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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TUTELAS E CAUTELARES

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Bibliografia recomendada:
O Novo Codigo de Processo Civil Brasileiro – Alexandre Camara Freitas
Direito Processual Civil Esquematizado – Marcos Vinicius Rios Gonçalves
					URGENCIA – antecipada ou incidental
TUTELA PROVISÓRIA		CAUTELAR – antecipada ou incidental
					EVIDÊNCIA
Conceito: é a necessária proteção estatal diante de uma situação em que não se pode viabilizar uma autotutela do seu direito. Dessa forma, quem busca a tutela estatal, busca efetivamente, a proteção do Estado ao seu direito. Dessa forma, a tutela pode ser de certificação ou efetivação.
Certificação é a declaração da existência ou inexistência do direito. Ainda, a certificação é divida em três espécies: declaratória, constitutiva e condenatória.
Efetivação surge quando há a certeza do direito, mas o devedor não cumpre espontaneamente sua obrigação, gerando uma insatisfação. Para solucionar esta crise, a parte busca a tutela de efetivação, através do cumprimento de sentença ou do processo executivo autônomo, buscando concretizar, no plano fático, um direito reconhecido na sentença condenatória ou em titulo executivo extrajudicial.
Todas essas tutelas demandam tempo e uma cognição exauriente. 
Aula 22/02/17
TUTELA PADRÃO
Cognição exauriente
Segurança – certeza (através de sentença declaratória, condenatória ou constitutiva)
Imutabilidade (coisa julgada)
Contraditório e ampla defesa (o que demanda tempo)
TUTELA PROVISÓRIA
Combater a demora do processo
									antecipada
					 URGENCIA			cautelar
TUTELA PROVISORIA
					EVIDENCIA			incidental
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
CONCEITO DE TUTELA PROVISORIA
A tutela provisória é uma tutela diferenciada da tutela padrão, proferida em cognição superficial, e em caráter provisório, que satisfaz de maneira antecipada as pretensões formuladas pelas partes, ou assegura a efetividade do resultado pratica do processo, em situações de urgência ou evidência.
TUTELA PROVISORIA ANTECIPADA
Ocorre quando a decisão satisfaz no todo ou em parte a pretensão formulada pelo autor, concedendo-lhe os efeitos ou conseqüências jurídicas que ele procurou obter com o ajuizamento da demanda.
TUTELA PROVISORIA CAUTELAR 
A decisão não satisfaz no todo ou em parte a pretensão do autor, porem determina providencias de proteção, de preservação dos direitos em conflito.
Ex. o autor ingressa com ação solicitando reintegração de posse – tutela antecipada.
O juiz não concede liminar, todavia, no curso do processo verifica-se que o imóvel está correndo risco de perecimento, porque o réu não toma os cuidados necessários – tutela cautelar
Dessa forma o autor pode postular uma medida cautelar (seqüestro) pedindo ao juiz a entrega do bem litigioso a depositário, o qual ficará responsável pela preservação e manutenção do bem até o final do litígio.
Assim, temos tutela antecipada, na fase inicial e tutela cautelar incidental, no curso do processo.
CARACTERISTICAS DA TUTELA
sumariedade da cognição
provisoriedade – precariedade
não faz coisa julgada
O juiz, ao se debruçar sobre o pedido, faz uma analise superficial, porque não se baseia na certeza do direito, ou seja, não analisa com profunidade se há ou não a certeza do direito. 
O juiz, na sua analise superficial, julga com base na plausibilidade do direito alegado e com base no perigo da demora. (FUMUS BONI JURIS – PERICULUM IN MORA)
As decisões proferidas em cognição superficial não são definitivas, porque o juiz nem sempre terá dado oportunidade à parte contrária para se manifestar, bem como, não ter colhido todas as provas para proferir sua decisão.
	As tutelas provisórias não são aptas a tornam imutável e indiscutível o seu efeito decisório (o que o juiz produz em tutela provisória não faz coisa julgada material)
Essa decisão pode ser modificada ou revogada.
