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CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO À GEOLOGIA Geologia Ciência da terra que trata de sua origem, composição (estrutura), de seus processos internos e externos e de sua evolução, através do estudo das rochas. GEO = terra; LOGOS = estudo É objeto da Geologia o estudo dos agentes de formação e transformação das rochas, da composição e disposição das rochas na crosta terrestre. Divisão da Geologia Mineralogia Petrografia Geologia Física Sedimentologia Teórica Estrutural ou Geomorfologia Geral Geologia Histórica Paleontologia Estratigrafia Geologia Economia Mineração Petróleo Aplicada Problemas de Engenharia Fundações, Estradas Engenharia Barragens, Túneis Água Subterrânea, Materiais, etc... GEOLOGIA TEÓRICA OU GERAL FÍSICA: estudo dos tipos de materiais e seu modo de ocorrência bem como de estudo de certas estruturas. · Mineralogia: trata das propriedades cristalográficas (formas e estruturas) físicas e químicas dos minerais, bem como da sua classificação; · Petrografia: descrição dos caracteres intrínsecos da rocha, analisando sua origem (composição química, minerais, arranjo dos grânulos minerais, estado de alteração, etc.); · Sedimentologia: estudo dos depósitos sedimentares e sua origem. As inúmeras feições apresentadas nas rochas podem indicar os ambientes que existiam no local no passado e assim entender os ambientes atuais; · Estrutural: investiga os elementos estruturais presentes nas rochas e causados por esforços; · Geomorfologia: trabalha com a evolução das feições observadas na superfície da Terra, identificando os principais agentes formadores dessas feições e caracterizando a progressão da ação de agentes como o vento, gelo, água... que afetam bastante o relevo terrestre. Em resumo: estuda a maneira como as formas da superfície da Terra são criadas e destruídas. HISTÓRICA: estudo da evolução dos acontecimentos e fenômenos ocorridos no passado. · Paleontologia: estuda a vida pré-histórica, tratando do estudo de fósseis de animais e plantas micro e macroscópicos, sendo conhecidos através de seus restos ou vestígios encontrados nas rochas. Os fósseis são importantes indicadores das condições de vida existentes no passado geológico, preservados por meios naturais na crosta terrestre; · Estratigrafia: trata do estudo da seqüência das camadas (condições de sua formação e a correlação entre os diferentes estratos ou camadas). GEOLOGIA APLICADA · À ECONOMIA: envolve a aplicação de princípios geológicos para o estudo do solo, rochas, água subterrânea e sua influência no planejamento e construção de estruturas de engenharia, ou seja, é o estudo dos materiais do reino mineral que o homem extrai da Terra para a sua sobrevivência e evolução (substâncias orgânicas e inorgânicas). · Mineração; · Petróleo. · À ENGENHARIA: emprego dos conhecimentos geológicos para a solução de certos problemas de Engenharia Civil, principalmente na abertura de túneis e canais, implantação de barragens, construção de estradas, obtenção de água subterrânea, projeto de fundações, taludes, etc. De acordo com a Associação Internacional de Geologia de Engenharia: “A ciência dedicada à investigação, estudo e solução de problemas de engenharia e meio ambiente, decorrentes da interação entre a Geologia e os trabalhos e atividades do homem, bem como à previsão e desenvolvimento de medidas preventivas ou reparadoras de acidentes geológicos”. O Estudo da Geologia de Engenharia abrange: · Definição das condições da geomorfologia, estrutura, estratigrafia, litologia e água subterrânea das formações geológicas; · Caracterização das propriedades mineralógicas, físicas, geomecânicas, químicas e hidráulicas de todos os materiais terrestres envolvidos em construção, recuperação de recursos e alterações ambientais; · Avaliação do comportamento mecânico e hidrológico dos solos e maciços rochosos; · Previsão de alterações, ao longo do tempo, das propriedades citadas anteriormente; · Determinação dos parâmetros a serem considerados na análise de estabilidade de taludes de obras de engenharia e de maciços naturais; · Melhoria e manutenção das condições ambientais e das propriedades dos terrenos. Portanto, a Geologia de Engenharia aborda: · A utilização das rochas, solos ou materiais terrosos como material de construção; · Os fenômenos que ocorrem na superfície da Terra e que podem trazer algum tipo de problema às obras, destacando-se a alteração, erosão e assoreamento nos diversos ambientes (rios, lagos, mares), os movimentos de massa e a ação da água em sub-superfície; · Os maciços rochosos e terrosos, sua investigação e como devem ser apresentados ao engenheiro; · Exemplos de conhecimentos geológicos necessários ao projeto, construção e conservação de diversos tipos de obras. APLICAÇÕES DA GEOLOGIA EM PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL Atividades de superfície a) Obtenção de materiais para construções em geral b) Construção de estradas, corte em geral e minas a céu aberto c) Fundações de edifícios d) Obtenção de água subterrânea e) Barragens de terra e aterros em geral f) Túneis e escavações subterrâneas Atividades de profundidade a) Abertura (escavações) de túneis para uso civil b) Escavações de Minas em profundidade c) Cavernas para hidroelétricas Atividades especiais a) Engenharia de Petróleo b) Engenharia Geotécnica em geral c) Engenharia do meio Ambiente HISTÓRICO DA GEOLOGIA · Geologia como ramo específico da ciência p/ estudo da Terra – séc. VII; · Nicolaus Steno (1631-1686), Bispo de Hamburgo, é reconhecido como o fundador da Geologia como um ramo independente da Ciência; · Dentre os pioneiros no desenvolvimento da Geologia, encontram-se J.G. Lehmann, estudioso alemão falecido em 1767, um dos primeiros a visualizar a possibilidade de ordenar a disposição e idade das rochas da crosta terrestre; · James Hutton (1726-1797), um escocês de Edimburgo, foi o primeiro grande nome nos anais da Ciência. Seu livro “Teoria da Terra”, publicado em 1785, trouxe as bases para os grandes avanços realizados durante o século XIX; · No século XIX, a nova ciência geológica defronta-se com uma série de preconceitos de ordem religiosa e filosófica – oposição às idéias a respeito