Buscar

Síndrome de Burnout

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo: a Síndrome de Burnout é uma Síndrome desenvolvida como o resultado de um período de esforço excessivo no trabalho, em contrapartida a intervalos muito pequenos para sua recuperação. Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda. Segundo estudos, o Burnout é mais frequente em pessoas que exercem profissões como: Policiais, Taxistas, Controladores de Tráfego Aéreo, Médicos, Enfermeiros, Professores e Artistas, cujos quais possuem um nível de exigência bastante grande.
Os primeiros estudos sobre a Síndrome de Burnout iniciaram na década de 70 com Herbert Freudenberger (1974), que explica que o termo “burnout” vem do inglês “to burn out” queimar-se por completo, consumir-se. Para Codo e Vasques-Menezes (1999), Burnout consiste na “síndrome da desistência”, pois o indivíduo, nessa situação, deixa de investir em seu trabalho e nas relações afetivas que dele decorrem e, aparentemente torna-se incapaz de se envolver emocionalmente com o mesmo.
São doze os estágios da Síndrome de Burnout, sendo que, no décimo segundo estágio podem se apresentar sintomas e prejuízos irreversíveis à cognição da pessoa (cognição é o conjunto das funções mentais. São elas: atenção, percepção, memória, linguagem, pensamento e raciocínio).
Necessidade de auto-afirmação;
Dedicação intensificada, normalmente solitária;
Descaso com as necessidades pessoais básicas que ao longo do tempo perdem o sentido prazeroso como: comer, dormir, sair com os amigos;
Recalque de conflitos – a pessoa com a síndrome percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor, agora sofre desvalorização. 
Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
Recolhimento;
Mudanças evidentes de comportamento;
Despersonalização (que é uma desordem psíquica em que a pessoa passa a ter sentimentos de irrealidade e ruptura (dissociação) com a sua personalidade. Essa característica pode estar presente em transtornos da personalidade, como: Transtornos do Humor (Trans. Bipolar, Trans. Depressivo), Transtorno de Personalidade Borderline, Esquizofrenia, entre outros);
 Vazio interior (sintoma próprio da depressão e reforçado pelas perdas e/ou prejuízos nos relacionamentos afetivos e sociais. Quanto mais a pessoa se afasta, maior é o sentimento de vazio; quanto maior o sentimento de vazio, mais ela se afasta do meio social. É um círculo vicioso);
 Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
 E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica.
É importante ressaltar que quanto antes a ajuda for buscada, melhor será o tratamento e prejuízos maiores poderão ser evitados.
Em suma, a Síndrome de Burnout se dá pela intensa dedicação ao trabalho, estreitando o contato e os laços com o meio social; é uma Síndrome do trabalho e quanto maior for a pressão exigida por este, maior é o risco que a pessoa corre de desenvolver a Síndrome. Cabe lembrar que nem todas as pessoas que exercem profissões exaustivas, necessariamente irão desenvolver a Síndrome. É necessário entender o contexto e os recursos psíquicos, afetivos, cognitivos, sociais que essa pessoa possui. Por exemplo, um(a) policial operacional que, por si só, o trabalho já o(a) expõe a um risco de vida intenso. Se este(a) policial possui recursos psíquicos (estratégias mentais), um círculo de amizades, contato fortalecido com a família, relacionamento adequado (que não lhe cause sofrimento maior ou sensação de insegurança) com os colegas de trabalho, entre outros relacionamentos, fortes o suficiente para “equilibrar” o sofrimento ou a intensa dedicação pelo trabalho, esta pessoa pode não desenvolver a Síndrome. No entanto, uma pessoa que já possui laços afetivos, sociais, emocionais, estreitos, possivelmente terá mais chance de apresentar os sintomas referes ao Burnout. 
Ou seja, é preciso entender o contexto em que essa pessoa vive e se desenvolveu ao longo da vida, pois a Síndrome (seus sintomas) não se desenvolve “do nada”; geralmente um sintoma está a serviço de algo, para aplacar um sentimento, sofrimento, pensamento, que não podem (ou a pessoa não tem condições) para expô-lo de outra forma. Também é necessário atentar a outras características de personalidade da pessoa, como: traços obsessivos e/ou compulsivos, uma personalidade limítrofe (aquela pessoa que às vezes parece se “desligar” do mundo e das outras pessoas e volta-se apenas para si; pessoas com características mais perversas, de desvalorizar o outro ou a si mesmo, etc), se essa pessoa já era ou tinha características um pouco depressivas, anterior à Síndrome (era uma pessoa que sempre reclamava da vida, do trabalho, parecia ser abatida, triste, “pra baixo”), entre outros. Cabe lembrar que o desenvolvimento de uma Síndrome ou um Transtorno não é como “pegar uma gripe”. É um processo intenso e gradual, que pode levar semanas, meses e até anos até que os sintomas mais característicos fiquem evidentes. 
Novamente, é imprescindível ressaltar que o olhar não pode ser apenas aos sintomas ou à Síndrome em si; mas principalmente à história de vida dessa pessoa, a qualidade dos relacionamentos que esta possui e o contexto social em que vive. 
Em conclusão, a pessoa que desenvolve a Síndrome de Burnout mede a sua auto-estima pela capacidade de realização e o seu sucesso profissional, o que pode se transformar numa obstinação ou compulsão, em detrimento das outras áreas de sua vida. 
Fontes: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Burnout
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3%A7%C3%A3o
http://www.webartigos.com/artigos/sindrome-de-burnout-consequencia-depressiva-desencadeada-pelo-estresse-no-trabalho/31794/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Despersonaliza%C3%A7%C3%A3o

Continue navegando