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1 prova processo legislativo e controle

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
1. Questão da autonomia:
- Centralização de descentralização pressupõe autonomia, diz respeito ao governo próprio dentro das competências traçadas pela CF. Cada ente político terá capacidade políticas, administrativas e financeiras.
2. Centralização e descentralização:
- Centralização administrativa: Estado executa tarefas por meio dos órgãos e agentes integrantes da administração direta. Serviços são prestados pelos órgãos do Estado, despersonalizados, integrantes da mesma pessoa política (União, DF, estados e municípios).
- Descentralização administrativa: o Estado desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. Pressupõe suas pessoas jurídicas distintas: O Estado e a entidade que exercerá o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição e também resulta na especialização da prestação do serviço descentralizado.
Não há participação de outras pessoas jurídicas na prestação do serviço centralizado.
Em 1967, reforma administrativa federal, decreto-lei nº 200, art. 6, II, elegeu um dos princípios fundamentais da administração federal, a ‘descentralização administrativa’.
Descentralização territorial, funcional, hierárquico ou por delegação
A) territorial (ou vertical):
-Política: retira-se competências do centro para outro ente. Criação dos entes da administração direta da União, estados, DF e municípios, cada qual com sua parcela de poder político.
- Administrativa: ocorre quando criam-se territórios federais que pertencem a união e, por isso, não possuem parcela de poder político.
B) funcional (ou horizontal):
- Cada um dos entes cria entidades administrativas (entidades de administração indireta) para melhor exercerem suas competências.
- Podem criar: pessoas de direito público > autarquias e fundações.
 pessoas de direito privado > empresas públicas e sociedades de economia mista e fundações de direito privado.
- Descentralização funcional administrativa cria pessoas sem competências legislativas, sem poder político.
- Entidades da administração indireta se vinculam ao ente que as criou, mas possuem autonomia financeira, administrativa e gerencial.
- O entre que cria a entidade exerce sobre elas um controle finalístico.
C) hierárquica ou institucional (desconcentração):
- Capacidades que os entes ou entidades possuem de criar órgãos subordinados hierarquicamente, para que elas desempenhem as tarefas e funções designadas pelos entes da federação, sem autonomia de decisão administrativas, estas dependem do poder central.
- A desconcentração é simples técnica administrativa utilizada tanto na administração direta, quando indireta.
- A entidade da administração distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura para tornar mais ágil e eficiente a prestação de serviço;
- A desconcentração pressupõe, obrigatoriamente, a existência de uma só pessoa jurídica.
A desconcentração opera no âmbito interno de uma pessoa jurídica constituindo uma simples distribuição interna de competências dessa pessoa.
- A prestação concentrada de um serviço ocorreria em uma pessoa jurídica que não apresentasse divisões em sua estrutura interna. É um conceito praticamente teórico.
D) por delegação ou outorga:
- Transferência de serviço público
→ delegação: é a transferência de execução ou prestação de serviços públicos a entidades privadas.
→ outorga: é a transferência da titularidade do serviço público à entidade pública.
- Na outorga, o Estado cria uma entidade (autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista, fundações públicas) e ela transfere, mediante previsão em lei, determinado serviço público > normalmente é conferida por prazo indeterminado.
- A delegação pode se dar por meio dos contratos de concessão ou de permissão, o primeiro com características de maior duração e o segundo com mais precariedade. 
	- O Estado interfere, por ato ou contrato unilateral, unicamente a execução do serviço para que o ente delegado preste ao público em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.
	- A delegação é normalmente efetivada por prazo determinado.
3. Classificação dos Estados quanto à formação:
- Classificação tradicional:
	- Estados unitários: centralizados ou puros/descentralizados
	- Estados compostos: união pessoal/união real/confederação/federação
- Nova Classificação:
1. Estado unitário: poder judiciário desconcentrado
- É a forma de Estado na qual não há uma distribuição geográfica do poder político em função do território. Nesses termos, há um polo central emanador de normal, não existindo uma subdivisão do Poder que irá se apresentar estruturalmente enraizado no polo central. (Bernardo Gonçalves)
- Há apenas um poder judiciário nacional, mas terá órgãos que podem ter estrutura administrativa desconcentrada nas regiões.
- Poder legislativo: não há possibilidade de descentralização.
A) Estado unitário simples
- Não é divido em regiões administrativas desconcentradas ou descentralizadas.
- Praticamente não é encontrado, pois dificulta ou impossibilita a administração do território.
- Modelo teórico que não poder ser mais aceito.
B) Estado unitário desconcentrado e Estado unitário descentralizado
A necessidade de desburocratização e democratização (aproximar polo central e população) são os responsáveis pela descentralização, que será intitulada de descentralização administrativa, ou seja, o polo central vai criar regiões, departamentos, distritos, municípios ou outra forma descentralização. Estas vão se firmar como braços da administração dotados de personalidade jurídica própria e irão desenvolver a aproximação entre o polo central e a sociedade com os objetivos já citados de desburocratização e democratização. (Bernardo Gonçalves, sobre Estado unitário descentralizado)
B1) Estado unitário desconcentrado:
- Ocorre apenas desconcentração administrativa territorial, o que significa que são criados órgãos territoriais desconcentrados que não tem personalidade jurídica própria (sem autonomia)
- Pode ocorrer apenas em nível municipal ou regional e ou departamental (provincial) ou qualquer outra esfera de organização
→ vantagens: aproxima a administração da população e dos diversos problemas comuns às esferas territoriais diferentes.
 	→desvantagens: como toda decisão depende do poder central, a administração torna-se lenta e tende a ser autoritário.
B2) Estado unitário descentralizado:
- Entes territoriais autônomos (regiões, departamentos ou províncias, comunas, municípios, etc.) com personalidade jurídica própria e com capacidade de decisão em determinadas questões (administrativas), sem a interferência do poder central.
→ vantagens: democratiza a administração, aproximando a população das regiões e cidades, assim como agiliza os serviços prestados. Ex.: França e Portugal.
2. Estado Regional
- O poder central cria regiões por meio de lei nacional.
- A descentralização ocorre de cima para baixo.
- A diferença básica entre o Estado unitário descentralizado está no grau de descentralização (número de competências transferidas para as regiões).
	→ unitário desc.: transferência de competências administrativas.
	→ regional: transferências de competências administrativas e legislativas.
- Não há poder constituinte decorrente (as regiões elaboram seus estatutos nos limites da lei nacional).
- O judiciário, como ocorre na Itália, permanece unitário e meramente desconcentrado.
3. Estado Autonômico
- A descentralização ocorre de baixo para cima.
- A iniciativa parte da própria região.
- Prevista na Constituição Espanhola de 1978
- Assemelha-se ao Estado regional (grau de descentralização: de competências administrativas e legislativas, mas com este não se confunde.
- A maneira de sua constituição é diferente:
	→ Como na Espanha, as províncias podem formar regiões e, assim sendo, vão elaborar o seu “estatuto de autonomia”, no qual avocam competências presentes na Constituição Espanhola. Este estatuto (de autonomia) é submetido ao ParlamentoEspanhol (Cortes Gerais) e, se aprovado, explicita uma “região autonômica”. O estatuto se transforma em uma lei especial que pode ser revista de 5 em 5 anos. (Bernardo Gonçalves).
