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MATERIAL DIDÁTICO FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA ELÉTRICA U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br 2 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas SUMÁRIO UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03 UNIDADE 2 – DEFINIÇÕES, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, APLICAÇÕES E ESPECIALIDADES DA ENGENHARIA ELÉTRICA ............................................... 05 2.1 Definição ........................................................................................................... 05 2.2 História e evolução ............................................................................................ 05 2.3 Campos de aplicação, especialidade e competências ...................................... 08 UNIDADE 3 – TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA .................. 15 3.1 Tipos de energia ................................................................................................ 15 3.2 Geração de energia ........................................................................................... 17 3.3 Transmissão de energia .................................................................................... 22 3.4 Distribuição de energia ...................................................................................... 23 UNIDADE 4 – ELETRICIDADE ............................................................................... 26 4.1 A matéria ........................................................................................................... 26 4.2 Grandezas elétricas .......................................................................................... 29 4.3 Tipos de circuitos .............................................................................................. 33 4.4 Condutores elétricos ......................................................................................... 37 UNIDADE 5 – ANEEL E CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA .............................. 40 UNIDADE 6 – A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO ........................................... 44 6.1 Definições, benefícios e finalidades da manutenção ......................................... 45 6.2 Planejamento da manutenção ........................................................................... 55 6.3 Controle da manutenção ................................................................................... 57 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 64 ANEXOS ................................................................................................................ 68 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 3 UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO Eu sou a força inesgotável que move grandes máquinas, forneço luz que concorre até mesmo com a do Sol, aqueço e também esfrio; sou o sopro invisível que conduz mensagens e sons a todos os recantos do mundo; sou o impulso poderoso que arrasta locomotivas, rápidos veículos e barcos enormes. Com o meu auxílio, o homem domina a Terra, sulca os ares, baixa ao fundo do mar, penetra até as entranhas do nosso planeta. Sob minha influência maravilhosa, os motores palpitam, os corpos fundem-se e volatizam-se e, em uma faísca majestosa, forjo, fundo e ligo os metais mais resistentes. Meu poderio é incalculável, porém submissa ao homem, que conhece meus segredos; sob sua sábia direção levo a civilização até os mais recônditos confins do mundo; sou a base do progresso: eu sou a eletricidade (CAVALIN; CERVELIN, 2007, P. 24) Sejam bem-vindos ao curso de Especialização em Engenharia Elétrica! Uma vez que a história situa as pessoas no tempo e no espaço, levando-as a refletirem sobre a evolução da vida e dos acontecimentos, do porque chegamos até aqui e o que nos reserva o futuro, acreditamos ser importante partir desse ponto: surgimento e evolução da área de estudo em tela. Sem nenhuma sombra de dúvida, são muitos os benefícios da eletricidade e a consequente evolução dos usos da energia para a sociedade, portanto, veremos ao longo do curso, tópicos envolvendo a eletrônica, eletromecânica, as instalações elétricas prediais e industriais, a automação industrial, alguns tópicos especiais e, evidentemente, a gestão da segurança aplicada. Neste primeiro momento, o foco passa necessariamente pela história e evolução, campos de aplicação e especialidades da Engenharia Elétrica. Tipos e Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 4 formas de distribuição de energia, conteúdos que envolvem a eletricidade como a matéria, as grandezas elétricas, os tipos de circuitos e os condutores elétricos, bem como termos técnicos de algumas concessionárias de energia e a importância da manutenção, fazem parte deste módulo. Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas opiniões pessoais. Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos estudos. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 5 UNIDADE 2 – DEFINIÇÕES, APLICAÇÕES E ESPECIALIDADES DA ENGENHARIA ELÉTRICA 2.1 Definição Podemos definir Engenharia, que enquanto ciência é abrangente e possui muitas subáreas, como a área que busca aplicar conhecimentos e técnicas para resolver ou otimizar problemas que afetam diretamente a sociedade, por conseguinte, os engenheiros são os profissionais que procuram soluções economicamente viáveis para problemas técnicos gerados pela atividade humana, aplicando a matemática e outras ciências para aumentar e melhorar o rendimento de máquinas e sistemas. Criar, aperfeiçoar, implementar são algumas das ações conjugadas pela engenharia para viabilizar as suas utilidades, sempre levando em conta a sociedade, a técnica, a economia e o meio ambiente. A Engenharia, em seus diversos campos, possibilita, já há algumasdécadas, até mesmo a exploração de outros planetas do Sistema Solar, permite a comunicação no planeta em frações de segundo, promove a conexão de computadores portáteis e telefones celulares com a internet e gerou, ao longo de sua evolução, máquinas capazes de produzir grandes quantidades de produtos, como alimentos, automóveis e celulares. Os engenheiros aplicam o conhecimento das ciências básicas (Matemática, Física, Química, Biologia) para desenvolver formas eficientes de usar os materiais e as forças da natureza em benefício da humanidade e do ambiente. 2.2 História e evolução Embora a Engenharia, enquanto transformação de ideia em realidade, sempre tenha sido exercitada pelo ser humano, seu nascimento como campo do conhecimento se deu apenas no começo da Revolução Industrial, constituindo um dos pilares do desenvolvimento das sociedades modernas. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 6 Tradicionalmente, as engenharias lidavam apenas com objetos concretos, palpáveis. Atualmente, porém, esse cenário se ampliou, incluindo entidades ou objetos abstratos, não-palpáveis. É o caso das engenharias de custos, informática, de software, entre outras. De fato, toda engenharia envolve certo grau de abstração. Mas é uma Ciência com os pés no chão. De uma maneira geral, é mais pragmática e ágil, posto que está limitada pelo tempo e pelos recursos definidos pelo projeto. O desenvolvimento de engenhos implica combinar conhecimento e inspiração para adaptar qualquer sistema à prática, para transformar ideias em realidade HASTENREITER (2013). Battaglin e Barreto (2011) explicam que os fatos históricos relativos à Engenharia Elétrica têm sido registrados na literatura especializada muitas vezes em âmbito regional, outras vezes são registrados fatos importantes que ocorreram em um determinado período de tempo e, por isso, elaboraram um artigo justamente para tentar ordená-los no tempo e no espaço, mas embora saibamos que todos os momentos e as descobertas nesse campo sejam importantes, não temos como objetivo alongar nesses conteúdos. Em torno de 2500 a.C., os sumérios já tinham conhecimento sobre a existência da eletricidade e sobre materiais condutores como o cobre, a prata e o ferro. Os Chineses conheciam a Eletricidade originada da pedra magnetita e construíram agulhas magnéticas aproximadamente em 2637 