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4 GE PROFISSÕES 2016 APRESENTAÇÃO CAPA: RODRIGO MAROJA O passo final é reforçar o estudo sobre atualidades, pois as provas exigem alunos antenados com os principais fatos do mundo. Nos processos seletivos, é cada vez mais comum o uso de assuntos do noticiário na elaboração de questões das mais diversas disciplinas. arrow COMO O GE PODE TE AJUDAR Com duas edições no ano, uma no início do primeiro semestre e outra no começo do segundo, o GE ATUALIDADES traz os principais fatos do noticiá rio, sobre o Brasil e o mundo, que podem cair nas provas. E o melhor: tudo com explicações bem claras, para ajudar quem não tem o costume de ler jornais nem revistas. UM PLANO PARA OS SEUS ESTUDOS O GUIA DO ESTUDANTE PROFISSÕES que você tem em mãos possui a missão de ajudá-lo na escolha da carreira ideal e de uma boa instituição para cursá-la. Mas essa é só uma das etapas rumo ao Ensino Superior. Não dá para se esquecer também da preparação necessária para enfrentar o Enem e os demais vestibulares. E é claro que o GUIA DO ESTUDANTE também pode auxiliá-lo nos próximos passos. O roteiro a seguir é uma sugestão de como você pode tirar melhor proveito do nosso material para estudos, seguindo uma trilha segura para o sucesso nas provas. Desde 2009, o Enem se transformou no maior vestibular do país. Apesar dessa importância, grande parte dos estudantes não conhece bem o estilo da prova e a forma como ela é usada nos processos seletivos. Quem fica por fora desses segredos desperdiça um precioso atalho rumo ao Ensino Superior. arrow COMO O GE PODE TE AJUDAR O GE ENEM é um verdadeiro “manual de instrução” para o exame. Além de dicas úteis para enfrentar as questões típicas que caem na prova, você ainda vai entender como funciona a complicada nota do Enem. O GE FUVEST também tem a mesma pegada, apresentando tudo o que você precisa saber sobre o vestibular que dá acesso à USP. Para começar os estudos, nada melhor do que revisar os pontos mais importantes das principais disciplinas do Ensino Médio. Você pode repassar todas as matérias ou focar apenas em al- gumas delas. Além de rever os conteúdos, é fundamental fazer muito exercício para praticar. arrow COMO O GE PODE TE AJUDAR O GUIA DO ESTUDANTE tem um guia específico para cada matéria do Ensino Médio: GE IDIOMAS, Geografia, História, Português, Redação, Matemática, Química, Biologia e Física. Todos reúnem os temas que mais caem nas provas, trazem questões para praticar e têm uma linguagem fácil, para você estudar sozinho. 2 Decifre os segredos das provas 1 Revise as matérias-chave 3 Mantenha-se atualizado Os guias ficam um ano nas bancas – com exceção do ATUALIDADES, que é semestral. Você pode comprá-los também nas lojas on-line das livrarias Cultura e Saraiva. FALE COM A GENTE: Av. das Nações Unidas, 7221, 18º andar, CEP 05425-902, São Paulo/SP, ou email para: guiadoestudante.abril@atleitor.com.br CALENDÁRIO GE 2015 Veja quando são lançadas as nossas publicações MÊS PUBLICAÇÃO Janeiro Fevereiro GE HISTÓRIA Março GE ATUALIDADES 1 Abril GE GEOGRAFIA GE QUÍMICA Maio GE BIOLOGIA GE FUVEST Junho GE ENEM GE PORTUGUÊS Julho GE REDAÇÃO GE IDIOMAS Agosto GE ATUALIDADES 2 Setembro GE MATEMÁTICA GE FÍSICA Outubro GE PROFISSÕES Novembro Dezembro 8 GE PROFISSÕES 2016 CARTA AO LEITOR VERSÃO DIGITAL Esta edição do GE Profissões Vestibular também está disponível para tablet! Ela pode ser baixada na App Store ou no Google Play. FALE CONOSCO Se você tem críticas, sugestões ou dúvidas sobre o conteúdo desta edição, escreva para: Av. das Nações Unidas, 7221, 18º andar, CEP 05425-902, São Paulo- SP; ou mande e-mail para: guiadoestudante. abril@atleitor.com.br Em uma tirinha de Charles Schulz, o personagem Charlie Brown pergunta para Linus: “O que você gostaria de ser quando crescer?” Linus responde: “Escandalosamente feliz!”. Ao refletir sobre a escolha do curso superior, não perca de vista essa ideia. Você vai ver que a decisão vai ficar mais fácil e prazerosa. “Motivação é a palavra-chave”, como diz a psicóloga Maria Stella Sampaio Leite, uma das entrevistadas da reportagem Os caminhos da escolha profissional, na pág. 14. “Gostar do que se faz é o primeiro passo para definir um projeto de vida e, a partir daí, traçar a rota para concretizar esse projeto.” Mas descobrir do que se gosta, embora aparentemente fácil, pode ser a grande questão. Ou porque você gosta de muitas e diferentes coisas ou porque não consegue identificar ou, ainda, confirmar se um determinado interesse tem potencial para se transformar numa profissão. Para todos os casos, a dica é a mesma: investir no autoconhecimento e no conhecimento das profis- sões, faculdades e universidades, temas que permeiam todo este GUIA DO ESTUDANTE (GE) PROFISSÕES VESTIBULAR. Abre a publicação uma reportagem sobre orientação profissional, pontuando exatamente o que considerar nesse processo, como a importância de se conhecer e identificar seus interesses, habilidades e valores. Na sequência, você descobre o que é importante observar ao escolher a instituição de ensino onde vai passar os próximos anos da sua vida. A matéria seguinte apresenta os conceitos básicos que você precisa conhecer sobre o Ensino Superior e introduz os conteúdos das próximas reportagens: processos seletivos, com destaque para Enem e Sisu; cotas; e finan- ciamentos, especialmente o Fies e o ProUni. O segundo bloco, Profissões, traz nada menos do que 265 opções de cursos superiores, com a descrição da atuação do profissional, da situação do mercado de trabalho e do curso. Essas in- formações são fundamentais para você conhecer mais a fundo cada carreira e, assim, conseguir relacioná-las com as suas características. A lista de instituições que oferecem cada curso, bem como seus indicadores de qualidade (como as estrelas da avaliação do GE), completam as informações. Ao terminar sua jornada de informações com este guia, meu desejo é que você encontre uma opção que realmente o satisfaça. E que, no futuro, no seu dia a dia de trabalho, você possa se perceber, em muitos momentos, como Linus: extremamente feliz! Boa sorte e um abraço, Lisandra Matias, editora – lmatias@abril.com.br TRABALHAR E SER FELIZ A redação do GUIA DO ESTUDANTE em três momentos: trabalho aliado à diversão 10 GE PROFISSÕES 2016 SUMÁRIO GUIA DO ESTUDANTE PROFISSÕES 2016 34 QUALIDADE O CPC, indicador do MEC, é um aliado importante na busca por um bom curso 36 AVALIAÇÃO DO GE Como é feita a pesquisa que aponta as melhores graduações do país 24 PROCESSOS SELETIVOS Saiba mais sobre o Enem, o Sisu e outras formas de ingresso 12 LISTA DE CURSOS As graduações que constam deste guia, por ordem alfabética 38 MELHORES UNIVERSIDADES As campeãs de qualidade, segundo a avaliação do GE 14 ESCOLHA DA CARREIRA O que considerar no momento de optar por uma profissão 63 PROFISSÕES 265 cursos superiores: como é a graduação, as áreas de atuação do profissional, o mercado de trabalho e as escolas que os oferecem 64 COMO USAR Como as informações deste guia estão organizadas 66 CURSOS POR ÁREA Lista das graduações por área de conhecimento 68 ÍNDICE REMISSIVO DE CURSOS Os nomes originais das graduações 74 Administração, Negócios e Serviços 104 Ciências Biológicas e da Terra 122 Saúde e Bem-Estar 150 Ciências Sociais e Humanas 178 Comunicação e Informação 196 Artes e Design 214 Ciências Exatas e Informática 232 Engenharia e Produção 274 Carreiras Militares e Diplomática 280 ESCOLAS 2.060 instituições e seu processo seletivo organizadas por região e estado 330 ABREVIATURAS utilizadas nesta publicação 28 COTAS A lei federal e outros exemplos de programas de inclusão social oferecidos pelas universidades 30 FINANCIAMENTO Como funcionam o Fies, o ProUni e outros sistemas de bolsas e auxílios 20 ESCOLHA DA ESCOLA Alguns indicadores para você fazer uma seleção bem rigorosa 22 ENSINO SUPERIOR Os principais dados que você precisa saber ao ingressar nesse nível de ensino 12 GE PROFISSÕES 2016 LISTA DE CURSOS Administração (B) ...........................76 Administração Pública (B) .............82 Aeronáutica ..................................275 Agroecologia (T) ...........................106 Agronegócios e Agropecuária (B/T) .........................84 Agronomia (B)...............................106 Alimentos (T) ................................109 Análise e Desenvolvimento de Sistemas (T) ..................................227 Aquicultura (T) ..............................253 Arqueologia (B) .............................152 Arquitetura e Urbanismo (B) ........198 Arquivologia (B) ............................180 Artes (BI) .......................................200 Artes e suas Tecnologias (LI) ........200 Artes Visuais (B/L) .........................199 Astronomia (B) .............................216 Automação Industrial (T) .............248 Biblioteconomia (B/L) ..................180 Biocombustíveis (T) .....................107 Biomedicina (B) ............................124 Biossistemas (BI) ..........................247 Biotecnologia (T) ..........................108 Biotecnologia e Bioquímica (B) ...108 Ciência da Computação (B) .........216 Ciência da Terra (BI) .....................116 Ciência e Economia (BI) .................90 Ciência e Tecnologia (B/BI) ..........219 Ciência e Tecnologia de Alimentos (B) ................................109 Ciências Aeronáuticas (B) ..............85 Ciências Agrárias (L/BI) ................110 Ciências Atuariais (B) .....................86 Ciências Biológicas (B/BI/L) .........110 Ciências Contábeis (B) ...................86 Ciências do Mar/Ciência e Tecnologia das Águas (BI) ............253 Ciências Econômicas (B) ................90 Ciências Humanas (BI/L/LI) .........152 Ciências Naturais (L/LI) ................113 Ciências Sociais (B/L) ...................154 Cinema e Audiovisual (B/L) ..........181 Comércio Exterior (B/T) .................91 Computação (L) ............................219 Comunicação Assistiva (T) ...........182 Comunicação das Artes do Corpo (B)..................................201 Comunicação Institucional (T) ....194 Conservação e Restauro (B/T) .....201 Construção de Edifícios (T) ..........241 Construção Naval (T)....................270 Cooperativismo (B) ......................155 Cultura, Linguagens e Tecnologias (BI) ............................212 Dança (B/L/T)................................202 Defesa e Gestão Estratégica Internacional (B) ............................92 Design (B/T) ..................................202 Design de Games (B) ....................204 Design de Interiores (B/T) ............205 Design de Moda (B/T) ...................206 Diplomacia ...................................277 Direito (B) ......................................156 Ecologia (B) ...................................114 Economia Doméstica (B)..............160 Educação Física (L/B) ...................126 Educomunicação (B/L) .................183 Eletrônica Industrial (T) ...............263 Eletrotécnica Industrial (T) ..........261 Energia e Sustentabilidade (BI) ...250 Enfermagem (B/L) ........................129 Engenharia Acústica (B) ...............234 Engenharia Aeronáutica (B) .........234 Engenharia Agrícola (B) ...............235 Engenharia Ambiental e Sanitária (B) ..................................236 Engenharia Biomédica (B) ...........239 Engenharia Cartográfica e de Agrimensura (B) .......................240 Engenharia Civil (B) ......................241 Engenharia da Computação (B) ..243 Engenharia da Mobilidade (B) .....245 Engenharia de Alimentos (B) .......245 Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (B) ..........................246 Engenharia de Biossistemas (B) ..247 Engenharia de Controle e Automação (B) ..............................248 Engenharia de Energia (B) ...........249 Engenharia de Inovação (B) .........250 Engenharia de Materiais (B) .........251 Engenharia de Minas (B) ..............252 Engenharia de Pesca (B) ..............253 Engenharia de Petróleo (B) ..........254 Engenharia de Produção (B) ........255 Engenharia de Segurança no Trabalho (B) ..................................258 Engenharia de Sistemas (B) .........259 Engenharia de Software (B) .........259 Engenharia de Telecomunicações (B) ..................260 Engenharia Elétrica (B) ................261 Engenharia Eletrônica (B) ............263 Engenharia Física (B)....................264 Engenharia Florestal (B) ..............264 Engenharia Hídrica (B) .................265 Engenharia Industrial Madeireira (B) ...............................266 Engenharia Mecânica (B) .............266 Engenharia Metalúrgica (B) .........269 Engenharia Naval (B)....................270 Engenharia Nuclear (B) ................270 Engenharia Química (B) ...............271 Engenharia Têxtil (B) ....................273 Esporte (B) ....................................131 Estatística (B) ................................220 Estética e Cosmética (B/T) ...........132 Estudos de Gênero e Diversidade (B) .............................160 Estudos de Mídia (B).....................184 Eventos (T) ....................................189 Exército .........................................275 Fabricação Mecânica (T) ..............267 Farmácia (B) .................................133 Filosofia (B/L) ...............................161 Física (B/L) ....................................221 Fisioterapia (B) .............................134 Fonoaudiologia (B) .......................136 Fotografia (B/T) ............................207 Gastronomia (B/T) ..........................92 Geofísica (B) ..................................115 Geografia (B/L) .............................162 Geologia (B) ..................................115 Geoprocessamento (T) .................240 Gerontologia (B) ...........................137 Gestão Ambiental (B/T) ................116 Gestão Comercial (T) ......................94 Gestão da Informação (B) ............184 Gestão da Produção Industrial (T) .................................255 Gestão da Qualidade (T) ..............255 Gestão da Tecnologia da Informação (T) ..............................227 Gestão de Cooperativas (T) ..........155 Gestão de Recursos Humanos (T) ...................................94 Gestão de Segurança Privada (T) ......................................96 Gestão de Turismo (T) ..................103 Gestão Desportiva e de Lazer (T) ...................................137 Gestão em Saúde (B) ....................138 Gestão Financeira (T) .....................96 Gestão Hospitalar (T) ...................138 Gestão Pública (T) ..........................83 História (B/L) ................................163 História da Arte (B) .......................208 Hotelaria (B/T) ................................97 Informática Biomédica (B) ...........222 Irrigação e Drenagem (T) .............235 Jogos Digitais (T) ..........................205 Jornalismo (B) ..............................185 Letras (B/L) ...................................165 Linguagens e Códigos (LI) ............165 Linguística (B) ...............................169 Logística (T) ....................................98 Luteria (T) .....................................208 Manutenção de Aeronaves (T) .....234 Manutenção Industrial (T/L) ........267 Marinha .........................................276 Marketing (B/T) ...............................99 Matemática (B/L) ..........................223 Matemática e Suas Tecnologias (LI) ............................223 Materiais (T) ..................................251 Medicina (B) ..................................139 * Um verbete pode conter cursos com duas ou mais titulações: (B) Bacharelado, (BI) Bacharelado Interdisciplinar, (L) Licenciatura, (LI) Licenciatura Interdisciplinar e (T) Tecnológico. Veja definições na pág. 23 Medicina Veterinária (B) ...............117 Meteorologia (B) ...........................118 Mineração (T) ................................252 Mobilidade (BI) .............................245 Multimídia (B) ...............................186 Museologia (B) ..............................169 Música (B/L) ..................................209 Musicoterapia (B) .........................140 Nanotecnologia (B) ......................224 Naturologia (B) .............................141 Negócios Imobiliários (T) .............101 Nutrição (B) ..................................141 Obstetrícia (B)...............................143 Oceanografia (B) ...........................119 Odontologia (B) ............................143 Oftálmica (T) .................................144 Óptica e Optometria (T) ...............145 Papel e Celulose (T) ......................272 Pedagogia (L) ................................170 Petróleo e Gás (T) .........................254 Pilotagem Profissional de Aeronaves (T) ..................................85 Polícia Militar ................................276 Processos Gerenciais (T) ................78 Processos Metalúrgicos (T) ..........269 Processos Químicos (T) ................272 Produção Audiovisual (T).............182 Produção Cênica (T) .....................212 Produção Cultural (B)...................188 Produção de Bebidas (T)..............120 Produção Editorial (B) ..................189 Produção Fonográfica (T) ............211 Produção Multimídia (T) ..............188 Produção Publicitária (T) .............191 Produção Sucroalcooleira (T) ......120 Produção Têxtil (T) .......................273 Psicologia (B) ................................145 Psicopedagogia (B) ......................173 Publicidade e Propaganda (B) .....190 Química (B/L) ................................225 Quiropraxia (B) .............................147 Rádio e TV (B) ...............................193 Radiologia (T) ...............................147 Redes de Computadores (T) ........227 Relações Internacionais (B) .........174 Relações Públicas (B) ...................193 Saneamento Ambiental (T) ..........238 Saúde (BI) .....................................148 Saúde Coletiva (B) ........................148 Secretariado (T) ............................195 Secretariado Executivo (B) ..........194 Segurança da Informação (T) ......227 Segurança no Trabalho (T)...........258 Segurança Pública (B/T) ..............101 Serviço Social (B) ..........................175 Silvicultura (T) ..............................265 Sistemas Biomédicos (T)..............239 Sistemas de Informação (B) .........226 Sistemas de Telecomunicações (T) ..................260 Sistemas Elétricos (T) ...................261 Sistemas Embarcados (T) ............244 Sistemas para Internet (T) ...........228 Teatro (B/L) ...................................211 Tecnologia da Informação (BI) ....218 Teologia (B/L) ...............................176 Terapia Ocupacional (B) ..............149 Tradutor e Intérprete (B) ..............177 Transporte (T) ...............................245 Turismo (B) ...................................102 Zootecnia (B) ................................120 GRADUAÇÕES DE A A Z Os cursos organizados em verbetes, por ordem alfabética* 