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Responsabilidade Civil - Lidiane Duca

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Responsabilidade Civil - Lidiane Duca
 Responsabilidade exprime ideia de restauração de equilíbrio, de contraprestação, de reparação de dano.
Ato e Fato Jurídico, Obrigações e Responsabilidade
➜ Fato Jurídico: é um fato importante para o direito, que irá importar para responsabilidade quando for ato ilícito: é o fato gerador da responsabilidade jurídica, sendo todo ato cometido que provoque dano à alguém e que esteja em desconformidade com o ordenamento jurídico. 
Fato jurídico, em sentido amplo, é todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevante no campo do direito. Os que não têm repercussão no mundo jurídico são apenas “fatos”, dos quais não se ocupa o direito, por não serem “fatos jurídico”.
➜ Obrigação (originário): é sempre um dever originário. É dever decorrente de um ato ou um fato jurídico, sendo uma disciplina diversa da responsabilidade. 
Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação. Corresponde a uma relação de natureza pessoal, de crédito e débito, de caráter transitório (extingue-se pelo cumprimento), cujo objeto consiste numa prestação economicamente aferível.
	A obrigação nasce de diversas fontes e deve ser cumprida livre e espontaneamente. Quando tal não ocorre e sobrevém o inadimplemento, surge a responsabilidade.
➜ Responsabilidade (sucessivo): em si não é dever, é a imputação de um determinado ilícito. (imputar: assumir as consequências do ato ilícito).
A responsabilidade, por sua vez, é consequência de uma obrigação não cumprida, seja ela uma obrigação regida pelo direito das obrigações ou decorrente de um ato ou fato jurídico regido por outra área do Direito Civil. Podemos concluir que, a responsabilidade civil é independente a qualquer outra área do direito civil, mas está correlacionada com os atos e fatos das relações privadas sejam elas, cíveis, consumeristas, trabalhistas ou mesmo administrativas. 
A responsabilidade é o dever jurídico de reparação do dano sofrido, é a imputação da conduta praticada ao sujeito de forma a alcançar a reparação do dano. A responsabilidade constitui uma relação obrigacional, cujo objeto é a reparação.
A responsabilidade não pode ser confundida com a obrigação originária, pois é dever jurídico sucessivo que decorre da violação de uma obrigação, sendo uma consequência jurídica patrimonial.
→ Malgrado a correlação entre ambas, uma pode existir sem a outra. As dívidas prescritas e as de jogos constituem exemplos de obrigação sem responsabilidade. O devedor, nestes casos, não pode ser condenado a cumprir a prestação, isto é, ser responsabilizado, embora continue devedor. Como exemplo de responsabilidade se obrigação pode ser mencionado o caso do fiador, que é responsável pelo pagamento do débito do afiançado, este caso sim originariamente obrigado ao pagamento dos aluguéis.
→ Em síntese, em toda obrigação há um dever jurídico originário, enquanto na responsabilidade há um dever jurídico sucessivo. E, sendo a responsabilidade uma espécie de sombra da obrigação, sempre que quisermos saber quem é o responsável teremos de observar a quem a lei imputou a obrigação ou dever originário.
Dentre as funções da responsabilidade estão: 
A garantia do direito do lesado 
Sanção Civil
 
Assim, a função garantia é decorrente da segurança jurídica pelo ressarcimento e a função sanção é consequência da transgressão da norma jurídica, o que trará o ressarcimento à vítima lesada (imputação do dano ao agente causador).
Princípio geral da restituição ou recomposição integral: este princípio é necessário à responsabilização, pois por ele é que a vítima do dano causado possui a segurança de que será restituída patrimonialmente, ou seja, o prejuízo deve ser recomposto ou restituído de modo a se alcançar o estado anterior.
O ato ilícito é o fato gerador da responsabilidade jurídica, sendo todo ato cometido que provoque dano à alguém e que esteja em desconformidade com o ordenamento jurídico.