Art. 296.  A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único.  Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
NATUREZA JURÍDICA DA DECISÃO QUE APRECIA A TUTELA PROVISÓRIA
Decisão interlocutória 
Decisão interlocutória se ataca com AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
Mas, quando a TUTELA PROVISÓRIA for deferida no bojo da sentença, o recurso cabível será a APELAÇÃO, na forma do artigo 1009 do CPC (Da sentença cabe apelação).[1: Art. 1.012, §1º, inciso V. “Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: (…) V – confirma, concede ou revoga tutela provisória; (…)”.]
(Nesta hipótese, o recurso de apelação interposto será recebido apenas no efeito devolutivo (art. 1.012, § 1º, V),  viabilizando seu imediato cumprimento, sendo facultado à parte requerer seja atribuído efeito suspensivo ao apelo (art. 1.012, §§ 3º e 4º).
Quando o processo estiver em grau de recurso a decisão poderá ser atacada com AGRAVO INTERNO (porque a decisão de concessão de tutela em segundo grau é decisão monocrática)
Art. 1.021.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
REVOGAÇÃO, MODIFICAÇÃO E CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA TUTELA
	Uma vez deferida a tutela provisória, o juiz emite um comando satisfativo ou cautelar apto a produzir efeitos.
	Em regra, esse comando conserva sua eficácia no curso do processo, salvo se for modificado ou revogado.
	A revogação ou modificação dos efeitos da tutela provisória pressupõem a alteração nas circunstancias fáticas que a embasaram
	Dessa forma, se houver AGRAVO DE INSTRUMENTO, o juiz poderá se retratar, já que esse recurso é dotado de efeito regressivo (retratação).
	Além disso, o juiz pode modificar ou revogar sua decisão com base em novos elementos que forem trazidos aos autos, como por exemplo, no caso do réu oferecer sua resposta e o juiz verificar que os fatos alegados pelo autor não são aptos a causar o “perigo da demora”.
COMPETÊNCIA
	A competência para analisar a tutela provisória pode ser analisada sob dois aspectos:
Se a tutela for antecedente deverá ser distribuída perante o juizo competente para julgar a eventual ação principal. 
A tutela provisória incidental, obviamente, será distribuída ao órgão no qual a causa principal esta tramitando.
Art. 299, CPC.  A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
TUTELA DE URGÊNCIA (art. 300 a 302 do CPC)
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultadoútil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Art. 301.  A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
Art. 302.  Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único.  A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.
Requisitos:
A tutela deve ser requisitada pela parte interessada (em regra, o autor). Não cabe Tutela de Urgência de ofício (corrente majoritária), em razão do princípio da inércia e da imparcialidade.
Além da provocação, a tutela de urgência só será deferida caso existam os seguintes requisitos: probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo da demora (periculum in mora)
Fumus boni iuris – a parte que postula deve retratar, apontar, os elementos que evidenciam a probabilidade do direito, ou seja, se os fatos alegados são capazes de demonstrar a possibilidade ou probabilidade do direito solicitado.
Periculum in mora – pode ser entendido como o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, ou seja, esse perigo de dano deve ser grave e real.
O juiz que analisar o pedido verificará se a tutela, ou melhor dizendo, seus efeitos , podem ser revertidos.
Caso haja o perigo da irreversibilidade dos efeitos, o juiz não concederá a tutela. 
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE
Cabimento – urgência contemporânea
Procedimento - requerimento inicial – petição inicial simples (distribuir)
			Requisitos básicos – documentos que tiver
						 Fundamentar a urgência
							Periculum in mora
							Fumus boni iuris
Art. 303.  Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
			
Indeferimento – o autor tem 05 (cinco) dias para emendar - se não emendar, extingue sem resolução de mérito (art. 303, §6º)
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Deferimento – autor terá 15 dias, ou prazos superior, determinado pelo juiz, para aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, juntada de novos documentos, e a confirmação do pedido de tutela final (ou seja, tem que fazer 3 coisas: complementar argumentação, juntar documentos e confirmar tutela final)
Prosseguimento – 
Citação do réu para agravar (prazo de 15 dias)
Intimação do réu para comparecer a audiência conciliatória
				
				Se o autor não aditar – extingue sem resolução mérito
ESTABILIZAÇÃO
			Se o réu não agravar – prossegue o processo
ATENÇÃO – O Agravo de Instrumento não tem efeito suspensivo!