14 GE PROFISSÕES 2016 ESCOLHA DA CARREIRA OS CAMINHOS DA ESCOLHA PROFISSIONAL Definir a carreira ideal depende de você identificar suas características pessoais, analisar sua história de vida e conhecer as opções existentes no mercado C hegou o grande momento! Você, provavelmente, está no final do Ensino Médio ou no cursinho e, depois de pensar muito, enfim, terá que tomar a primeira grande decisão da sua vida. E uma dúvida que sempre aparece nessa hora é: “Será que eu fiz a escolha certa?” Na verdade, não existe uma resposta de antemão para essa questão, pois você só terá uma certeza ao experimentar a sua opção, ou seja, ingressando no curso e, posteriormente, no mercado de trabalho. Mas, para eliminar esse risco, há dois cuidados básicos que você pode tomar: investir no seu autoconhecimen- to e no conhecimento das profissões. “A escolha de um curso e de uma profissão deve ser feita de maneira muito consciente, com uma reflexão profunda sobre quem é você. Definidos esses pontos, resta identificar entre as centenas de profissões existentes aquela que melhor se adequa ao seu estilo e ao que você quer da vida”, diz Maria Stella Sampaio Leite, psicóloga e orientadora profissional da Colmeia, em São Paulo (SP). © RODRIGO MAROJA 15GE PROFISSÕES 2016 arrow Só se conhecendo bem você efe-tivamente identifica suas prefe- rências. Por exemplo, você pode gostar de animais e se preocupar com o bem estar deles. Mas isso não significa que você esteja predestinado a ser médico veterinário. É possível que, por trás desse gosto por animais, exista um in- teresse maior, em causas ambientais ou sociais. Então seu leque de opções se abre para outras profissões, como Ecologia e até Direito. Ninguém se conhece de verdade sem uma análise sincera de sua personali- dade. Veja um roteiro básico do mapa do autoconhecimento: arrow Quais suas características pesso- ais? Neste quesito, vale tudo – o que você considera qualidades e defeitos. É introvertido ou extrovertido? Tem facilidade em se relacionar com os outros, ou se sente mais confortável quieto, sozinho num canto? Prefere passar o tempo em ambientes abertos ou fechados? Tem um espírito aven- tureiro, aberto a novas experiências, ou prefere a rotina? INVISTA NO AUTOCONHECIMENTO arrow Quais os assuntos que mais o atra- em? De novo, vale tudo, dos temas sobre os quais gosta de se informar a hobbies. Assim como nem todo mundo que vai bem em história e geografia precisa ser historiador ou cientista político, nem todos os que tocam numa banda têm perfil para seguir a carreira de músico. arrow Quais as atividades que lhe dão maior prazer? Ler e escrever, pra- ticar esportes, investigar o mundo natural, representar um papel em uma peça ou ajudar as pessoas? arrow Como foi sua vida escolar até en- tão? Analise seu desempenho, lem- bre das disciplinas em que tinha mais facilidade ou dificuldade e considere até o seu comportamento e perfil de estudante (se é líder, como se rela- ciona com professores e colegas etc). arrow O que você “pretende ser quando crescer”? É claro que você já está bem crescidinho, mas a questão diz respeito a seus planos para o futuro. Como você se vê daqui a 20 anos, por exemplo? Como administrador de seu próprio negócio? No comando de uma equipe de marketing, numa grande empresa ou agência de publi- cidade? Num laboratório científico? Num ateliê de arte? Ou numa orga- nização não governamental, defen- dendo uma causa social? arrow Qual o perfil de pessoas com quem gostaria de conviver? Com execu- tivos? Com profissionais que tenham um perfil mais despojado? Que inte- resses essas pessoas poderiam ter? Que ambientes elas frequentam? O que elas gostam de fazer? arrow Vale a pena, também, listar as ati- vidades incompatíveis com sua natureza, aquelas as quais você não se imagina fazendo, de jeito nenhum. Essa definição ajuda a estreitar as op- ções de carreira. Mesmo sem conhe- cer a fundo uma profissão, é possível excluir algumas possibilidades. Se você não gosta de ver sangue, não é aconselhável se dedicar à medicina. Se é introvertido, uma carreira de ator não deve ser a mais indicada. Detalhe: ter interesse por algum tema ou atividade não significa, necessa- riamente, apresentar habilidades ex- cepcionais naquela área. “Habilidade é bom, mas é algo que se desenvolve ao longo do tempo. Até porque, se há motivação, a pessoa vai treinar as habilidades”, diz Maria Stella. 16 GE PROFISSÕES 2016 ESCOLHA DA CARREIRA Passado e influências Para se conhecer bem, não basta lis- tar suas características, num jogo da verdade solitário. É preciso falar com quem também o conhece – a família, os amigos, os professores – e avaliar a visão que eles têm de você. Talvez o que você descreve como senso crítico seja visto por seus amigos como implicância. Ou a ansiedade que você identifica como defeito seja encarada pelos professores como espírito participativo. O impor- tante é não se mascarar, não criar uma imagem fantasiosa de si mesmo. É preciso, também, olhar para o pas- sado e identificar as influências recebi- das ao longo da vida. “O ambiente em que nascemos e crescemos determina os nossos valores”, diz Maria Stella. É assim que uma criança sonha em ser jogador de futebol ou cantora, por ad- miração a seus ídolos, pelo status e pela celebridade. Mas a hora de escolher uma profissão é momento de agir como adulto, de analisar bem esses valores e compará-los com suas característi- cas pessoais e a realidade do mundo. É hora de fazer um balanço sobre as opiniões dos outros e a sua. Não é raro, por exemplo, que um jovem pense em ser advogado porque essa é a profissão tradicional na família, passada de pai para filho. Ou psicólogo, porque tem um temperamento conciliador e com- preensivo. “Essas opções não devem ser descartadas, mas são apenas algumas das possibilidades”, diz Maria Stella. E elas devem ser confrontadas com o seu perfil e um conhecimento mais apro- fundado de cada área de atuação. Tam- bém é preciso ter coragem para quebrar a corrente de modelos que você seguiu até agora e conquistar autonomia com relação a seus pais, amigos e familiares. Futuro e projeto de vida Enfim, a escolha de uma profissão é, fundamentalmente, dar um rumo à vida. “Na verdade, o que devemos fazer nessa hora não é escolher com que queremos trabalhar, simplesmente, mas desenhar um projeto de longo prazo, no qual a profissão está integrada”, diz Regina Sônia Gattas, psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). E isso exige coragem para enfrentar riscos. Mas não é preciso se desesperar. Esta não é uma decisão única e definitiva, para o resto da vida. É apenas uma que você terá de tomar ao longo do tempo. Daqui a quatro ou cinco anos, com o diploma na mão, o mundo do trabalho vai se abrir com grande gama de opções, que vão levá-lo a redefinir a carreira. A própria sociedade está em constante DICAS PRÁTICAS PARA SEU AUTOCONHECIMENTO Pode parecer bobagem, mas vale a pena listar seus interesses e habilidades no papel ou num arquivo. Ao escrever, organizamos as ideias! Então, considere cada um dos pontos abordados na pág. 15. Outra dica é fazer testes de orientação pro- fissional, pois eles ajudam no autoconheci- mento ao propor questões para as quais você terá que pensar sobre seu jeito de ser e suas preferências. Você encontra uma série deles no site do GUIA DO ESTUDANTE. QUANDO É HORA DE PEDIR AJUDA Quando a decisão por uma carreira se transforma numa questão impossível de ser resolvida, uma alternativa é procurar um serviço de orientação profissional. Além das clínicas particulares, os depar- tamentos de psicologia de algumas universidades costumam oferecer esse auxílio – gratuitamente ou a preços simbólicos. Os programas, em geral, incluem entrevistas, testes, dinâmicas de grupo e sessões informativas sobre cursos e profissões. mutação, todo dia surgem novas ne- cessidades e, delas, novas profissões. Além disso, você também está sempre mudando e, em cada etapa, vai enfrentar novos desafios que exigirão que você assuma novos papéis. Um exemplo: você se forma arquiteto pensando em construir belos edifícios residenciais. Um dia, aparece a chance de projetar um hospital. Ora, um hospi- tal deve ser construído levando-se em conta as características do público que por ele circula – pacientes, muitas vezes incapacitados de caminhar, médicos e enfermeiros, que devem ter espaço livre para se locomover com rapidez, além de uma infraestrutura de salas com equipamentos especiais, como os de uma unidade de terapia intensiva (UTI). Para desenhar um hospital, você precisa conhecer esse ambiente e todas as necessidades de seus usuários, não é mesmo? É provável, até, que tenha de voltar à faculdade, num curso de especialização, para entender um pouco de administração hospitalar. Você vai recusar o contrato ou aceitar o desafio? Se aceitar, sua carreira terá dado uma guinada, para um campo que você ja- mais tinha imaginado. Escolher, você sabe, sempre implica um risco. Ao abraçar uma opção, você está abrindo mão de todas as demais. Para minimizar esse risco, não se deve apenas olhar para seu próprio umbigo. É preciso confrontar seus interesses com a realidade que o cerca, a começar pelo conhecimento das profissões existentes. © RODRIGO MAROJA 17GE PROFISSÕES 2016 arrow Existem mais de 200 profissões estabelecidas no mercado. E, em cada uma delas, há uma infinidade de áreas de atuação possíveis. E há muitas fontes para se informar sobre elas: si- tes das instituições, Facebook, Twitter, YouTube, manual do candidato de ves- tibulares e o GUIA