Aqui não adentrarmos na seara da culpa, tendo em vista que a responsabilidade em seu contexto geral não abrange a significação da culpa para a caracterização específica do ato ilícito.
Consideremos que o ato ilícito é o comportamento pessoal típico que infringe um dever jurídico, por este motivo o ato ilícito é incompatível com o ordenamento jurídico, que gera prejuízo patrimonial ou não e deve ser reparado.
➜ Dever de Reparação
Recomposição: sempre será de forma patrimonial, parcial ou integral.
Indenização 
Pressupostos dos Atos Ilícitos
Conduta: ela poderá ser pessoal (pessoas) ou coisa (semovente, carros, etc). A conduta pode ser praticada por coisas, mas a imputação do ato ilícito será a pessoa, Conduta não é responsabilização, pois responsabilização é imputar determinada conduta.
Prejuízo: é necessário ocorrer o prejuízo.
Violação do dever jurídico: não seguir adequadamente o ordenamento jurídico e não ter a vontade das partes no ato jurídico.
Imputabilidade: é necessário definir quem é a pessoa e a coisa que praticou o ato. (delimitar a quem será a responsabilidade). 
Responsabilidade - a palavra responsabilidade origina-se do latim respondere, que encerra a ideia de segurança ou garantia da restituição ou compensação do bem sacrificado. Teria, assim, o significado de recomposição, de obrigação de restituir ou ressarcir.
➜ Administrativa: é a conduta de um agente estatal, direito público (prefeitura, governo, união, etc). É entendida como adequação da restauração do direito público, essa responsabilidade envolve atos e agente públicos, que serão responsabilizados perante o Estado, para cumprimento da função administrativa. (ex. agente público que pratica um ato ilegal (prevaricação, ir contra os processos constitucionais), está infringindo o princípio da legalidade.
Na responsabilidade administrativa, podemos entender que o Estado sempre figurará como parte na relação jurídica que possui conduta, prejuízo, violação de direito e imputabilidade, seja por meio de seu servidor ou por agente equiparado.
Na responsabilidade penal a relação ocorrida se dará entre partes como pessoas naturais ou podendo ocorrer a participação de uma agente público, como em crimes contra a administração pública, porém a tutela ou o interesse jurídico se dará tanto pela parte lesada quanto pelo Estado, que poderá ser o detentor do interesse jurídico. A responsabilidade penal sempre estará em âmbito do Direito Público.
➜ Penal: é a forma de responsabilização pela prática de um delito previsto no Código Penal (CP), para esta responsabilidade as sanções aplicadas envolvem um agente imputável e uma conduta descrita como infracional, a responsabilidade penal, pessoal e intransferível. Suas penas envolvem patrimônio, restrição de direitos ou privação de liberdade.
A responsabilidade penal é o dever jurídico que recai sobre a conduta delituosa do agente imputável. Esta tutela já possui classificação de sanções perante o próprio Código Penal, que discriminará cada uma das condutas delituosas e a suas formas de sanções aplicáveis.
A responsabilidade penal é pessoal e intransferível, já a responsabilidade civil possui natureza patrimonial.
Para ambas as responsabilidades a conduta poderá ser omissiva ou comissiva, assim passamos a falar especificamente de conduta.
A conduta para o ato ilícito pode ser praticada por pessoa ou coisa, quando praticada por coisa ela sempre será comissiva, ou seja, ação ocorrida. Quando praticada por pessoa, a conduta poderá ser omissiva (a ausência de prática da ação, que gera responsabilidade) ou comissiva (a prática da ação de forma voluntária ou involuntária que gera responsabilidade).
No caso da responsabilidade penal, o agente infringe uma norma de direito público. O interesse lesado é o da sociedade.
➜ Civil: está classificada entre os ramos do direito privado, abrange a responsabilidade nas relações civis, consumeristas e empresariais. A função constitucionalda responsabilidade civil é a restauração do equilíbrio jurídico e econômico das relações entre o agente causador do dano e a vítima (restabelecimento do status quo, retornar ao estado anterior).
