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Bruna Kesseler de Oliveira
	
 PARASITOSES
Parasitologia
Cruz Alta – RS, 2017.
Introdução
	Parasitoses são doenças causadas por parasitas, que se instalam no organismo humano ou animal e causam diversos danos e doenças, sem o devido tratamento, muitas parasitoses podem levar ao óbito do ser humano ou animal infectado.
	O parasitismo é uma associação de seres vivos onde apenas um deles é beneficiado e o outro serve para fornecer abrigo, alimentação e condições de reprodução do parasito. Por isso é chamado de hospedeiro. Esse tipo de associação biológica tende ao equilíbrio, pois a morte do hospedeiro desfavorece o parasito. (NEVES et al.,2011).
	O Brasil é um dos países que apresenta maior numero de parasitoses humanas em relação a outros países do mundo, devido ao seu caráter de país em desenvolvimento e aos seus aspectos políticos e sócio econômicos. Neste contexto, em especial em estados com maiores	índices de pobreza e de distribuição de renda irregular, como nos estados das regiões Norte e Nordeste, muitas parasitoses tornam-se ainda mais graves. As helmintoses são o tipo de parasitose mais frequente em todo o mundo e , nestas regiões do país, tornam-se um grande problema de saúde publica. (SOARES et al., 2015; SANTOS and BARROS, 2009).
	O presente trabalho tem como objetivo abranger de forma simples algumas parasitoses, assim como apresentar pesquisas sobre as maneiras de transmissão mais comuns.
Prevalência de parasitas em cédulas de dinheiro
	Parasitoses intestinais são mais comuns do que se imagina no Brasil, afetam pessoas de diversas faixas etárias. Estas podem ser facilmente disseminadas pelo meio ambiente, por consequência de hábitos culturais, de higiene e de acordo com a localização geográfica algumas doenças são mais comuns ainda, sendo transmitidas pelas fezes, alimentos contaminados, insetos, poeira, água e através de cédulas de dinheiro, que é também um meio de fácil contaminação, as manuseamos diariamente, por muitas vezes sem saber que nelas constam muitos cistos e ovos de parasitas.
	As parasitoses intestinais causadas por helmintos e protozoários representam a doença mais comum no globo terrestre. São endêmicas es países de terceiro mundo, onde representam graves problemas de saúde publica (REY, 2010)
	As formas contaminantes dos parasitas estão presentes no ar, na água, nos alimentos, no solo, etc., tendo assim a possibilidade de entrar em contado com os hospedeiros por varias maneiras, inclusive sendo transportados de forma mecânica, como por exemplo, através do dinheiro. Este por sua vez, por ser de grande rotatividade pela população e por passar um longo período em circulação é considerado uma grande fonte de contaminação de micro-organismos em geral, especialmente de formas parasitárias de helmintos e protozoários, comuns em locais sem adequado saneamento básico, além de estarem relacionados a baixas condições de higiene, especialmente das mãos. Deste modo, podem causar infecções na população exposta (NEVES, 2010).
	O dinheiro é considerado um instrumento indispensável para a sociedade. Isso o torna um objeto de maior circulação entre as pessoas e verdadeiro reservatório de micro-organismos. Portanto as cédulas de dinheiro, na visão de Piccolo e Gagliani (2008) e Lavai et al. (1986), constituem um meio de transmissão de parasitas intestinais, principalmente as notas de pequeno valor, de grande rotatividade e de alta difusão entre os indivíduos. Considerando diferentes hábitos ou costumes, higiene e nível socioeconômico, a exposição destas cédulas gera um ciclo de transmissão que possui as mãos como principal veículo de contaminação, o que pode ser caracterizado com problema de saúde publica. (INOCENTE; GOMES; 2004; SOUZA et al., 2006).
	Em feiras de comércio, onde há alta rotatividade de cédulas de dinheiro, há uma chance maior de contaminação direta ou indireta por estereoparasitas que causam doenças, isso se deve a questões de saneamento básico, higiene, etc. As cédulas de dinheiro passam por diversas pessoas no decorrer de sua circulação, estas, por mais que mantenham bons hábitos de higiene, sem perceber, expõe-se a contaminações, pois raras são as pessoas que tiram o dinheiro do bolso para ir ao banheiro, por exemplo, a cédula que hoje está com uma pessoa higiênica, ontem poderia estar com alguém que a derrubou no chão de um banheiro público, a pegou sem lavar as mão e a expos a diversos tipos de contaminações. Essa rotatividade de cédulas, faz com que diversas pessoas entrem em contato com os mais diversos tipos de parasitas, se não houver a higienização correta das mãos após manuseio de dinheiro e acidentalmente se leva a mão a boca, esse individuo certamente estará contaminado por algum parasita. O dinheiro dificilmente pode ser higienizado, mas as mãos podem e devem ser higienizadas com frequência, esse simples habito de higiene evita diversos problemas de saúde. 