O estatuto pode ou não incorporar todas as competências destinadas pela Constituição Espanhola, as competências que não forem assumidas pela região serão assumidas pelo Estado nacional.
4) Compostos (ou complexos)
A) Estado federal ou federação de estados:
- Origem: EUA – forma de organização do Estado em que se faz uma descentralização política e administrativa.
- Continua a existir um poder político central (representado pelo ente União), e passam a coexistir realidades regionais ou locais com autonomia.
- Podem haver várias ordens jurídicas: federal, estadual, municipal.
- É aquela forma de Estado em que há distribuição geográfica do poder político em função do território, na qual um ente é dotado de soberania e os outros entes de autonomia. (Bernardo Gonçalves).
B) Confederação:
- União convencional de países independentes objetivando a realização de grandes empreendimentos de interesse comum ou o fortalecimento de defesa de todos contra uma agressão externa.
- Não é propriamente uma forma de Estado e sim uma forma de associação de Estados ainda soberanos.
- Tratado internacional com base jurídica ao invés de uma constituição.
- Há direito de secessão (separação), pluralidade de nacionalidade, há direito de nulificação de uma das partes em assuntos conjuntos.
- A principal corrente doutrinária defende que a união europeia é uma confederação.
Diferenças entre Estado Federal e Confederação:
- E.F se origina a partir de uma Constituição onde todos os entes alienarão sua soberania a um único ente, restando àqueles o exercício de autonomia que a Constituição irá conferir aos mesmos.
- A Confederação nas de um tratado ou acordo entre os entes, pois todos têm soberania, não havendo alienação da mesma a um único ente.
- E.F é proibido direito de secessão, pois não é dado o direito de ruptura do vínculo aos entes Federados, sendo esse o grande princípio do federalismo.
- Na Confederação existe o direito de secessão, pois todos os entes são dotados de soberania. Assim sendo, um dos componentes da Confederação pode romper o vínculo.
- Nos E.F tem sido utilizado um órgão de cúpula do Poder judiciário para dirimir conflitos entre entes autônomos, quando na Confederação, não existe órgão de cúpula judiciárias devido ao exercício de suas próprias soberanias.
A1) Estado Federal ou Federação de estados:
- Federalismo Clássico: modelo norte-americano, formado por duas esferas de poder, a União e os Estados (federalismo de dois níveis) e de progressão histórica centrípeta.
- União de Estados anteriormente soberanos, que abdicaram de sua soberania para formar novas identidades territoriais de direito público (de dentro para fora)
- Estado Federal: pessoa jurídica de direito público internacional.
- União: pessoa jurídica de direito público interno.
- Estados membros:
		→ Entes territoriais autônomos detêm competência legislativa constitucional = 
		poder constituinte decorrente.
- Federalismo brasileiro é um dos modelos mais centralizados, ex.: competências legislativas e administrativas, arts. 21 a 24 CF/88.
- No Estado federal, os entres descentralizados detêm, além de competências administrativas e legislativas ordinárias, também competências legislativas constitucionais, o que significa que os Estados membros elaboram suas constituições e as promulgam, sem que seja necessária a intervenção do parlamento nacional para aprovar esta Constituição estadual, que sofrerá apenas um controle de constitucionalidade a posteriori.
Classificação das Federações:
A) Federação por agregação (centrípeta):
- Estados antes soberanos se juntam para formar um único novo Estado soberano.
- EUA – primeiro formou-se uma confederação (1777) e posteriormente uma federação.
- É o mais descentralizado.
- Mantém-se competências administrativas e legislativas e legislativas ordinárias e constitucionais.
- Transfere várias competências para o município.
- Federalismo centrípeto: no qual o Estado Federal se forma da periferia para centro (EUA). (Bernardo Gonçalves).
- Federalismo centrípeto proporciona uma maior concentração de poder no governo central. (Bernardo Gonçalves).
B) Federação por segregação (ou desagregação/centrífuga)
- Federalismo brasileiro.
- Federalismo de três níveis, incluindo município, com um poder constituinte decorrente.
- A partir da CF de 1988 (art. 29) os municípios brasileiros mantêm sua autonomia, e conquistam a posição de ente federado, podendo, portanto, elaborar suas constituições municipais (leis orgânicas).
	→ Leis orgânicas: auto-organização dos poderes executivo e legislativo e aprovação das suas constituições sem intervenção dos outros entes.
	→ O que ocorrerá com as constituições municipais será apenas o controle a posteriori de constitucionalidade, o mesmo que ocorre com os Estados membros.
- Centrifugo é o federalismo que proporciona a maior descentralização de poder com uma sensível diminuição do poder central e um incremento (aumento ou ampliação) dos poderes regionais. (Bernardo Gonçalves).
Críticas ao pacto federativo
- Estado Federal surgiu a partir de um Estado unitário (o que explica a tradição centralizadora e a autoritária) criada pela Const. de 1824.
- Constituição de 1891 copia dos norte-americanos o federalismo.
- Federação extremamente centralizada.
- Na Constituição de 1937, de inspiração social-fascista, a federação foi extinta.
- Nas Constituições 1967 e 1969 (chamada Emenda nº1), temos uma federação nominal, sendo que de fato o Brasil retorna a um Estado unitário descentralizado.
Conclusões da nossa federação:
- Art. 60, elevando a cláusula pétrea o federalismo, não veda emendas sobre ele, mas emendas tendentes a abolir a forma federal.
- Só serão permitidas emendas que venham a acentuar a descentralização.
- Emendas que centralizem mais competências na União: são inconstitucionais e devem sobre controle de constitucionalidade.
Federalismo simétrico ou assimétrico:
- Refere-se a uma simetria horizontal, ou seja, entre os entes federados do mesmo nível.
- O federalismo simétrico será aquele onde os entes federados de mesmo nível (município entre si e Estados membros entre si) tem a mesma competência administrativa, legislativa, constitucionais e judiciais (se for o caso) e o mesmo número de representantes no Senado (se também for o caso). “Visa divisão de competências e receitas de forma paritária (igualitária ou dotada de isonomia). Aqui a o que prepondera é a divisão igualitária de competências, atribuições e receitas entre os entes”. (Bernardo Gonçalves)
- O federalismo assimétrico parte do pressuposto da existência de exacerbadas desigualdades regionais entre os entes e busca reverter esse quadro com a realização de programas direcionados a determinada região que, por isso, são tratadas de forma diferente. (Bernardo Gonçalves). Também ocorre quando os entes federados de mesmo nível não tem as mesmas competências e/ou não tem o mesmo número de representantes do Senado.
Federalismo na Constituição de 1988:
- Competências privativas, comuns e concorrentes.
- Estrutura: federalismo de duplo grau.
- São autônomos entre si: União, Estados membros, municípios e DF
Princípios do Estado Federado:
- Dois princípios basilares:
	→ Princípio da autonomia dos Estados federados.
	→ Princípio da participação dos Estados federados na formação de leis nacionais.
Auto-organização:
- União: CF e por legislação federal.
- Estados: Constituições estaduais e pela legislação estadual conforme art. 25 CR/88.