Uma vez estabilizada a tutela:
O juiz não pode revogar, modificar
Partes podem ajuizar NOVA AÇÃO, discutindo a tutela, no prazo de 2 anos (prazo decadencial). O juiz que deferiu a tutela é prevento.
Se as partes não agirem, depois de 2 anos, a tutela se torna definitiva e transita em julgada, ou seja, FAZ COISA JULGADA MATERIAL.
Art. 304.  A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.
TUTELA PROVISORIA ANTECEDENTE CAUTELAR
Pedido cautelar + pedido principal = 1 único processo
Art. 305 do CPC
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Cautelar – objetivo: assegurar, garantir, a efetividade do processo principal.
Ex. ação de cobrança – pedido cautelar de arresto de bens
“O pedido de tutela provisória cautelar não formará um processo autônomo, ou seja, o pedido cautelar é uma fase antecedente, na qual se discutirá a pretensão cautelar, e posteriormente, haverá uma outra fase, relativa a pretensão principal, tudo em um único processo”
A petição inicial cautelar segue as regras do artigo 305 e do 319 do CPC
Fundamentos
Direito que se deseja proteger – fumus boni iuris
Cautelar
			Perigo da demora na jurisdição - periculum in mora
CPC. Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Lide e seus fundamentos (pedido principal) – o artigo 305 do CPC dispõe sobre a necessidade da parte demonstrar de forma simples o direito que se deseja assegurar, bem como sobre o perigo na demora da prestação jurisdicional, mas também trata sobre a necessidade de indicar a lide, e seus fundamentos, eisso significa que o autor deve fazer referência aos fundamentos do pedido principal.
Valor da causa - o valor da cautelar será o valor da ação principal, recolhendo-se as custas. Quando protocolar a petição do pedido principal, não precisa recolher as custas novamente. 
Liminar – art. 300, §2º		antes da citação
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Audiência de justificação prévia – o juiz pode fazer, só com o autor, para esclarecer o pedido cautelar. Podem inclusive participar testemunhas.
Contra cautela – art. 300, §1º o juiz poderá conceder a tutela cautelar sem ouvir o requerido, porém para se sentir seguro poderá pedir uma caução real ou fidejussória com o objetivo de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.
Citação do réu – art. 306
Art. 306.  O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Não havendo resposta em 05 dias, o réu será considerado revel.
A resposta deve focar na cautelar, mas cabe alegar incompetência, ilegitimidade.
AULA 24/04/17
Pedido Principal
O autor, na cautelar, formula o pedido por meio de petição inicial (cautelar antecedente), sendo que o réu será citado para responder a este pedido cautelar. (prazo de 05 dias)
A partir do momento em que deferida e efetivada a tutela cautelar, o autor deverá formular no mesmo processo , no prazo de 30 dias, o pedido principal.
Não haverá pagamento de novas custas (porque já foram recolhidas quando distribuído o pedido cautelar).
Apresentado o pedido principal, o réu não precisará ser citado novamente, pois já foi quando do pedido cautelar antecedente.
Todavia, o réu, juntamente com o autor, serão intimados para a audiência de tentativa de conciliação prevista no artigo 334 do CPC. 
Caso o réu seja revel em relação ao pedido cautelar, o juiz deverá cita-lo pessoalmente para a audiência de conciliação, já que o mesmo não possui advogado nos autos.
Eficácia da tutela cautelar – art. 308 e 309 do CPC
A tutela cautelar pode perder sua eficácia conforme previsto no artigo 309 do CPC. Isso significa uma sanção imposta ao autor, que tendo obtido a tutela, não tomou providencia a seu cargo, bem como houve a extinção natural ou improcedência do pedido principal.
Art. 309.  Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único.  Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
Atenção - Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
Regra: 
Se a cautelar foi deferida – houve recolhimento de custas – não recolhe quando protocola o pedido principal (aproveita)
Se a cautelar foi indeferida – quando protocolar o pedido principal tem que recolher custas. (não aproveita)
CAUTELARES ESPECÍFICAS – previstas no art. 301 do CPC
ARRESTO - é pedido cautelar destinado a preservar bens do devedor com objetivo de garantir futura penhora e expropriação de bens, quando existente uma ameaça por parte do devedor em dilapidar seu patrimônio e tornar-se insolvente. 