DO ESTUDANTE (esta publicação e também o site). Tente conhecer o maior número possível de profissões – o que o profissional faz, quais os diferentes campos de atuação, as portas de acesso e as perspectivas de carreira. E descobrir aquela sobre a qual você quer desenhar o seu papel a desempenhar no mundo. Prós e contras É claro que ninguém espera que você, ainda estudante, conheça a realidade de uma profissão antes de atuar nela. Por isso, é fácil criar fantasias, tipo fo- tógrafos vivem aventuras, físicos fazem grandes descobertas, ou informática vai me transformar num Steve Jobs. Mas é preciso baixar a bola e reduzir os riscos de optar por uma profissão que só existe em sonho. E isso você CONHECIMENTO DOS CURSOS E DAS PROFISSÕES faz mergulhando na rotina diária dos profissionais da área, visitando empre- sas ou ouvindo palestrantes. Observe o ambiente de trabalho e as relações entre colegas – é um clima mais formal ou informal? Qual a dedicação exigida? Os horários são fixos ou maleáveis? É preciso varar madrugadas para cumprir prazos? Coisas assim simples fazem a diferença no dia a dia. Ouvir pessoas com carreira de sucesso para ter uma descrição do trabalho é importante. Mas é bom saber, além do que elas gostam, dos aspectos de que não gostam. Assim, com opiniões positivas e negativas, você tem uma imagem mais realista da área a que pretende se dedicar. E o dinheiro? “Às vezes, alguém me diz que quer trabalhar no que gosta e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro. E para que você quer o dinheiro? A resposta é: para fazer o que eu gosto. Alguma coisa está errada aí”, comenta Marcelo Ribeiro, orientador profissional e professor de Psicologia Social e do Trabalho, da Uni- versidade de São Paulo (USP). Seja como for, o trabalho é seu modo de ganhar o pão de cada dia. A quantas anda o mercado de trabalho da profissão de seu interesse? Quais as perspectivas de remuneração ao longo da carreira? É claro que, até você se formar, a oferta e a procura de profissionais de uma área deverá se alterar consideravelmente. Mas, se conseguir enxergar as tendên- cias do mundo e do Brasil, ficará mais fácil perceber as carreiras que prova- velmente estarão em alta quando você tiver o canudo em mãos. Por exemplo, se você acompanha noticiário, deve saber que o mundo e o Brasil estão envelhe- cendo – é cada vez maior a proporção de pessoas com mais de 60 anos sobre a população total. Ao mesmo tempo, as pessoas vivem cada vez mais. Isso já é uma bússola que indica que carreiras voltadas ao público da terceira idade, como Gerontologia e Fisioterapia, ten- dem a se valorizar. As profissões também estão em cons- tante mutação. “Há poucas décadas, um psicólogo que trabalhasse com recur- sos humanos (RH) tinha como tarefa, fundamentalmente, aplicar testes”, diz PEQUENO ROTEIRO PARA AJUDAR NA SUA ESCOLHA Depois de fazer os exercícios de autoconhe- cimento, o próximo passo é conhecer mais a fundo as profissões. Siga esse passo a passo: arrow Comece lendo a introdução de cada uma das 8 áreas de conhecimento para ver com qual(is) dela(s) você mais se identifica (veja a relação na pág. 63) arrow Leia sobre todos os cursos da(s) sua(s) área(s) de interesse. Vale fazer um “rodí- zio” de leitura com os amigos! arrow Elabore uma lista com as “finalistas”, ten- tando combinar seus traços pessoais com as características de cada profissão arrow Visite faculdades, converse com alunos e perceba o ambiente arrow Procure ir a um local de trabalho e troque ideias com profissionais 18 GE PROFISSÕES 2016 ESCOLHA DA CARREIRA Ribeiro, da USP. Hoje não é mais assim. O psicólogo de RH tem papel maior na gestão das relações entre funcionários e a empresa. Além disso, surgem novos campos de atuação. “Fez psicologia e não quer trabalhar em clínica ou em RH, existe a chance de se dedicar à psicolo- gia animal”, exemplifica Regina Gattas. Além disso, a escolha da profissão você faz antes do vestibular, mas a definição da carreira é feita todo dia, mesmo depois de formado, prestando atenção nas oportunidades, exigências e desafios que surgem. “O graduado tem de sair da faculdade preparado para transitar pelo mercado em diferentes áreas, com abertura”, conclui Gattas. O mundo do trabalho Ingressar no mercado de trabalho pode ser um susto. E você deve estar preparado para isso – para realizar ta- refas diferentes daquelas dos estudos e para estabelecer um novo tipo de relação interpessoal, uma relação profissional, em que colega é colega e chefia é chefia. Terá de comparecer a reuniões chatas, trabalhar em equipe e ser tolerante com colegas. Como em qualquer relação, você terá de se adaptar a horários, verá suas ideias serem rejeitadas, ouvirá crí- ticas e terá de aprender a fazer as coisas de um jeito que não é exatamente o seu. Cada realidade profissional tem suas regras. “Não existe a profissão ideal, que coincida com todos seus interesses, aquela em que tudo é prazer”, diz a psicóloga Maria Stella. “É preciso estar preparado para suportar frustrações e lidar com conflitos.” As tarefas também poderão assustar. Pode até não parecer, mas tudo o que você aprendeu na faculdade será exi- gido de você, não na forma como era pedido em provas e trabalhos escola- res, mas como ferramenta para outras tarefas, inéditas para você. Mais do que isso, tudo o que você aprendeu ao longo da vida – mesmo que tenha sido um mero hobby – contará. Em alguns anos, quando você olhar para trás, re- conhecerá na carreira elementos que aparentemente tinha deixado de lado. O curso e a faculdade Faz parte da escolha da profissão a definição do curso. E todo curso tem disciplinas de que você gostará mais, outras, menos. Informe-se sobre a grade curricular: do que trata, exatamente, cada disciplina? Como são as aulas – práticas ou teóricas? Assim como quando se escolhe uma profissão, escolher um curso é escolher um ambiente, frequentado por deter- minado tipo de pessoas. “Até a região em que a faculdade está faz diferença”, afirma Marcelo Ribeiro. Vale a pensa considerar, também, se você tem o perfil para o tipo de gra- duação que pretende fazer. Algumas pessoas que têm menos prazer com os estudos se dariam melhor num curso de tecnologia, mais curto e mais prático do que um bacharelado. Uma dica final: não caia na armadilha de escolher um curso mais generalis- ta, como administração, pensando que abrirá as portas do trabalho em qualquer lugar. Se você não tiver motivação para o tema, não terá como seguir carreira. “Mudanças são sempre possíveis, é cla- ro”, diz Regina Gattas. “Mas o processo de escolha consciente pretende, justa- mente, reduzir ao mínimo esse risco, que custa tempo, dinheiro e frustração.” box FEIRA DO GUIA DO ESTUDANTE É OPORTUNIDADE PARA CONHECER CURSOS E INSTITUIÇÕES Em 2015, a Feira do GUIA DO ESTUDANTE completou dez anos como o maior evento do país sobre cursos superiores, faculdades, profissões e mercado de trabalho. Durante três dias e em um só espaço, é possível en- trar em contato com as instituições de Ensi- no Superior expositoras, assistir palestras com profissionais e personalidades sobre suas trajetórias e experiências, realizar tes- tes vocacionais e simulados e participar de gincanas e games. Onde e quando: em 2015, ela ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de agosto, no Pavilhão Ama- relo do Expo Center Norte, em São Paulo (SP). Acompanhe as notícias sobre o evento no site www.feiraguiadoestudante.com.br INSTRUMENTO DE AUTOCONHECIMENTO Entre as inúmeras atrações da Feira do GUIA DO ESTUDANTE, os visitantes podem fazer testes de orientação profissional FL A V IO S A N TA N A 20 GE PROFISSÕES 2016 ESCOLHA DA ESCOLA P ronto, você escolheu a pro-fissão que deseja seguir e o curso universitário que vai prepará-lo para isso. É chega- da, portanto, a hora de definir a escola. Você provavelmente conhece, ao me- nos por nome, algumas das faculdades e universidades com os cursos mais conceituados no Brasil. Ainda assim, terá de optar por apenas uma escola, a mais adequada para você – ou seja, a que lhe garanta um estudo de qualidade, num ambiente agradável e que não imponha sacrifícios financeiros e de tempo impossíveis de cumprir. Nessa reportagem, você confere dicas importantes para fazer, você mesmo, a avaliação das suas escolas candidatas. Os critérios incluem aspectos oficiais, entre eles o registro da instituição no Ministério da Educação (MEC), e prefe- rências pessoais, como a sua percepção do ambiente, por exemplo. 1. Autorização do MEC A principal precaução ao escolher uma escola é saber se ela é credenciada pelo Ministério da Educação para oferecer Educação Superior. A checagem seguinte deve ser em relação ao reconhecimento do curso, que ocorre quando a primeira turma atinge entre 50% e 75% da carga horária prevista. O reconhecimento é condição necessária para a validade dos diplomas e ele deve ser renovado perio- dicamente. Confira esses dados no site http://emec.mec.gov.br. 2. Professores qualificados Um ensino de primeira depende de professores dedicados e titulados. Mestres e doutores, por exemplo, estão sempre envolvidos em projetos de pes- quisa e por dentro dos avanços na área. A experiência dos docentes no mercado de trabalho é outro fator a considerar. Muitas instituições disponibilizam o perfil e o currículo dos professores em seus sites. Outra opção é perguntar na instituição os nomes dos principais docentes (e do coordenador do curso) e verificar, por exemplo, se seus currí- culos fazem parte da plataforma Lattes (lattes.cnpq.br), um importante banco de dados de docentes e pesquisadores. 