A responsabilidade civil tem por função a restauração do equilíbrio jurídico-econômico anteriormente existente entre o agente e a vítima, ou seja, a função da responsabilidade civil é restabelecer o status quo ante, pelo princípio da restitutio in integrum, buscando uma indenização, reparação, recomposição ou compensação pelo dano ocorrido.
As espécies de Responsabilidade Civil podem ser identificadas sob algumas perspectivas, dentre elas.
Na responsabilidade civil, o interesse diretamente lesado é o privado. O prejudicado poderá pleitear ou não a reparação.
♣ Quando ocorre uma colisão de veículos, por exemplo, o fato pode acarretar a responsabilidade civil do culpado, que será obrigado a pagar as despesas com o conserto do outro veículo e todos os danos causados. Mas poderá acarretar, também, a sua responsabilidade penal, se causou ferimentos em alguém e se se configurou o crime do art. 129, § 6º, ou o do art. 121. § 3º, do Código Penal. Isto significa que uma ação, ou uma omissão, pode acarretar a responsabilidade civil do agente, ou apenas a responsabilidade penal, ou ambas as responsabilidades.
“Assim, certos fatos põem em ação somente o mecanismo recuperatório da responsabilidade civil; outros movimentam tão somente o sistema repressivo ou prevenido da responsabilidade oena; outros, enfim, acarretam, a um tempo, a responsabilidade civil e a penal, pelo fato de apresentarem, em relação a ambos os campos, incidência equivalente, conforme os diferentes critérios sob que entram em função os órgãos encarregados de fazer valer a norma respectiva.”
Classificação de Responsabilidade
➜ Quanto ao fato gerador:
		II. Contratual: é a responsabilidade derivada de determinado ato voluntário, bilateral, oneroso e escrito, em que as partes estipulam deveres e direitos.
Surge a responsabilidade contratual quando há por parte de um dos contratantes, o descumprimento total ou parcial do contrato. Resulta, portanto, de ilícito contratual, ou seja, de falta de adimplemento ou da mora no cumprimento de qualquer obrigação.
Contratual, descumpre o avençado, tornando-se inadimplente.
	II. Extracontratual: (AQUILIANA) é derivada de um ato ilícito praticado, que causa dano a alguém e que não observa a legislação.
Quando a responsabilidade não deriva do contrato, diz-se que ela é extracontratual. Nesse caso, aplica-se o disposto no art. 186 do Código Civil. Todo aquele que causa dano a outrem, por culpa em sentido estrito ou dolo, fica obrigado a repará-lo. É a responsabilidade derivada do ilícito extracontratual.
Na responsabilidade extracontratual, nenhum vínculo jurídico existe entre a vítima e o causador do dano, quanto este pratica o ato ilícito. 
A culpabilidade é bem mais ampla na área civil, segundo a regra in lege Aquilia et levissima culpa venit (no civil, a culpa, ainda que levíssima, obriga a indenizar). Na esfera criminal nem toda culpa acarreta a condenação do réu, pois exige que tenha um certo grau ou intensidade.
Surge a responsabilidade extracontratual ou aquiliana, quando por ato ilícito uma pessoa causa dano a outra, ou seja, quando a pessoa em inobservância aos preceitos legais, causa dano a outrem, conforme expressamente estabelecido no art. 927 do Código Civil.
Nesta espécie de responsabilidade não há uma relação obrigacional entre as Partes, contudo, tal obrigação decorre da inobservância de um dever legal de não causar dano a outrem.
➜ Quanto ao fundamento: Conforme o fundamento que se dê à responsabilidade, a culpa será ou não considerada elemento da obrigação de reparar o dano.
 Responsabilidade Subjetiva: é a responsabilidade em que o sujeito que pratica o ato ilícito terá a análise imprescindível da culpa, desta forma a vítima deverá comprovar a vontade do agente em praticas o ato ilícito. 
Em face da teoria clássica, a culpa era fundamento da responsabilidade. Esta teoria, também chamada de teoria da culpa, ou “subjetiva”, pressupõe a culpa como fundamento da responsabilidade civil. Em não havendo culpa, não há responsabilidade.