- Municípios: leis orgânicas e pela legislação municipal em consonância com art. 29 CR/88.
- DF: lei orgânica própria e legislação distrital, nos termos do art. 32 CR/88.
Autogoverno:
- União: art. 2 CR/88, são poderes da União independentes harmônicos: legislativo, executivo e judiciário.
- Estados: art. 27 da CR/88, terão Assembleialegislativa para o exercício de seu próprio poder legislativo, a luz do art. 28 CR/88, terão poder executivo com governador e vice, e nos moldes do art. 125 CR/88, terão pode judiciário estadual.
- Municípios: art. 28 CR/88, poder executivo, legislativo (câmara dos vereadores), não tem judiciário (prestação judicial é federal ou estatual), não tem representantes no senado federal.
- DF: art. 32 CR/88, poder executivo, legislativo (câmara legislativa distrital), poder judiciário organizado e mantido pela União, há algumas exceções à autonomia do DF, que, no entanto, não o descaracterizam enquanto ente federal autônomo.
Art. 18 – Territórios
- §1º Brasília é a capital federal.
- §2º - Os territórios federais integram a união, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
- Os territórios são descentralizações administrativas da União.
- Não integram o Estado federal.
- Não são dotados de autonomia política.
- São dotas de personalidade jurídica própria.
Art. 18 §3º Estados
- Incorporação (fusão) – perda da personalidade jurídica
- Subdivisão (cisão) – perda da personalidade jurídica
- Desmembramento – anexação/formação
	→ requisito: plebiscito das populações diretamente interessadas
	→ necessidade de lei complementar da União para surgimento de um novo Estado ou novos Estado membros, interesse nacional na criação do novo Estado.
Art. 18 §4º Municípios
- Incorporação, subdivisão e desmembramento
	→ requisitos: lei complementar da União estabelecendo período possível para criação de novos municípios.
- Estudos de viabilidade para criação de um município.
- Plebiscito das populações diretamente envolvidas (toda população do município).
- Lei estadual.
INTERVENÇÃO FEDERAL
Conceito:
- É um ato de natureza política excepcional, que consiste na supressão temporária da autonomia de um ente. Sempre do ente mais amplo para o ente menos amplo, ou seja, a União intervirá nos Estados, e Estados podem intervir em municípios). (Bernardo Gonçalves)
Objetivo: preservar a soberania da república.
Princípios:
- Princípio da excepcionalidade: sempre será medida excepcional porque a regra no federalismo é a autonomia do ente, ou seja, a capacidade para o mesmo realizar atividades dentro de limites circunscritos pelo ente soberano. A intervenção é uma ingerência na autonomia visando o reestabelecimento da normalidade ou equilíbrio que foi desvirtuado e, por isso, só pode ser medida excepcional. (Bernardo Gonçalves)
- Princípio da taxatividade: Indica que as hipóteses de intervenção estão taxativamente previstas na Constituição, ou seja, fazem parte de um rol fechado. Dessa feita, o rol do art. 24 não é meramente exemplificativo. (Bernardo Gonçalves)
- Princípio da temporalidade: Indica que a intervenção terá sempre prazo determinado, justamente porque a regra é autonomia. A ingerência buscará o reestabelecimento do equilíbrio. Portanto, no decreto de intervenção deve constar o prazo determinado da mesma, podendo haver prorrogação da intervenção mediante estipulação de novo prazo (termo final) em caso de necessidade. (Bernardo Gonçalves)
Procedimentos: (Bernardo Gonçalves)
Art. 34, I, II, III, V – A intervenção será decretada ex officio pelo PR (sem provocação e de forma espontânea). A mesma depende apenas da verificação de motivos pelo Presidente. O mesmo apenas irá consultar o Conselho da República e o Conselho da Defesa. É uma consulta meramente opinativa, não vinculante para o Chefe Executivo.
Art. 34, IV / art. 36, I – A intervenção dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido (que está sofrendo coação ou impedimento) ou de requisição do Poder Judiciário coacto ou impedido via STF para o PR. Há diferença para a doutrina majoritária entre a requisição e a solicitação. Nesse sentido, O PR terá discricionariedade para decretar a intervenção solicitação feita pelo Poder Executivo ou Legislativo do Estado-membro ou DF. Todavia, se for requisição do Poder Judiciário, via STF, para o PR estará vinculado à requisição. Ou seja, ele deverá decretar intervenção.
Art. 34, VI, 2º parte: descumprimento de ordem ou decisão judicial/ art. 36, II – Intervenção dependerá de requisição do próprio STF, STJ, ou do TSE para o PR. Para a corrente majoritária, existindo a requisição, o PR está obrigado a decretar a intervenção. E se for outro órgão do Poder Judiciário que não foi citado acima? Qualquer outro órgão do PJ deverá dirigir-se ao STF e este, entendendo ser necessário (ser o caso), requisitará a intervenção ao PR.
Art. 34, VI, 1º parte: inexecução de lei federal / art. 36, III – A intervenção dependerá de provimento do STF em representação do Procurador Geral da República. Alguns autores como Gilmar Mendes, entendem que a representação do PGR, nesse caso, dá ensejo a uma ADI interventiva. Outra corrente defendida por José Afonso da Silva (também Bernardo Gonçalves), entende que essa representação do PGR dá ensejo a uma Ação de Execução de Lei, não se falando aqui propriamente em ADI interventiva. Porém, tal debate se encontra relativizado em virtude da nova Lei nº 12.562/2011 que regulamentou o art.36, II da CR/88. Ou seja, a lei regulamentou o procedimento para todo o art. 36, III. Com isso, tanto a ADI interventiva como que a Ação visando execução de lei são todas do mesmo procedimento. Ps: ambas (mesmo com objetos diferentes) seriam representações ajuizadas pelo PGR e com provimento do STF nos moldes da Lei nº 12.562/2011.
Art. 34, VII, descumprimento (inobservância) de princípios sensíveis da Constituição / art. 36, III - A intervenção dependerá de provimento do STF em representação do PGR. Nesse caso, a representação do PGR dá ensejo a uma ADI interventiva. Atualmente regulada nos termos da Lei nº 12.562/2011.
→ O objeto é a lei ou ato normativo, ou omissão, ou ato governamental estaduais que desrespeitem os princípios sensíveis da Constituição Federal: quando lei de natureza estadual (ou distrital de natureza estadual) contrariar o art. 34, VII, a, b, c, d, e.
Decreto de Intervenção – art. 36, §1º, §2º
- Com provimento do STF na Ação de Execução de Lei ou na ADI interventiva já termos intervenção? Não. Nesses termos, o art. 84, X CR/88, vai nos indicar que a intervenção federal sempre será decretada pelo PR, portanto, para que haja intervenção, não basta apenas a existência de provimento pelo STF, pois será necessário um decreto do PR para deflagrar a intervenção. Vale lembrar que a ordem judicial (provimento do STF) demandada terá natureza de requisição, pois o presidente terá a obrigação de decretar a intervenção, estando vinculado à decisão do STF proferida em sede de ADI interventiva ou AEL. (Bernardo Gonçalves).