(arresto pressupõe dívida em dinheiro)
Atenção: não confundir o ARRESTO DA EXECUÇÃO (Art. 830 do CPC) com o ARRESTO CAUTELAR.
O arresto da execução – é feito pelo oficial de justiça quando não encontra o executado.
O arresto cautelar – objetiva execução futura.
SEQUESTRO – é a medida cautelar de constrição de bens determinados, específicos, eu serão objeto de processo judicial, e que correm o risco de perecer ou danificar-se. O sequestro pode recair tanto sobre bens móveis ou imóveis. O risco diz respeito a um bem determinado, que será objeto do litígio principal, ou seja, a execução serão para entrega de coisa certa.
	ARRESTO (CAUTELAR)
	SEQUESTRO
	BENS INDETERMINADOS
(pode recair sobre qualquer bem)
	BEM DETERMINADO
(só pode recair sobre a coisa litigiosa)
	PAGAMENTO DE DÍVIDA
	ENTREGA DE COISA CERTA
	GARANTIR FUTURA EXECUÇÃO
	EM PROCESSO DE EXECUÇÃO 
TUTELA DE EVIDENCIA
a tutela provisória pode ser fundamentada em urgência e evidência. 
A evidência também pode ser analisada sob o aspecto satisfativo, ou cautelar, e tem por objetivo transferir para o réu o ônus da demora. 
Naturezas possíveis da tutela de evidência:
Como dito acima, a tutela de evidencia pode ser tanto na forma antecipada quanto cautelar, o juiz poderá no caso concreto deferir a tutela satisfativa ou uma providencia cautelar para garantir a efetividade do processo. 
(ex. numa ação de cobrança o juiz verifica que o réu está abusando do direito de defesa, dessa forma poderá determinar que o réu faça o pagamento provisório ou determinar o arresto de bens para garantir futura execução)
Cognição sumaria e provisória
Seguindo a regra das tutelas provisórias, a tutela de evidencia precisará ser sempre substituída pelo provimento definitivo, e isso significa que ela não é definitiva e pode ser modificada ou revogada a qualquer tempo.
Requisitos
Não há concessão de tutela de evidencia de ofício, ou seja a mesma deve ser solicitada pela parte interessada
Requisitos do artigo 311 do CPC:
Abuso do direito de defesa ou proposito protelatórioda parte;
Alegações de fatos que podem ser comprovados documentalmente havendo inclusive tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em sumula vinculante.
Pedido reipersecutório fundado em prova documental, adequada no contrato de deposito. O juiz poderá deferir a tutela de evidencia consubstanciada na ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa
Petição inicial, com prova documental que seja suficiente para provar os fatos constitutivos do direito do autor ou contra a qual o réu não apresente prova capaz de gerar dúvida razoável
Quando ocorre controvérsia sobre um ou mais pedidos.
A
B			contestação – processo segue
C
D			não contesta – julgamento antecipado da lide
E						decisão interlocutória 
						AGRAVO DE INSTRUMENTO (15 dias)
						Não agravou, TRANSITA EM JULGADO
						EXECUÇÃO DEFINITIVA desses pedidos
TUTELA PROVISORIA CONTRA A FAZENDA PUBLICA
	As tutelas provisórias contra a FP possuem particularidades delineadas pela Lei 9494/97. Essa lei restringe a concessão de tutelas provisórias contra a FP, principalmente a concessão de liminares.
	A ideia dessa lei é permitir a defesa processual da FP.
	Todavia, a jurisprudência do STF e STJ atenua as regras da mencionada lei, quando a matéria discutida envolver medicamentos e matéria previdenciária.
	Exemplo: um servidor publico solicita pensão. A União indefere o pedido administrativo. Judicialmente, este servidor faz o pedido de tutela provisória para recebimento da pensão. E possível? Sim, é matéria previdenciária (pensão)
	A execução provisória de obrigação de fazer ou de entrega de coisa certa contra a FP é possível.
	Mas se a FP violar a tutela específica, será possível haver execução provisória da tutela de obrigação de pagar, na qual a tutela específica se converteu? Sim, é possível haver execução provisória em dinheiro (multa) = bacenjud.

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