a.C., no período do Imperador Huan-Ti. O primeiro texto chinês conhecido, escrito em 1080 d.C., trata sobre a bússola magnética, um século antes da primeira menção desta na Europa. Os Gregos também conheciam os magnetes ou a magnetita e construíram uma bússola no período 624-558 a.C., que era utilizada nas navegações pelo Mar Mediterrâneo. O conhecimento e a aplicação da Eletricidade em forma de magnetismo nessas bússolas eram disseminados entre os chineses e gregos. Segundo nos conta Cardoso (2008), em Tessalonik na Grécia foi encontrada a pedra que pode ter dado origem à ciência do eletromagnetismo. Esta pedra, denominada “magnetita”, nome derivado da antiga denominação daquela área, foi identificada pela primeira vez por Lucretius, em 100 a.C., Segundo escritos da Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 7 antiguidade, Lucretius relatou: “[…] o ferro pode ser atraído por uma pedra que os Gregos chamaram Magneto* pela sua origem, porque é originária das terras dos Magnésios, habitantes da Magnésia em Thessaly”. Lucretius não sabia que aquela pedra era a mesma utilizada para a confecção do ferro, razão pela qual foi extinta com o tempo, devido à produção em larga escala e sem controle daquele produto (aqui já nos deparamos com a questão do uso racional dos nossos recursos e a sustentabilidade que veremos adiante). A diferença da magnetita encontrada na Grécia das demais encontradas em outras regiões, daquele pequeno universo grego, era que a pedra daquela região estava sujeita a uma alta incidência de raios, que foram os responsáveis pela magnetização brusca (devido a sua alta corrente) do material. Este tipo de magnetização brusca de alta intensidade aproveita uma propriedade da magnetita, denominada “histerese”, a qual retém um campo magnético residual, denominado campo magnético remanescente, quando a fonte é desligada, produzindo o que denominamos de imã permanente. O imã permanente é muito utilizado nos dias de hoje em diversas aplicações, como nas caixas acústicas, nos brinquedos, nos motores e geradores elétricos. Estes imãs são artificiais, isto é, são produzidos utilizando-se de ligas de materiais derivados da magnetita e de outras substâncias “excitados” por altas correntes produzidas por geradores elétricos que tentam simular as condições do raio. Os imãs mais eficientes que são produzidos atualmente são aqueles produzidos com “terras raras”. A bússola foi aprimorada, assim como o conceito de espectro de campo magnético que permitiu visualizar a distribuição das linhas magnéticas ao redor dos polos magnéticos. O fato de nações da Europa e América do Norte estarem mais próximas geograficamente em relação à China e ao Oriente fez com que muitos progressos fossem alcançados. Até o século XIX vimos a engenharia elétrica se fundamentar, ser descrita, bem como houve a criação do Sistema Internacional de Unidades (SI), surgimento dos medidores e dos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 8 Alertamos que nem de perto fizemos o percurso de todas as descobertas e avanços desse campo da engenharia, por não ser objetivo do curso, mas a leitura de artigos que se encontram nas referências podem ajudá-los caso se interessem. 2.3 Campos de aplicação, especialidade e competências Se pensarmos na formação básica desses profissionais iremos nos deparar de pronto com a Matemática que oferece a teoria dos circuitos e redes elétricas, a lógica e a teoria dos sistemas. Da Física buscamos o eletromagnetismo, a física de estado sólido e a óptica. Destas relações encontraremos como campos de aplicação da Engenharia Elétrica os sistemas de potência; as máquinas elétricas; a eletrônica analógica; a eletrônica digital; os sistemas de computação, os sistemas de controle, os sistemas de comunicação e os sistemas de instrumentação. Especificamente na área de automação, os engenheiros atuam projetando equipamentos eletrônicos destinados à automação de linhas de produção industrial; na eletrônica podem desenvolver circuitos eletrônicos para aquisição de dados (por exemplo, áudio, temperatura, umidade, pressão), transmissão de dados por radiofrequência, entre outros. No campo da eletrotécnica (potência e energia), planejar e operar sistemas elétricos, da geração à distribuição de energia. Projetar e construir usinas, estações, subestações, redes de geração de energia e equipamentos usados no sistema de geração, transmissão e distribuição; ampliar as redes de alta-tensão e dar manutenção a elas. À Engenharia biomédica cabe ao especialista, especificar e gerenciar a utilização de equipamentos médicos-assistenciais em hospitais,clínicas e laboratórios; projetar, construir equipamentos e fazer a manutenção deles. Em se tratando de hardware e programação, pode desenhar componentes e desenvolver sistemas. Na instrumentação, projetar e desenvolver equipamentos para a realização de medidas, registro de dados e atuadores. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 9 Na microeletrônica, projetar, fabricar e testar circuitos integrados (chips) destinados a sistemas de computação, telecomunicações e de entretenimento, entre outras finalidades. Nas telecomunicações, desenvolver serviços de expansão de telefonia e de transmissão de dados por imagem e som; projetar e construir sistemas e equipamentos para telefonia e comunicação em geral e de processamento digital de sinais. A verdade é que a principal função do engenheiro é desenvolver soluções tecnológicas para necessidades sociais, industriais ou econômicas. Para isso, ele deve identificar e compreender os obstáculos mais importantes. Os obstáculos são muitos: recursos disponíveis, limitações físicas ou técnicas, flexibilidade para futuras modificações e outros fatores como custo, realização, prestações e considerações estéticas e comerciais. Mediante a compreensão dos obstáculos citados, os engenheiros elaboram as melhores soluções e, para isso, eles usam o conhecimento das ciências e a experiência apropriada, criando modelos matemáticos aplicáveis aos problemas, permitindo sua análise rigorosa. Se existem muitas soluções viáveis, eles avaliam as diferentes opções de desenho baseando-se em suas qualidades e escolhendo a que melhor se adapte. É fundamental que os engenheiros tentem provar a eficiência de seus desenhos antes de proceder à realização. Para isso, empregam, entre outras coisas, protótipos, maquetes, simulações, provas destrutivas e provas de força. As provas asseguram que os artefatos funcionarão como previsto, o que devemos entender como sua responsabilidade nos procedimentos e escolhas. Embora tenhamos profissionais que anseiam e admirem a profissão, alguns podem não ter o dom do desenho, mas hoje com os programas de computador como o Computer Aided Design (CAD), esse não é um problema, pois eles funcionam como verdadeiros assistentes. O computador pode traduzir automaticamente alguns modelos em instruções aptos para criar um desenho e ainda armazenar criações anteriores. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 10 Voltando à responsabilidade profissional, desde a criação de desenhos, qualquer erro pode resultar em danos gravíssimos, que podem incluir a morte de pessoas. Geralmente, os engenheiros consideram uma margem de segurança para reduzir o risco de falhas. Em relação à ciência x tecnologia, Hastenreiter (2013) esclarece que não podemos simplificar afirmando que os cientistas trabalham com a Ciência e os engenheiros com a Tecnologia, ou seja, a Ciência tentaria explicar os fenômenos, criando modelos matemáticos que correspondem aos resultados experimentais, enquanto Tecnologia e Engenharia consistiriam na aplicação do conhecimento obtido através da Ciência, produzindo resultados práticos. Essa visão é limitada porque ignora as interseções entre ambas. Não é raro encontrar cientistas envolvidos nas aplicações práticas de suas descobertas, assim como os engenheiros, durante o processo de desenvolvimento da tecnologia, investigam novos fenômenos e técnicas em estudos laboratoriais. Dessa forma, sendo engenheiro, pode-se tanto desenvolver projetos quanto pesquisar. Ainda é possível envolver-se com questões artísticas, já que a estética é uma questão relevante em diversas atividades da