Diz-se, pois, ser “subjetiva” a responsabilidade quando se esteia na ideia de culpa. A prova da culpa do agente passa a ser pressuposto necessário do dano indenizável. Nessa concepção, a responsabilidade do causador do dano somente se configura se agiu com dolo ou culpa.
Para a caracterização de referida responsabilidade, imprescindível se faz a comprovação da culpa. Dessa forma, a Vítima precisa provar a culpa do Agente do ato ilícito.
 Responsabilidade Objetiva: é aquela em que não há comprovação da vontade, pois o seu fundamento é a teoria do risco, ou seja, a análise se dará pela conduta, pelo andamento e pelo nexo de causalidade entre eles.
A lei impõe, entretanto, a certas pessoas, em determinadas situações, a reparação de um dano independentemente de culpa. Quando isso acontece, diz-se que a responsabilidade é legal ou “objetiva”, porque prescinde da culpa e se satisfaz apenas com o dano e o nexo de causalidade. Esta teoria dita objetiva, ou do risco, tem como postulado que todo o dano é indenizável e deve ser reparado por quem ele se liga por nexo de causalidade independente de culpa.
Na responsabilidade objetiva prescinde-se totalmente da prova da culpa. Ela é reconhecida, como mencionado, independentemente de culpa. Basta, assim, que haja relação de causalidade entre a ação e o dano.
- Tal responsabilidade se funda na teoria do risco, ou seja, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo Autor do dano, implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem, conforme preconiza o Parágrafo Único do art. 927 do Código Civil.
Na Responsabilidade Objetiva não há a necessidade de comprovação da culpa por parte do prejudicado, sendo necessário apenas a ocorrência do ato ilícito.
➜ Quanto ao agente: 
 Direta: se refere diretamente ao ato ilícito praticado pelo próprio agente, neste caso ele responderá por seus próprios atos. 
Quando o ato ilícito é praticado pelo próprio agente. Nesse caso o agente responderá por seus próprios atos.
 Indireta: se refere ao ato ilícito praticado por um terceiro ou coisa, que não pode sofrer responsabilização. (responder por um ato de terceiro, ex. incapaz).
Quando o ato ilícito decorre de ato de terceiro, com o qual o Agente tem vínculo legal de responsabilidade, de fato de animal e de coisas inanimadas sob sua guarda.
Elementos Essenciais são aqueles imprescindíveis na caracterização da responsabilidade.
Agente: todas pessoas passíveis de responsabilização (não significa que ele praticou a conduta).
Vítima: sempre será pessoas.
♣ O agente e a vítima são subjetivos perante a responsabilidade.
Outros elementos: dano, conduta e nexo de causalidade.
Eles são objetivos, pois são independentes da vontade, ela é irrelevante.
Conduta: já ocorreu, já está no mundo fático.
Nexo de Causalidade: ligação entre a conduta e o dano.
♡ A ausência desses elementos impede a responsabilização civil, pois as partes sempre possuirão uma relação obrigacional, o dano sempre terá natureza patrimonial ou extrapatrimonial e um nexo de causalidade, que constituirá o vínculo existente entre a conduta, o dano, o agente e a vítima. 
Teoria do Dano e seus Pressupostos
➜ Dano: é toda lesão ao um bem juridicamente protegido, causando um prejuízo de ordem patrimonial ou e extrapatrimonial. Sempre será um prejuízo, causando dano.
➜ Prejuízo: pode ser causado por pessoa ou coisa e deve ser reparado/ressarcido.
➡Dano reparável é o prejuízo ressarcível em favor da vítima.
➜ Reparação:
Patrimonial
Extrapatrimonial
➜ Dano Certo: prejuízo de comprovação, ele não precisa de formulação de prova (relação com o objeto, é visível)
Classificação quanto ao Objeto
O dano pode ser classificado em dano certo, quando estiver fundamentado em acontecimento precisoou poderá ser presumido, quando depender de comprovação, mas possui pretensão de existência, o acontecimento trará prejuízo efetivo e imaterial.
