. Art. 639, I e II CPP.
2.1 Decisão Denegatória de Recurso em Sen�do Estrito: cabe também contra decisão que
denega agravo em execução. Art. 197 LEP. Não cabe carta testemunhável em denegação dos
demais recursos.
3. Legi�midade e Interesse:art 577 CPP. Assistente de Acusação? Sim.
4. Tempes�vidade: 48 horas, art. 640 CPP. Na prá�ca se considera 2 dias. Conta-se da
in�mação, art. 798, § 5º, “a” do CPP.
5. Procedimento: segue-se o procedimento do recurso em sen�do estrito.
5.1 Interposição: por pe�ção escrita, endereçada ao escrivão. 
5.2 Traslado: o testemunhante deverá indicar ao escrivão as peças para traslado. Art. 640
CPP. Como se aplica o procedimento do RSE, aplica-se o art. 587 CPP.
5.3 Instrução Suficiente: art. 644 CPP: poderá decidir o mérito do recurso denegado.
5.4 Nega�va de recibo: art. 642 CPP. Recibo deve ser dado à parte em até 5 dias, com a
entrega da carta. Art. 641 CPP.
5.5 Razões: 2 dias contados da entrega da carta, que deverá ser devolvida ao cartório.
Contrarrazões: 2 dias.
6. Efeitos: devolu�vo; não tem efeito suspensivo (art. 646 CPP), há efeito regressivo (pela
aplicação do rito do RSE).
CORREIÇÃO PARCIAL
1. Noção Geral: trata-se de recurso. Previsão: leis de organização judiciária dos Estados e
nos regimentos internos dos tribunais. Art. 251 – 254 do RITJRS. Art. 195 da Lei
7356/80 (COJE)1. Jus�ça Federal: art. 6º,I da Lei 5010/66. Art. 263 RITRF4.
2. Cabimento: recurso subsidiário.
1. Casos: erro ou abuso que implique inversão tumultuária dos atos e fórmulas da ordem legal
do processo.
2. Comissão ou Omissão: não cabe contra ato de colegiado. Cabe contra atos monocrá�cos.
3. Cabimento em Matéria Criminal: ex: falta de apreciação de pedido de arquivamento de
inquérito policial, indeferimento de pedido de in�mação de testemunha, indeferimento de
instauração de incidente de insanidade mental do acusado, indeferimento de pedido de
quebra de sigilo telefônico, etc.
3. Legi�midade: art. 577 CPP. Assistente de acusação: sim.
4. Tempes�vidade: de regra 5 dias.
5. Efeitos: efeito devolu�vo. Não tem efeito suspensivo. Art. 9º da Lei Lei 5010/66:
suspensão do ato impugnado por até 30 dias.
 