Engenharia. A forma deve ser desenvolvida aliada à função. Nesse caso, a conexão se dá com os campos da Arquitetura e do Desenho Industrial. Chegamos aos engenheiros eletricistas! Estes atuam nos setores energéticos, como as termoelétricas e as hidrelétricas. Sua função é gerar, transmitir e distribuir a energia. Por isso, também atuam na área de Telecomunicações. É um profissional muito valorizado, dado que vivemos numa sociedade baseada na energia elétrica. Só para citar alguns exemplos do nosso cotidiano: elevadores; bombas de gasolina; aparelhos eletroeletrônicos; chuveiro, entre outros, todos dependem da eletricidade para funcionarem e atenderem a demanda da sociedade. O conhecimento em Matemática e Física, disciplinas que são sua base, é fundamental, visto que lidam basicamente com eletromagnetismo. Requer também o Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 11 domínio do cálculo, principalmente para as modelagens computacionais. Suas formas de atuação englobam: desenvolvimento de novos produtos e serviços, gestão de equipes e de produção, administração, vendas, e outros. Este profissional deve possuir as seguintes características: forte formação em matemática, física e outras ciências básicas; ética, profissionalismo e senso de responsabilidade; autonomia na busca de soluções de problemas complexos de engenharia; competência para atuar em análise, simulação, projeto, desenvolvimento e produção de sistemas e dispositivos eletroeletrônicos; qualificação para atuar nos diversos segmentos da engenharia elétrica, energia, máquinas elétricas, eletrônica, instrumentação, controle e automação, e telecomunicações; criatividade, multidisciplinaridade e liderança. Tomamos emprestado de Rizzoni (2013), um exemplo que, como ele mesmo diz, que ilustra como as aparentemente dissociadas especialidades da engenharia elétrica de fato interagem para permitir a operação de um sistema muito conhecido: o automóvel. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 12 Veja a ilustração abaixo que será explicada a seguir: CONFORTO Controle de temperatura. Ergonomia (bancos, direção, rodas, espelhos). Navegação. Áudio, vídeo, internet, comunicação sem fio. SEGURANÇA Air bags e cadeiras para crianças. Sensor de anticolisão. Sistemas de segurança. PROPULSÃO Motor/transmissão. Alternador/partida integrados. Tração elétrica. Sistemas de 42V. Gerenciamento de bateria. Controle de tração. DIRIGIBILIDADE Suspensão ativa/semiativa. Freios antitravamento. Direção elétrica. Sistema de controle da pressão dos pneus. Controle da estabilidade. Tração nas quatro rodas. A figura acima apresenta uma visão dos sistemas de engenharia elétrica aplicáveis a um automóvel moderno. Mesmo nos veículos mais antigos, o sistema elétrico – na verdade, um circuito elétrico – desempenha um papel muito importante em seu funcionamento como um todo. Uma bobina indutora gera uma tensão suficientemente alta para permitir que uma centelha se forme no espaço do centelhador e detone a mistura ar-combustível. A bobina é alimentada por uma fonte CC (corrente contínua) fornecida por uma bateria chumbo-ácida. Além de energia paracircuitos de ignição, a bateria fornece força para vários outros componentes elétricos, sendo mais óbvios os que contêm lâmpadas, os limpadores de para-brisas e o rádio. A energia elétrica é levada da bateria para todos esses componentes por um chicote elétrico que constitui um circuito elétrico bastante elaborado. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 13 Nos últimos anos, o circuito elétrico de ignição convencional tem sido substituído pela injeção eletrônica, isto é, dispositivos eletrônicos de estado sólido, chamados transistores que têm substituído os tradicionais platinados. A vantagem dos sistemas de ignição transistorizados sobre os sistemas mecânicos convencionais é sua elevada confiabilidade, facilidade de controle e tempo de vida (platinados mecânicos são sujeitos a desgaste). Outras disciplinas da engenharia elétrica são bastante óbvias no automóvel. O rádio instalado no carro recebe ondas eletromagnéticas por uma antena e decodifica os sinais de comunicação para reproduzir sons e diálogos de origem remota. Outros sistemas de comunicação comuns que se utilizam do eletromagnetismo são os rádios cidadão ou rádio PX e os ainda mais comuns telefones celulares. A bateria é, com efeito, um sistema de energia elétrica autônomo de 12 VCC que fornece energia para todas as funções anteriormente mencionadas. Visando que a bateria tenha uma vida útil prolongada, um sistema de carga composto de um alternador e dispositivos eletrônicos de potência, está presente em cada automóvel. O alternador é uma máquina elétrica, assim como os motores que movem os vidros elétricos, janelas elétricas, bancos reclináveis e outros acessórios encontrados em carros de luxo. Apesar de não parecer, os alto-falantes são também máquinas elétricas. Ainda não terminamos! E os sistemas de computação? Pois é, circuitos digitais vêm sendo desenvolvidos nas últimas décadas. Preocupados com as questões ambientais relacionadas às descargas automotivas levaram à introdução de sofisticados sistemas de controle de emissão do motor. O coração de tal sistema de controle é um tipo de computador chamado microprocessador. O microprocessador recebe sinal de dispositivos (chamados de sensores) que medem as variáveis relevantes – como a velocidade do motor, a concentração de oxigênio nos gases da exaustão, a Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 14 posição da válvula do acelerador (isto é, a demanda do motorista por mais potência do motor) e a quantidade de ar aspirado pelo motor – e consequentemente calcula a quantidade ótima de combustível e o tempo correto da centelha para resultar na combustão mais limpa possível, sob tais circunstâncias. À medida que a presença de computadores de bordo vai ficando cada vez mais comum – em áreas como sistemas antibloqueio, suspensões eletronicamente controladas, sistemas com tração nas quatro rodas e sistemas de navegação eletrônica – comunicações entre os vários computadores de bordo deverão acontecer de maneira mais veloz. Concluindo, os veículos atuais também se beneficiam dos significativos avanços realizados nos sistemas de comunicação. Sistemas de navegação veicular podem incluir Sistemas de Posicionamento Global, ou tecnologia GPS (do inglês, Global Positioning System), assim como uma variedade de tecnologias de comunicação e conexão em rede, incluindo as interfaces de comunicação sem fio (por exemplo, baseadas no padrão Bluetooth) e comunicação via satélite, e sistemas de apoio ao motorista (RIZZONI, 2013). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 15 UNIDADE 3 – TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Energia pode ser definida como tudo aquilo capaz de realizar ou produzir trabalho. Todas as movimentações que ocorrem no universo podem gerar forças capazes de transformar a energia em um encadeamento sucessivo, ou seja, em modalidades diferentes de energia. As pessoas somente sentem os efeitos da energia através dos sentidos, e apresenta-se sob as seguintes formas: mecânica, elétrica, térmica, luminosa, sonora, química, atômica, eólica, cinética, as quais veremos a seguir. 