da antiguidade da Terra; · A moderna Geologia sofre influência da publicação “A origem das espécies” de Charles Darwin (1859); · Em meados do século XIX, o progresso da sociedade industrial européia motivou grandes obras, possibilitando o desenvolvimento da Geologia; · Desenvolvimento de novas ciências a partir de 1914: Mecânica das Rochas, Geomecânica e Mecânica dos Solos; · A partir da década de 1950, houve um grande surto de desenvolvimento após a 2ª Guerra Mundial, exigindo a utilização de especialistas em todas as áreas de conhecimento científico e tecnológico, resultando no acelerado crescimento da Geotecnia. CAPÍTULO 2 ELEMENTOS SOBRE A TERRA E A CROSTA TERRESTRE Definição A Terra • Esferóide achatado nos Pólos e dilatado no Equador. • Diâmetro Polar: 12.712 Km. • Diâmetro Equatorial: 12.756 Km. • Maior elevação: Everest 8.840m (HIMALAIA). • Maior depressão: Fossas Filipinas 11.516m. • Massa (calculada mediante a lei da gravitação de Newton): 6 sextilhões de toneladas. • Densidade: 5,52 (5,52 vezes o peso da água). Rochas de ocorrência na superfície: d = 2,7-3,0 ; interior da terra: > Densidade. Conclusão: Materiais de ocorrênciaem maiores profundidades apresentam maior densidade. Composição da Terra • Raio Médio: 6300 Km. • Perfuração Atingida: 7Km (0,1%). • Informações sobre o interior da terra: Meios Indiretos. Estudos de Propagação de ondas sísmicas originadas por terremotos; cujas vibrações são medidas por sismógrafos. Ondas Longitudinais (ou de compressão) · Apresentam maior velocidade de transmissão · A vibração se dá na direção da propagação (= ondas sonoras) · São chamadas ondas principais ou ondas P · Se propagam em mios sólidos e líquidos Ondas Transversais (ou de distorsão) · A vibração se dá na direção ^ à de propagação (= ondas luminosas) · São chamadas ondas secundárias ou ondas S · Não se propagam num meio fluido - A velocidade das ondas P e S dependem da densidade do meio em que se propagam - Ao atingirem a superfície de separação de dois meios fisicamente diferentes: Refração e reflexão ? descontinuidade na curva da “velocidade x profundidade” a) Descontinuidade Mohorovicic - observada numa profundidade de 30 à 50 km nas regiões continentais e muito menos nas regiões oceânicas. b) Descontinuidade de Weichert-Gutenberg - mais notável do que a primeira, a uma profundidade de 2.900 km. Partes do Globo a) Crosta: vai desde a superfície até a descontinuidade abaixo dos oceanos e de 30 à 50 km nas regiões continentais. b) Manto: Compreendido entre as descontinuidades de Mohorovicic e do Weichert- Gutenberg, com uma espessura de 2.900 km. De acordo com a velocidade de transmissão das ondas sísmicas identificou ser formado de material de silicatos, alguns sulfetos e óxidos de ferro. d = 3,3 - 4,7 c) Núcleo: Compreendido entre a descontinuidade de Weichert-Gutenberg e o centro da terra. É formado de um material que se comporta na parte exterior como um líquido e na parte mais interna possivelmente sólida - Ligas de Fe e Ni. d = 12,2 Crosta (Litosfera) SIAL: · Regiões Continentais: Zonas superiores (placas), predominância de rochas de constituição granítica, ricas em sílica e alumínio · Propaga as ondas elásticas com uma velocidade de 6,0 a 6,5 km /seg · É a camada superior da crosta e em geral está coberta pelas formações sedimentares · Nas regiões continentais a espessura do SIAL é da ordem de 15 km · Nas regiões oceânicas, o SIAL está praticamente ausente SIMA: · Regiões Marinhas e inferiores aos continentes: predominância de rochas de constituição basáltica, ricas em silicatos de magnésio e ferro. · As ondas elásticas, com maior velocidade (de 6,5 a 7,0 km/seg · É a camada inferior da crosta · Nas regiões continentais a espessura do SIMA é da ordem de 30 km · Nas regiões oceânicas o SIMA tem de 5 à 10 km de espessura · Constituição da Crosta ? Rochas: Agregados naturais de uma ou mais espécies de minerais. Constituindo assim unidades mais ou menos definidas da crosta terrestre Classificação quanto a gênese (Formação): – Magmáticas: Formadas a partir do resfriamento e consolidação do magma, que é um material em estado de fusão no interior da terra. – Sedimentares: Formadas por consolidação de materiais derivados da decomposição e desintegração de qualquer rocha. – Metamórficas: Originadas pela ação da pressão, temperatura e de soluções químicas de outra rocha qualquer. Composição da Crosta: 5% 95% Rochas Sedimentares Rochas Magmáticas (e Metamórficas) 25% 75% Rochas Magmáticas (e Metamórficas) Rochas Sedimentáres RELAÇÃO SEGUNDO VOLUME DA CROSTA RELAÇÃO SEGUNDO ÁREA DA CROSTA • Composição média, em óxidos, para a crosta nas áreas continentais: SiO2................. 60,2 % Na2O................ 3,9 % Al2O3............... 15,6 % MgO................. 3,6 % Fe2O3.............. 7,0 % K2O.................. 3,2 % FeO................. 7,0 % CaO.................. 5,2 % • Elementos químicos mais comuns na Crosta da Terra: PESO (%) VOLUME (%) O 46,6 92,0 Si 27,7 0,8 Al 8,1 0,8 Fe 5,0 0,7 Mg 2,1 0,6 Ca 3,6 1,5 Na 2,8 1,6 K 2,6 2,1 Escala geológica do tempo Idade da Terra ??? - Dados Bíblicos - Extrapolação sobre a velocidade de fenômenos Geológicos atuais, transferindo-se seus resultados para o passado. - Estudos modernos: Radioatividade ? Possibilidade de determinação do tempo de transmutação de um elemento em outro (mudança do nº atômico com o tempo). Meia Vida de um Elemento Tempo T no qual METADE da massa inicial estará transformada em outro elemento. Após 2T a metade desta nova massa se desintegra, restando a quarta parte. • Função exponencial com o tempo 1g Urânio 4,6 bilhões de anos 0,5g U 25% 0,43 g Pb 65% 0,07g He 10% Método Atual: POTÁSSIO - ARGÔNIO T= 1,3 Bilhões de anos Método do Rubídio - Estrôncio: Para rochas mais antigas T= 50 Bilhões de anos Capítulo 3 - MINERAIS CONCEITOS MINERAL – é toda substância homogênea, sólida ou líquida, de origem inorgânica que surge naturalmente na crosta terrestre. Normalmente com composição química definida e, se formado em condições favoráveis, terá estrutura atômica ordenada condicionando sua forma cristalina e suas propriedades físicas. EXCEÇÕES: o petróleo e o âmbar são considerado minerais, embora não possuam composição química definida e serem matéria