-------------------------
 
1 Art. 195 - A correição parcial visa à emenda de erros ou abusos que importem na inversão
tumultuária de atos e fórmulas legais, na paralisação injustificada dos feitos ou na dilatação
abusiva de prazos, quando, para o caso, não haja recurso previsto em lei.
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 27/06/2020 13:43
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
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HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS
1. Natureza Jurídica: ação constitucional.
2. Tutela Constitucional: art. 5º, caput CF. art. 647 CPP.
2.1 Preventivo: ameaça de restrição à liberdade. Expedição de salvo-conduto: art.
640, § 4º CPP.
2.2 Liberatório: a restrição à liberdade já se consumou.
3. Condições da Ação:
3.1 Possibilidade Jurídica do Pedido: prisões disciplinares militares (art. 142, § 2º
da CF). Mas cabe para atacar ilegalidade da medida, incompetência, falta de
solenidades formais, direito à ampla defesa, etc.
3.2 Interesse de Agir: lesão ou ameaça de lesão à liberdade. Pode ser utilizado como
sucedâneo recursal? Em hipótese, sim. Não cabe: contra pena de multa (Súmula 693
do STF), contra pena privativa de liberdade já cumprida (Súmula 695 STF) e
exclusão de militar ou perda da patente (Súmula 694 STF). Não cabe em crime
ambiental contra pessoa jurídica.
3.2.1 HC contra denegação de HC anterior: o entendimento do STF e do STJ tem se
encaminhado na direção do não cabimento (HC 109.956-PR). O STF admite a
impetração substitutiva em caso de limitação direta à liberdade (expedição de
mandado de prisão ou cumprimento do mandado). Apesar de não conhecerem dos
HC’s substitutivos, os tribunais têm concedido ordem de habeas corpus de ofício.
3.3 Legitimidade:
3.3.1 Ativa: qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira: art. 654 CPP.
Em favor de estrangeiro? Sim. Extraditando? Sim. Dívida de Alimentos? Sim.
Ministério Público pode impetrar? Sim.
3.3.2 Passiva: autoridade coatora. Particular? Em tese, sim. Autoridade coatora x
detentor: art. 658 CPP.
4. Pressupostos Processuais:
4.1 Procuração: não é necessário.
4.2 Requisitos: art. 654, § 1º CPP. Dispensa de formalidade: admite-se o habeas
corpus de ofício. Art. 654, § 2º CPP.
5. Competência: art. 650 CPP. Turmas Recursais Criminais: Súmula 690 STF.
Plenário do STF mudou a orientação, entendendo que deve ser impetrado no TJ ou
TRF (HC 86.834-SP). MP como autoridade coatora? TJ ou TRF.
6. Procedimento:
6.1 Decisão Monocrática no STF e STJ: admite-se. Art. 192 do RISTF; Art. 34,
XX do RISTJ. Recurso: agravo regimental (não existe sustentação oral).
6.2 Liminar: admite-se, desde que demonstrados o fumus boni juris e o periculum in
mora. 
6.2.1 HC Contra Denegação de Liminar: Súmula 691 do STF.
6.3 Apresentação do preso: art. 656, caput CPP.
6.4 Pedido de Informações: facultativo. Art. 662 e 664 CPP.
6.5 Intervenção: MP? Não. Assistente de acusação? Não. Querelante? Sim.
6.6 Colocação em pauta: na primeira sessão, independentemente de prévia intimação:
art. 664, caput CPP. Súmula 431 do STF.
6.7 Pedido Prejudicado: art. 659 CPP.
6.8 Ônus da Prova: impetrante. STF: HC 73.337 RJ.
 
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS:
1. Noção Geral: arts 30 – 32 da Lei 8038/90.
2. Cabimento: denegação de HC. Art. 102, II, “a” da CF; Art. 105, II, “a” CF.
 cabe contra decisão de primeira grau.
3. Legitimidade: ampla, dependendo do impetrante.
3.1 Procuração: STJ passou a exigir. Súmula 115 STJ. Ag. Reg. no RHC 63.411-
SP. 
4. Interesse: não existe pagamento de custas.
5. Tempestividade: 5 dias (art. 30 da Lei 8038/90).
6. Procedimento: aplicação subsidiária do procedimento do HC. Interposto por
petição, endereçada ao presidente do tribunal recorrido. Subirá nos próprios autos.
Manifestação do MP? Art. 31 da Lei 8038/90.
7. Efeitos: devolutivo. Não há suspensivo, regressivo. Pode haver extensivo.
 
 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 27/06/2020 13:43
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REVISÃO CRIMINAL
REVISÃO CRIMINAL
 
