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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ¬¬¬____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE... DO ESTADO DE...
 TERESA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº ..., expedida pelo ..., inscrita no CPF/MF sob nº ..., residente e domiciliada na ..., cidade ..., estado ..., por seu advogado, com endereço profissional na Rua ..., para fins do art. 39, I do Código de Processo Civil, vem a este juízo propor
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE C/C PERDAS E DANOS E OBRIGAÇÃO DE FAZER com pedido de tutela antecipada
pelo rito ordinário, em face de TARDIM, nacionalidade, casado, profissão, portador da carteira de identidade nº ..., expedida pelo ..., inscrito no CPF/MF sob nº ..., residente e domiciliado na ..., cidade ..., estado ..., pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS
A autora é proprietária da Chácara Aconchego, com área de 10 ha, registrada com o número de matrícula R.3-10.201, no cartório de registro da situação do imóvel, e avaliada em R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), sendo a terra nua equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). As benfeitorias e o proveito econômico valem aproximadamente R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), porquanto a autora ali cultiva hortaliças e pequenos animais destinados a prover o sustento próprio e de familiares.
No dia 21 de julho de 200X, na parte da manhã, a autora recebeu a visita do réu, que lhe exibiu uma escritura pública na qual constava a compra e venda da citada chácara, figurando o primeiro réu como outorgado e o César, como outorgante. O réu, após cientificar a autora sobre a aquisição do imóvel, concedeu-lhe prazo de dez dias para que ela procedesse à sua desocupação, sob pena da adoção das medidas judiciais pertinentes, sem prejuízo do desforço pessoal. Ainda, o réu acrescentou que logo iniciaria o cercamento da parte leste da propriedade, o que, de fato, fez.
Em consulta ao cartório de registro de imóveis, a autora observou que o instrumento de compra e venda fora ali prenotado, porém, no prazo legal, o oficial do registro suscitara dúvida perante o juízo de registros públicos ante a evidência de inconsistências de dados verificadas entre a matrícula e o título translativo, cujo pleito fora julgado procedente pelo juízo registrário. Por fim, a autora verificou, também, que a turbação levada a efeito pelo réu destruíra benfeitorias levantadas no imóvel, avaliadas em R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).
DOS FUNDAMENTOS
Pelos fatos narrados, fica evidente que a autora é a legítima proprietária da Chácara Aconchego, tendo em vista a constatação feita junto ao cartório de registro de imóveis.
De acordo com os arts. 1.210 e 1.211 do Código Civil e o art. 926 do Código de Processo Civil, enquanto se discute quem é o verdadeiro proprietário da Chácara Aconchego, a autora deve ser mantida na posse da mesma, já que ela continua a residir no local. Neste entendimento temos a posição de Sílvio de Salvo Venosa, a respeito do art.1.211 do Código Civil, no livro Direito Civil – Direitos Reais, 11ª Edição, item 7.3.8.1, página 149, Editora Atlas: “Na hipótese deste artigo, surgem várias pessoas que se dizem possuidoras, cada qual procurando excluir as demais. O juiz, como regra geral, deverá manter a coisa com quem estiver na detenção. Dá-se preferência ao estado de fato que se traduz na aparência exterior.” 
Podemos ainda citar o entendimento da Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro:
0014823-10.2008.8.19.0061 - APELACAO 
1ª Ementa 
DES. LINDOLPHO MORAIS MARINHO - Julgamento: 11/04/2012 - DECIMA SEXTA CAMARA CÍVEL DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. MANUTENÇÃO DE POSSE. AUTORES QUE COMPROVAM A POSSE SOBRE O BEM. DATA DA TURBAÇÃO. COMPROVAÇÃO. LIMINAR BEM DEFERIDA. AÇÃO DE FORÇA NOVA. EXCEÇÃO DE DOMÍNIO. IMPOSSIBILIDADE EM AÇÕES POSSESSÓRIAS. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. Segundo dispõe o art. 924 do diploma processual civil, o procedimento de manutenção e de reintegração de posse é regido pelas normas dos artigos 926 a 931, quando intentados dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório. A turbação ocorreu em fevereiro de 2008 e a ação foi ajuizada em menos de ano e dia, em dezembro do mesmo ano, permitindo a concessão da liminar. Posse é "a exteriorização da conduta de quem procede como normalmente age o dono" (Caio Mário). A matéria probatória cinge-se a posse propriamente dita, o esbulho ou a turbação, sua data e a perda da posse, sendo irrelevantes quaisquer outros argumentos que não condizem com os termos do art. 927 do Código de Processo Civil. Não cabe a exceção de domínio em ações possessórias, quando apenas uma das partes defende a posse, com base na propriedade. Posse dos autores bem comprovada mediante os vários depoimentos testemunhais. Turbação que não foi negada. Recurso manifestamente improcedente, ao qual se nega seguimento, com fulcro no art. 557, do Código de Processo Civil.
De acordo ainda com o art. 921 do Código Civil, o autor pode cumular com o pedido possessório com perdas e danos e com o desfazimento de construção realizada indevidamente.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer, conforme abaixo:
1. a concessão de liminar, inaudita altera parte, expedindo-se mandado de manutenção de posse, determinando-se que o réu se exima de turbá-la  novamente sob pena de multa diária de R$ ...;
2. a citação do réu;
3. seja julgado procedente o pedido para condenar o réu a reparar o dano material no valor de R$ 3.500,00;
4. seja julgado procedente o pedido para tornar definitiva a liminar pleiteada;
5. seja julgado procedente o pedido para determinar o desfazimento da cerca, sob pena de multa diária de R$....;
6. a condenação dos réus aos ônus da sucumbência.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 332 e seguintes do Código de Processo Civil, em especial documental superveniente, testemunhal e depoimento pessoal do réu, sob pena de confesso.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 63.500,00 (sessenta e três mil e quinhentos reais).
Pede deferimento.
Local e 27 de agosto de 2013.
ADVOGADO
OAB

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