“dano, sem sentido amplo, vem a ser a lesão de qualquer bem jurídico, e aí se inclui o dano moral, Mas, em sentido estrito, dano é, para nós, a lesão do patrimônio; e patrimônio é o conjunto das relações jurídicas de uma pessoa, apreciáveis em dinheiro. Aprecia-se o dano tendo em vista a diminuição sofrida no patrimônio. Logo, a matéria do dano prende-se à da indenização, de modo que só interessa o estudo do dano indenizável”. AGOSTINHO ALVIM
➜ Indenizar: significa reparar o dano causado à vítima, integralmente. Se possível, restaurando o status quo ante, isto é, devolvendo-a ao estado em que se encontrava antes da ocorrência do ato ilícito. Todavia, como na maioria dos casos se torna impossível tal desiderato, busca-se uma compensação em forma de pagamento de uma indenização monetária.
Sendo impossível devolver à vítima de uma crime de homicídio, a lei procura remediar a situação, impondo ao homicida a obrigação de pagar uma pensão mensal às pessoas a quem o defunto sustentava, além das despesas de tratamento da vítima, seu funeral e luto da família
Assim, o dano patrimonial, em toda a sua extensão, há de abranger aquilo que efetivamente se perdeu e aquilo que se deixou de lucrar: o dano emergente e o lucro cessante.
♡ Responsabilidade sem culpa: não se pode falar em responsabilidade civil ou em dever de indenizar se não houve dano. Ação de indenização sem dano é pretensão sem objeto, ainda que haja violação de um dever jurídico e que tenha existido culpa até mesmo dolo por parte do infrator. Se, por exemplo, o motorista comete várias infrações de trânsito, mas não atropelar nenhuma pessoa nem colide com outro veículo, nenhuma indenização será devida, malgrado a ilicitude de sua conduta.
➜ Classificação de dano quanto ao tempo: 
	
Atual: sendo aquele que ocorre no momento em que a conduta é praticada. É o dano que já existe !no momento da ação de responsabilidade.
Sub-existente: é aquele que se prolonga no tempo e que deve ser reparado ou ressarcido. 
- Será prolongado pelo tempo, reflexo da conduta, efeito jurídico que não é necessariamente atual. (dano ambiental é um dano sub-existente).
➜ Patrimonial (materiais): material sempre estará ligado ao bem, ele é ressarcido de forma material, $ ou bens.
É o dano que afeta somente o patrimônio do ofendido.
➜ Extrapatrimonial (moral): dano tem a ver com o bem. Conduta de pessoa. Moral é o que só ofende o devedor como ser humano, não lhe atingindo o patrimônio.
Dano Moral: classificação do direito de personalidade, não falamos de patrimônio e sim de personalidade do sujeito, (divulgação de imagem, voz, etc). A coisa não pratica dano moral e sim a pessoas causa dano moral.
A expressão “dano moral” deve ser reservada exclusivamente par a designar a lesão que não produz qualquer efeito patrimonial. se há consequência de ordem patrimonial, ainda que mediante repercussão, o dano deixa de ser extrapatrimonial.
Dano estético: contra a integridade física, ele é independente (tem sum indenização própria). 
Lucro Cessante: dano subsistente, algo que deixou de ser deferido (ex. um taxista sofre uma batida de carro, e ele não é o culpado. O agente errado nesse caso deverá pagar os dias não trabalhados do taxista. 
Dano presumido: perder uma chance (ex. a pessoa está indo à uma entrevista de emprego e é atropelada). 
Ressarcimento: é o pagamento de todo o prejuízo material sofrido, abrangendo o dano emergente e os lucros cessantes, principal e os acréscimos que lhe adviriam com o tempo e com o emprego da coisa.
Reparação: é a compensação pelo dano moral, a fim de minorar a dor sofrida pela vítima.