orgânica. Mineralogia – ciência que estuda as propriedades, composição, maneira de ocorrência e gênese dos minerais. Cristal: Formados quando há um ambiente favorável (lento aquecimento). Os grupos de átomos (moléculas) se juntam em forma ordenada. É definido numa geometria em que as faces são planas. "Toda formação em Cristal é identificado como matéria mineral, mas nem todo mineral se apresenta em forma de cristais". Os minerais se formam por cristalização, a partir de líquidos magmáticos ou soluções termais, pela recristalização em estado sólido e ainda, como produto de reações químicas entre sólidos e líquidos. As rochas podem ser identificadas pelo tipo de mineral que as integra: · Mineral essencial: o mineral caracteriza um tipo de rocha, como por exemplo, o granito que é constituído pelo quartzo, micas e feldspatos; · Minerais acessórios: revelam condições especiais de cristalização; · Minerais secundários: aparecem na rocha depois de sua formação, ou seja, são formados da alteração de outros minerais PROPRIEDADES DOS MINERAIS PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS Hábito: Maneira mais freqüente com que um mineral ou cristal se apresenta. Todos minerais estão enquadrados em um dos tipos de sistema cristalino. Ex. Quartzo: Prismático, terminando por faces de romboedro. Feldspatos: Prismas monoclínicos ou triclínicos. Micas: Placas tabulares. Simetria e Associação de Minerais: Não será estudado no Curso Os cristais, com base nos elementos de simetria, foram reunidos em seis grupos, denominadossistemas cristalinos. EXEMPLO: Estrutura interna e forma Halita (NaCl). PROPRIEDADES FÍSICAS Dureza: É a resistência ao risco. É dada pela escala empírica de MOHS. Obs.: • A variação da dureza dessa escala não é gradativa ou proporcional • Dureza função de: - composição química - estrutura cristalina Ex.: Diamante e grafita - carbono 10 1 a 2 Traço: É a propriedade de o mineral deixar um risco de pó, quando friccionado contra uma superfície não polida de porcelana branca. • Dureza superiorao da porcelana (7) – incolor (provoca um sulco na porcelana). • O traço nem sempre apresenta a cor do mineral. Ex.: Hematita (preto - cinzento) Traço Vermelho - Sangue Clivagem : É a propriedade de os minerais se partirem em determinados planos ou já apresentarem esses pl, de acordo com suas direções de fraqueza. Proeminente Mica/calcita Perfeita (aspereza) Feldspatos Distinta (escalonamento) Fluorita Indistinta Apatita Direções de Clivagem: (A) segundo uma única direção, (B) se faz em dois planos, (C) segundo três direções, (D) três direções em ângulos não reto e (E) em octaedro.(9) Fratura: Quando os minerais não se partem em planos, mas segundo uma superfície irregular. Conchoidal (Concavidades ± profunda) Plana Irregular Tenacidade: É a resistência ao choque de um martelo, ou ao corte de uma lâmina de aço. Quebradiços ou friáveis: reduzem-se a pó qdo submetidos à pressão. Ex: calcita Sécteis: podem ser cortados por uma lâmina. Ex: gipsita Maleáveis: redutíveis a lâminas pelo martelo. Ex: ouro Flexibilidade: Propriedade que os minerais possuem de sofrerem deformações Def. Elástica: Deixa de existir quando retirado o esforço Ex: mica Def. Plástica: Permanece após a retirada do esforço. Ex: talco Peso Específico: (Densidade) peso volume "y" do mineral G = peso volume "y" de água destilada a 4°C Fatores que influenciam no peso específico: a) natureza dos átomos Peso Atômico > ® G > b) estrutura atômica diamante ® compacto (3,5) grafita ® menor no. de átomos (2,2) PROPRIEDADES ÓPTICAS Brilho: É o aspecto da reflexão da luz na superfície do mineral. Metálico: Semelhante ao brilho dos metais polidos. Não metálico: Outro aspecto. (vítreo, sedoso, acetinado, graxo, resinoso, adamantino) Cor: Observação em superfície de fratura recente. A superfície exposta ao ar se transforma, formando películas de alteração. PROPRIEDADES QUÍMICAS De acordo com a sua composição química, os minerais podem ser classificados em: ÓXIDOS, SILICATOS, SULFATOS, CARBONATOS, SULFETOS Óxidos: Anídricos: Gelo H2O Hematita Fe2O3 Magnetita Fe3O4 Corindon Al2O3 Hidratados: Geotita FeO(OH) Bauxita Hidratados de Alumínio Carbonatos: Calcita CaCO3 Dolomita CaMg(CO3) Magnesita MgCO3 Siderita FeCO3 Silicatos: Principal classe de minerais Grupo do Quartzo Grupo dos Feldspatos Grupo das Micas Grupo dos Piroxênios e Anfibólios Sulfetos: Galena PbS Pirita FeS2 Blenda ZnS Calcopirita CuFeS2 Sulfatos: Barita BaSO4 Gipsita CaSO4.2H2O Rocha: Minerais Máficos + Félsicos Minerais Máficos: Contém Fe e Mg em sua composição química. Minerais escuros. Minerais Félsicos: Não contém Fe e Mg. São minerais de cor clara. MINERAIS DE UMA ROCHA Minerais que formam as rochas + comuns da Crosta Minerais (Aparecem com a maior percentagem) essenciais Grupo dos Feldspatos 60% Grupo do Quartzo 12% Rocha Grupo dos Piroxênios e Anfibólios 17% Grupo das Micas 4% Minerais Que não predominan na constituição das rochas. acessórios Não são considerados na classif. de uma rocha. Minerais acessórios 7% CARACTERÍSTICAS DOS SILICATOS Silicatos: Compostos químicos mais presentes na constituição das rochas. Grupo dos Feldspatos: KAlSi3O8 - Ortoclásio Feldspatos alcalinos ou ortoclásios NaAlSi3O8 - Albita Feldspatos alcali-cálcicos ou plagioclásios CaAl2Si2O8 - Anortita Clivagem: 2 direções Cor: Ortoclásios: Creme, tijolo, róseo ou vermelho (impurezas da hematita) Plagioclásios: Cinza, branco, pardo, esverdeado. Brilho: Vítreo em fratura recente Ocorrência: Rochas Magmáticas e Rochas Metamórficas, mais raros nas Rochas Sedimentares porque se decompõe em argila e caulim. Grupo do Quartzo: SiO2 (sílica) - Cristalizado macroscopicamente - Quartzo (branco) Ametista (roxa) - Amorfa (não apresenta estrutura cristalina) - Opala - Microcristalina - Calcedônia Clivagem: Ausente Cor: Branco (incolor-cinza-roxa) Brilho: Vítreo Ocorrência: Deve ser suspeitada em quase todo tipo de rocha Grupo dos Piroxênios e Anfibólios: São minerais de aparência muito similar. São prismáticos, de cor escura (quantidade de Fe e Mg), com clivagem em 2 planos. PIROXÊNIOS ANFIBÓLIOS Clivagem: Quase perpendicular Oblíquos Cor: Verde escuro a preto, verde claro,cinza, claro, branco azulado Brilho: Vítreo Vítreo sedoso Ocorrência: Principalmente Rochas Principalmente Magmáticas e também Metamórficas e Metamórficas também em Magmáticas. * São muito susceptíveis à alteração em clima úmido, com formação de minerais argilosos e liberação de hidróxidos de Ferro e Manganês, conferindo uma coloração avermelhada ao mineral da rocha em alteração ou aos solos deles derivados. Grupo das Micas: Minerais caracterizados por uma ótima clivagem laminar e boa elasticidade. Distiguem 2 variedades principais: Mica branca ® Muscovita Mica Preta ® Biotita Clivagem: Perfeita em 1 direção Brilho: Acetinado Ocorrência: Magmática e Metamórfica * A Biotita se altera facilmente por hidratação, enquanto a muscovita não tão facilmente. Direções de Clivagem: (A) segundo uma única direção, (B) se faz em dois planos, (C) segundo três direções, (D) três direções em ângulos não reto e (E) em octaedro.