3. Instalações físicas Vale uma visita para conhecer a infraes- trutura da instituição, da sala de aula à bi- blioteca. É importante verificar condições básicas, como conforto, limpeza e ilumi- nação, acesso a computadores conectados à internet e disponibilidade dos laborató- rios e equipamentos. Conforme o curso, tornam-se indispensáveis plantas-piloto (área de engenharia), clínicas-escolas (área de saúde), empresas juniores (área de administração, direito e engenharia), ateliês (área de moda e artes) e estúdios (área de artes e comunicação). São muitas as opções de instituições de Ensino Superior. Escolher a de melhor qualidade e que mais atende às suas aspirações requer cuidado com alguns detalhes A FACULDADE CERTA PARA VOCÊ © RODRIGO MAROJA 21GE PROFISSÕES 2016 4. Distância de casa Estudar na melhor universidade da cidade, mas que fica muito distante de sua residência, vai implicar um gasto de tempo maior no trânsito. Por isso, verifique as opções disponíveis de transporte público e quanto isso vai pesar no seu orçamento. Se a fa- culdade for em outro município – o que vai exigir que você se mude para lá –, é fundamental descobrir também quanto vai gastar com moradia, no caso de a universidade que você escolheu não oferecer alojamento estudantil. Outras despesas, como transporte e alimentação, também devem ser leva- das em conta. 5. Valor da mensalidade Se você planeja estudar em uma fa- culdade privada, procure saber o valor da mensalidade e se a instituição ofe- rece a seus alunos bolsas de estudo. Também é importante checar se ela participa do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 6. Sua percepção Por fim, nada melhor do que visitar a escola para balizar melhor a sua esco- lha. Além de sentir o clima, conhecer o estado dos laboratórios e de outras instalações, você pode conversar com os alunos. Não deixe de perguntar o que eles acham do curso, as experiên- cias que têm, o que a escola oferece de melhor e quais suas carências. CHECK-LIST ESPERTO Alguns itens são importantes indicadores das condições que a escola oferece para a sua formação. Confira se eles estão presentes na instituição que você escolheu. arrow Pós-graduação: em geral, os estudos desenvolvidos na pós são compartilhados com os alunos da graduação, o que eleva a qualidade do ensino. arrow Bolsas para iniciação científica: uma oportunidade para o estudante se integrar a projetos de pesquisa e estar por dentro das novidades da área. arrow Convênios para intercâmbio: além da experiência internacional, que valoriza muito o currículo, o aluno cursa disciplinas na universidade estrangeira. arrow Programas de estágio: os estudantes complementam a sua formação ao colocar em prática os conhecimentos adquiridos. arrow Atividades de extensão: por meio de projetos voltados à comunidade, os alunos conhecem melhor o dia a dia e os desafios da profissão. arrow Inovação e empreendedorismo: dois temas que estão na pauta da educação do século XXI. Saem na frente as instituições que têm iniciativas ou disciplinas relacionadas a esses assuntos. ESCOLA NOTA DEZ Você pode contar com avaliações e indicadores diversos para investigar a qualidade de uma instituição e de seus cursos. Confira e compare-os. arrow Avaliação do Guia do Estudante (GE): É uma pesquisa de opinião realizada com professores e coordenadores de curso. Classifica os cursos como excelente (cinco estrelas), muito bom (quatro estrelas) e bom (três estrelas) (veja mais na pág. 36). arrow Enade: O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, do MEC, é feito pelos concluintes do curso. A cada ano, um grupo de graduações é avaliado e recebe conceitos que vão de 1 a 5. arrow CPC: O Conceito Preliminar de Curso oferece um raio X da graduação ao considerar o desempenho dos estudantes (Enade), a infraestrutura, os recursos didático-pedagógicos e o corpo docente. Também é apresentado numa escala de 1 a 5 (veja mais na pág. 34). arrow IGC: O Índice Geral de Cursos, do MEC, avalia a instituição como um todo, considerando os cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu. É apresentado em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Consulte o Enade, o CPC e o IGC no link http://portal.inep.gov.br/educacao- superior/indicadores ESPECIAL CENTRO OESTE As páginas a seguir trazem informações específicas sobre a sua região para você fazer as melhores escolhas UNIVERSIDADES CONFIRA O PERFIL DAS MAIORES INSTITUIÇÕES DOS QUATRO ESTADOS QUE COMPÕEM O CENTRO-OESTE MELHORES CURSOS CONHEÇA ALGUMAS DAS GRADUAÇÕES MAIS BEM AVALIADAS DA REGIÃO ESCOLHA PROFISSIONAL UMA LISTA DE INSTITUIÇÕES QUE OFERECEM ORIENTAÇÃO VOCACIONAL MERCADO DE TRABALHO OS SETORES MAIS PROMISSORES E AS PROFISSÕES RELACIONADAS A ELES ILUSTRAÇÃO: JULIANO AUGUSTO/45JJ 2 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE MERCADO DE TRABALHO A TERRA DO AGRONEGÓCIO Motores da economia regional, o campo e as indústrias associadas a ele apresentam boas chances de empregabilidade C om o maior rebanho bovino do país e papel de destaque na produção e na exportação de algodão, cana-de-açúcar, feijão, frango, milho e soja, o Centro- Oeste continua oferecendo boas opor- tunidades de trabalho para formados em Agronomia, Engenharia Agrícola, Medicina Veterinária e Zootecnia. O agronegócio, que sempre foi o motor da região, é um dos principais respon- sáveis por esses resultados. Goiás foi o estado que mais criou vagas de emprego formal entre janeiro e junho de 2015, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego. Na quarta posição do ranking está o Mato Grosso. “A indústria ligada ao agronegócio mantém o bom desempenho, com des- taque para a área de vendas técnicas”, diz Dilze Percilio, presidente da dire- toria executiva da seccional de Goiás da Associação Brasileira de Recursos Humanos. Fabricação de máquinas e de equipamentos agrícolas, produção de rações e os segmentos farmacêutico e de alimentos também se mantêm estáveis. Isso se traduz em vagas para adminis- tradores, especialistas em Logística e Marketing, engenheiros ambientais e de produção, economistas, contadores, psicólogos e tecnólogos em Gestão de Recursos Humanos. Uma prova dessa oferta de vagas é que a região continua atraindo pro- fissionais oriundos de todo o país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia MERCADO AQUECIDO Um dos destaques da economia de Goiás é a produção de medicamentos D IV U LG A Ç Ã O 3GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL é, juntamente com Brasília, a capital do país que mais atrai migrantes. O setor de Tecnologia da Informação, especialmente forte no Distrito Fede- ral, é outro que continua contratan- do bacharéis e tecnólogos. Para quem acabou de se graduar em Ciência da Computação, Engenharia da Compu- tação, Sistemas de Informação e para os tecnólogos na área, como Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão da Tecnologia da Informação, Redes de Computadores, Segurança da Informa- ção e Sistemas para Internet, há vagas. Agronegócio e indústria Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já são conhecidos como celeiros do Bra- sil e tradicionalmente empregam, em fazendas e cooperativas, engenheiros agrônomos e agrícolas, veterinários e zootecnistas, além de graduados em cursos voltados à gestão de agrone- gócios. Agora é a vez de as empresas familiares de Goiás viverem seu impor- tante momento de profissionalização. Isso tem ampliado o número de vagas e incentivado cada vez mais profissionais qualificados de outras partes do país a se mudarem para o estado. Há também oportunidades para formados em Comércio Exterior e Relações Internacionais, que são re- quisitados para lidar com questões im- portantes, como legislação aduaneira. Fábricas de equipamentos agrícolas, ração, fertilizantes e medicamentos ve- terinários da região contratam ainda bacharéis e tecnólogos das áreas técnicas do agronegócio para atuar com vendas. A indústria de alimentos e bebidas local recruta engenheiros e tecnólogos em Alimentos e engenheiros químicos para atuar especialmente no controle de qualidade. Em Aparecida de Goiânia, em Goiás, fica a maior planta da Pepsico do mundo e, em Goiânia, a JBS Friboi. Em Lucas do Rio Verde, no Mato Gros- so, está a maior unidade da América Latina da BRFoods. Em Jataí, em Goiás, será instalada nos próximos anos uma nova fábrica de refrigerantes e uma pro- dutora de ovos. As marcas regionais de alimentos também encontram espaço, especialmente entre as classes B e C. “O setor farmacêutico é forte em Goi- ás”, diz Leonardo Massuda, sócio-di- retor da Asap Recruiters, em Goiás. Há vagas para jovens biólogos, biomédicos, engenheiros químicos e farmacêuticos. O destaque é a cidade de Anápolis, que reúne um polo de 39 empresas. Entre elas, estão Teuto, Geolab e Neo Química. No setor de cosméticos, há fábricas da Hypermarcas em Anápolis, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia. A cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, tradicional sede da in- dústria de celulose, deve receber inves- timentos em cinco projetos industriais, o que garante boas perspectivas nas áreas de produção de celulose e fabri- cação de cimento e de latas. Boa notícia para engenheiros químicos, químicos e tecnólogos em Papel e Celulose e Pro- cessos Químicos. Maior produtor nacional de algodão, o estado do Mato Grosso anunciou que busca investimentos para avançar tam- bém na indústria têxtil. Atualmente, o maior entrave para que esse setor deslanche são questões associadas