	→O decreto do Presidente vai fixar a amplitude, as condições, os termos e o prazo da intervenção, e se couber nomeia o interventor. Portanto, podemos ter intervenção sem interventor. (Bernardo Gonçalves).
Controle Político (checks and balances – freios e contrapesos) (Bernardo Gonçalves)
- O decreto estará submetido ao controle político por parte do Congresso Nacional, havendo controle político na intervenção. 
- Tem que ser dotado de extrema celeridade.
- Decretada a intervenção, o CN terá 24 horas para apreciar o decreto de intervenção.
- A intervenção já começa a existir com o decreto, assim, não é a apreciação do CN que deflagrará a intervenção, ela apenas irá analisar se o decreto foi ou não adequado.
- Se o CN estiver de recesso, ele será convocado extraordinariamente para apreciar a questão.
- Em caso de o CN não aprovar a intervenção e o PR insistir em mantê-la, não ponto termo na mesma, ele incorrerá em crime de irresponsabilidade, nos termos do art. 85, II. O fundamento é que há um atentado (desrespeito) contra o livre exercício do Poder Legislativo previsto na CF.
Exceções ao controle político (Bernardo Gonçalves)
- Estão alocadas de acordo com o art. 36 §3º CR/88, nas hipóteses no art. 34, inc. VI e VII.- Não haverá controle político nas hipóteses de inexecução de lei federal, ordem ou decisão judicial, e no caso de descumprimento de princípio sensível pelos Estados ou DF.
- O fundamento é o princípio da separação de poderes do art. 2º CR/88.
- Existe provimento judicial nesses casos, e ainda o legislador não poderá mediante uma postura política, descumprir decisão judicial.
- O art. 36, §3º, vai além, ao dizer que além de não haver controle político, o decreto limitar-se-á, em um primeiro momento, a suspender a execução do ato impugnado, se isso bastar par ao reestabelecimento da normalidade no Estado ou DF.
Controle de Constitucionalidade sobre decreto de intervenção
- Desde que ocorra o descumprimento dos procedimentos previstos na Constituição.
Efeitos do decreto: 
- Afastamento temporário da autonomia do ente. 
- União passa a interferir na autonomia de um de seus membros. 
- Se o ato interventivo tenha sido motivado pelo descumprimento de lei federal, ordem ou decisão judicial, ou pela inobservância de princípios constitucionais: dispensa da apreciação do Congresso Nacional e do interventor, suspensão da execução do ato impugnado (art. 36, § 3º), não havendo necessidade do afastamento do Governador ou dos agentes do Poder Legislativo.
- Se o decreto dirigir-se ao Poder Executivo: afastamento temporário do Governador e sua consequente substituição por um interventor. 
- Se o decreto se dirigir ao Legislativo: afastamento dos Deputados e suas atribuições são transferidas ao Governador.
*** Cessados os motivos que fundamentaram a decretação da intervenção, as autoridades afastadas passam a exercer novamente suas atribuições, a não ser que estejam legalmente impedidas para tanto (art. 36, § 4º). 
Intervenção Estadual
- Art. 35, rol taxativo. 
- Será realizada pelo Estado-membro em seus Municípios.
- Apenas Estados Federados podem intervir em municípios, com exceção de municípios situados em território federal, que podem sofrer intervenção da União (mas, atualmente, não há). 
- Decreto do Governador do Estado. 
- Art. 35, I, II, III: hipóteses sofrem controle político da Assembleia Legislativa (prazo de 24hs), 
- Se estiver de recesso, a AL será convocada extraordinariamente no prazo de 24hs. 
- Art. 35, IV: será dispensada a apreciação pela AL e o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato a ser impugnado, se essa medida bastar ao reestabelecimento da normalidade.
- Cessado os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos voltarão aos mesmo, salvo se existir impedimento legal que obstaculize tal retorno.
- Para a decretação de intervenção estadual em município, não tem relevância o fato de já ter ocorrido em outra oportunidade, em virtude de outro processo de intervenção no mesmo município.
PODER LEGISLATIVO
Estrutura do Poder Legislativo
- Legislativo federal: estrutura bicameral – câmara dos deputados e senado federal.
- Legislativo estadual: estrutura unicameral – assembleia legislativa.
- Legislativo distrital: estrutura unicameral – câmara legislativa (deputados distritais).
- Legislativo municipal: estrutura unicameral – câmara dos vereadores.
Representantes
- Deputados Federais: são representantes do povo.
- Senadores: são representantes do Estado-membro e do DF.
- Deputados Estaduais: são representantes do povo do estado.
- Deputados distritais: são representantes do povo do DF.
- Vereadores: são representantes do povo do município.
Sistema Eleitoral
- Deputados Federais: elegem-se pelo sistema proporcional, assim as cadeiras de distribuem na proporção dos votos obtidos pelo partido (art. 45, CR). Depende do número de votos que a legenda obtiver.
- Senadores: elegem-se pelo sistema majoritário, assim o senador que obtiver o maior número de votos será eleito. A cada eleição renova-se sucessivamente ⅔ dos membros, art. 46, CR).
- Deputados estaduais, deputados distritais e vereadores: elegem-se pelo sistema majoritário.
Condições de elegibilidade – art. 14, CR
- Nacionalidade brasileira, pelo exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral na circunscrição, filiação partidária e idade mínima.
	→deputado federal: 21 anos; senador: 35 anos; deputado estadual: 21 anos; deputado distrital: 21 anos e vereador: 18 anos.
	→são privados de brasileiros natos os cargos: II – presidente da câmara dos deputados, III – presidente do senado federal, art. 12, §3º CR.
Prerrogativas e vedações
- Imunidade parlamentar: os parlamentares não perderão as imunidades durante o estado de sítio e defesa. Entretanto, no estado de sítio, as imunidades podem ser suspensas por voto de ⅔ dos membros da casa no caso de atos praticados fora do recinto do CN, que sejam compatíveis com a execução da medida, art. 53, §3º CR.
- Imunidade formal e material: prerrogativa de foro; isenção do dever de testemunhar; forças armadas e parlamentares; incompatibilidades.
Funções
- Típicas: tradicionais são ordinárias ou primarias.
	→ São funções do típicas do Poder Legislativo: legislar e fiscalizar (ex: conceder férias e licença aos servidores).
	→ São funções atípicas do Poder Legislativo: pode exercer funções administrativas de organização administrativas das Casas e funções judiciárias de julgamento (ex: julgar o PR ou Ministros do STF por crimes de responsabilidade).
Organização interna das casas do Congresso
- As casas do congresso nacional (câmara dos deputados e senado federal) possuem órgãos internos destinados a ordenar seus trabalhos.
- Seus principais órgãos são:
A) Mesas: mesa da câmara dos deputados, mesa do senado federal, mesa do congresso nacional.
- As atribuições das mesas são contempladas nos regimentos internos, mas a constituição menciona algumas de maior destaque. Ex: arts. 50, § 2º, 55, § 2º e 3º.
- A mesas da câmara dos deputados e a do senado compreendem: presidente, dois vices, quatro secretários e quatro suplentes de secretários.
	→ Mesa do Congresso Nacional: dirigir os trabalhos do CN, quando suas casas se reúnem em cessão conjunta – art. 140 da CF.