	No Brasil vários estudos já foram realizados evidenciando a presença de parasitoses intestinais. O problema pode estar relacionado com a falta de saneamento básico, com maior frequência em áreas rurais. Mas algumas medidas de controle já foram adotadas, tais como melhorias nas condições sanitárias e de higienização das mãos que são necessárias para a prevenção de doenças, pois os modos de ocorrência e frequência com que parasitoses intestinais são encontradas em determinadas localidades dependem de interações complexas entre hospedeiro, parasitas e o ambiente. (CHIEFFI; GRYACCHEK; AMATO NETO, 2001).
 Presença de parasitas em banheiros públicos femininos
	Os parasitas são um grave problema de saúde pública, existem a milhares de anos e podem ser classificados em helmintos e protozoários, claramente precisam de um hospedeiro vulnerável para que possam se reproduzir, condições socioeconômicas, baixa imunidade, estado nutricional inadequado, idade, fatores de higiene, são fatores propícios para a contaminação por parasitoses. Estima-se que jovens são os mais afetados por doenças parasitárias, o que acarreta problemas de aprendizagem, baixo rendimento corporal e problemas gastrointestinais. 
	As infecções por helmintos e protozoários representam um grave problema de saúde publica no Brasil, devido ao grande número de pessoas que são infectadas por pelo menos um endoparasita, chegando a números que alcançam 90% da população (RAMOS, 2006). Essas infecções apresentam distribuição cosmopolita, sendo mais prevalente em regiões onde as condições de higiene são precárias e os fatores ambientais favoráveis (Pedroso & Siqueira, 1997; Andrade et al, 2010).
	Um individuo comprometido por endoparasitas pode sofrer danos, como obstrução intestinal, desnutrição, anemia por deficiência de ferro e quadros de diarreia e má absorção, proporcionais a carga parasitária albergada pelo indivíduo (ESPINDOLA. 2014).
	Um estudo realizado em banheiros de uma universidade da Bahia, teve como objetivo coletar amostras de objetos com que os estudantes tinham maior contato, como maçanetas internas, botões de descarga, assentos dos vasos sanitários, torneiras, botões de suportes para sabonete e para papel toalha. Foi usado o método desenvolvido por Graham (1941) para diagnóstico de enterobius vermicularis. Foram analisadas um total de 28 laminas, sendo que 17 (61%) revelaram resultados positivos e 11 (39%) apresentaram resultados negativos. 
	Tabela 1 – total de objetos analisados em sanitários femininos em uma instituição da Bahia.
	Objetos analisados
	Assento sanitário
	Tampa do vaso
	Botão de descarga
	Maçaneta interna
	Torneira
	Botão de suporte papel toalha
	Botão suporte sabonete
	Total
	Banheiro Térreo
	5
	5
	5
	5
	3
	2
	1
	26
	Banheiro primeiro andar
	5 
	5
	5
	5
	3
	2
	1
	26
	Banheiro 2 andar
	4
	4
	4
	4
	3
	1
	1
	21
	Banheiro terceiro andar
	4
	4
	4
	4
	3
	2
	1
	22
	Objetos analisados
	18
	18
	18
	18
	12
	7
	4
	95
	É possível analisar que todos os elementos analisados apresentaramalgum tipo de parasita, sendo três dos objetos (tampa do vaso sanitário, assento do vaso sanitário e botão da descarga) contaminados por mais espécies parasitárias, sendo elas: enterobius vermiculares sp, taenia, giárdia, entamoeba coli e larva de nematoide não identificada.
	Através desta pesquisa é possível verificar a diversidade de parasitas causadores de doenças presentes em um banheiro público, isso se deve a má higienização das mãos e precariedade na limpeza dos banheiros e pode infectar as pessoas que o frequentam, se não houver o devido cuidado. 
	A Giardia lamblia é o maior causador de diarreia não viral, predominante em humanos, suas consequências acompanham dores abdominais crônicas, aumento abdominal, flatulência, má absorção de vitaminas e cansaço.
	Os cistos de Entamoeba coli encontrados na pesquisa não são considerados patogênicos, mas são indicadores de contaminação fecal de origem humana.
	A existência de estruturas diversificadas como cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos nos elementos sanitários analisados confirma o importante papel desses objetos como possíveis transmissores de parasitos intestinais (VALADARES et al., 2014).
Concomitância de leishmanioses e infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV): estudo de quatro casos
	A leishmaniose , também conhecida como calazar, é a segunda doença parasitaria que mais mata no mundo, perdendo apenas para a malária, pois se não tratada, leva ao óbito em ao menos 95% dos casos. É causada pela leishmania, que é transmitida através da picada d emosquitos infectados. Este parasita tinge o sistema imunológico, podendo evoluir para a forma viceral, que é a mais fatal da doença.
A OMS estima que pelo menos 30 milhões de pessoas estejam infectadas pelo vírus HIV e destas, ao menos um terço vive em áreas endêmicas de leishmaniose. Existem mais de 25 de espécies de leishmanias patogênicas ao homem. A maioria dos estudos, faz associação da leishmaniose visceral com o HIV, havendo poucas pesquisas que relatam relação entre o HIV e leishmaniose tegumentar. 