à área de logística. Energia e combustíveis Um dos braços da indústria de ener- gia que mais crescem no país atual- mente é o da bioeletricidade, ou seja, a eletricidade gerada pela queima de biomassa (resíduos agrícolas, como o bagaço de cana, por exemplo). Em 2014, ela representou mais de 4% do consumo nacional de eletricidade, com picos de 7% nos períodos de seca. O Mato Grosso do Sul, onde atuam grandes grupos, como Cosan e Biosev, é o ter- ceiro maior gerador do Brasil. Isso abre chances para a atuação de engenhei- ros de energia, engenheiros elétricos e tecnólogos em Sistemas Elétricos e Energias Renováveis. No segmento de hidrelétricas, a en- trada em funcionamento, em 2015, da Teles Pires, no Mato Grosso, deve atrair RIQUEZA NO CAMPO As grandes fazendas de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul respondem pela maior parte da produção agrícola do país A área de Tecnologia da Informação é forte no Distrito Federal. Em Goiás, destaque para a indústria de alimentos C R IS TI A N O M A R IZ 4 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE novos investidores para a região e, por consequência, aumentar a oferta de em- prego. Boas chances, portanto, para en- genheiros civis, eletricistas, industriais, ambientais, de segurança do trabalho e de produção, além de pessoal espe- cializado em Administração, Logística, Marketing e Gestão. No município de Rio Verde, em Goiás, está localizada a NexSteppe, startup americana especializada no desenvol- vimento de sementes para a produção de biocombustíveis. Recém-inaugurado em Rondonópolis, no Mato Grosso, o terminal de armazenagem e distribui- ção de combustíveis da Raízen ( joint ventre entre Shell e Cosan) gera em- pregos especialmente para tecnólogos em Biocombustíveis. Tecnologia da Informação O Distrito Federal tem o terceiro maior mercado de TI do país (estima- se que movimente R$ 5 bilhões por ano), muito em função da informatiza- ção de serviços e processos dos órgãos públicos. Mais de 600 empresas do segmento, incluindo grandes nomes como Capgemini, Cisco Systems, IBM, Microsoft e Oracle, contam com escri- tórios na capital. E a cidade continua atraindo novos negócios. No final de 2014, a empresa catarinen- se Teltec Solutions, voltada a soluções de tecnologia, inaugurou uma filial. A expectativa é que o Parque Tecnológico Cidade Digital amplie ainda mais as contratações. “A área mais aquecida é a de pesquisa e desenvolvimento de novos softwares e produtos”, diz a psi- cóloga Rita Brum, sócia-diretora da Rhaiz RH, em Brasília. Atualmente, profissionais de Tecno- logia da Informação qualificados, como engenheiros eletrônicos, de telecomu- nicações e de computação, analistas de sistema e tecnólogos em redes de computadores, encontram vagas com bons salários. Para esses profissionais, há oportuni- dades ainda nas empresas e indústrias do estado de Goiás. Por ali ganha im- portância também a área de marketing digital, aumentando as chances não só para profissionais de tecnologia como também para designers gráficos. Turismo e construção civil O ecoturismo e atividades como trilhas, exploração de cavernas e es- caladas são o destaque dos estados do Centro-Oeste, especialmente Mato Grosso, que concentra os biomas Cer- rado, Pantanal e Amazônia, e Mato Grosso do Sul. Para ter uma ideia do potencial da região, em 2014, o núme- ro de turistas estrangeiros que visi- taram o Mato Grosso do Sul cresceu 50% em relação ao ano anterior. Isso aquece o mercado de trabalho para profissionais de Turismo, Hotelaria e Gastronomia em agências de viagem, bares, restaurantes, hotéis, transporte e planejamento. Em Goiás, o município de Caldas Novas é famoso pelas águas termais e concentra uma grande quantidade de hotéis. Mas o turismo de negócios está cada vez mais fortalecido. A inau- guração do Centro de Convenções de Anápolis, o maior do Centro-Oeste, promete aumentar o numero de feiras e congressos e, consequentemente, o fluxo de visitantes. Com isso, deve ser aquecida a demanda por administra- dores, graduados em Marketing e tra- dutores e intérpretes para garantir a infraestrutura dos serviços. Na área da construção civil, um setor ainda com fôlego nos quatro estados da região é o da construção de prédios e residências de luxo, que atualmente concentra as oportunidades para arqui- tetos, engenheiros civis, eletricistas e de segurança no trabalho. box ECOTURISMO EM ALTA A região de Bonito (MS) é um importante polo de turismo, atividade econômica com peso na região O setor de turismo está cada vez mais fortalecido na região, ampliando a procura por formados na área E LA IN E IA N IC E LL I 6 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE MELHORES CURSOS NO CAMPO E NA INDÚSTRIA Os cursos mais bem avaliados formam profissionais para setores importantes da economia regional O agronegócio é o carro-chefe da economia do Centro- Oeste. Por isso, não sur-preende que a região se destaque pela existência de cursos de primeira de Agronomia, Engenharia de Alimentos e Zootecnia, especialmente em Mato Grosso do Sul e Goiás. Esse estado abriga também um dos mais tradicionais e conceituados bacharela- dos em Farmácia do país, que acaba de completar 70 anos. E vale, ainda, men- cionar a graduação em Engenharia de Energia, ofertada em Brasília, a primeira do gênero na região. Confira a seguir os melhores cursos do Centro-Oeste, segundo a Avaliação de Cursos Supe- riores do GUIA DO ESTUDANTE 2015. AULAS EM CAMPO Estudantes de Agronomia da UnB desenvolvem atividades didáticas na fazenda-escola AGRONOMIA UnB O curso de Agronomia da Univer- sidade de Brasília (UnB) completa 50 anos em 2015. A presença estratégica da graduação na capital nacional, onde importantes decisões relativas ao setor agropecuário são tomadas, é, para o co- ordenador Everaldo Anastacio Pereira, um de seus atrativos. “A proximidade com órgãos públicos relevantes dos setores agrícola e de produção animal abre boas oportunidades para nossos engenheiros agrônomos, que podem atuar como formuladores e executores de políticas públicas voltadas a este mercado”, diz Pereira. O curso da UnB também se destaca por sua infraestrutura, composta de uma fazenda-modelo e uma ampla rede de laboratórios (de sementes, adubos, quí- mica e física do solo e nutrição animal, entre outros), onde os alunos podem re- alizar estudos, atividades práticas e pes- quisas. O bacharelado também participa de um programa de intercâmbio com países do Mercosul, que prevê o envio de cinco alunos por semestre para uma temporada de estudos em universidades da Argentina, do Chile, do Uruguai, da Bolívia e do Paraguai. ENGENHARIA DE ALIMENTOS UFG Além de ser o celeiro nacional, o Cen- tro-Oeste também abriga um importante parque industrial alimentício. Não por acaso, a Universidade Federal de Goiás (UFG) tem um dos melhores cursos de Engenharia de Alimentos do país, focado na formação de profissionais que aten- dam a demanda das indústrias da região. A graduação é dividida em duas etapas (básica e profissionalizante) e dá ênfase às disciplinas práticas, que representam 40% da grade curricular. A maior parte dessas atividades é desenvolvida em la- boratórios, como os de processamentos de alimentos, de embalagens e de apro- veitamento de resíduos e subprodutos. Os estudantes podem pôr em prática o conhecimento aprendido na empresa júnior da escola, que presta consultoria a pequenos e médios empreendimentos. “Nosso objetivo é aproximar os alunos do mercado e, ao mesmo tempo, dividir com o setor privado os conhecimentos gerados na UFG”, explica a coordenadora Adriana Régia Cornélio. Atividades de pesquisa e extensão são feitas em parceria com instituições nacionais e internacionais, como a Universidade de Salamanca e o Instituto de Agroquimica y Tecnologia de Alimentos, ambos na Espanha. D IV U LG A Ç Ã O 7GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ENGENHARIA DE ENERGIA UnB Único do gênero na região, o curso de Engenharia de Energia da Universidade de Brasília (UnB) foi criado em 2008 e é ministrado no campus Gama, que concentra graduações da área de tec- nologia. A forte carga teórica é uma de suas marcas. Nem por isso, a prática fica de fora, como explica a coordenadora Juliana Petrocchi. “Para complementar a formação, os estudantes devem fazer estágio obrigatório em empresas do setor”, diz ela. “Temos também disci- plinas laboratoriais em que os alunos aprendem a fazer de desenhos técnicos até simulações de sistemas energéticos complexos”, conta. As atividades de pesquisa na área de energia são realizadas de forma mul- tidisciplinar, em conjunto com alunos dos demais cursos do campus, como engenheiros eletrônicos, aeroespaciais e de software. O curso tem convênio de intercâmbio com universidades france- sas e conta com uma empresa júnior, que presta consultoria energética para órgãos públicos da capital federal. FARMÁCIA UFG As carreiras da área da saúde são es- senciais em qualquer região do país. No Centro-Oeste, o curso de Farmá- cia da Universidade Federal de Goiás (UFG), que completou 70 anos em 2015, se destaca dos demais. Desde cedo, os estudantes são estimulados a pôr em prática nos laboratórios da escola e na farmácia universitária os conhecimentos aprendidos em sala de aula. Ao longo da graduação, para conhecer a profissão de perto, eles devem estagiar em unidades básicas de saúde, farmácias hospitalares e equipes multiprofissionais do Progra- ma Saúde da Família. A escola tem convênios com indústrias farmacêuticas, de cosméticos e alimen- tos para o