	→ Não é um organismo permanente, composta por membros das mesas do senado e da câmara.
	→ É presidida pelo presidente do senado, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na câmara dos deputados e do próprio senado.
B) Comissões parlamentares
- São organismos constituídos, em cada casa, composto de número geralmente restrito de membros, encarregados de estudar e examinar as proposições legislativas e apresentar pareceres.
- Podem ser permanentes ou temporárias.
- Constituídas de acordo com os regimentos internos, ou com o ato que resultar a sua criação (forma e atribuições).
B1) Comissões permanentes:
- Geralmente organizadas em razão da matéria, geralmente coincide com o campo funcional dos ministérios. Além destas competências, cabe-lhe as do art. 58, §2º.
B2) Comissões temporárias:
- São as que acabam com a terminação da legislatura ou, antes dela, quando constituídas para opinarem determinada matéria, tenham preenchido os fins a que se destinam.
B3) Comissões mistas:
- Formadas por deputados e senadores, a fim de estudarem assuntos expressamente fixados, especialmente aqueles que devam ser decididos pelo CN – podem ser permanentes ou temporários.
B4) Comissões parlamentares de inquérito:
- Fiscalização e controle da administração.
- Poderes próprios de investigação das autoridades judiciárias.
- Sua criação é ilimitada, podem ser criadas pela câmara dos deputados ou pelo senado federal, de forma conjunta (mista) ou separada.
	→ requisitos para criação: a) requerimento pelo menos ⅓ dos membros de cada casa, para as respectivas comissões ou de ambas para comissões mistas; b) ter por objeto a apuração de fato determinado; c) ter prazo certo de funcionamento.
B5) Comissões representativas:
- Representar o CN durante o recesso parlamentar durante recesso parlamentar.
- Os membros de cada uma das casas a integrarema comissão serão por elas efeitos na cessão ordinária do período legislativo.
- Período legislativo: é o período de funcionamento do congresso nacional em cada semestre.
- Em cada um deles, elege-se uma comissão representativa para o recesso que começará em seguida.
Funcionamento
- Diplomação: É ato pelo qual a justiça eleitoral atesta que o candidato foi efetivamente eleito pelo povo e, por isso, está apto a tomar posse do cargo.
- Entrega dos diplomas, que são assinados, conforme o caso, pelo presidente do TSE, do TER ou da junta eleitoral.
- Posse: é um ato público posterior à diplomação, no qual há a investidura oficial do mandato (início do exercício do mandato).
- Presidente da República: diplomado pelo TSE (Justiça Eleitoral). Empossado em sessão do CN (legislativo).
- Deputados: diplomados pelo TRE do Estado pelo qual se elegeram. Empossados em sessão preparatória (reunião preparatória) da câmara dos deputados (legislativo).
- Senadores: diplomados pelo TRE do Estado pelo qual se elegeu. Empossados em sessão preparatória.
Quóruns
- Maioria simples: regra.
- 1º corrente: maioria dos presentes – metade + 1 dos presentes (ou primeiro número inteiro, se for ímpar o total).
- 2º corrente (adotadas pelas casas): maior número de votos, orientados para uma decisão (os votos desfavoráveis e os de abstenção são diferenciados no fim – contados apenas para averiguar o quórum e não para o resultado da votação.
 	→ RISF: serão computados, para feito de quórum, os votos em branco e abstenções verificadas nas votações.
	→ RICD: terminada apuração, o presidente proclamará o resultado da votação, especificando os votos favoráveis, contrários, em branco e nulos.
- 183, §2º - os votos em branco que ocorrerem nas votações por meio de cédulas e as abstenções verificadas pelo sistema eletrônico só serão computados para efeito de quórum.
- Maioria absoluta: maioria de membros (e de não presentes) para a aprovação.
	→ Na câmara para aprovar uma lei é necessário 257 dos votos favoráveis. E no Senado 41.
- Maioria qualificada: previsões específicas, tais como ⅗ para EC (art. 60, §2º) e ⅔ art. 51, I CF.
Legislatura
- A legislatura equivale ao mandato de deputados federais.
- Lapso temporal de 4 anos – (início ao fim dos trabalhos legislativos) art. 22, PU, CF.
- Senadores possuem 2 legislaturas de 8 anos, inicia com a posse.
Sessão legislativa ordinária
- É o período de 1 ano de atividade (ano legislativo) art. 57, CF/88.
	 → 02/02 a 17/07 + 01/08 a 22/12
	→ 55 dias de recesso
PS: No 1º ano da legislatura, os trabalhos legislativos não se iniciarão no dia 02/02 e sim no dia 01/02, é reservado para a posse dos deputados e senadores e para a escolha das mesas.
 
Sessão ordinária
- Lapso diário no Poder Legislativo, é o dia legislativo. São as sessões deliberativas. 
- Deputados: 3º, 4º, 5º, nas segundas e sextas há debates.
- Senadores: 2º a 6º.
- Consequência: diminuição de risco de perda de mandato, por falta de comparecimento ao parlamento, pois a Constituição determina que a análise para a sanção deve ser feita apenas a falta de comparecimento em sessões ordinárias. Art. 55, III, CR/88.
Sessão extraordinária
- Ocorre dentro do período legislativo, em dia ou hora diferente da sessão ordinária.
Sessão legislativa extraordinária
- Ocorre no período de recesso das casas – hipóteses do art. 57, §6º - matérias urgentes e relevantes.
Período Legislativo
- Período de funcionamento do CN em casa semestre. Portanto são 2 períodos legislativos por sessão legislativa.
Sessão preparatória
- Precedem a inauguração dos trabalhos do CN na primeira e na terceira sessões legislativas ordinárias de cada legislatura.
Câmara dos Deputados
- Ordem do dia: lapso temporal de 3 horas em que há debates e votações sobre matéria de pauta.
- Pequeno expediente: para comunicados – duração de 60 minutos improrrogáveis, destinado à matéria do expediente e aos oradores inscritos que tenham comunicação a fazer.
- Grande expediente: duração improrrogável de cinquenta minutos, distribuídos entre oradores inscritos.
- Quórum para instalação de sessão:1/10 dos deputados, verificado no pequeno expediente.
- Quórum para deliberação: é aferido na ordem do dia, e é o quórum de maioria absoluta, conforme artigo 47 da CF, portanto, em regra devem existir 257 deputados para o momento de deliberação, no total de 513.
Senado Federal
- Período do expediente: 120 minutos.
- Ordem do dia: 150 minutos, RISF art. 153.
- Quórum para instalação de sessão: 1/20 senadores verificados no período do expediente.
- Quórum para deliberação: maioria absoluta verificado na ordem do dia, 21 senadores do total de 81. 
Estatuto dos Congressistas
- Direitos e imunidades/ deveres e impedimentos
- Imunidades materiais: também chamada de imunidade substancial ou inviolabilidade parlamentar. É definida como a subtração (supressão) da responsabilidade civil, penal e administrativa (cunho disciplinar e político).
- Afasta incidência da norma penal do art. 138 (crime de calúnia) e também a incidência de indenização por danos morais. Ou seja, os parlamentares poderão exercer sua atividade, com uma ampla liberdade de expressão e manifestação de pensamento, tendo, com isso, a preservação de suas opiniões e palavras.