	As leishmanioses são comuns nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro Oeste, já a forma tegumentar é abrange todos os estados. As infecções por leishmaniose têm sido associados a SIDA, mas há raridade de pacientes coinfectados, pois a SIDA é uma doença predominantemente urbana e a leishmaniose é mais comum em áreas rurais.
	Na Europa a maioria dos casos de leishmaniose em pacientes imunodeficientes pelo vírus HIV, foi relatado em usuários de droga injetável, sendo que o compartilhamento de seringas que continham sangue infectado por leishmânias gerava uma transmissão.
	O diagnostico da doença é difícil, pois em pessoas infectadas pelo HIV as lesões na pele e mucosas podem ser ligadas a outras doenças oportunistas comuns em indivíduos HIV positivo. A pesquisa de leishmanias na medula óssea ou no aspirado esplênico e a biópsia de lesões cutâneas ainda constituem as formas mais adequadas de se confirmar o diagnóstico destas protozooses. 
 
	A mortalidade de indivíduos HIV positivos que contraem a leishmaniose, sem o devido tratamento pode chegar a 25% dos casos. É extremamente importante a atenção dos médicos e demais profissionais que trabalham em áreas endêmicas, a essa estimativa, pois é possível que no decorrer dos próximos anos haja um aumento significativo dos números de HIV-leishmaniose, assim como o SIDA venha a tingir as pequenas áreas urbanas e zonas rurais de nosso pais.
Caso: Paciente de 28 anos, masculino, faiodérmico, natural de Caiacó (RN), procedente de Uberlândia, MG. A doença teve início há 6 meses com quadro de febre não aferida, contínua, com vários picos diários, associados a calafrios, perda de peso, queda do estado geral, artralgias e diarreia, com fezes líquidas, sem sangue ou pus. Sabia ser anti-HIV positivo há 4 meses (técnica ELISA em duas amostras). O exame físico mostrou intensa palidez cutânea e de mucosas, emagrecimento acentuado e a palpação abdominal revelou hepatomegalia de 4cm do rebordo costal direito e baço palpável até a nível da cicatriz umbilical, endurecido e não doloroso. A avaliação laboratorial evidenciou pancitopenia (hemoglobina (Hb) de 5,5g%, leucócitos de 1500céls/mm3 e plaquetas de 108.000/mm3), discreto aumento das aminotransferases, elevação das globulinas (6,5g%) e a contagem de linfócitos T CD4+ foi de 218 células/mm3. O mielograma demonstrou grande quantidade de amastigotas do gênero Leishmania intra e extracelulares. Inicialmente, o paciente foi tratado com antimoniato de N-metil glucamina (Glucantine®) na dose de 20mg/kg/dia endovenoso, tendo tido inicialmente excelente resposta, com melhora da febre e do estado geral. A droga, entretanto, teve que ser suspensa no décimo dia de tratamento, devido a elevações progressivas da amilase sérica. Foi introduzido, então, anfotericina B na dose de 0,7mg/kg/dia, administrada até uma dose total de 1200mg. Houve involução progressiva da hepatoesplenomegalia, desaparecimento da febre e normalização das alterações bioquímicas e hematológicas. Durante a evolução, desenvolveu derrame pleural a esquerda, com características exsudativas, tendo a biópsia pleural diagnosticado inflamação crônica granulomatosa, compatível com tuberculose, que foi tratada com esquema tríplice habitual, por um período de 9 meses. Avaliado 2 anos após o tratamento, encontrava-se bem, sem sinais de recidiva da leishmaniose ou da tuberculose.
Conclusão 
	Por meio deste trabalho foi possível concluir a importância de conhecer as doenças causadas por parasitas, assim como manter hábitos de higiene e limpeza, ter cuidado ao frequentar banheiros públicos, pois são um lugar favorável para contrair infecções parasitárias, devido a condições precárias de limpeza. 
	Concluiu-se também a importância de ter cuidado ao manusear cédulas de dinheiro, pois devido a sua alta rotatividade de longo tempo de circulação, podem conter parasitas que causam diversas doenças.
	Muitas são as doenças parasitárias, mas a maioria delas pode ser evitada com hábitos simples, como fazer a devida higienização das mãos por exemplo, pois elas estão sempre em contato com o ambiente e por consequência com parasitas. 
Referencias bibliográficas 
Guimarães, Queila Danielle. "Prevalência de formas parasitárias (ovos, cistos e larvas) em cédulas de dinheiro." (2016).
Borges, Aercio Sebastião, et al. "Concomitância de leishmanioses e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV): estudo de quatro casos." Rev Soc Bras Med Trop 32.6 (1999): 713-9.
de Oliveira Barboza, Marília, and Alana Soares Carvalho. "Análise Parasitológica de contaminantes de origem fecal em banheiros Femininos de uma Instituição de Ensino Superior do interior da Bahia." Id on Line REVISTA DE PSICOLOGIA 10.33 (2016): 237-248..

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