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Esquizofrenia - Psicoeducação

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Esquizofrenia - Psicoeducação
Prof. Jorgiana Baú Mena Barreto
Disciplina – Psicopatologia II
 
 Carvalho, M. Psicoeducação em Terapia Cognitivo - Comportamental
O que é esquizofrenia?
É um transtorno mental crônico, com início mais comum no final da adolescência ou no início da idade adulta;
Apresenta como principais características alterações dos pensamentos, sentimentos e das relações com o mundo exterior;
Sintomas característicos alucinações e delírios;
As alucinações mais frequentes são as auditivas e visuais;
Já os delírios, são caracterizados por confusão mental, em que a pesos apresenta pensamentos ou ideias com conteúdo que não correspondem com a realidade – ex. delírios persecutórios – monitorado e vigiado.
Sintomas negativos
Principal característica; “ a falta de algo”, pode –se entender que alguma coisa é “retirada”, como a falta de prazer e vontade, incapacidade de expressar emoções e dificuldade de concentração.
Os sintomas positivos são menos duradouros e respondem bem a medicação específica – antipsicóticos;
Entretanto, os sintomas negativos, costumam ser estáveis ao longo do tempo e tem menos resposta ao tratamento;
Quando não tratados corretamente (ou quando o tratamento não atinge o efeito desejado), as pessoas com o diagnóstico de esquizofrenia podem ter prejuízos na qualidade das funções do cérebro. Ex. memória, atenção, capacidade de planejar... Além de ter mais dificuldades para interagir socialmente;
É importante normalizar as alucinações do cliente ao psicoeducar. Diversas outras condições (como depressão grave, luto e uso de substâncias...) podem gerar alucinações. Muitas vezes as vozes são reações a pensamentos automáticos. Ao saber que outras pessoas podem apresentar isso, a experiência pode se tornar menos assustadora;
Como os pensamentos influenciam na esquizofrenia:
Qdo se atende alguém que recebeu o diagnóstico da esquizofrenia, é possível que a pessoa se sinta confusa com os próprios pensamentos;
Os pensamentos podem “roubar” a atenção – a maior parte do tempo;
Podem surgir como vozes que dizem coisas sobre si, e que não gosta de ouvir ou teme ser verdadeira;
Podem surgir na primeira ou na terceira pessoa Ex, “eu sou esquisito demais”.. “ele é burro” – como se alguém estivesse dizendo algo a seu respeito;
Esses pensamentos, por serem percepções reais, são bastante perturbadores e podem acabar aumentando bastante seu nível de estresse, o que deixa mais vulnerável a crises – apresentar alucinações e/ ou delírios;
Assim, é de extrema importância que, aliado a medicação, também se tenha a ajuda de psicoterapia, pois, assim, poderá identificar e modificar os pensamentos, identificando o que é real e o que tem relação com a esquizofrenia;
Modelo cognitivo:
Pensamentos: “aquela pessoa quer o meu mal” – “eu não estou protegido”
Sentimentos: raiva, tristeza, medo Reações Fisiológicas: coração acelerado, suor excessivo, tremores
Comportamentos: Fugir da pessoa a qual acredita ser uma ameaça 
 
Como o problema pode estar sendo mantido:
A esquizofrenia é um transtorno mental que requer tratamento continuado para o resto da vida;
Extrema importância a medicação continuada para o resto da vida;
Alguns fatores podem interferir na piora do quadro ou na não melhora:
Interrupção do tratamento ou não segui-lo conforme recomendação;
Estressores familiares
Má alimentação
Uso de drogas
Interrupção do tratamento ou não segui-lo conforme recomendação;
Estressores familiares
Má alimentação
Uso de drogas
Não engajamento em hobbies e atividades de lazer, dentre outros;
Como posso lidar com a esquizofrenia?
Por meio de medicação – antipsicóticos:
Antipsicóticos Clássicos ou Típicos:
Flufenazina (Anatensol®, Cenilene®)
Clorpromazina (Largactil®)
Haloperidol (Haldol®, Serenelfi®)
Antipsicóticos Atípicos:
Clozapina (Leponex®)
Olanzapina (Zyprexa®)
Risperidona (Risperdal®)
Quetiapina (Seroquel®, Alzen®)
Ziprazidona (Zeldox®)
Amisulpride (Amitrex®)
Zotepina (Zoleptil®)
Aripiprazole (Abilify®)
Paliperidona (Invega®)
Sertindole (Serdolect®)
Psicoterapia:
Permite que o cliente possa encontrar novas alternativas para seu modo de pensar, não levando em conta o conteúdo das alucinações e dos delírios, diminuindo assim, o impacto deles na vida;
Estratégias:
Psicoeducação: O terapeuta irá informar ao paciente e familiares tudo a respeito da esquizofrenia. As características, como é realizado o tratamento e as dificuldades associadas a mesma;
Adesão medicamentosa: O tratamento farmacológico tem papel decisivo no controle dos sintomas. Explicar que a administração bem sucedida da medicação, é essencial para a eficácia do tratamento. Deixar claro que não há possibilidade de manejo da medicação, por conta do paciente (pausas, atrasos, diminuição ou aumento de dosagens), essas intervenções podem influenciar o aparecimento e gravidade dos sintomas psicóticos.
Identificação de pensamentos: Dar enfoque nos pensamentos, fazer conexão com os sentimentos e reações fisiológicas e comportamentais. Os pensamentos podem se manifestar por meio do conteúdo delirante ou das alucinações;
Treino de Habilidades Sociais: Desenvolver com o paciente, formas de auxiliar em situações sociais diversas, principalmente as de maior estresse, como problemas cotidianos em seu âmbito familiar e a reinserção social na comunidade. Possibilitar maior autonomia para que seja capaz de gerir a vida com menores danos possíveis;
Resolução de problemas: Criação de estratégias que visem resolver problemas específicos pelos quais o cliente possa passar. O terapeuta elabora, junto com o cliente, uma lista de problemas atuais. Para cada problema, listam soluções possíveis, avaliam os prós e contras de cada solução, e avaliam juntos, qual parece ser a mais viável para ser colocada em prática.
Devido aos prejuízos físicos, sociais e psicológicos que esquizofrenia causa, é comum eu pessoas com esse diagnóstico possam se perguntar se podem conseguir enfrentar os desafios que esse transtorno pode gerar;
A associação do tratamento medicamentoso com a psicoterapia (individual e ou familiar) auxilia de forma bastante eficaz na diminuição dos sintomas desse transtorno.
Além de auxiliar no manejo dos sintomas, a psicoterapia pode possibilitar o desenvolvimento de habilidades necessárias para eu se possa lidar com situações conflituosas no cotidiano, de forma autônoma, enfrentando problemas, sendo capaz de restabelecer laços sociais, aumentando a qualidade de vida nas esferas social, familiar e profissional;
Importante, saber viver com o transtorno, de forma compreender suas características e saber como lidar com cada uma delas.
Cartão psicoeducativo: 
O que eu aprendi e como posso passar para a ação?
Obrigada
Prof. Jorgiana

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