Indenização: é reservada para compensação do dano decorrente do ato ilícito do Estado, lesivo do particular, como ocorre nas desapropriações.
A Constituição Federal, contudo, usou-a como gênero, do qual o ressarcimento e a reparação são espécies, ao assegurar, no art. 5º, V e X, indenização por dano material e moral.
Formas de Responsabilização 
Solidário: (conjunta), se eu trabalhei em uma empresa e essa fechou, porém o dono dessa empresa que fechou tem um outra, portanto elas respondem em conjunto (litisconsorcial).
Subsidiária: só um responde e se ele não responder , uma outra pessoa irá responder.
➜ Terceirização: o agente necessita de capacidade civil ou ser emancipado, a conduta praticada por ele poderá ser direta e solidária, porém poderá ser responsabilizado pela conduta de terceiro de forma indireta. 
➜ Atividade de risco: atividade de risco (eletricidade, altura, etc), a responsabilidade indireta, e será responsabilidade da empresa. (a não ser quando o agente pratica a conduta), a empresa fornece luva, o funcionária não usa a luva, e mesmo assim a responsabilidade continua sendo da empresa.
➜ Vítima: sempre será pessoa, está no elemento subjetivo, sempre aquele que tem o bem ou coisa. Sujeito sobre o qual o direito recai (patrimonial e de personalidade).
➜ Nexo de causalidade: ele é o vínculo causal, é o vínculo sobre o qual há imputabilidade indispensável para a caracterização da responsabilidade civil, é o vínculo causal entre a conduta e o dano. Vai caracterizar o subsidiário. 
➜ Elementos acidentais: eles vão tratar a conduta do agente sobre a vontade de praticar.
Subjetiva: culpa e dolo, a legislação me permite analisar a culpa, perante a conduta do agente.
Objetivo: a legislação exclui a análise da culpa. 
➜ Concausa: no nexo, concausalidade é a concorrência de causas para um determinado resultado danoso, é análise da situação que levaram a determinado resultado por meio de condutas diversas.
Conduta, várias condutas e um prejuízo, o conjunto das condutas causa o prejuízo.
Concorrência de causas.
➜ Culpa: civil, intenção e vontade é apenas vontade, faz parte da culpa “lato sensu”, participação subjetiva, culpa como vontade.
➜ Culpa Strictu Sensu: profissão.
➜ Culpa Lato Sensu: é a culpa de forma ampla, ou seja, é o conceito geral de culpa como simples vontade, ela pode ser dividida em culpa, culpa strictu sensu e dolo.
Culpa: se darpa em qualquer ação praticada por um agente, sendo caracterizado como simples vontade, podemos dizer que a culpa está presente em todo ato voluntário, para ela não há intenção de causar dano, sendo o dano consequência da conduta.
Culpa strictu sensu: é a ação praticada voluntariamente de maneira negligente, ou imperícia, ou imperitamente por aquele que deveria por lei ou decorrência de exercício profissional agir com destreza.
➜ Dolo: vontade de praticar o dolo civil (negócio jurídico, obrigação civil, ato entre particulares). Não se trata de pessoa perante sua integridade física, e sim obrigação, ato entre particulares e negócios jurídicos, vontade de causar dano. Intenção sempre de praticar ato ilícito civil.
	 É a intenção de causar prejuízo a alguém por meio da prática do ato ilícito civil, o agente possui intenção em causar prejuízo, ele está consciente da ilicitude.
A responsabilidade civil encontra em suas relações sobre teoria da culpa outras duas formas de culpabilidade que seriam por culpa exclusiva da vítima ou por culpa de terceiros.
Quanto aos sistemas de responsabilidade podemos afirmar que existem perante o ordenamento jurídico, são duas formas:
A responsabilidade subjetiva, que analisa a culpa de maneira “latu e strictu sensu” neste caso podemos considerar que o principal elemento para o alcance da responsabilidade é o agente, pois a análise se dará conforme a sua intenção ou perante a imprudência, negligência ou a imperícia.