(9) PIROXÊNIOS ANFIBÓLIOS Clivagem: Quase perpendicular Oblíquos Cor: Verde escuro a preto, verde claro,cinza, claro, branco azulado Brilho: Vítreo Vítreo sedoso Ocorrência: Principalmente Rochas Principalmente Magmáticas e também Metamórficas e Metamórficas também em Magmáticas. Formas de Cristalização de um Mineral Escala de Mohs Dureza Mineral Observações 1 Talco Risca-se com a unha. 2 Gipsita Risca-se com plástico comum e prego. 3 Calcita Risca-se com prego e canivete de aço. 4 Fluorita Risca-se com lima de aço e vidro de quartzo. 5 Apatita Material constituinte de ossos de animais. 6 Ortoclásio Não se risca com prego. Dureza do vidro comum. 7 Quartzo Não se risca com canivete de aço e vidro comum. 8 Topázio Não se risca com lima de aço. 9 Coríndon Material correspondente a abrasivo “alundum”. 10 Diamante Nenhum material pode riscar o diamante. Peso Específico (Densidade) Grupo Densidade Composição química Exemplos Leve < 2,9 Silicatos félsicos. Quartzo, ortoclásio, plagioclásio. Pouco pesado 2,9 ~ 3,4 Silicatos máficos. Anfibólios, Ortopiroxênio. Pesado 4,0 ~ 8,0 Óxidos e sulfetos de metal. Magnetita, pirita. Muito pesado > 8,0 Elem. nativos metálicos. Ouro, prata e platina nativos. Minerais mais Comuns das Rochas 1. Quartzo 6. Zircão 11. Topázio 16. Amianto 2. Feldspatos 7. Magnetita 12. Calcita 17. Talco 3. Micas 8. Hematita 13. Dolomita 18. Zeólitas 4. Anfibólios 9. Pirita 14. Caolim 19. Fluorita 5. Piroxênios 10. Turmalina 15. Clorita Capítulo 4 - ROCHAS DEFINIÇÕES MINERAL: Toda substancia inorgânica natural, de composiçãoquímica estrutura definidas. Quando adquire formas geométricas próprias, que correspondam à sua estrutura atômica, passa a ser chamado de CRISTAL. ROCHA: É uma agregado naturas de um ou mais minerais, ou vidro vulcânico, ou ainda matéria orgânica, e que faz parte importante da crosta sólida da terra CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS QUANTO À QUANTIDADE DE TIPOS DE MINERAL · Simples ou uniminerálicas – formada por apenas uma espécie de mineral. Exemplo: quartzito – mineral único: quartzo (SiO2) mármore – mineral único: cristais de calcita (CaCO3) · Composta ou pluriminerálicas – formada por mais de uma espécie de mineral. Exemplo: granito – presença de quartzo, feldspato e mica diabásios – presença de feldspato, piroxênio e magnetita CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS QUANTO A SUA GÊNESE · Magmáticas ou endógenas ou ígneas · Sedimentares ou exógenas ou estratificadas · Metamórficas MAGMA ROCHA ÍGNEA PELA ORIGEM DA TERRA, AS ROCHAS ÍGNEAS TERIAM SIDO AS PRIMERIAS A SE FORMAREM. APÓS A SUA FORMAÇÃO, AS ROCHAS ÍGNEAS PASSARAM A SOFRER A AÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E BIOLÓGICA DOS AGENTES ATMOSFÉRICOS, O QUE LEVA A INSTABILIZAÇÃO DE SEUS MINERAIS E A FORMAÇÃO DO SOLO RESIDUAL. A ESTE PROCESSO, DENOMINAMOS DE INTEMPERISMO. ROCHA ÍGNEA SOLO RESIDUAL O SOLO RESIDUAL FORMADO FICA SUJEITO A AÇÃO DE FLUXO DA ÁGUA, DO AR, DO GELO, DO IMPACTO DOS GRÃOS E COMEÇA A SOFRER EROSÃO. O GRÃO SOLTO PASSA A SER TRANSPORTADO, ATRAVÉS DE UM AGENTE TRANSPORTADOR, E DEPOSITA-SE EM REGIÕES BAIXAS E PLANAS, PASSANDO A SER DENOMINADO DE SEDIMENTO. SOLO RESIDUAL SEDIMENTO O SEDIMENTO FORMADO PODE SER LEVADO A GRANDES PROFUNDIDADES POR SITUAÇÕES TAIS COMO A CHOQUE DE PLACAS, DE FORMA QUE FICA SUJEITO A AÇÃO DE ALTAS TEMPERATURAS E PRESSÃO. NESTE CASO, O SEDIMENTO PASSA A SOFRER O PROCESSO DE LITIFICAÇÃO, TORNANDO-SE UMA ROCHA SEDIMENTAR. SEDIMENTO ROCHA SEDIMENTAR CASO HAJA A CONTINUIDADE DO CHOQUE DE PLACAS (SUBSIDÊNCIA) A ROCHA SEDIMENTAR OU ÍGNEA PODERÁ ATINGIR PROFUNDIDADES DE 5 A 20 Km, ONDE AS TEMPERATURAS E PRESSÕES PROVOCAM MUDANÇAS MINERALÓGICAS QUE SÃO DENOMINADAS DE METAMORFISMO. AS ROCHAS RESULTANTES DA AÇÃO DESTES PROCESSOS SÃO DENOMINADAS DE ROCHAS METAMÓRFICAS. ROCHA SEDIMENTAR ROCHA METAMÓRFICA TENDO CONTINUIDADE O AUMENTO DE PROFUNDIDADE, A ROCHA ATINGIRÁ TEMPERATURAS E PRESSÕES TAIS QUE PODEM PROVOCAR A SUA FUSÃO TOTAL OU PARCIAL, FORMANDO NOVAMENTE O MAGMA. ROCHA METAMÓRFICA MAGMA RESUMO: A FORMAÇÃO DAS ROCHAS SE DÁ POR REFRIAMENTO DO MAGMA, CONSOLIDAÇÃO DE DEPÓSITOS SEDIMENTARES E METAMORFISMO RESFRIAMENTO + CONSOLIDAÇÃO INTEMPERISMO EROSÃO + TRANSPORTE + DEPOSIÇÃO METAMORFISMO FUSÃO LITIFICAÇÃO ROCHAS MAGMÁTICAS MAGMA: Corresponde ao estado de fusão dos constituintes formadores da terra (crosta) (SiO2; Al2O3; FeO; MgO; CaO; Na2O; K2O). Material em estado de fusão no interior da terra. Mistura complexa de silicatos, óxidos, fosfatos, compostos voláteis ( água o + importante) O Magma seria a rocha em estado de fusão. As temperaturas medidas em corridas de lava são da ordem de 900° a 1150°C. LAVA: É o magma que atinge a superfície da terra, através dos vulcões, vindo de certas profundidades (regiões superaquecidas). É expulsa de maneira calma ou acompanhada de explosões (emissão de gases aquecidos que ocupam considerável volume das lavas formando partículas finísssimas denominadas “Cinzas vulcânicas”). · Rochas de composição diferentes fundem em temperaturas diferentes · Minerais resultantes da solidificação de uma fusão dependem da: - Composição química da fusão - Pressão total - Pressão parcial dos voláteis ROCHAS MAGMÁTICAS VULCÂNICAS, EXTRUSIVAS OU EFUSIVAS: Quando o magma atinge a superfície da terra, esparramando-se. Rochas formadas na superfície (derrames). O resfriamento é rápido, não