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Prevenção de afecções respiratórias no idoso

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Prevenção de afecções respiratórias no idoso
Sistema Respiratório
O sistema respiratório é responsável por executar a troca de gases ligados ao processo de respiração das células. O conjunto de órgãos facilita a captação do oxigênio na atmosfera e a liberação do gás carbônico (CO2), produzido pelo organismo, para o meio ambiente. Ele é composto por nariz ou fossas nasais, faringe, laringe, traquéia, pulmões e diafragma.
ANATOMIA
Fossas nasais
Faringe
Laringe
Traqueia
Brônquios 
Pulmões
FISIOLOGIA 
Os objetivos da respiração são promover oxigênio aos tecidos e remover CO2 do organismo. Afim de alcançar tais objetivos, dividimos em 4 funções principais a respiração:
1- Ventilação Pulmonar
2- Difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue
3- Transporte de O2 e CO2 no sangue
4- Regulação da respiração
Ventilação Pulmonar
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.
A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, diminuindo o volume da caixa torácica com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.
Difusão de O2 e CO2 
Transporte de O2 e CO2
 O2 = 2 FORMAS CO2 = 3 FORMAS
Hb plasma Hb plasma HCO3
(98%) (2%) (23%) (7%) (70%)
O2: é transportado no sangue 98% carregado pela hemoglobina e 2% por difusão.
CO2: 23% carregado pela hemoglobina, 7% por difusão e 70% em forma de bicarbonato
*Efeito Haldane = acontece nos pulmões. Quando a hemoglobina passa os pulmões, aumenta a afinidade ao O2.
 
*Efeito Bohr = acontece nos tecidos. Quando a hemoglobina chega na periferia, diminui a afinidade ao O2 liberando o O2.
Regulação da Respiração
Os quimiorreceptores centrais, localizados no bulbo, respondem às alterações no nível de H+ ou na PaCO2 ou em ambos, no líquido cerebroespinal
*Quanto mais CO2 no sangue --- + íons H+ no líquor --- 
+ quimiorreceptores centrais --- hipercapenia --- ativa os músculos expiratórios --- respiração aumenta --- elimina + CO2 e volta ao nível de normalidade.
Os quimiorreceptores periféricos, localizados no interior do arco da aorta e nas artérias carótidas comuns, são especialmente sensíveis às alterações em PO2, H+ e PCO2 no sangue. São estimulados pela queda do O2 (hipoxemia) e queda do pH (acidose). Onde há a necessidade de aumentar a ventilação para aumentar a saturação de O2 e consequentemente controlar o pH.
Quando diminui a ventilação, aumenta o CO2.
Quando aumenta a ventilação, diminui o CO2.
VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES
1.CAPACIDADE VITAL = VC + VRI + VRE  ↔ (4.500 mL)
2.CAPACIDADE INSPIRATÓRIA= VC + VRI ↔ (3.500 mL)
3.CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL= VRE + VR ↔ (2.500 mL)
4.CAPACIDADE PULMONAR TOTAL= CV + VR ↔ (5.800 mL)
COMPROMETIMENTOS RESPIRATÓRIOS NOS IDOSOS
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Idosos se apresentam mais suceptível a infecções agudas;
Aumento da rigidez pelo processo de calcificação, ocorrendo uma diminuição do número e da motilidade dos cílios e aumento do número de glândulas secretoras e da camada de muco;
Mudanças no colágeno e a existencia de pseudoelastina
Diminuição da complascência torácia e aumento da Complascência Pulmonar
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Após os 50 anos de idade: degeneração das fibras elásticas ao redor dos ductos alveolares que promovem a constrição prematura das pequenas vias respiratórias durante a expiração;
Presença do aumento dos ductos e achatamento dos sacos alveolares e alargamento das paredes alveolares.
Osteoporose senil: diminui mecanismo de distensão da parede torácica;
Aumento da cifose torácica e aumento do diâmetro anteroposterior do tórax ( associado a calcificação das articulações condroesternais e condrovertebrais ).
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Perda progressiva muscular com a idade: diminua a capacidade de tensão muscular necessária ao diafragma;
Contribui ao idoso o surgimento de insuficiência respiratória, em estados de alta demanda ventilatória (Pneumonias e Insuficiência Cardíaca).
Provas de função pulmonar:
Aumento do volume residual;
Aumento da capacidade residual funcional( VRE + VR );
Queda do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), como também a capacidade vital forçada ( CVF )
Fluxo expiratório máximo tende a decrescer com a idade
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Aumento da frequência respiratória para a manutenção de valores respiratórios adequados;
Diminuição da resposta ventilatória à hipóxia e a hipercapnia;
Alterações nos valores arterias de oxigênio (PaO2) e gás carbônico (PaCO2).
Doenças Pulmonares mais comuns nos Idosos
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:
CARACTERIZADA PELA OBSTRUÇÃO DO FLUXO AÉREO, DE FORMA PROGRESSIVA;
ESTA ASSOCIADA A UMA RESPOSTA INFLAMATÓRIA ANORMAL DOS PULMÕES
TABAGISMO.
PNEUMONIA:
Processo inflamatório nos pulmões causada por agentes bacterianos, viróticos, fúngicos.
Adquiridas na comunidade, nosocomiais, atípicas, por aspiração.
O processo inflamatório gera exsudato ( líquido rico em proteínas dentro ou em volta do alvéolo), que dificulta a troca gasosa, alterando a relação V/Q (shunt) febre, calafrios, dispnéia, tosse( no início seca e após passa a ser produtiva), e insuficiência respiratória.
TUBERCULOSE
Mycobacterium Tuberculosis, o bacilo de Koch;
O contágio ocorre por via inalatória;
Os aerossóis ficam em suspensão no ar como gotículas microscópicas, que ao ultrapassar os mecanismos de defesa do sistema respiratório se deposita nos alvéolos e inicia o processo patológico;
Diagnóstico: Baciloscopia;
Os sinais clínicos são nos idosos acontece vagarosa, silenciosa (como febre vespertina, tosse produtiva, suor à noite, dores torácicas, perda de peso e hemoptise.
Principais afecções respiratórias no idoso 
 Manobras e Recursos Terapêuticos
PNEUMONIA:
O objetivo é umidificar e mobilizar a secreção presente no pulmão do idoso e manter ou melhorar a ventilação.
- Oxigenoterapia
Nebulização
- Manobras de higiene brônquica
Tapotagem
Vibrocompressão
*Contraindicações: fraturas de costela, instabilidade hemodinâmica, osteoporose, hipertensão intracraniana.
- Drenagem Postural
Lobo superior: paciente em sedestação
Lobo médio: paciente em DL
Lobo inferior: paciente em Posição de Trendelemburg
- Tosse ativa: solicita ao paciente, caso seja ineficaz deverá realizar estimulo de fúrcula.
- Técnica de expiração forçada (TEF): Solicitar ao paciente uma expiração forçada com a glote aberta (ruffing). 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:
O objetivo do tratamento fisioterapêutico é a mobilização de secreções, redução do trabalho respiratório e reeducação e controle muscular respiratório.
- Manobras de higiene brônquica
- Cinesioterapia respiratória:
Freno labial, técnica de expiração forçada e respiração diafragmática.
TUBERCULOSE:
O objetivo é mobilizar a secreção presente e promover melhor troca gasosa através da reexpansão pulmonar.
-Manobras de higiene brônquica
-Cinesioterapia respiratória
Manobra de descompressão brusca
Incentivadores de inspiração:
Respiron/ Voldyne (ambos indicados para pacientes pouco colaborativos).

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