No sistema objetivo a responsabilidade de dará perante a análise do fato, independente da intenção do agente em causar o dano.
Responsabilidade Civil Subjetiva
Elementos: São elementos da responsabilidade subjetiva
ação ou omissão do sujeito
a vítima 
o dano a vítima ou seu patrimônio 
nexo de causalidade
culpa
Tendo como princípio basilares:Individualização: identificar quem é a vítima e o agente.
		↳ está presente quanto a identificação de quem poderá ser responsabilizado e da possibilidade de identificação das vítimas.
2. Sanção recaí sobre o patrimônio do agente, sendo este vinculado a integral reparação dos danos causados à vítima ou ao seu patrimônio.
 A responsabilidade subjetiva decorre de violação de direito da vítima ou do dever jurídica do agente.
A necessidade de dolo ou culpa perante conduta
Responsabilidade pré contratual e pós contratual.
Responsabilidade Subjetiva Stricto Sensu
(dos profissionais)
Obrigação de meio: é aquela em que você tem influência no resultado, a influência é conforme as ações antes do resultado.
Obrigações de garantia: seria um seguro, é obrigação de asseguramento (ex. corretor de seguros).
Médico: quando tem obrigação de meio, sempre será de meio, seja o médico que irá diagnosticar até o cirurgião.
	Ele não pode garantir que a pessoa será curada após a cirurgia.
Erro de diagnóstico e efetivação de serviços
	↳ Erro de diagnóstico: anamnese é uma método de diagnóstico (o médico conversa com o paciente), mas o médico não pode usar apenas esse método de diagnósticos, precisa unir esse método com os exames.
Responsabilidade Subjetiva do Médico: A profissão médico possui duas obrigações, a obrigação de meio e da de resultado, que serão usadas para profissionais com especialidades distintas.
Obrigação de meio: temos o cirurgião, os clínicos gerais e os especialistas (com exceção do cirurgião plástico). Nesta obrigação a responsabilidade se dará por meio do erro de diagnóstico e por meio do erro em cirurgia.
Quando o erro se der por diagnóstico no procedimento de responsabilidade é necessário a análise das ações médicas realizadas pelo profissional, que somente será responsabilizado caso ocorra imprudência ou negligência perante a solicitação de exame fundamental a um diagnóstico correto.
Na cirurgia a obrigação é de meio, ou seja, a doença é preexistente e pode estar em grau avançado, o dever médico é de zelo e perícia necessária a realização do procedimento, sendo que o resultado é imprevisível. Assim, o profissional somente poderá ser responsabilizado caso ocorra a culpa em strictu sensu.
Cirurgião Plástico: a obrigação dos profissionais que, por meio de uma intervenção, visam o embelezamento corporal é subjetiva objetivada, ou seja, eles atuarão com erro médico por meio de imperícia, negligência e imprudência com culpa presumida.
	Neste caso a responsabilização não concederá a culpa em si, mas analisar, a conduta, o dano e o nexo de causalidade entre eles,
 
Responsabilidade é derivada de uma obrigação que não foi cumprida, portanto responsabilidade é secundária.
A responsabilidade pode ser patrimonial, que seria relativa ao patrimônio do agente, como também pode ser extrapatrimonial, ou seja, atinge a personalidade da pessoa (danos morais).
	Temos também a responsabilidade contratual, é aquela que é regida por um contrato formalizado entre as partes. Esse contrato gera uma obrigação e quando essa obrigação não é cumprida gera um responsabilidade. Além da responsabilidade contratual também temos a responsabilidade extracontratual ou Aquiliana, é aquela formalizada sem um contrato, mas a partir do momento que esse contrato “boca a boca” é descumprido ele também gera um responsabilidade
	A responsabilidade objetiva é aquela que não analisa a vontade do agente de cometer o dano, é necessário apenas ter a conduta, o nexo causal e a dano. Já na responsabilidade subjetiva se analisa se o agente teve dolo ou culpa.
	No caso dos médicos eles têm a obrigação de meio

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