passando por estágios de resfriamentos. Os cristais da rocha são muito pequenos, microscópicos (granulação Afanítica) DERRAME = f (fluidez) FLUIDEZ = f (composição química) Formações: Derrames ® Magmas básicos (pobre em Si e rico em Fe e Mg - de coloração + escura). São mais móveis e menos viscosos. Alcançam grandes distâncias do ponto de estravasamento. Estruturas Vulcânicas ® Magmas ácidos. Há um acúmulo de material próximo do orifício de estravasamento não se derramando. ROCHAS MAGMÁTICAS PLUTÔNICAS OU INTRUSIVAS: Qdo o magma não consegue romper as camadas superiores da crosta. O resfriamento é gradual, passando por estágios de resfriamentos dando origem a rochas cristalinas, de constituição macroscópica (granulação FANERÍTICA). As rochas consolidadas no interior da crosta dependem da estrutura geológica e da natureza das rochas que elas penetram. As formas intrusivas mais comuns: a) Sills: Camadas de rocha de forma tabular, relativamente pouco espessas. Magma que penetrou nas camadas de rocha, em posição aproximadamente horizontal. b) Diques: São formações normalmente verticais, mais ou menos tabulares, que cortam angularmente as camadas de rochas invadidas. Þ Saliências espassadas (rocha) em superfície de terreno: Quando a rocha encaixante é mais resistente à erosão que a rocha encaixada. c) Batólitos: São grandes massas magmáticas consolidadas internamente e de constituição granítica. Sendo o granito o exemplo mais representativo desta formação. Quando expostas pela erosão, abrangem grandes áreas. CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS: a) Porcentagem de sílica Sílica está sempre presente. De acordo com a porcentagem: - ácidas (superiores a 65%) - intermediárias ou neutras (entre 52% e 65%) - básicas (inferiores a 52%) b) Cor dos minerais Félsicos (claros) ou máficos (escuros). Em relação a minerais escuros: - Leucocráticas (inferiores a 30%) - Mesocráticas (entre 30% e 60%) - Melanocráticas (superiores a 60%) c) Tipo de feldspato - Alcalinas: predominância dos feldspatos potássicos, sódicos, e os intercrescimentos de ambos sobre os plagioclásios. - Monzoníticas: equilíbrio entre feldspatos alcalinos e feldspatos alcali- cálcicos. - Alcali-cálcicas ou plagioclásticas: predominância dos plagioclásios sobre feldspatos alcalinos. d) Granulação A granulação do mineral também é utilizada como base de classificação - Grossa (> 5 mm): rochas formadas a grandes profundidades - Média (entre 1 mm e 5 mm): rochas formadas a profundidades médias - Fina (< 1 mm): rochas formadas na superfície da Terra Classificação resumida a) Rochas portadoras de feldspatos a) Rochas ácidas: granitos, pegmatitos, aplitos, granadioritos b) Rochas intermediárias: sienitos, dioritos c) Rochas básicas: basaltos, diabásios, gabros b) Rochas sem feldspatos Ultramafitos: consistem em minerais ferromagnesianos e acessórios. Ex. piroxenitos, peridotitos, etc. Lamprófitos: difícil enquadramento em qualquer esquema de classificação. Associados com qualquer grupo citado anteriormente. Classificação das rochas ígneas em Geologia de Engenharia Rochas graníticas ou ácidas Pegmatito Granito Granodiorito Aplito Granulação Muito grossa Grossa a média Média a fina Fina Modo de ocorrência Diques Grandes massas Massas e diques Diques Cor mais comum Clara Tons de cinza-róseo Cinza Cinza-clara e rósea Rochas básicas Gabro Diabásio Basalto maciço Basalto vesicular Granulação Grossa Média a fina Fina Fina, com cavid. Modo de ocorrência Massa de rochas e diques Diques Derrames Derrames Cor mais comumPreta-cinza- esverdeada Preta Preta, cinza, esverdea da Marron Rochas intermediárias ou alcalinas Nefelina-Sienito Tinguaíto, Fonólito Granulação Média a grossa Fina a média, com cristais maiores Modo de ocorrência Intrusões Intrusões Cor mais comum Tons de cinza Verde-escura preta Principais Rochas e Constituintes Minerais (Frasca e Sartori, 1998) Composição Mineral Média das rochas (Roberts et al, 1996) Resumo das Propriedades de Engenharia das Rochas (Roberts et al, 1996) Capítulo 5 – ROCHAS SEDIMENTARES 1- DEFINIÇÕES Rochas que resultam da desintegração e decomposição de rochas preexistentes (magmáticas, metamórficas ou sedimentares), graças a ação de intemperismo (conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a transformação das rochas em sedimentos) 2- CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DE UMA ROCHA SEDIMENTAR - Pré- existência de rochas - Presença de agentes móveis ou imóveis que desagreguem ou desintegrem aquelas rochas - Presença de agente transportador dos sedimentos - Deposição deste material em uma bacia de acumulação continental ou marinha - Consolidação desses sedimentos - Diagênese: Transformação do sedimento em rochas definitivas (bacias sedimentares) LITIFICAÇÃO (DIAGÊNESE): Último processo que ocorre na formação das rochas sedimentares. Fenômeno que compreende as modificações sofridas pelos sedimentos até a formação da rocha definitiva. É dividido em: - CIMENTAÇÃO: Cristalização de material carreado pela água que percola pelos vazios do sedimento (espaço de vazios deixados pelas partículas sólidas), preenchendo-0s e dando coesão ao material - COMPACTAÇÃO: Compressão dos sedimentos devido ao peso daqueles sobrepostos, havendo gradual diminuição da porosidade ( redução de vazios) - AUTIGÊNESE: Formação de novos minerais in situ 3 - INTEMPERISMO (OU METEORIZAÇÃO) ü Conjunto de processos que ocasionam a desintegração (ação física) e a decomposição (ação química) das rochas e dos minerais, por ação de agentes atmosféricos e biológicos. Fenômeno também conhecido como “Meteorização”. ü Maior importância geológica: destruição das rochas para originar solos, sedimentos e as rochas sedimentares Þ Produção de materiais desintegrados que formarão: * Sedimentos (arenoso, argiloso... - Granulometria e composição uniforme) * Solos (mistura ou não de sedimentos) * Rochas sedimentares (sedimentos cimentados) ü BENFÍCIOS ECONÔMICOS: · Concentração de minerais úteis ou minérios (ouro, platina, pedras preciosas, etc); · Formação de depósitos enriquecidos de Cu, Mn, Ni, etc. ü DIFERENÇA ENTRE INTEMPERISMO E EROSÃO: · INTEMPERISMO: fenômeno de alteração das rochas executado por agentes essencialmente imóveis; · EROSÃO: remoção e transporte dos materiais por meio de agentes móveis (água, vento). ü Produto final da intemperização: Regolito ou Manto de decomposição ü PROCESSO DE INTEMPERISMO: 2 fases * Física ( desintegração das rochas) Entende-se por integração como a ruptura das rochas inicialmente em fendas (fraturas), progredindo para partículas de tamanhos menores sem, no entanto, haver mudança na composição, constituindo apenas em fraturamento da rocha. Agentes: variação de temperatura, congelamento de água etc... * Química (decomposição das rochas) A presença de trincas (fendas) permite a circulação da água e de agentes químicos, que em contato direto com os diversos minerais existentes contribui para a sua decomposição (alteração da composição). 