- Natureza Jurídica:
	→ excludente de ilicitude
	→ isenção de pena
→ exclusão de tipicidade da conduta (predominante, porque inviabiliza qualquer apuração – passível de habeas corpus.
- Requisitos:
- Independe do logradouro ou do recinto, exceto os vereadores que estão restringidos por circunscrição do município.
- Opiniões e palavras devem ter relação com o mandato (nexo causal).
- Divulgações de mensagens contra a hora de alguém via meio eletrônico, devem manter relação com o exercício do mantado.
- Será preservada a imunidade de palavras e opiniões proferidas durante o exercício do mandato.
- Não se estendem as imunidades ao congressista candidato de cargo eletivo durante a campanha e nos atos da campanha.
- Somente parlamentares (seus assessores, suplente e outros funcionários do legislativo não).
- Não é passível de renúncia.
Imunidades formais
- Traduz na possibilidade dos deputados e senadores não serem presos (ou não permanecerem presos), ou ainda, a sustação de ação penal contra deputado ou senador por crime praticado pelos mesmos após a diplomação.
- Em relação a prisão: conforme art. 53, §2º, da CR/88 se traduz na possibilidade dos deputados e senadores não serem presos ou não permanecerem presos.
- Em relação ao processo: sustação de ação penal contra parlamentar por crime praticado após a diplomação.
A) Em relação a prisão após diplomação: Há divergências quanto à prisão civil por inadimplemento de prestação de alimentos.
- Exceções: em caso de prisão em flagrante por crime inafiançável deputados e senadores poderão ser presos. Os autos da prisão em flagrante serão enviados em 24 horas a respectiva casa a que pertence o parlamentar, para que a mesma decida sobre a prisão pelo quórum da maioria de membros. Outra exceção seria em que o parlamentar poderia ser preso em caso de sentença penal condenatória transitada em julgado.
	→ voto aberto (ostensivo e nominal)
→ compreende a prisão preventiva e temporária, não podendo os mesmos sofrerem privação da liberdade por intermédio de mandados eventualmente expedidos em face dessas prisões.
- Parlamentares estaduais art. 27, §1º e distritais art. 32, §3º CR/88.
B)Em relação ao processo
- Possibilidade de sustação de ação penal contra deputado ou senador por crime praticado após diplomação.
- STF recebe a denúncia ou queixa-crime, comunica (sem pedir autorização) à casa respectiva que está iniciando uma ação penal.
- Um partido político da respectiva Casa por vontade própria deve provocar a Mesa da Casa para que haja uma apreciação sobre a sustação da ação penal que está tramitando no STF.
- A Mesa terá 45 dias, improrrogáveis, para colocar o pedido de sustação em votação.
- Voto aberto e nominal de maioria absoluta.Observações:
OBSERVAÇÕES: 
 - Se suspensa a ação penal, também será suspensa a prescrição. Finda com o término do mandato. 
 - Não é causa de extinção do processo. 
- Cessado o mandato (pelo término ou cassação), o parlamentar perde a prerrogativa processual e a ação penal perante o STF pode prosseguir.
Outras imunidades:
A) Em relação à incorporação das Forças Armadas, art. 57, §7º - dependerá da prévia licença da Casa respectiva. Reforça a tese de que a imunidade parlamentar não é do indivíduo, mas do cargo que ele exerce.
B) Estado de Defesa e Estado de Sítio, art. 53, §8º: mesmo nas situações de desequilíbrio do Estado de Defesa e Estado de Sítio, conservarão as imunidades.
- Perderão as imunidades deputados e senadores nas exceções que devem ser preenchidas simultaneamente:
	→ Atos praticados fora do CN.
	→ Atos incompatíveis com as medidas do Estado de Sítio.
	→ Ser aprovada por ⅔ dos membros da casa.
Impedimentos e vedações
1- De ordem funcional: art. 54, I, “b” e II, “b”: funções que os parlamentares não podem exercer.
2- Negociais (art. 54, I, “a”): impossibilidade de parlamentares celebrarem contratos com órgãos públicos ou concessionárias de serviços públicos.
3 - Políticas (art. 54, II, “d”): impossibilidade de o parlamentar possuir mais de um cargo ou mandato eletivo.
4- Profissionais (art. 54, II, “a” e “c”): impossibilidade de ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de contrato ou favor com o poder público e a impossibilidade de patrocinar causas que interessem a algumas dessas empresas
Art. 54, I – Cláusulas Uniformes
Art. 55, §1º - Abuso de Prerrogativas
PROCESSO LEGISLATIVO
Conceito: conjunto de regras (de fases e atos preordenados) que visam a produção de normas em nosso ordenamento jurídico.
- Espécies normativas primárias: alocadas no art. 59 CR/88, sendo as mesmas: emenda à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. São denominadas como “constitutivas de direito novo”.
- Espécies normativas secundárias: decretos regulamentares editados pelo Poder Executivo.
Tipo de processo legislativo
→ Quanto à organização política:
- Autocrático: o povo não participa da elaboração das leis, as mesmas não possuem legitimidade popular, são feitas por um soberano, por um líder ou mesmo por um grupo.
- Direto: o povo participa diretamente na produção das leis, não havendo representantes para tal produção.
- Indireto: é aquele no qual as leis são produzidas por meio de representantes populares. É regra do nosso ordenamento constitucional.
- Semidireto: leis são produzidas por representantes populares e posteriormente são encaminhas a referendo popular. Embora não seja regra, esse tipo de processo legislativo poderá ocorrer em nosso sistema constitucional por referendo ou plebiscito.
→ Quanto ao aspecto técnico jurídico:
- Ordinário: visa produção das leis ordinárias.
- Sumário: é o processo legislativo padrão dotado de maior celeridade (regime de urgência constitucional), a pedido do PR em projeto de lei de sua autoria.
- Especial: visam a produção das emendas constitucionais, das leis complementares, das leis delegadas, das medidas provisórias, dos decretos legislativos e da resolução.
Processo legislativo sumário
- Para ser deflagrado depende de solicitação do PR em matérias de sua iniciativa privativa ou concorrente (com outas pessoas ou entes).
- Prazo: máximo de 45 dias da câmara, no máximo 45 dias no senado.
- Sanção por descumprimento do prazo: ultrapassado o prazo regulamentar previsto constitucionalmente, todas as matérias da Casa ficarão suspensas até que se ultime a votação do processo legislativo sumário, art. 62, §2º CR.
→ exceção: medidas provisórias – terão prazos de 60 dias, podendo ser prorrogado por ser prorrogado por mais 60 dias.
- Não ocorre do período de recesso, então fica suspenso.
Obs: Diferença entre regime de urgência constitucional e regime de urgência regimental. Regime de urgência regimental, diz respeito ao regimento das Casas e é ainda mais célere, é deflagrado por membros do parlamento.
Fases do processo legislativo
→ Iniciativa (introdutória):
- Ocorre quando é proposta criação de lei na câmara dos deputados, caso não seja de iniciativa de senador ou de comissão do senado.
- Iniciativa comum: pode ser apresentada por qualquer membro do CN ou comissão de qualquer das Casas, ou ainda pelo PR, ou cidadãos (iniciativa popular).