1. Noção Geral: processo que visa à reparação do erro judiciário.
2. Natureza Jurídica: ação autônoma de impugnação.
3. Revisão pro societate: não se admite. Art. 8.4 da CADH.
4. Condições da Ação:
4.1 Possibilidade Jurídica do Pedido: necessidade de sentença penal transitada em
julgado. Art. 621, caput do CPP. Demonstração do trânsito em julgado: art. 625, § 1º
CPP. Cabe contra a sentença absolutória imprópria e contra a extinção da punibilidade
após o trânsito em julgado da sentença condenatória (indulto, anistia).
4.1.1 Júri: cabe.
4.1.2 Contrariedade a Texto Expresso da Lei Penal: art. 621, I CPP. Cabe contra
qualquer ato normativoinvicado como fundamento da condenação. Abrange a CF, a
lei ordinária e delegada, a norma penal em branco e seu complemente. Também cabe
contra violação de lei processua. Não cabe contra mera divergência de interpretação.
4.1.3 Revisão Criminal e Mudança Jurisprudencial: TEDH: doutrina Parot
(aplicação retroativa de alteração da jurisprudência que provoque situação jurídica
mais grave). Entendeu-se haver violação ao art. 7º (legalidade) e 5.1 (liberdade e
segurança)
4.1.4 Contrariedade à Evidência dos Autos: art. 621, I CPP. Não se trata de prova
nova. Reanálise do conjunto probatório. Se a decisão tiver se apoiado em prova,
mesmo que fraca, não cabe a revisão. Contudo, se a decisão fundar-se em prova frágil,
caberá a revisão criminal por ofensa à Constituição (art. 5º, LVII CF) e à lei (art.
386, VII CPP).
4.1.5 Depoimentos, Exames ou Documentos Comprovadamente Falsos: art. 621,
II CPP. A falsidade deverá ser apurada previamente, através de processo. Deve haver
nexo de causalidade entre a prova falsa e a condenação.
4.1.6 Descoberta de Novas Provas da Inocência, Após a Sentença: art. 621, III
CPP. A prova nova não precisa ser posterior ao processo. O elemento de prova
poderia existir à época do processo. Pode se basear em prova que estava no processo
mas foi ignorada pelo julgador ou ainda, em descoberta científica nova (como o
DNA). Prova testemunhal deverá ser judicializada previamente (produção antecipada
de prova – arts. 381 – 383 do CPC).
4.2 Interesse de Agir: deve haver a coisa julgada.
4.3 Legitimidade: poderá ser proposta pelo condenado, procurador ou representante
legal. Art. 623 CPP. Se a revisão for proposta pelo próprio condenado, o presidente
do tribunal deverá nomear-lhe curador. Art. 631 CPP.
4.3.1 Morte do condenado: art. 623 CPP. Trata-se de legitimidade concorrente não
preferencial. Também se admite a legitimidade do companheiro(a).
4.3.2 Ministério Público: não há disposição expressa.
4.3.3 Legitimado Passivo: Estado, representado pelo MP. Se o pedido for cumulado
com indenização, o MP será substituto processual da Fazenda Pública.
4.3.4 Ofendido: não intervem. 
5. Pressupostos Processuais: não há necessidade de capacidade postulatória. Art. 623
CPP. Não há prazo: art. 622 CPP.
5.1 Competência: art. 624 CPP.
5.1.1 STF: art. 102, I, “j” CF e art. 263 RISTF (quando a condenação tiver sido
proferida pelo STF ou mantida no julgamento de ação penal originária ou recurso
criminal ordinário). Não cabe a revisão criminal contra condenação mantida em exame
de recurso extraordinário nos casos do art. 621, II e III CPP.Contudo, o STF será
competente para julgar a revisão criminal por ele proferida ou mantida no julgamento
de recurso extraordinário, se seu fundamento coincidir com a questão federal
apreciada (art. 263, § único, RISTF). O recurso precisa ser conhecido, apreciando a
matéria, dando à norma uma interpretação que contrarie a CF. Se o recurso
extraordinário não for conhecido, não será de competência do STF.
5.1.2 STJ: art. 105, I, “e” CF e art. 239 RISTJ. Art. 240 RISTJ: no caso do art.
621, I caberá a revisão, pelo tribunal, do processo em que a condenação tiver sido por
ele proferida ou mantida no julgamento de recurso especial, se seu fundamento
coincidir com a questão federal apreciada (quando a condenação contrariar texto
expresso de lei federal). O recurso deve ter sido conhecido.
5.1.3 TRF: art. 108, I, “b” CF. Julgará as revisões contra os julgados dos juízes
federais e das condenações definitivas proferidas nos seus julgados em sede recursal
(apelação) ou ações penais originárias.
5.1.4 TRE: revisão dos julgados de seus juízes e de seus próprios julgados. Art. 364
CE.