3.1- AGENTES DO INTEMPERISMO FÍSICOS OU MECÂNICOS (DESAGREGAÇÃO) - VARIAÇÃO DA TEMPERATURA - CONGELAMENTO DA ÁGUA - CRISTALIZAÇÃO DE SAIS - AÇÃO FÍSICA DE VEGETAIS QUÍMICOS (DECOMPOSIÇÃO) - HIDRÓLISE - HIDRATAÇÃO - OXIDAÇÃO - CARBONATAÇÃO - AÇÃO QUÍMICA DOS ORGANISMOS E DOS MATERIAIS ORGÂ- NICOS 3.2- FATORES QUE INFLUEM NO INTEMPERISMO CLIMA: · Regiões áridas e/ou geladas - ação dos agentes físicos (NE do Brasil). · Regiões úmidas e quentes - ação dos agentes químicos (Centro Sul Br). TOPOGRAFIA: · Regiões de aclive (elevada) - A ação da gravidade favorece a remoção da camada de solo que protege a rocha da ação das intempéries · Regiões com cadeias montanhosas - barragem de correntes de ar, influenciando na ação de precipitações (chuvas) iterferindo no clima. TIPO DE ROCHA: Diferentes são as resistências oferecidas ao ataque físico e químico. Um tipo ou outro de rocha apresentará maior ou menor facilidade de sofrer a ação do intemperismo. VEGETAÇÃO: A fixação do solo, com suas raízes, contribui para que esta camada superficial não seja removida protegendo a rocha da ação de intempéries. 3.3- TIPOS DE INTEMPERISMO INTEMPERISMO FÍSICO a) Ação da variação da temperatura :Exp/contr ® Desintegração b) Congelamento da água: aumento de volume (10%) c) Cristalização de sais: Força de cristalização d) Ação física dos vegetais: crescimento de raízes INTEMPERISMO QUÍMICO Água + O2, CO2, e às vezes nitratos e nitritos – podem ficar impregnados de ácidos, sais e produtos orgânicos e iniciar ataques às rochas HIDRÓLISE Combinação de íons da água com os compostos ® Formação de novas substâncias Exemplo: (FELDSPATO ORTOCLÁSIO) KAlSi3O8 + H2O ® HAlSi3O8 + KOH (argila + solução dissolvida de K) HIDRATAÇÃO Adição de moléculas de água aos minerais formando novos compostos Exemplo: CaSO4 + H2O ® CaSO4 .2H2O Provoca também o aumento de volume – Desintegração CARBONATAÇÃO (DECOMPOSIÇÃO POR CO2) CO2 Contido na água forma ácido carbónico Exemplo: CO2 + H2O ® H2CO3 CaCO3 + H2CO3 ® Ca(HCO3)2 (CALCITA) + (ÁC. CARB.) ® (BICARBONATO DE CÁLCIO) OXIDAÇÃO Decomposição dos minerais pela ação oxidante de O2 e CO2 dissolvidos na água – HIDRATOS, ÓXIDOS, CARBONATOS, ETC. Minerais contendoO Fe, Mn, S, Cu – Mais susceptíveis à oxidação Exemplo: Fe++ ® Fe+++ Fe(HCO3)2 + O2 ® Fe2O3NH2O + HCO3 (LIMONITA) DECOMPOSIÇÃO QUÍMICO-BIOLÓGICA Ação química dos organismos – muito variada 4- DECOMPOSIÇÃO DAS ROCHAS GRUPO RESULTANTE DA DECOMPOSIÇÃO DE UM GRANITO: a) Minerais inalteráveis: QUARTZO, ZIRCÃO E MUSCOVITA. b) Resíduos insolúveis: ARGILAS, SUBSTÂNCIAS CORANTES. c) Substâncias solúveis: SAIS DE K, NA, Fe, Mg E SÍLICA. SUBSTÂNCIAS SOLÚVEIS: · Geralmente transportado para o mar (SALINIZAÇÃO); · Regiões de alta evaporação – Depósitos · SÍLICA, Geralmente depositadas em fraturas e como material de cimentação SUBSTÂNCIAS INSOLÚVEIS: · Podem permanecer no local; · Grãos de QUARTZO formam camadas de areia · Partículas de argila são transportadas e depois sedimentadas para formar camadas de lama 5- CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES ROCHAS DE ORIGEM MECÂNICA Subdivisões de acordo com diâmetros predominantes a) Grosseira b) Arenosas c) Argilosas Rochas grosseiras f ³ 2 ?mm e são originadas por depósitos coluviais de tálus e os de aluvião. Tipos: a) Conglomerados – fragmentos arredondados, transportados e depositados. O tamanho varia de seixos até matacões. b) Brechas – fragmentos angulosos e cimentados por sílica, carbonato de cálcio, etc; o que demonstra que o transporte não foi muito grande. Rochas arenosas São as mais representativas e comuns, com diâmetros entre 0,01 e 2 mm. a)Arenitos – constituídas substancialmente de partículasou grânulos de quartzo detrítico, sub-angulares ou angulares. O cimento pode ser sílica, carbonato e cálcio, substâncias ferruginosas, etc. b) Siltito – granulação finíssima f » 0,01 mm, formados por erosão fluvial, lacustre ou glacial. Apresentam camadas muito finas identificadas por diferentes faixas coloridas (películas de óxido de Fe). Rochas argilosas São representadas pelos mais finos sedimentos mecanicamente formados, com f < 0,01 mm até dimensões coloidais. São divididos em três grupos: a) Grupo do caulim b) Grupo da montmorillonita c) Grupo das illitas (hidrômicas) Exemplos: folhelhos (camadas horizontais bem destacadas em planos) e argilito (planos horizo ntais são menos comuns). ROCHAS DE ORIGEM QUÍMICA a) Calcárias – precipitados em bacias através de mudanças físico-químicas do meio. Ex. mármore travertino, crescimento de estalactites e estalagmites, dolomitos, etc. b) Ferruginosas – origem inorgânica e química. c) Silicosas – precipitação de soluções cujo constituinte predominante é a sílica. Ex. sílex de origem química. d) Salinas – produto da precipitação química das bacias. Ex. cloretos, sulfatos, boratos, nitratos, etc. ROCHAS DE ORIGEM ORGÂNICA a) Calcárias – acúmulo de conchas ou carapaças de composição carbonatada. b) Carbonosas – acúmulo de matéria vegetal com posterior carbonização, total ou parcial, e consolidada. Compreende as turfas e carvões (lignito, carvão betuminoso e antracito) - ROCHAS CARBONATADAS CALCÁREO, GIZ - ROCHAS FOSFATADAS FOSFORITO, GUANO - RICHAS FERRÍFERAS LIMONITA - ROCHAS SILICOSAS DIATOMITOS - ROCHAS CARBONOSAS CARVÃO, ANTRACITO Capítulo 6 – ROCHAS METAMÓRFICAS 1- DEFINIÇÕES Rochas Metamórficas: Rocha proveniente de transformações sofridas por qualquer tipo de rochas preexistentes que foram submetidas a processos termodinâmicos, (efeitos de variação de temperatura e pressão) os quais produziram novas texturas e novos minerais que geralmente se expressam orientados segundo diferentes traçados (fenômeno de metamorfismo). Metamorfismo: Meta = Mudança; Morpho = Forma Mudanças Mineralógicas e Estruturais que sofrem as rochas (sem que sofram fusão) quando submetidas a condições físicas e químicas diferentes daquelas que originalmente as formaram. 