desenvolvimento de pesquisas. “A fim de preparar os estudantes para o mercado de trabalho, promovemos pa- lestras de profissionais dessas empresas que, geralmente, recebem nossos alunos para o estágio de final do curso”, conta a coordenadora Telma Alves Garcia. ZOOTECNIA UFMS O Mato Grosso do Sul concentra um dos maiores rebanhos bovinos do país, o que dá uma dimensão da importância do profissional dessa área. Muitos des- ses especialistas são formados no curso de Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), um dos melhores da modalidade no país. A prática dos alunos começa no primeiro semestre, quando cursam disciplinas que envolvem aulas em laboratório e manejo de animais na fazenda-escola. Além disso, os estudantes têm a opor- tunidade de estar em contato com o dia a dia da profissão desenvolvendo atividades em propriedades rurais e na empresa júnior da faculdade, que presta consultoria a produtores da região. Para preparar os formandos para o mundo do trabalho, o curso promove eventos de recrutamento e feiras de trai- nee. Neles, empresas do setor indicam o perfil ideal do profissional e realizam palestras sobre programas de estágio. A faculdade também sedia o Encontro sobre Zootecnia do Mato Grosso do Sul, onde universitários, professores e profissionais debatem a realidade do setor. Outro destaque da graduação são os projetos de extensão, como o Viva Ovi- nocultura Mulher, que oferece cursos de capacitação para mulheres que trabalham com a criação de ovelhas. “Iniciativas como essa contribuem para a geração de trabalho e renda em comunidades rurais e, ao mesmo tempo, para o incremento da produção”, diz a coordenadora Karina Márcia Ribeiro de Souza. UCDB O curso de Zootecnia da Universida- de Católica Dom Bosco (UCDB) está passando por uma reformulação e irá agregar ao curículo temas atuais liga- dos à carreira. “Um exemplo disso é a nova disciplina Conservação de Solo e Água, que aborda temas importantes num momento em que o mundo todo fala em sustentabilidade”, destaca a coordenadora Milena Wolff Ferreira. A instituição tem laboratórios de nu- trição animal, de análise de alimentos e de solo, de tecnologia de carne e de leite. As aulas práticas ocorrem na fazenda- escola, que tem criações de peixes, ove- lhas e gado. Em parceria com a Embrapa Gado de Corte, a faculdade faz pesquisa e promove cursos para complementar a formação dos estudantes. Há ainda parcerias com o setor privado para vi- sitas técnicas a indústrias de laticínios, frigoríficos e propriedades de produção animal da região. � MÃO NA MASSA No curso de Zootecnia da UCDB, os alunos têm aulas práticas desde cedo D IV U LG A Ç Ã O 8 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE UNIVERSIDADES INOVAÇÃO NA SALA DE AULA As maiores universidades da região investem em novas metodologias de ensino a fim de capacitar seus alunos para a realidade do trabalho As principais instituições de Ensino Superior da Região Centro-Oeste adotam meto-dologias inovadoras na sala de aula e buscam facilitar a inserção de seus alunos no mercado de trabalho. Progra- mas de extensão e projetos de pesquisa, especialmente aqueles voltados às áreas de Meio Ambiente e Saúde, reforçam a integração com as comunidades nas quais estão inseridas. A internacionaliza- ção, por meio de intercâmbios realizados por convênios ou pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, é cada vez mais incentivada. Nesta reportagem, traçamos o perfil das oito maiores universidades da região, sendo uma pública e uma privada de cada estado. O critério usado foi o nú- mero de alunos na graduação presencial, segundo o Censo da Educação Superior 2013 do Ministério da Educação (MEC). Conheça, a seguir, as principais carac- terísticas de cada uma delas. DISTRITO FEDERAL UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (UCB) A fim de estimular práticas inovadoras e empreendedoras de seus estudantes, a UCB planeja revisar sua estrutura or- ganizacional em 2016. “Os projetos dos cursos serão revitalizados para incorpo- rar as novas tendências de mercado”, diz o pró-reitor acadêmico Daniel Rey de Carvalho. Segundo ele, a preparação dos estudantes para o mundo do trabalho começa cedo na universidade. “Desde o início, nossos cursos criam as condições para que o jovem desenvolva habilida- des e competências valorizadas pelo mercado, como iniciativa, criatividade, determinação e vontade de aprender”, conta o pró-reitor. Práticas inovadoras Um exemplo desse esforço foi a cria- ção, em 2014, da Agência de Inovação e Empreendedorismo, cujo objetivo é fomentar um ambiente de difusão de práticas inovadoras e articular parcerias com o governo e o setor privado. Outra iniciativa nesse sentido é a incubadora tecnológica de empresas, cuja missão é apoiar o desenvolvimento de micro e pequenos negócios. Internacionalização Um aspecto valorizado na UCB é a ex- periência internacional de seus estudan- tes. Nos últimos cinco anos, 200 alunos fizeram parte de seus estudos no exterior graças a programas patrocinados pela instituição ou a parcerias com o governo federal, como o Ciência sem Fronteiras, com organismos internacionais, como o Universitários Mercosul, e com entidades privadas, como o Programa Santander Universidades, do Banco Santander. O vestibular da universidade é semes- tral. A instituição adota a nota do Enem apenas para vagas remanescentes. A UCB é credenciada no Fies e no Prouni e facilita o ingresso dos candidatos por meio da oferta de bolsa. A UCB EM RESUMO Fundação: 1974 Campus: Taguatinga e Brasília Cursos de graduação: 38 Alunos da graduação: 16.818 Professores da graduação: 764 (46% mestres; 26% doutores) FOCO NO MERCADO Alunos em sala de aula da Universidade Católica de Brasília (UCB), que vai modernizar sua estrutura em 2016 D IV U LG A Ç Ã O 10 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) Inaugurada em 1962, apenas dois anos após a fundação de Brasília, a UnB é reconhecida pelo ensino de excelência. A maioria de seus cursos é avaliada pelo Ministério da Educação (MEC) com as notas 4 e 5, em uma escala que vai de 1 a 5. O conceito considera o desempe- nho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a titulação dos professores, os recursos didático-pedagógicos e a infraestrutura. Intercâmbio A universidade incentiva o inter- câmbio internacional de seus alunos e é a instituição de Ensino Superior brasileira com o terceiro maior número de alunos no Ciência sem Fronteiras. No total, 2.676 estudantes da UnB já participaram do programa. Programas de estágio Para facilitar o ingresso dos estudan- tes no mercado de trabalho, a UnB tem convênios com empresas e órgãos públi- cos de Brasília para estágio em diversas áreas. Já o Centro de Apoio ao Desenvol- vimento Tecnológico oferece disciplinas de empreendedorismo e conta com uma incubadora de empresas. O vestibular ocorre duas vezes por ano. No primeiro semestre, metade das vagas é distribuída pelo Sisu e o restante pelo programa de avaliação seriada. Pelo sistema, o aluno faz uma prova ao término de cada um dos três anos do Ensino Médio e concorre a uma vaga com a média das notas obtidas. No segundo semestre, o ingresso se dá por provas e redação. A partir de 2016, metade das vagas será destinada a estudantes da rede pública. A UNB EM RESUMO Fundação: 1962 Campi: Brasília, Ceilândia, Gama e Planaltina Cursos de graduação: 101 Alunos da graduação: 29.837 Professores da graduação: 2.234 (11% mestres; 89% doutores) GOIÁS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS) Criada em 1959, a PUC Goiás tem dois destaques para 2016. O primeiro é o término da implantação de uma nova forma de organização acadêmica e administrativa, batizada de Escolas, que irá estimular a integração entre os cursos, favorecendo a interdisciplina- ridade e a inovação. Centro de Convenções A segunda novidade é o início das operações do novo Centro de Conven- ções, com um teatro para 2,6 mil pesso- as. “Com uma estrutura moderna, ele irá viabilizar um intenso calendário de eventos científicos, técnicos e culturais”, diz o reitor, Wolmir Therezio Amado. Atividades práticas A preparação dos alunos para a rea- lidade do trabalho começa cedo. Des- de os primeiros anos da graduação, os estudantes participam de atividades práticas, que simulam situações reais de mercado. A universidade aposta em parcerias com empresas e agências pú- blicas para viabilizar estágios. No campo da internacionalização, a PUC Goiás mantém convênios com 48 universidades de 16 países. Busca também ampliar a cooperação com agências de fomento para viabilizar a cooperação internacional de professo- res, pesquisadores e estudantes. Novos alunos O processo seletivo é semestral e há diferentes sistemas de ingresso: ves- tibular, nota do Enem (exceto para Medicina) e vestibular social. Este úl- timo é destinado a alunos de escola pública e que vivem em condições de vulnerabilidade. Uma vez aprovado, o estudante recebe bolsa de 50% do valor da mensalidade. A instituição participa do ProUni e do Fies. A PUC GOIÁS EM RESUMO Fundação: 1959 Campi: Goiânia (7) Cursos de graduação: 43 Alunos da graduação: 25.674 Professores da graduação: 1.673 (55% mestres; 19% doutores) UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) A UFG passa por um processo de expansão, que culminou com a inaugu- ração, em 2015, de seu sexto campus, em Aparecida de Goiânia. A nova unidade oferece graduações em Engenharia de Produção, Engenharia de Transportes e Geologia. Outro campus, em Cidade Ocidental, no entorno de Brasília, está