* Ocorre quando a CF não restringe a titularidade.
- Iniciativa reservada (privativa): é aquela em que a faculdade é atribuída a uma pessoa ou ente com a exclusão dos demais, como PR, STF, Câmara dos deputados, Senado.
- Iniciativa privativa de órgãos do Judiciário:
- STF: lei complementar sobre o Estatuto da Magistratura (art. 93, caput, CF). 
- Tribunais: para propor a criação de novas varas judiciárias (art. 96, I, d, CF). 
- STF, Tribunais Superiores, Tribunais de Justiça: art. 96, II, CF.
- Iniciativa privativa do Ministério Público: 
- Art. 127, § 2º, CF. 
- Art. 128, § 5º, CF: faculdade do chefe do Ministério Público - lei complementar que estabeleça a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público. 
- Art. 61, § lº, II, d, CF: Presidente da República - lei sobre organização do Ministério Público. 
“O STF reconheceu a impropriedade terminológica, mas conciliou os dispositivos, entendendo que, no caso, "essa 'privatividade' [da iniciativa do Presidente da República] só pode ter um sentido, que é o de eliminar a iniciativa parlamentar." (Gilmar Mendes.)
- Iniciativa privativa da Câmara dos Deputados, do Senado e do Tribunal de Contas da União 
- Câmara dos Deputados: art. 51, IV, CF.
- Senado Federal: art. 52, XIII, CF.
- Tribunal de Contas da União: art. 96, CF (dispor sobre a sua organização administrativa, criação de cargos e remuneração de servidores, e fixação de subsídios dos membros).
- Iniciativa privativa do Presidente da República 
O art. 61, § 1º, I e II, CF 
- Arts. 84, XXIII, e 165, CF: iniciativa de leis no âmbito orçamentário (plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais). 
- Iniciativa reservada e vinculada (apresentação da proposta é obrigatória). 
- Matéria tributária: não se insere no âmbito da iniciativa reservada do Presidente da República.
Discussão
- Debate sobre o projeto nas comissões e nos plenários das Casas.
- Parlamentares podem formular emendas (proposições alternativas, salvo se implicar aumento de despesa prevista nos nas hipóteses do art. 63, CF.
- Leis de matéria orçamentária: possível a emenda parlamentar, com ressalvas do art. 166, § 3º, CF. 
- 166, § 4º, CF: compatibilidade da emenda ao projeto de diretrizes orçamentárias com o plano plurianual. 
- Para o STF: a emenda deve guardar pertinência com o projeto de iniciativa privativa (para prevenir a fraude a essa mesma reserva). 
Ex.: Se a matéria é da iniciativa exclusiva do Chefe do Executivo, não se tem aceito que o Legislativo, mesmo invocando o postulado constitucional da isonomia, estenda a outros grupos de servidores vantagem que foi concebida para apenas determinada carreira, via emenda
Votação
- Não havendo quórum específico: maioria simples. 
- Aceleração de prazo para a votação: a requerimento do Presidente da República, nos projetos da sua iniciativa (art. 64, §1º, CF).
- 45 dias de tramitação em cada Casa, para que seja incluído na ordem do dia. 
- Não o sendo, fica sobrestada a deliberação sobre outros assuntos, exceto os que também tenham prazo constitucional determinado ( ex.: MP). 
- Se houver emenda no Senado: a Câmara tem 10 dias para apreciá-la (art. 64, §3ºCF). 
- Prazos não correm no recesso e não se aplicam a códigos. (art. 64, §4º, CF).
Sanção ou veto
- Sanção pode ser definida como anuência do PR ao projeto de lei, art. 66, §4º CR, é ela que faz com que um projeto deixe de ser projeto e passe a ser lei. Portanto,será sempre um ato constitutivo que transforma PLO em lei.
- Pode ser:
	→ Expressa: aquela que ocorre quando explicitamente, em um prazo de 15 dias úteis, o 	PR sanciona o projeto lei.
	→ Tácita: aquela que ocorre quando o PR, nos 15 dias úteis não sanciona o projeto expressamente, mas também não o veta.
- Veto total ou parcial – integralmente sobre artigo ou parágrafo, inciso ou alínea, art. 66, §2º.
	→ O veto parcial tem que ser sempre de texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea, pois não existe a possibilidade do PR vetar palavras ou expressões do PLO. Evita que o PR altere significado das proposições normativas.
- Mesmo se o PR sancionar a lei com vício de iniciativa, ela será inválida.
- O veto é irretratável, mas não é absoluto: possibilidade de o CN rejeitar o veto, mantendo o projeto que votou.
	→ Uma vez explicitando o veto com suas razões, esse ato se torna impossível de ser alterado pelo PR.
- A rejeição do veto se dá na sessão conjunta que deve ocorrer em 30 dias da sua aposição comunicada ao Congresso (maioria absoluta dos deputados e maioria absoluta dos senadores) – art. 66, §4º, CF.
- VETO: expresso e fundamentado na inconstitucionalidade do projeto (veto jurídico) ou na contrariedade ao interesse público (veto político) - art. 66, §1º, CF. 
- O PR tem 15 dias úteis para manifestar o veto, comunicando em 48 horas ao Presidente do Senado, com os motivos- art. 66, §1º, CF. 
O veto pode alcançar partes diversas do projeto de lei e o Congresso Nacional rejeitar apenas alguns desses vetos parciais. Não há impedimento a que haja a rejeição parcial de veto total (Gilmar Mendes).
- Veto mantido pelo CN: o PL é tido como rejeitado e arquivado. 
- Consequência: art. 67, CF - não poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa, salvo se mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso. 
- Não há veto ou sanção: Emenda à Constituição, decretos legislativos, resoluções, leis delegadas ou lei resultante da conversão de medida provisória, sem alterações.
Promulgação e publicação, 66, §7º CR
- Promulgação: Atestado de existência da lei.
- Presidente da República promulga a lei.
- Exceto: Se houver sanção tácita ou rejeição de veto. Se o PR não o fizer em 48 horas, cabe ao Presidente do Senado. 
- Publicação: dá conhecimento geral à existência da lei e fixa a sua vigência.
Espécies legislativas
- Leis delegadas, art. 68 CR:
- Espécie normativa primária elaborada pelo PR com autorização do Poder Legislativo nos limites postos pelo mesmo.
- Poder Legislativo delega ao Chefe do Executivo a faculdade de fazer lei ou produzi-la.
- Solicitada pelo PR ao CN.
- Ao CN cabe a decisão política de deliberar a respeito. Se aceitar: CN traça padrões para o PR, de modo a controla-lo. Elabora resolução com conteúdo da matéria e termos para o seu exercício. (Art. 68, §2º, CR.)
- Prazo para a elaboração de leis delegadas não pode vencer o período da legislatura, para que a deliberação tomada por um congresso não venha a vincular o seguinte.
- Conteúdo: temas impróprios à delegação no art. 68, §1º CF.
-  O PR não fica obrigado a editar a lei (faculdade).
- PR pode editar mais de uma lei sobre a mesma matéria da delegação.
- CN pode aprovar lei ordinária sobre mesma matéria. 