2 - AGENTES DO METAFORMISMO: a) TEMPERATURA: Ao aprofundarem-se progressivamente sob um crescente n° de camadas de sedimentos as rochas vão sofrendo temperaturas cada vez mais elevadas. - CALOR RESIDUAL DA TERRA – Grau geotérmico (1ºC a cada 33 m); - INTRUSÕES ÍGNEAS – Grandes massas de rochas - DESINTEGRAÇÃO DE SUBST. RADIOATIVAS – Energia liberada; - ATRITO ENTRE CAMADAS – Energia de fricção Ação maior da temperatura ? Recristalização dos Minerais Desenvolvimento de novos minerais (leva os grãos a uma nova formação, com surgimento de grandes grãos) Mudanças nas condições (P e T) de sua estabilidade. O mineral passa a uma nova forma estável. b) PRESSÃO: A simples elevação de temperatura não é um fator determinante do metamorfismo, mas é principalmente a pressão em combinação com a temperatura que mais contribui para as profundas modificações das rochas. - Pressões orientadas: sobrecarga de rochas sobrejacentes - Pressões hidrostáticas: zonas profundas da crosta, onde as rochas trabalham hidrostaticamente - Outras pressões: pressão da água, gases, vapores (CO2, O2). - Efeitos da pressão: Eliminação da porosidade Expulsão de voláteis Desaparecimento de fósseis Aparecimento de minerais mais densos - Ação da pressão ? Deformação dos Minerais : Mudança de estrutura e textura (leva ao alinhamento e orientação dos grãos) c) FLUIDOS: Os fluidos, tais como água, gás carbônico, oxigênio, fluor, etc desempenham a função de facilitar as reações e transformações mineralógicas ® Atividade química. Resumo - Agentes do Metamorfismo: - Aumento de temperatura ? Met. Termal Áreas restritas - Aumento de pressão ? Met. Cataclástico (dinâmico) e localizadas - Aumento de pressão ? Met. Dinamotermal (Regional) Áreas e temperatura extensas 3 - TIPOS DE TRANSFORMAÇÕES: a) Metamorfismo Normal: Sem qualquer perda ou adição de novo material à rocha que sofreu metamorfismo, ou seja, a composição química continua a mesma, embora a rocha seja outra. EXEMPLOS: ARENITOS ® QUARTZITO CALCÁRIOS ® MÁRMORES FOLHELHOS ® MICAXISTOS b) Metamorfismo metassomático ou metassomatismo: ocorre mudança de composição química da rocha evidenciado pela formação de minerais novos não existentes anteriormente. Ex.: Gnaisse (Ortognaisse: proveniente do granito e paragnaisse: de argilito) Elevado grau de metamorfismo, com composição mineralógica variável. Argilito ® Ardósia ® Filtro ® Micaxisto ® Xisto ® “Paragnaisse” Elementeos que caracterizam e identificam uma rocha metamórfica · MINERAIS ORIENTADOS · DOBRAS E FRATURAS · DUREZA MÉDIA A ELEVADA 4 - TIPOS DE METAMOSFISMO a) Metamorfismo Termal Denomina-se Metamorfismo Termal a todos os tipos de mudanças que passam as rochas, sendo o fator dominante o calor. * Metamorfismo de Contacto Desenvolve-se ao redor de corpos ígneos intrusivos (como batólitos) que cedem parte de sua energia térmica a rochas vizinhas. Rochas Metamorfoseadas apresentam-se em auréolas. * Pirometamorfismo: ( não é considerado como Metamorfismo Termal) Mudanças que ocorrem pelo contato imediato com o magma. Ex.: lava esparramada pelas vizinhanças de um vulcão (modificando a natureza física e química da superfície das rochas por onde passa). b) Metamorfismo Dinâmico ou cataclástico: Pressão não uniforme associada ao aumento de temperatura provoca fraturas originando estruturas e texturas próprias. Este tipo de metamorfismo ocasiona o deslocamento de massas de rochas em zonas de falhas – Pressão orientada e se restringe a partes pouco profundas da crosta terrestre, consistindo no fraturamento, trituração e moagem das rochas originais, com a conseqüente modificação da textura e estrutura. Não há processos de recristalização. Exemplos: Cataclasitos - Rochas formadas por esmigalhamento sem reconstituição química. Milomitos - Formada por moagem e cisalhamento dos grãos Regiões de elevada permeabilidade. c) Metamorfismo Regional (Dinamotermal) Ação conjunta da temperatura e pressão provocando a recristalização na rocha e favorecendo o aparecimento de novas estruturas. Está intimamente relacionado com a formação de cadeias de montanhas (áreas conhecidas como geosinclinais). É também chamado de “geral”, pois afeta grandes regiões e é considerado o mais importante. Este tipo de metamorfismo ocorre a grandes profundidades, mas, pela ação do intemperismo e erosão, as rochas metamorfisadas podem atingir a superfície, completamente transformada em grandes massas de xistos e gnaisses. - Ocorre em regiões de dobramentos da crosta terrestre (processo de tectonismo - movimentação contínua ou descontínua da crosta) com a consequente formação de grandes cadeias montanhosas. - Os fenômenos dinamotermais são responsáveis pelo aparecimento de rochas muito comuns como xistos e gnaisses d) Metamorfismo Plutônico: Num aprofundamento ainda maior, as rochas entram na fase plástica, pastosa e já não transmitem pressões dirigidas, perdendo pouco a pouco a orientação dos seus minerais, enquanto novos se formam, praticamente sem xistosidade. Influência de temperatura elevada em grande pressão uniforme (não existindo pressão dirigida),ocorridas em grande profundidade. 