em processo de implantação. INTERNACIONALIZAÇÃO A Universidade de Brasília (UnB) mandou cerca de 2,6 mil alunos para o exterior por meio do programa Ciência sem Fronteiras JU LI O M IN A SI /U N B _A G E N C IA 12 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE O currículo dos cursos da univerisdade contam com várias disciplinas voltadas à orientação profissional e ao empreen- dedorismo. “O estágio curricular faz um importante elo entre a universidade e o mundo do trabalho”, diz o pró-reitor de graduação Luiz Mello de Almeida Neto. A universidade mantém acordos de estágio com mais de 1,3 mil parceiros e convênios de intercâmbio acadêmico com 103 ins- tituições estrangeiras de ensino. Apoio à inovação A UFG incentiva a inovação por meio de projetos como o Escritório de Pro- priedade Intelectual e Transferência de Tecnologias, o Programa de Incubado- ras de Empresas de Base Tecnológica, o Programa de Empresa Júnior, o Parque Tecnológico Samambaia e o Centro Regional para o Desenvolvimento Tec- nológico e Inovação. Novos alunos O ingresso se dá por meio do Sisu. Em 2016, metade das vagas será destinada a alunos de escola pública. São reservadas ainda duas vagas para alunos indígenas e quilombolas em cada curso. A UFG EM RESUMO Fundação: 1960 Campi: Goiânia (2), Catalão, Goiás, Jataí e Aparecida de Goiânia Cursos de graduação: 142 Alunos da graduação: 22.563 Professores da graduação: 2.380 (25% mestres; 70% doutores) MATO GROSSO UNIVERSIDADE DE CUIABÁ (UNIC) Primeira universidade privada do estado, a Unic implantou no segundo semestre de 2015 um novo modelo aca- dêmico, que instiga o estudante a buscar respostas e soluções para problemas. A proposta estimula o raciocínio lógico, a criatividade e a reflexão, respeitando a individualidade, o trabalho em equipe e as relações interpessoais. Cursos de destaque A escola tem cursos de referência nas áreas de Saúde, como o de Medicina Veterinária, de Humanidades, como o de Psicologia, e de Ciências Sociais Aplica- das, como os de Direito e Publicidade e Propaganda. Nas engenharias, despon- tam as graduações em Civil, Elétrica, Mecânica, Ambiental e de Produção. Portal de empregabilidade Para facilitar o ingresso dos alunos no mercado, a Unic participa do Canal Conecta, um portal de empregabilidade onde empresas anunciam vagas de traba- lho. A instituição também mantém par- ceria com Instituto Evaldo Lodi (IEL) e com o Centro de Integração Empresa Escola (Ciee) a fim de proporcionar es- tágios a seus estudantes. O vestibular é semestral. O candidato pode usar a nota do Enem, em substi- tuição ao vestibular. A Unic participa do ProUni e do Fies. Oferece ainda possibili- dade de parcelamento do valor do curso. A UNIC EM RESUMO Fundação: 1988 Campi: Cuiabá (3), Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Sorriso e Várzea Grande Cursos de graduação: 36 Alunos da graduação: cerca de 40.000 Professores da graduação: 800 (42% entre mestres e doutores) UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) A localização geográfica da UFMT, na confluência de três importantes bio- mas (Amazônia, Cerrado e Pantanal), determina uma característica própria de seus cursos e núcleos de pesquisa. A questão ambiental é um dos pontos fortes da instituição. Projetos desen- volvidos nas áreas de Humanas, Social, Biológicas, Agrárias e Exatas têm pre- ocupação com o meio ambiente. Outro foco é o estudo de doenças tropicais. O desenvolvimento agrícola também é uma vocação importante da univer- sidade. Os cinco campi espalhados pelo estado, que é o maior produtor de grãos e de gado do país, oferecem vários cursos relacionados à área, como Agronomia e Zootecnia. Novo campus Novidades para 2016 serão a inaugu- ração do novo Hospital Universitário, em Cuiabá, e a abertura do campus de Várzea Grande – o sexto da institui- ção. Enquanto essa unidade segue em construção, os cursos de Engenharia de Computação, de Minas, de Química, de Transporte e de Controle e Automa- ção, que serão ministrados no local, já iniciaram suas turmas, que funcionam provisoriamente em Cuiabá. A UFMT estimula o intercâmbio de estudantes e pesquisadores e possui acordos de colaboração com cerca de 50 instituições dos cinco continentes. ENSINO DE REFERÊNCIA Primeira universidade privada do Mato Grosso, a Unic tem graduações conceituadas, como as de Medicina, Psicologia e Direito D IV U LG A Ç Ã O 14 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE O acesso à universidade se dá por meio do Sisu, com 50% das vagas re- servadas a alunos de escola pública. O programa de inclusão indígena tem processo seletivo específico. A UFMT EM RESUMO Fundação: 1970 Campi: Barra do Garças, Cuiabá, Pontal do Araguaia, Rondonópolis e Sinop Cursos de graduação: 106 Alunos da graduação: 20.308 Professores da graduação: 1.738 (31% mestres; 63% doutores) MATO GROSSO DO SUL UNIVERSIDADE ANHANGUERA- UNIDERP Desde 2014, a Anhanguera-Uniderp faz parte do grupo Kroton Educacional, uma das maiores organizações de en- sino do Brasil e do mundo. Entre os 31 cursos de graduação que a instituição oferece, vale destacar o de Arquitetura, o primeiro do estado, e o de Medici- na, considerado um dos melhores do país. Para 2016, a universidade pretende abrir dois novos bacharelados, em Gas- tronomia e Fotografia, e um mestrado na área de Saúde. “O curso de Medicina segue tendên- cias mundiais para o ensino na área de Saúde”, diz a reitora Leocádia Aglaé Petry Leme. Segundo ela, a graduação emprega o método de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), que transforma o estudante no centro do processo de ensino-aprendizagem e forma profissionais mais humanos e melhor qualificados. Iniciação científica Durante a graduação, os alunos são estimulados a participar de projetos de iniciação científica e monitorias. A área de biodiversidade é um ponto forte. Entre os projetos mais relevantes estão o trabalho de preservação da arara-azul em ninhos naturais e artificiais e o de proteção de peixes e rios do Pantanal. Bolsas para o exterior Na área de intercâmbio, destaque para a parceria com o programa Santan- der Universidades, que distribui bolsas de estudo para os alunos estudarem em universidades estrangeiras. A Anhanguera-Uniderp oferece duas modalidades de processo seletivo: o vestibular principal, com data fixa, e o continuado, pelo qual o aluno pode agendar o dia das provas. Além disso, o candidato pode submeter seu desempe- nho no Enem para compor a nota final. A universidade é credenciada ao Fies e ao ProUni. A UNIDERP EM RESUMO Fundação: 1974 Campi: Campo Grande (2) Cursos de graduação: 31 Alunos da graduação: 18.000 Professores da graduação: 400 (mais de 40% entre mestres e doutores) UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL Maior universidade do estado, a UFMS segue crescendo. Em 2015, o número de vagas do curso de Medicina, em Campo Grande, passou de 60 para 80, e a reito- ria prevê para o início de 2016 a entrega do prédio do Centro de Capacitação de Professores, voltado aos alunos de li- cenciaturas. Além disso, a instituição, que conta com 11 campi, também está investindo na expansão de laboratórios multiuso, nos centros de Ciências Huma- nas, Engenharias e Ciências Biológicas. Estudos do Pantanal Com 1,2 mil m2 de área construída, a Base de Estudos do Pantanal é um dos destaques da universidade. Nela, são desenvolvidas atividades de extensão e pesquisa em Biologia, Ecologia, Me- teorologia e Saúde. Em 2014, a Pantanal Incubadora Mista de Empresas, que faz pesquisa, incentiva o empreendedorismo e viabiliza opor- tunidades de emprego para os alunos, recebeu recursos do governo estadual para prospectar novas empresas e acele- rar o desenvolvimento das já incubadas. Vestibular O processo seletivo distribui vagas pelo Sisu. A UFMS reserva 50% das vagas para alunos da rede pública e tem uma licen- ciatura voltada a professores indígenas do Pantanal, com vestibular próprio. A UFMS EM RESUMO Fundação: 1979 Campi: Aquidauana, Bonito, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã eTrês Lagoas Cursos de graduação: 105 Alunos da graduação: 15.837 Professores da graduação: 1.208 (37% mestres; 63% doutores) CAPILARIDADE Com 11 campi distribuídos pelo estado, a UFMS desenvolve pesquisas relevantes na Base de Estudos do Pantanal D IV U LG A Ç Ã O 16 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL ESPECIAL CENTRO-OESTE Serviço de Psicologia Aplicada – Unic tel. (65) 3363-1278 COMO É: Orientação individual ou para grupos de cinco a dez pessoas. São cerca de dez encontros, de 50 minutos cada um. As atividades envolvem entrevistas, dinâmicas e palestras no Serviço de Psicologia Aplicada ou nas escolas e instituições. VALOR: Gratuito. RONDONÓPOLIS Orientação Profissional – Unic tels. (066) 3411-0525/3411-9477 COMO É: O trabalho é feito em grupo de 15 alunos. Em seis encontros são realizadas atividades como reflexão sobre o processo de escolha, informações sobre as profissões e testes psicológicos individuais. INSCRIÇÕES: Entrar em contato com a escola. VALOR: Gratuito. SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS Serviço de Orientação Profissional da Clínica Escola – FQM www.fqm.edu.br; ceap_recepcao@outlook.com; tel. (65) 3251-3020 COMO É: O programa pode ser desenvolvido individualmente ou em grupo. O número de sessões varia conforme a necessidade do candidato ou grupo. INSCRIÇÕES: Durante o período letivo. VALOR: Taxa simbólica, não obrigatória, de acordo com a disponibilidade financeira
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