- A delegação pode ser revogada antes do seu termo final. 
Controle da delegação legislativa
- Controle: Judiciário (constitucionalidade) e CN (político – prévio [art. 68, §3º] ou posterior [art. 49, V, CF]).
 - Prévio: A resolução pode determinar a apreciação do projeto do Executivo pelo CN, para a aprovação ou rejeição em bloco - portanto, sem possibilidade de emendas - em votação única. art. 68, §3º
- Posterior: critérios jurídicos. A sustação da lei delegada se dá por meio de decreto legislativo do CN (eficácia erga omnes). 
Lei ordinária e lei complementar
ELEMENTOS:
- Quórum de maioria absoluta (art. 69 da CF) 
- Domínio normativo/ matéria: apenas para situações/matérias que a CF exige expressamente 
- Jurisprudência do STF: Há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar?
Não. LO contrária à LC é inconstitucional por invadir âmbito normativo da LC. 
Mas: se LO contrária à LC que não trata de assunto próprio de lei complementar, esta não é inconstitucional. 
- Diferenças: 
→Lei complementar: só existirá LC para matérias taxativamente previstas na CR.
→Lei ordinária: matérias que não sejam objeto de lei complementar. Seria a lei ordinária, sempre, subsidiária. E, subsidiária em relação a qualquer outra espécie normativa.
Medidas provisórias
- A medida provisória é um ato normativo elaborado pelo PR com força de lei (ato normativo primário).
- Não é lei, mas tem força de lei.
- CF 1988: urgência e necessidade - imediatamente, comunicados ao parlamento, que é convocado se não estiver reunido. 
- Caráter provisório.
- Prazo: é de 60 dias prorrogável por mais 60 dias.
- Vedações: art. 62, § 1º, CF + matéria que a Constituição reserva à iniciativa legislativa exclusiva de outro Poder (ex.: remuneração de juízes ou para a fixação de remuneração dos cargos integrantes dos serviços do Legislativo, autorizar referendum ou convocar plebiscito - art. 49, XV, da CF). 
 Efeitos: 
A) inova a ordem jurídica: desde quando editadas já produzem efeitos de norma vinculante. 
B) provoca o CN a deliberar sobre o assunto.
- Pressupostos formais:
- Urgência e relevância da matéria – ocasionando dano de difícil ou impossível reparação para o interesse público, caso haja demora na regulamentação.
 
- A juízo do PR (apreciação política).
- Escrutínio do Congresso Nacional (art. 62, §5º, CF)
 - Controle do judiciário: em caso de abuso manifesto - falta dos requisitos da urgência e da relevância.
Limitações do conteúdo da medida provisória (art. 62, §1º, CF)
a) Direito político: nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral (art. 62, § 1º, I, a, CF).
b) Direito penal e processo civil e penal (art. 62, §1º, b, CF): princípio da legalidade e do princípio da segurança jurídica em tema de restrição à liberdade física.
c) Organização do Ministério Público e do Judiciário (art. 62, § 1º, I, c, CF) 
MPU e magistratura: assunto de lei complementar (reforça o art. 62, §1º, III, CF) 
d) Leis orçamentárias: art. 62, § 1º, I, d, CF - Exceção: 167, § 3º 
e) Confisco de poupança: (art. 62, II, CF).
f) Matéria de lei complementar (art. 62, §1º, III, CF): quórum mais elevado - maior grau de legitimidade política.
g) Projeto de lei já aprovado pelo CN e pendente de sanção ou veto do PR: a vontade do Legislativo se sobrepõe nesse caso (separação de poderes).
Instituição ou majoração de impostos: art. 62, § 2º, CF. 
- A produção de efeitos só se dá no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
- É a lei que converte a medida provisória que produz efeitos e cria ou aumenta tributo 
- A MP atua como projeto de lei. 
Reedição de medida provisória e medida provisória sobre matéria objeto de projeto de lei rejeitado (CF, art. 62, § 10)
- Prevalece a vontade do Legislativo, mas há a possibilidade reedição em outra sessão legislativa - na seguinte àquela em que ocorreu a rejeição (e não na seguinte àquela em que foi editada)
- MP que haja sido revogada por outra MP não poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa.
- Não é possível a reedição, na mesma sessão legislativa, de MP em seguida a veto do PR a projeto de conversão em que se modificou o conteúdo da medida provisória (a modificação consolida uma espécie de rejeição da MP).
 - Não cabe MP de matéria que trate de projeto de lei rejeitado pelo CN, na mesma sessão legislativa em que o PL foi rejeitado.
MEDIDA PROVISÓRIA - CONVERSÃO EM LEI OU REJEIÇÃO 
- Editada a MP: é submetida à deliberação do CN, no mesmo dia da sua publicação 
- Exame e parecer de uma comissão mista de deputados e senadores (art. 62, § 9º, CF) - a desobediência gera inconstitucionalidade (ADI4.029/2012)
- Em seguida, a CD inicia a análise (art. 62, §8º, CF) 
- Urgência ao trâmite de MP: art. 64, § 2º e art. 66, § 6º 
Prazo para apreciação da MP
- Art. 62, §3º, CF: 60d para a apreciação, no Congresso Nacional, a partir da publicação. 
- Prorrogável por mais 60d, se a votação não estiver encerrada nas duas Casas. 
- Prorrogação automática no CN (PR publica (no DOU) ato de prorrogação de vigência).
- Se o CN estiver em recesso: suspende-se a contagem do prazo de eficácia da MP (CF, art. 62, § 4º) - pode prolongar para além dos 120 dias a eficácia da MP.
- Art. 62, §12, CF: assegura ao PR 15d úteis para o exame do PL de conversão (pode prolongar para além dos 120 dias a eficácia da MP).
Aprovação total da MP: 
- O Presidente do CN promulga a lei, sem a necessidade da sanção do PR, conforme a Resolução n. 1/2002 do CN. 
Aprovação da MP com emendas:
- o projeto de lei de conversão será encaminhado ao PR para sanção ou veto.
- Representa recusa da MP nos pontos emendados.
VIGÊNCIA: 
- Nas partes emendadas: vigência para o futuro, a partir da vigência da lei de conversão. 
- Nas partes não alteradas: ratificação desde quando editada.
Não conversão da medida provisória em lei: 
- Art. 62, §3º, CF: MP perde a eficácia desde a edição, se não for convertida em lei no prazo ou se nesse prazo for rejeitada. 
- O Presidente da Casa comunicará ao PR e publicará o ato declaratório de rejeição no DOU.
- Esgotados os prazos para aprovação sem que a MP tenha sido convertida em lei: o Presidente da Mesa do CN comunicará o fato ao PR, publicando DOU o ato declaratório de encerramento do prazo de vigência da MP. 
 - Relações jurídicas formadas durante o período em que a MP esteve em vigor deverão ser disciplinadas pelo CN, por meio de decreto legislativo - art. 62, §11. 
- Se a regulação não se der em até 60d da rejeição ou da caducidade: relações regidas pela MP - art. 62, §11. 
MP em Estados e Distrito Federal 
- Regulação pelas Constituições estaduais, acompanhando a CF (pelo art. 25, §2º deduz-se a possibilidade).

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