5.1.5 TJ: revisão de julgados de juízes ou de seus próprios julgados. Julgará também
as revisões criminais de decisões dos juizados especiais criminais.
6. Procedimento: deverá a revisão ser instruída com a certidão do trânsito em julgado
(art. 625, § 1º CPP), sob pena de indeferimento liminar (art. 623, § 3º CPP).
6.1 Endereçamento: presidente do tribunal.
6.2 Relator: poderá determinar o apensamento aos autos originais: art. 625, § 2º CPP.
Pode indeferir liminarmente a revisão: art. 625, § 3º CPP, cabendo recurso (agravo
regimental) para o órgão competente para julgamento da revisão. Relator deverá ser o
magistrado que não tiver proferido nenhuma decisão no processo original.
6.3 Ônus da Prova:
6.4 Improcedência: impede o ajuizamento de nova ação pelo mesmo motivo. Art.
622, § único CPP. Procedência: art. 626 CPP.
7. Efeitos: art. 627 CPP.
8. Indenização: art. 630 CPP. Exceção: art. 630, § 2º, “a” CPP.
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 27/06/2020 13:44 Atualizada … 27/06/2020 13:44
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
MANDADO DE SEGURANÇA
MANDADO DE SEGURANÇA
1. Natureza Jurídica: ação cons�tucional, de natureza mandamental.
2. Tutela Jurisdicional: art. 5º, LXIX da CF (quando não cabível HC ou habeas data).
 3. Condições da Ação:
3.1 Possibilidade Jurídica do Pedido: art. 5º da Lei 12.016/2009.
3.1.1 Admissibilidade Contra Medidas Cautelares Patrimoniais: cabível em subs�tuição aos
embargos do acusado e de aos de terceiro de boa-fé (art. 130 do CPP). Não é cabível em
subs�tuição ao embargos de terceiro.
3.2 Interesse de Agir: admite-se nos casos das Súmulas 693, 694 e 695 do STF. Cabível para
visar ao trancamento do processo contra pessoa jurídica.
3.2.1 Processo Documental: prova pré-cons�tuída.
3.3 Legi�midade:
3.3.1 A�va: legi�mação ordinária do art. 577 do CPP.
3.3.2 Passiva: deve ser autoridade pública. Pessoa de direito público da qual pertença a
autoridade coatora. Art. 6º e 7º da Lei 12.016/09. Citação do réu: Súmula 701 STF.
4. Pressupostos Processuais: art. 6º da Lei 12.016/09. Aplicação dos arts. 319 e 320 do CPC.
4.1 Valor da causa: no processo penal, de regra, valor ines�vável.
4.2 Duas Vias:
4.3 Capacidade Postulatória:
5. Competência: turmas recursais criminais: Súmula 376 do STJ. Súmula 41 STJ. Art. 21, VI da
LOMAN. Membro do MP: TJ ou TRF.
6. Procedimento:
6.1 Julgamento monocrá�co: STF e STJ. Art. 192 RISTF e art. 34, XX do RISTJ. 
6.2 Liminar: art. 7º, III da Lei 120.16/09. Cabe agravo interno (art. 1021 CPC)
6.3 No�ficação autoridade coatora: Súmula 631 STF.
6.4 In�mação das partes da sessão: obrigatória.
6.5 Concessão da ordem: cabe recurso especial e extraordinário.
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
1. Noção geral: arts. 33 – 35 da Lei 8038/90. Arts. 1027 e 1028 do CPC.
2. Cabimento: art. 102, II, “a” CF; Art. 105, II, “b” CF. Não cabe contra decisões de
turmas recursais.
3. Legi�midade: art. 577 CPP.
4. Interesse: reversão da decisão. Não há custas ou preparo.
5. Tempes�vidade: 15 dias. Arts. 33 da Lei 8038/09 e 1003, § 5º CPC.
6. Procedimento: interposiçaõ por pe�ção, dirigida ao presidente ou vice-presidente
do tribunal recorrido. Envio sem juízo de admissibilidade: art. 1028, § 2º CPC. Sobe
nos próprios autos.
7. Efeitos: devolu�vo; pode ter efeito extensivo. Não tem suspensivo nem regressivo.
 
Caderno: Processo Penal II
Criada em: 27/06/2020 13:45
Autor: vitoria.jaques.perossi@hotmail.com
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RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
 
1. Noção: os recursos não têm por função assegurar o duplo grau de jurisdição, mas
tem função nomofilática, ou seja, da correta aplicação da Constituição e da lei. Os
tribunais (STF e STJ) não se limitam a julgar a questão em abstrato, mas também tem
a função de aplicar o direito ao caso concreto. Súmula 456 do STF.
2. Norma Aplicável: código de processo civil.
3. Requisitos de Admissibilidade:
3.1 Questão de Direito: Súmula 279 STF e 07 do STJ.
3.2 Decisão de ùnica ou última instância: a decisão não mais pode ser reformada por
tribunal de justiça ou tribunal regional federal. Súmula 281 STF e 207 STJ. 
3.3. Órgão que Proferiu a Decisão: o que importa é que a decisão tenha sido julgada
em única ou última instância, independentemente

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