3.1 Tipos de energia a) Energia Mecânica: é constituída por duas modalidades de energia – a cinética e a potencial; quando a energia está associada a movimento, chama-se, em física, energia cinética. No momento em que a carga está parada, no aguardo para produzir trabalho, chama-se energia potencial, e é a energia que está relacionada à posição que se encontra o corpo, por exemplo; enquanto a energia cinética pode vir da energia do vento, da água corrente, etc.; a energia potencial pode provir da energia da água represada, dos elásticos, das molas, etc. b) Energia Elétrica: é uma forma de energia que apresenta inumeráveis benefícios, e, no decorrer dos tempos, tornou-se parte interessante e fundamental das nossas atividades diárias. É tão importante que nossa vida seria praticamente impossível sem sua existência, e muitas vezes não damos conta da sua importância, somente no momento da sua falta; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 16 é a forma mais prática de energia, pois pode ser transportada a grandes distâncias pelos condutores elétricos (fios ou cabos), desde a geração até os centros de consumo, que são os lares, as indústrias, os comércios, etc.; além de poder ser transportada com facilidade, pode ser transformada em outras modalidades de energia, sem muitas dificuldades e com custos efetivamente baixos. c) A energia térmica ou calorífica – ao passar pela resistência de, por exemplo, um chuveiro, um aquecedor, um ferro de passar, converte-se em calor. d) A energia luminosa – acontece quando a corrente elétrica percorre o filamento de lâmpadas, acendendo-as e assim produzindo esse tipo de energia. e) Quanto à energia sonora, esta acontece quando a energia percorre os circuitos de um aparelho como o rádio ou o ipod. f) A energia cinética por sua vez acontece devido a capacidade da energia elétrica acionar o motor e produzir movimento. A energia elétrica, normalmente, não é utilizada no mesmo local onde é produzida. Como é produzida a grandes distâncias do centro de consumo, é necessário que seja transportada; e por motivos econômicos, isso é feito em altas tensões (CAVALIN; CERVELIN, 2011). Assim sendo, a energia elétrica desenvolve-se em quatro fases fundamentais: 1º. Geração (produção). 2º. Transmissão. 3º. Distribuição. 4º. Utilização. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 17 3.2 Geração de energia Existem várias formas de se gerar energia elétrica, mas as opções diminuem quando se trata de quantidadespara consumo de uma sociedade. As mais comuns seriam: a) Térmica: a energia que se transforma é o calor resultante da queima de algum combustível (derivado de petróleo como óleo combustível, gás natural, carvão, madeira, resíduos como bagaços, etc.). Em nível mundial, representa provavelmente a maior parcela. As instalações usam basicamente caldeiras que geram vapor que aciona turbinas que acionam geradores. Ou então, máquinas térmicas como motores a diesel ou turbinas a gás. No aspecto ecológico apresenta problemas. A queima de combustíveis joga na atmosfera os mais variados poluentes como o enxofre além do dióxido de carbono, responsável pelo já preocupante efeito estufa (aquecimento global). Se madeira ou carvão vegetal são usados, a consequência é o desmatamento. b) Nuclear: pode ser entendida como uma energia térmica que usa caldeira, sendo a fonte de calor um reator nuclear em vez da queima de combustível. Por algum tempo foi considerada a solução do futuro para a geração de energia elétrica. Mas os vários acidentes ocorridos ao longo do tempo revelaram um enorme potencial de risco. Os resíduos (lixo atômico) são outro grave problema. Em vários países, não é mais permitida a construção de novas usinas nucleares. c) Hídrica: a energia potencial de uma queda d'água é usada para acionar turbinas que, por sua vez, acionam geradores elétricos. Em geral as quedas d'água são artificialmente construídas (barragens), formando extensos reservatórios, necessários para garantir o suprimento em períodos de pouca chuva. Não é um método totalmente inofensivo para o ambiente. Afinal, os reservatórios ocupam áreas enormes, mas é um problema consideravelmente menor que os anteriores. Evidente que a disponibilidade é totalmente dependente dos recursos hídricos de cada região. No Brasil representa a maior parcela da energia gerada. Outros meios, como a energia solar e energia eólica, considerados ecologicamente limpos, vêm sendo usados cada vez mais, embora a participação global seja ainda pequena (BOLSONI, 2007). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 18 d) Solar: em geral, a energia da radiação solar é convertida diretamente em elétrica com o uso de células fotovoltaicas. Há necessidade de acumuladores (baterias) para suprir picos de demanda e fornecer energia durante a noite. Usado principalmente para pequenas unidades residenciais em zonas rurais. e) Eólico: o arraste dos ventos aciona pás acopladas a geradores. É claro que a viabilidade depende das características climáticas da região. Em alguns países sua participação vem aumentando, devido à possibilidade de se obter quantidades razoáveis de energia com quase nenhum prejuízo ecológico. Entretanto, é sempre um sistema complementar a um outro, uma vez que a irregularidade dos ventos não permite um fornecimento constante. Abaixo descrevemos o processo de geração de energia, citando como exemplo a usina de Itaipu (PR), Brasil. Para movimentar o eixo das turbinas, podemos utilizar vários tipos de fonte, como a queda-d'água (hidráulica), a propulsão a vapor (térmica), utilizando a queima de combustíveis (gasolina, diesel, carvão) e pela fissão de materiais como o urânio ou tório (nuclear). Podemos ter várias formas de geração de energia elétrica. A mais econômica, que produz grandes quantidades de energia elétrica, utiliza a energia potencial da água de grandes reservatórios, que movimentam os grandes geradores (CAVALIN; CERVELIN, 2011). Quando da construção de uma usina, primeiramente, é preciso levantar indicadores (econômicos, técnicos, ecológicos e sociais) para posteriormente fazer a opção do tipo de usina a ser construída naquele local. O caminho percorrido pela energia, desde sua geração até o ponto de consumo é o seguinte: 1º - Barragem A barragem tem como finalidade represar a água, possibilitando a concentração de uma grande quantidade de energia potencial. Em função da quantidade de energia elétrica a ser gerada, escolhe-se o melhor lugar para a construção da barragem, levando-se em consideração o clima da região, a vazão do rio, a topografia do local, o tipo de rocha, e a facilidade no deslocamento de materiais de construção até a obra. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 19 2º - Condutos Forçados O conduto forçado, também chamado de tomadas de água, sai da barragem e vai até a turbina na casa de força. Ele varia de diâmetro e comprimento em função da potência da turbina, a qual está acoplada ao gerador. No caso da Usina Hidroelétrica de Itaipu, o conduto forçado tem 10,5m de diâmetro interno. 3º - Casa de Força Cada conduto vai a uma turbina, que está acoplada a um gerador. Para gerar energia internamente nas máquinas são instalados eletroímãs. Sabemos que toda vez que há o movimento de um condutor ao redor de um ímã, nas extremidades desse condutor surge uma diferença de potencial. A quantidade de energia gerada (conseguida) na extremidade dos condutores depende do tamanho dos eletroímãs, da quantidade e seção dos condutores instalados dentro dos geradores. Desta forma, podemos adquirir geradores comerciais que variam de pequenas potências 0,5kW, 10kW, 100kW, e tensões, como 127V, 220V, 380V, 6,9kV, 13,8kV e 18,0kV. 4º - Subestação Elevadora Como os geradores são para potências elevadas (MW) e a tensão comercial gerada é razoavelmente baixa (kV), a corrente elétrica no gerador é de grande intensidade. Por fatores econômicos, a subestação elevadora é construída o mais próximo possível da geração. Dentro dessa subestação são colocados os transformadores elevadores, que recebem dos geradores as tensões de 6,9kV, 13,8kV ou 18,0kV e elevam-nas para as tensões de transmissão, que são de 69kV, 138kV, 230kV, etc. Como a corrente produzida (pelos geradores) é muito alta, inviabilizando o transporte até os centros de consumo, eleva-se a tensão (consequentemente, diminuindo a corrente) para que possamos fazer a transmissão dessa energia a longas distâncias por torres de transmissão (5º), com bitolas de condutores mais finos. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 20 No gerador P = E x I Na transmissão P = E x I Vista em corte da usina hidrelétrica de Itaipu Fonte: Cavalin; Cervelin (2011, p. 20). O tamanho do gerador (ou geradores) é calculado em função da quantidade de energia que vai ser gerada para atender a certa região ou comunidade. Segundo a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (COPEL), a tensão comercial gerada e fornecida na saída dos geradores é trifásica de 6,9kV, 13,8kV ou 18,0kV com valores bem elevados de corrente (kA) e potência (MW). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 21 6º - Subestação Abaixadora Pelas torres de transmissão, essa energia é transportada até os centros de consumo. A energia chega em uma subestação abaixadora, onde recebe os valores de tensão de 69kV, 138kV,230kV, etc., e através de transformadores, abaixa-os para os valores de “tensão de distribuição” de 34,5kV e 13,8kV. Essas tensões seguem até a subestação de distribuição. 7º - Subestação de Distribuição Da subestação de distribuição, os condutores saem e seguem para a distribuição urbana (8º) (cidade) em 13 8kV. Nas ruas, de trechos em trechos, conforme o consumo e em função da quantidade de consumidores, são instalados transformadores nos postes da concessionária, que reduzem a tensão de 13 8kV para a baixa tensão em 127V e 220V (padrão COPEL) para a utilização residencial (9º) ou industrial (10º). De um dos condutores (11º) da rede de 34,5kV deriva para a “distribuição rural” (12º). Como segue apenas uma fase (monofásico), para a distribuição rural a tensão é 34,5/ √3= 19,9kV. Na propriedade do consumidor, para obter a baixa tensão, ou seja, a tensão de distribuição, o neutro é derivado do solo, fazendo com que a tensão entre neutro e fase seja 127V e entre fases a tensão é 254V. Segundo a Norma Brasileira, as tensões alternadas são classificadas em quatro níveis: 1) Baixa Tensão: vai até 1.000V. 2) Média Tensão: acima de 1.000V até 72.500V. 3) Alta Tensão: acima de 72.500 até 242.000V. 4) Extra-Alta Tensão: acima de 242.000V. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 22 As tensões podem ser subdivididas em1: EBT/UBT = 48V; 24V e 12V. BT = 1000V; 760V; 660V; 440V; 380V; 230V; 220V; 127V (FN) e 115V (FN). MT (ou AT de Distribuição) = 34,5kV; 25,8kV; 23kV; 13,8kV; 13,2kV; 12,6kV; 11,5kV; 6,9kV; 4,16kV e 2,13kV. AT (Tensão de Transmissão) = 500kV; 230kV e 138kV. Tensão de sub transmissão = 69kV. EAT = 600kVcc (corrente contínua). EAT = 750kV. UAT = 800kV. 3.3 Transmissão de energia Muitas vezes, a geração de energia elétrica ocorre em locais distantes dos centros consumidores. No caso predominante no Brasil (geração hídrica), a natureza impõe os locais onde sejam viáveis as construções das barragens. É comum usinas geradoras distantes centenas ou milhares de quilômetros dos grandes centros. Assim são necessários meios eficientes de levar essa energia (BOLSONI, 2007). A ilustração abaixo dá o esquema simplificado de uma transmissão. Após o gerador, transformadores da subestação elevadora aumentam a tensão para um valor alto. Dependendo da cada região, pode variar de 69 a 750 KV. Uma vez que as linhas transmissoras aproximam-se dos centros de consumo, transformadores de uma subestação redutora diminuem a tensão para um valor de distribuição. Esquema simplificado de transmissão 1 BT = Baixa Tensão; AT = Alta Tensão; EBT = Extra-Baixa Tensão; MT = Média Tensão; EAT = Extra-Alta Tensão e UAT = Ultra-Alta Tensão Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 23 Fonte: Bolsoni (2007, p. 4). A tensão de transmissão é alta porque se transmitida com baixas tensões na potência necessária para atender milhares de consumidores, a bitola dos condutores precisariam ser tão grande que tornaria o sistema economicamente inviável. É claro que, na prática, os sistemas de transmissão não são tão simples assim. Usinas normalmente dispõem de vários conjuntos turbina-gerador que trabalham em paralelo. As transmissões de diferentes usinas e diferentes centros consumidores são interligados de forma a garantir o suprimento em caso de panes e outros problemas. 3.4 Distribuição de energia Uma rede de distribuição deve fazer a energia chegar até os consumidores de forma mais eficiente possível. Vimos que quanto mais alta a tensão menor a bitola dos condutores para transmitir a mesma potência. Assim, redes de distribuição em geral operam com, no mínimo, duas tensões. As mais altas para os consumidores de maior porte e as mais baixas para os pequenos. Veja a ilustração abaixo: Fonte: Bolsoni (2007, p. 5). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 24 Ela mostra o esquema simplificado de uma distribuição típica. A subestação redutora diminui a tensão da linha de transmissão para 13,8kV, chamada distribuição primária, que é o padrão geralmente usado nos centros urbanos no Brasil. São aqueles 3 fios que se vê normalmente no topo dos postes de energia e ainda é classificada como “alta tensão”. Essa tensão primária é fornecida aos consumidores de maior porte como indústrias, que por sua vez, dispõem de suas próprias subestações para rebaixar a tensão ao nível de alimentação dos seus equipamentos. A tensão primária também alimenta aqueles transformadores localizados nos postes que reduzem a tensão ao nível de ligação de aparelhos elétricos comuns de 127/220V (fase neutro, fase), para consumidores de pequeno porte como residências. É a chamada distribuição secundária. A rede é formada pelos quatro fios (separados e sem isolação ou juntos e com isolação) que se observam na parte intermediária dos postes. É evidente que uma distribuição simples assim é típica de uma cidade de pequeno porte. Cidades maiores podem ser supridas com várias linhas de transmissão, dispondo de várias subestações redutoras e estas podem conter múltiplos transformadores, formando assim várias redes de distribuição. Também pode haver várias tensões de distribuição primária (BOLSONI, 2007). Indústrias de grande porte, consumidoras intensivas de energia elétrica, em geral são supridas com tensões bastante altas, às vezes a da própria transmissão, para evitar altos custos da rede. Então “coletam” a energia diretamente da linha de alta tensão. Nesse caso, dentro da própria planta industrial, existe um transformador abaixador que fica dentro de uma cabine primária, cuja entrada é de 13,8KV e a saída de acordo com a necessidade (440V, 380V, 220V). Indústrias de pequeno porte são abastecidas em baixa tensão, onde a origem é o transformador externo (poste da rede pública). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 25 Esquema Unifilar da Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica G – Gerador; SE - Subestação Elevadora; LT - Linha de Transmissão; SA - Subestação Abaixadora; DP - Distribuição Primária; DS - Distribuição Secundária; TI' T2' T3 e T4 – Transformadores. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 26 UNIDADE 4 – ELETRICIDADE Eletricidade é uma forma de energia e toda matéria possui alguma propriedade elétrica. A matéria é formada por minúsculas partículas chamadas átomos. O átomo possui dois tipos de carga elétrica: Positiva (prótons) no seu núcleo e Negativa (elétrons) girando em volta do núcleo. Já vimos o que é energia, seus diversos tipos, os processos de geração, transmissão e distribuição. Vimos que detodas as formas de energia, a eletricidade, ou energia elétrica, é uma das mais versáteis, pois se transforma com muita facilidade e eficiência em muitas outras modalidades. Vamos partir agora para mais alguns conceitos básicos que nos levam a caminhar pelos meandros da engenharia elétrica, i.e., a eletricidade, que é a essência dessa modalidade de energia, ou seja, as partículas que de fato determinam seu comportamento. 4.1 A matéria No entendimento de Cavalin e Cervelin (2011), o estudo da eletricidade fica mais fácil se a analisarmos a partir dos conceitos básicos da estrutura da matéria. Tudo o que existe no universo, desde estrelas e planetas situados nos pontos mais afastados até a menor partícula de poeira, é constituído de matéria, que pode se apresentar das mais variadas formas. A menor parte da matéria, sem que ela perca suas características originais, é denominada molécula. Abaixo temos uma molécula da água. A molécula de H2O Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 27 Se dividirmos as moléculas, elas perdem suas características, e na divisão obtêm-se partículas denominadas átomos. Os átomos são compostos por partículas infinitesimais (muito pequenas) denominadas prótons, nêutrons e elétrons. Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo. Enquanto prótons comportam-se como carga elétrica elementar positiva, nêutrons não têm carga elétrica. Os elétrons estão localizados na eletrosfera e possuem carga elétrica negativa. Átomo em grego significa indivisível. Até há pouco tempo julgava-se correto este significado, porém, com o aprofundamento dos estudos e pesquisas da física nuclear, verificou-se que o fenômeno da indivisibilidade não era verdadeiro, pois através de bombardeamentos é possível a divisão do átomo, que gera a famosa e polêmica energia atômica ou energia nuclear. A disposição das partículas do átomo (prótons, nêutrons e elétrons), conforme a teoria atômica, foi proposta pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885- 1962) que caracteriza uma semelhança muito grande com o sistema solar, ou seja: o núcleo representa o Sol e é constituído por prótons e nêutrons; os elétrons giram em volta do núcleo em órbitas planetárias. Modelo atômico de Bohr Os elétrons que giram em órbitas mais externas do átomo são atraídos pelo núcleo com menor força do que os elétrons das órbitas mais próximas. Os mais Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 28 afastados são denominados elétrons livres, e com muita facilidade podem se desprender de suas órbitas. Devido a essa característica, podemos dizer que os elétrons livres sob uma tensão elétrica dão origem à corrente elétrica. A facilidade ou a dificuldade de os elétrons livres se libertarem ou se deslocarem de suas órbitas determina a condutibilidade elétrica da matéria ou substância. Ou seja: se os elétrons se libertarem com facilidade de suas órbitas, como é o caso dos metais como o ouro, a prata, o cobre, o alumínio, a platina, etc., esses materiais recebem o nome de condutores elétricos. Entretanto, se os elétrons tiverem dificuldade de se libertar de suas órbitas, isto é, estiverem presos ao núcleo, como é o caso do vidro, cerâmica, plástico, baquelite, etc., esses materiais serão denominados de isolantes elétricos. Até o momento vimos, teoricamente, que a “eletricidade” é constituída por partículas diminutas chamadas elétrons, prótons e nêutrons, e que os elétrons se movem com maior ou menor velocidade dependendo das características dos materiais. Mas como ver/sentir/perceber/medir esses efeitos na prática? Pedimos desculpas, mas seremos extremamente didáticos: pois bem, dia de tempestade, raios e relâmpagos por todos os lados, eis que temos a oportunidade de ver a formação de uma centelha ou ... ao fecharmos um interruptor, verificamos que a lâmpada acende. Também, em algum momento da vida, experimentamos a sensação de um choque elétrico ao tocarmos em partes energizadas de uma instalação elétrica. Já vimos e sentimos! Para medir e registrar a energia elétrica nada mais do que utilizarmos instrumentos adequados como, por exemplo, voltímetros, amperímetros, etc. Quanto aos efeitos da eletricidade, estes são possíveis devido aos seguintes fatores ou grandezas elétricas: corrente elétrica; tensão elétrica; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 29 potência elétrica; resistência elétrica. 4.2 Grandezas elétricas Corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons livres no interior de um condutor elétrico, sob a influência de uma fonte de tensão elétrica. O instrumento usado para medir a corrente elétrica é o amperímetro (A). A corrente elétrica é representada pela letra “I”. A unidade de medida de corrente elétrica é o ampêre (A). Só haverá corrente elétrica se houver uma carga conectada a um circuito fechado, isto é, quando os terminais de uma determinada carga (chuveiro, motor, lâmpada) estiverem ligados, por meio de condutores elétricos, a uma fonte de tensão elétrica, portanto, Tensão elétrica é a força exercida nos extremos do circuito, para movimentar de forma ordenada os elétrons livres. O instrumento usado para medir tensão elétrica é o voltímetro (V). O símbolo que representa a tensão elétrica é a letra “V”. A unidade de medida de tensão elétrica é o volt (V). A potência elétrica é uma grandeza utilizada com frequência na especificação dos equipamentos elétricos. Ela determina basicamente quanto uma lâmpada é capaz de emitir luz, o quanto o motor elétrico é capaz de produzir trabalho ou a carga mecânica que pode suportar em seu eixo, o quanto um chuveiro é capaz de aquecer a água, ou quanto um aquecedor de ambientes é capaz de produzir calor, etc. A potência normalmente é responsável pelas dimensões dos equipamentos ou máquinas. Quanto maior a potência, maior será o trabalho realizado em um determinado tempo. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 30 Para haver potência elétrica é necessário tensão elétrica (V) e corrente elétrica (I). Guarde... Sobre corrente, tensão e potência, podemos concluir que num circuito com uma lâmpada incandescente de 100W, ligada a uma fonte de tensão variável, teremos: a) diminuindo a tensão e a corrente, o brilho da lâmpada será menor (menor potência). b) aumentando a tensão e a corrente, o brilho da lâmpada será maior (maior potência). Isto significa que a tensão, a corrente e a potência variam de maneira direta. Num sistema elétrico existem três tipos de potência (lâmpadas = potência luminosa; chuveiro = potência térmica; motor = potência mecânica): Potência ativa é a capacidade real de as cargas produzirem trabalho. É aquela que realmente se transforma em potência luminosa, térmica ou mecânica. É representada pela letra P. A unidade de medida de potência ativa é o watt (W), ou o seumúltiplo que é o quilowatt (kW). O instrumento usado para medir potência ativa é o wattímetro. A relação existente entre cv, hp e kW é a seguinte: 1cv = 736W ou 1cv = 0,736kW => 1kW = 1,36cv 1hp = 746W ou 1hp = 0,746kW => 1kW = 1,34hp Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 31 Potência reativa é a responsável pela produção dos campos eletromagnéticos necessários para o funcionamento de equipamentos, tais como reatores, motores e transformadores. A unidade de potência reativa é o var (volt-ampère-reativo) ou kvar. O instrumento para fazer a medição da potência reativa é o varímetro. As concessionárias de energia elétrica utilizam o quilovolt-ampère-reativo hora (kvarh) para registrar o consumo de energia reativa do consumidor. Potência aparente é o produto da multiplicação da tensão elétrica pelo valor da corrente instantânea. A potência ativa e a potência reativa juntas constituem a potência aparente, que é a potência total gerada e transmitida à carga. A unidade de potência aparente é o VA (volt-ampère) ou kVA ou MVA. O fator de potência é um índice que mostra a forma como a energia elétrica recebida está sendo utilizada, ou seja, indica quanto a energia solicitada (aparente) está realmente sendo usada de forma útil (energia ativa). O instrumento para medir o fator de potência é o cossefímetro. Ele é determinado pela aplicação da seguinte expressão: O fator de potência pode apresentar-se de duas formas: 1) Circuitos puramente resistivos como lâmpadas incandescentes, chuveiros e aquecedores, o FP = cos φ =1,0. 2) Circuitos indutivos tipo motores, transformadores e reatores, o FP = cos φ < 1,0. Resistência elétrica é a oposição oferecida por todos os elementos do circuito à passagem da corrente elétrica. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 32 A resistência elétrica é representada pela letra “R”. A expressão matemática da lei de Ohm é: Em que: R - Resistência elétrica, em ohm (Ω). E - Tensão elétrica, em volt (V). I - Intensidade de corrente elétrica, em ampère (A). Foi desta forma que nasceu a Lei de Ohm: A intensidade da corrente elétrica que passa por uma resistência elétrica é diretamente proporcional à diferença de potencial ou tensão elétrica entre os terminais da resistência. A unidade de medida da resistência elétrica é o ohm (Ω). O instrumento usado para medir resistência elétrica é o ohmímetro. O símbolo de resistência elétrica é um retângulo: Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 33 4.3 Tipos de circuitos Podemos definir circuito como o caminho completo para a circulação de corrente elétrica. Quando dizemos que um circuito é em série, ele contém duas ou mais cargas, porém um único caminho para a circulação da corrente; sai da fonte de tensão, passa pelas cargas e volta à fonte, conforme ilustrado abaixo: No circuito em série, a resistência total é igual à soma das resistências individuais ao longo do circuito. Isto é RT = R1 + R2 + R3 + Rn A tensão fornecida pela fonte do circuito série se divide pelo número de resistores de cada carga. Então, a soma das quedas de tensões individuais de cada carga é igual à tensão da fonte. Isto é: VT = VR1 + VR2 + VR3 + VRn A corrente total (It) pode ser calculada da seguinte forma: A desvantagem dos circuitos em série ocorre quando da abertura de qualquer parte do circuito; simultaneamente a corrente para de circular e a tensão é retirada de todas as cargas. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 34 Os circuitos em série são aplicados em: lâmpadas ligadas em série de árvores de Natal; controle de velocidade de motores; controle de intensidade luminosa; em circuitos eletrônicos. Sobre o sentido da corrente e polaridade: A - Sentido Real da Corrente A corrente elétrica circula através da bateria do polo negativo para o polo positivo. Desta forma, a bateria está fornecendo energia para a carga. A corrente no interior da bateria circula do polo negativo para o polo positivo, contudo, a corrente externa circula do terminal positivo para o terminal negativo da bateria. B - Sentido Convencional da Corrente Os sinais de polaridade mostram nos resistores que a corrente circula do terminal positivo dos resistores para o terminal negativo. A corrente no circuito série pode ser medida inserindo-se um amperímetro em série. Como existe somente um caminho para a circulação da corrente, qualquer parte do circuito pode ser interrompida para inserir o amperímetro. Todos os amperímetros das figuras seguintes medem o mesmo valor de corrente, mostrando que em cada caso a tensão e a resistência total são as mesmas. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 35 Os paralelos são circuitos de várias cargas que têm mais de um caminho para a corrente. Cada caminho da corrente é chamado de ramo. O circuito da figura seguinte tem três ramos, e a corrente se divide entre os três. Cada ramo, independentemente dos outros, tem sua própria carga. A corrente e a potência em um ramo são independentes da corrente, resistência ou potência de qualquer outro ramo. No circuito paralelo, todas as tensões, a da fonte e a de todos os ramos, são iguais. Nas figuras a seguir, cada voltímetro indica a mesma tensão. Em um circuito paralelo, a relação entre tensão da fonte e tensão na carga é expressa como: A corrente total no circuito paralelo é igual à soma das correntes individuais de cada ramo. A corrente total se divide em duas ou mais correntes no nó. As várias correntes que chegam ou deixam um nó são relacionadas pela Lei da Corrente de Kirchoff, a qual estabelece que a soma das correntes que chegam a Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 36 um nó é igual à soma das correntes que deixam o mesmo nó não importando o número de fios conectados ao nó. A relação das correntes em circuitos paralelos é expressa por: Quanto à resistência nos circuitos paralelos: A resistência total em um circuito paralelo é sempre menor que a resistência dos ramos. Quando adicionamos resistores em paralelo ao circuito, a corrente total aumenta e a resistência total diminui. Pode até parecer ilógico que adicionando resistências em paralelo com o circuito, decresça a resistência total. A lógica da afirmativa pode ser observada com o uso da Lei de Ohm. Veja: Finalmente, tanto o numerador quanto o denominador da equaçãopodem ser divididos por VT. Assim: Quando tivermos somente dois resistores em paralelo, podemos usar a fórmula simplificada. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 37 Caso tenhamos um circuito paralelo com resistências de valores iguais, a resistência total pode ser calculada da seguinte forma: 4.4 Condutores elétricos Em geral, dá-se o nome de cabo ao conjunto de condutor, camada isolante e capa de proteção, conforme a ilustração a seguir: É evidente que a única parte essencial é o condutor. As demais podem existir ou não. Exemplos: existem cabos completamente sem isolação (cabos nus), usados em linhas aéreas, aterramento, para-raios e em outros casos. Nos cabos usados em instalações residenciais, tomadas, ligações internas de aparelhos e outros, isolante e capa são normalmente uma única camada. Cabos para alta tensão geralmente têm uma camada a mais, metálica, entre o isolante e a capa (blindagem). O condutor pode ser um único fio (fio rígido) ou ser formado por um agrupamento de fios mais finos, o que dá uma flexibilidade ao cabo (cabo flexível). É mais comum a designação fio rígido ou fio flexível. A maioria das instalações residenciais e comerciais usa fios rígidos por uma questão de custo. Melhor se fossem flexíveis. Estes têm menos tendência de se soltarem dos terminais e bornes de ligação. O material do condutor é quase sempre o cobre. É o metal que apresenta melhor compromisso entre condutividade elétrica e custo. Em alguns casos, como linhas de transmissão, é usado o alumínio. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 38 A capacidade de condução de corrente de um cabo depende basicamente da bitola do condutor. Entretanto, isso não deve ser o único critério de dimensionamento. Exemplo: uma carga é alimentada por um cabo de comprimento 10 m, se for deslocada e o cabo agora tem 100 m, poderá ser necessária uma bitola maior para manter a queda de tensão dentro do tolerável. A padronização dos cabos segundo a capacidade é dada pela área da seção transversal do condutor em milímetros quadrados (mm2). A tabela abaixo dá os valores usuais de capacidade de condução em corrente para as seções padronizadas (BOLSONI, 2007). Tais valores se referem a cabos isolados com PVC, a 70ºC, temperatura ambiente de 30ºC, instalados em calhas ou dutos. Ver catálogos dos fabricantes para mais detalhes. Seção (mm 2 ) 2 condutores carregados (A) 3 condutores carregados (A) 0,5 9 8 1 13,5 12 1,5 17,5 15,5 2,5 24 21 4 32 28 6 41 36 10 57 50 16 76 68 25 101 89 35 125 111 Seção (mm 2 ) 2 condutores carregados (A) 3 condutores carregados (A) 50 151 134 70 192 171 95 232 207 120 269 239 150 309 272 185 353 310 240 415 364 300 473 419 400 566 502 500 651 578 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 39 Padronização de cores de cabos para instalações: Segundo Bolsoni (2007), na maioria das instalações residenciais e comerciais, não há qualquer critério para diferenciar os condutores. Uma distinção por meio de cores é altamente vantajosa, tanto para os serviços de instalação quanto eventuais reparos e substituições. Abaixo temos o padrão normalmente adotado. Fase R – preto ************ Fase S – branco ********* Fase T – vermelho Neutro - azul claro ************* Terra - verde Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 40 UNIDADE 5 – ANEEL E CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA A Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel – é responsável pela regulação e fiscalização do mercado de energia elétrica no Brasil. Ela controla a energia elétrica desde a geração até a chegada nas residências de todo o país. E em cada etapa desse caminho existem empresas trabalhando: geradoras, que produzem a energia elétrica; transmissoras, que levam a energia até as cidades; distribuidoras, que fazem a energia chegar até a sua casa ou empresa; e ainda existem outras. Além de trabalhar para que os serviços de eletricidade sejam prestados com qualidade, a Aneel também atende e informa a sociedade, esclarecendo dúvidas e considerando os interesses do governo, das empresas e dos consumidores. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/cartilha_uso_eficiente.pdf A missão da ANEEL é proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade. No site da Aneel encontram-se outras informações pertinentes a área. Abaixo temos os links para as concessionárias atuantes no Brasil: AES SUL Distribuidora Gaúcha de Energia S/A AES Tietê S/A AmE - Amazonas Distribuidora de Energia AMPLA Energia e Serviços S/A Bandeirante de Energia Boa Vista Energia CEAL - Companhia Energética de Alagoas CEB - Companhia Energética de Brasília CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina CELG - Companhia Energética de Goiás CELPE - Companhia Energética de Pernambuco CEMAR - Companhia Energética do Maranhão S/A CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais CERON - Centrais Elétricas de Rondônia S/A Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 41 CESP - Companhia Energética de São Paulo CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco CLFSC - Companhia Luz e Força Santa Cruz COCEL - Companhia Campolarguense de Energia COELBA - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia COELCE - Companhia Energética do Ceará COOPERALIANÇA - Cooperativa Aliança COPEL - Companhia Paranaense de Energia COSERN - Companhia Energética do Rio Grande do Norte CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz CTEEP - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista DMEPC - Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas EBO - Energisa Borborema EFLUL - Empresa Força e Luz Urussanga Ltda ELEKTRO - Eletricidade e Serviços S/A ELETROACRE - Companhia de Eletricidade do Acre ELETROBRÁS - Centrais Elétricas Brasileiras S.A ELETROCAR - Centrais Elétricas de Carazinho S/A. ELETRONORTE - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A ELETRONUCLEAR - Eletrobrás Termonuclear S/A ELETROPAULO - Eletropaulo S.A - Eletricidade de São Paulo ELETROSUL - Eletrosul Centrais Elétricas S/A EMG - Energisa Minas Gerais ENERSUL - Empresa Energética do Mato Grosso do Sul ENF - Energisa Nova Friburgo EPB - Energisa Paraíba ESCELSA - Espírito Santo Centrais Elétricas S.A ESE - Energisa Sergipe FURNAS - Furnas Centrais Elétricas S.A GEAM - Grupo de Empresas Associadas Machadinho Grupo Rede - Holding que controlaas Concessionárias HIDROPAN - Hidroelétrica Panambi S/A. Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda ITAIPU - Binacional LIGHT - Light Serviços de Eletricidade S.A Muxfeldt Marin & Cia. Ltda RGE - Rio Grande Energia S/A SULGIPE - Companhia Sul Sergipana de Eletricidade TRACTEBEL - Tractebel Energia S/A Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 42 Outras entidades/órgãos/instituições de interesse para o engenheiro eletricista. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) atua em todas as áreas técnicas do país. Produz normas em formato de texto que são adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e pelas firmas. Compõem- se de Normas (NB), Terminologia (TB), Simbologia (SB), Especificações (EB), Método de ensaio e Padronização (PB). A American National Standards Institute (ANSI), Instituto de Normas dos Estados Unidos, publica recomendações e normas em praticamente todas as áreas técnicas. Na área dos dispositivos de comando de baixa tensão tem adotado frequentemente especificações da UL e da NEMA. International Comission on Rules of the approval of Eletrical Equipment (CEE) – Especificações internacionais, destinadas, sobretudo, ao material de instalação. Canadian Eletrical Manufctures Association (CEMA) – Associação Canadense dos Fabricantes de Material Elétrico. Canadian Standards Association (CSA) – Entidade Canadense de Normas Técnicas, que publica as normas e concede certificado de conformidade. Danmarks Elektriske Materielkontrol (DEMKO) – Autoridade Dinamarquesa de Controle dos Materiais Elétricos que publica normas e concede certificados de conformidade. Deutsche Industrie Normen (DIN) – Associação de Normas Industriais Alemãs. Suas publicações são devidamente coordenadas com as da VDE. International Electrotechinical Comission (IEC) – Esta comissão é formada por representantes de todos os países industrializados. Recomendações da IEC, publicadas por esta Comissão, já são parcialmente adotadas e caminham para uma adoção na íntegra pelos diversos países ou, em outros casos, está se procedendo a uma aproximação ou adaptação das normas nacionais ao texto dessas normas internacionais. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 43 Japanese Electrotechinical Committee (JEC) – Comissão Japonesa de Eletrotécnica. The Standards of Japan Electrical Manufactures Association (JEM) – Normas da Associação de Fabricantes de Material Elétrico do Japão. Japanese Industrial Standards (JIM) – Associação de Normas Industriais Japonesas. Kenring van Elektrotechnische Materialen (KEMA) – Associação Holandesa de ensaio de Materiais Elétricos. National Electrical Manufactures Association (NEMA) – Associação Nacional dos Fabricantes de Material Elétrico (E.U.A.). Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik (OVE) – Associação Austríaca de Normas Técnicas, cujas determinações geralmente coincidem com as da IEC e VDE. Svensk Standard (SEN) – Associação Sueca de Normas Técnicas. Underwriters Laboratories Inc (UL) – Entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndio, nos Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios de equipamentos elétricos e publica as suas prescrições. Union Tecnique de l’Electricité (UTE) – Associação Francesa de Normas Técnicas. Verband Deutscher Elektrotechniker (VDE) – Associação de Normas Técnicas alemãs, que publica normas e recomendações da área de eletricidade. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 44 UNIDADE 6 – A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO Virou “lugar comum” justificarmos qualquer atitude ou decisão em termos de planejamento estratégico organizacional ao ambiente competitivo imposto pela globalização, mas é fato, não há como fugir dessa verdade que se impõe ao nosso cotidiano a todo o momento. O planejamento é componente essencial em qualquer tipo de organização ou atividade e tanto pode estar voltado para assegurar a continuidade de uma situação atual como pode estar voltado para inovação ou melhoria de um comportamento e ainda pode voltar-se para contingências futuras com um sentido mais preventivo. Pensando assim, o planejamento deve acontecer de maneira contínua, permanente e envolvendo um maior número de pessoas em sua elaboração e implementação. No tocante à manutenção, nesse ambiente competitivo real em que vivem as organizações, principalmente as industriais, ela deve atender às necessidades destas empresas, com destaque para a exigência crescente por qualidade de produtos e serviços e a automatização dos processos produtivos. A manutenção deve buscar seu aperfeiçoamento contínuo e se organizar para combater os desperdícios, procurando atingir a máxima eficácia, contribuindo assim para a competitividade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. Viana (2002) afirma que a Manutenção Industrial deve atuar na preservação dos equipamentos e instalações e proporcionar o máximo aproveitamento destes ativos para o processo produtivo. O alcance deste objetivo repercute em todos os aspectos do produto final de uma organização. O autor afirma ainda que a manutenção deve utilizar-se de formas de organização e técnicas para perseguir o zero defeito e a máxima disponibilidade dos equipamentos, não podendo limitar-se a simples intervenção para correção dos problemas cotidianos. Campbell (1995 apud CALLIGARO, 2003) considera que muitas organizações “sofrem” por negligenciarem elementos essenciais para o sucesso, como por exemplo, a Manutenção Industrial. Destaca ainda que essa manutenção Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 45 tem a função de manter os ativos físicos nas suas melhores condições, de modo a garantir a capacidade de produzir e prover bens e serviços. Permite, desta forma, a expansão da capacidade do processo produtivo, proporciona a satisfação dos consumidores, mantém o processo produtivo em regime controlado e seguro, e mantém sob controle os riscos para o meio ambiente e segurança das pessoas. A manutenção desse modo tem influência direta sobre a lucratividade da empresa. Os ganhos decorrentes do adequado gerenciamento da manutenção, traduzidos na forma de aumento da confiabilidade dos equipamentos, redução dos custos e melhoria da qualidade dos produtos associados à atuação da manutenção, podem proporcionar preços mais competitivos e conquista de mercados. Os ganhos potenciais podem ser bastante expressivos, o que numa economia altamente competitiva, não deve ser desprezado. Por outro lado, deficiências de atuação da manutenção podem colocar em risco a competitividade da empresa, e, por conseguinte, a sua sobrevivência (XENOS, 1998). Essas três características (manutenibilidade, confiabilidade e disponibilidade) devem permear todo o processo de manutenção, mas iniciar-se logo
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