5 - CAUSAS DO METAMORFISMO: - Contato de rochas pré-existentes - Movimentos tangenciais dos continentes (placas tectônicas) 6 - SEQÜÊNCIA DO METAMORFISMO: - Deformação dos minerais com redução dos poros; - Achatamento dos minerais; - Orientação dos minerais; - Dobramento das rochas 7 - PLANO DE XISTOSIDADE: Xistosidade é uma expressão da medida em que minerais micáceos, lamelares ou prismáticos paralelos ou sub-paralelos caracterizam a aparência de uma rocha metamórfica. A xistosidade é evidenciada pelo achatamento e orientação dos grãos da rocha durante o processo de metamorfismo. T + P PRESSÃO DOMINANTE PRESSÃO ESFORÇOS TANGENCIAIS À CROSTA 8 - TIPOS DE ROCHAS METAMÓRFICAS: ROCHA ÍGNEA OU SEDIMENTAR ORIGINAL ROCHA METAMÓRFICA RESULTANTE CONGLOMERADO METACONGLOMERADO ARENITO QUARTZITO ARENITO ARGILOSO QUARTZITO MICÁCEO ARGILITO & SILTITO (LAMITOS) ARDÓSIA FILITO MICAXISTO GNAISSE CALCÁREO PURO MÁRMORE BRANCO CALCÁREO ARGILOSO MÁRMORE MICÁCEO CALCÁREO DOLOMÍTICO MÁRMORE VERDE CARVÃO ANTRACITO GRAFITE GRANITO GNAISS BASALTO XISTOS VERDES ANFIBOLITOS ULTRABÁSICAS SERPENTINOS TALCO-XISTOS PEDRA SABÃO 9 - PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ROCHAS METAMÓRFICAS: Dependem fundamentalmente da xistosidade (ausente, fraca ou bem pronunciada), da composição mineralógica e da textura Características tecnológicas entre as sedimentares e as ígneas: Tem maior densidade e são mais resistentes que as sedimentares originais e são menos resistentes e mais deformáveis que as ígneas, especialmente devido à xistosidade. O arranjo orientado dos grãos e a xistosidade facilitam altamente o ataque dos agentes do intemperismo, facilitando bastante a profunda alteração das rochas metamórficas, gerando solos espessos. Extrema rapidez de variação lateral e vertical de suas camadas em termos de natureza e características. 10 - SEQÜÊNCIA DE CAMPO: GRANIT ROCHA GNAISSE MICAXIST O FILITOS ARDÓSIA 11 - MINERAIS METAMÓRFICOS a – INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO ORIGINAL As transformações minerais dependem: a) Composição da rocha mineral; b) Natureza ou tipo de metamorfismo submetido Tipos de rochas segundo composição inicial: a) ARGILOSAS – mudanças são bem caracterizadas de acordo com a elevação de temperatura e pressão. Servem para o estabelecimento dos sucessivos graus de metamorfismo. b) ARENOSAS, ÍGNEAS ÁCIDAS E TUFOS; XISTOS ÁCIDOS E GNAISSES – menos sensíveis às mudanças, portanto difíceis de serem acompanhadas. c) CALCÁRIOS E OUTRAS ROCHAS CARBONATADAS – são rochas constituídas de carbonato de cálcio puro: as mudanças são pequenas exceto recristalização. d) ÍGNEAS INTERMEDIÁRIAS, BÁSICAS E SEUS TUFOS – são do tipo magmático básico. b – PROCESSOS As relações se processam no estado sólido (não sofrem fusão). Prova: conservação de vestígios de estratificação e pela presença de restos fósseis em rochas complementares recristalizadas. Os cristais crescerão na direção perpendicular à direção da maior pressão (alongadas paralelamente à direção de menor pressão). Capítulo 7 – RESUMO DE IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DOS PRINCIPAIS TIPOS DE ROCHAS QUATRO GRUPOS: DE ACORDO COM A GRANULAÇÃO E TIPO DE ESTRUTURA. DE ACORDO COM A GRANULAÇÃO: FINÍSSIMA – não se consegue observar cristais POUCO A MUITO GROSSEIRA – percebe-se cristais a olho nu DE ACORDO COM O TIPO DE TIPO DE ESTRUTURA MACIÇA: EM CAMADAS EM PLANOS COM MINERAIS ORIENTADOS GRUPO I ROCHAS COM ESTRUTURA MACIÇA. GRANULAÇÃO FINÍSSIMA. NÃO SE OBSERVAM MINERAIS. SEM ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL. 1. DUREZA: RISCÁVEL PELA UNHA Descrição Composição Rocha Origem Odor característico, quando molhada (moringa). Macia ao tato. Não efervesce com HCl. Argila Argilito Sediment. 2. DUREZA: RISCÁVEL PELO AÇO Descrição Composição Rocha Origem Cheiro de moringa quando molhada. Não efervesce com HCl Mica (sericita) Quartzo Ardósia Metamórf Odor de argila ausente ou fraco. Forte efervescência com HCl. Cores diversas Calcita Calcário Sediment Idem. Efervescente somente a quente. Dolomita Dolomito Sediment 3. DUREZA: NÃO RISCÁVEL, OU DIFICILMENTE, PELO AÇO Descrição Composição Rocha Origem Muito duras. Sem odor característico de argila. Não efervesce com HCl. Calcedônia Sílex Sediment Densas. Não efervescem. Cores: pretas, verde-escura, marrom. Feldspato e Piroxênio Basalto Magmática Claras: róseas, creme, branca. Maciça. Duras. Risca o vidro. Quartzo Quartzito Metamórf GRUPO II ROCHAS COM ESTRUTURA MACIÇA. GRANULAÇÃO MÉDIA A GROSSA. SÃO OBSERVADOS CRISTAIS. SEM ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL. 1. DUREZA: FACILMENTE RISCÁVEL PELO AÇO Descrição Composição Rocha Origem Efervescem com HCl. Granulação fina a grossa. Cores diversas. Calcita Calcário Sediment (met.) Efervescem com HCl. Granulação fina a grossa. Cores diversas. Efervesce a quente. Dolomita Dolomito Sediment (met.) 2. DUREZA: DIFICILMENTE OU NÃO RISCÁVEL PELO AÇO a) Textura eqüigranular (minerais com tamanho semelhante) Descrição Composição Rocha Origem Cores claras, em tons róseo e cinza. Quartzo comum. Granulação milimétrica. Quartzo, Feldspatos e Micas Granito Magmática Cores claras, em tons róseo e cinza. Quartzo comum. Granulação finíssima. Quartzo, Feldspatos e Micas Aplito Magmática Cores escuras. Granulação milimétrica. Feldspato e Piroxênio (magnetita) Gabro Magmática Cores escuras. Granulação ligeiramente menor. Feldspato e Piroxênio (magnetita) Diabásio Magmática Cor clara. Granulação milimétrica e superior. Nefelina e Feldspato (Fêmicos) Nefelina- sienito Magmática Cores diversas, claras. Risca o vidro. Formada de fragmentos. Quartzo Quartzito Arenito silicificado Magmática (Sediment) Cores escuras. Cor verde e preta. Anfibólios Anfibolito Metamórf b) Textura ineqüigranular (minerais de diferentes tamanhos) Descrição Composição Rocha Origem Cores claras Feldspato, Quartzo (Mica) Granitos (ácidas) Magmática Cores escuras Feldspato, Piroxênio Basaltos (Básicas) Magmática Cores médias a escuras Feldspatos Fêmicos (sem quartzo) Nefelina- sienitos (Alcalina) Magmática GRUPO III ROCHAS ORIENTADAS EM PLANOS OU LINHAS. 1. CAUSADAS POR ESTRUTURA GNAISSICA OU XISTOSA Descrição Composição Rocha Origem Cores claras. Granulação grossa a média. Grandes cristais de feldspato. Cores variadas. Riscável pelo aço. Minerais placóides de mica. Quartzo, Feldspato (Fêmicos), Micas Gnaisse Metamórf Cores claras a média. Cor cinza-esverdeada. Tato macio de pote, quando molhada. Quartzo e Sericita Filito (xistos) Metamórf Cores claras. Branca ou creme. Granulação média a finíssima. Divisibilidade em placas, às vezes boa. Risca o vidro. Às vezes, com micas. Quartzo (Mica) Quartzito (micáceo ) Metamórf Cor cinza, média a escura. Divisibilidade em placas. Micas Ardósia Metamórf GRUPO IV ROCHAS COM CAMADAS PRÓXIMAS DA HORIZONTAL. ESTRATIFICADAS. CLÁSTICAS. GRANULAÇÃO VARIÁVEL. FRIÁVEIS. Descrição Composição Rocha Origem Fragmentos ou seixos de tamanho maior que 2mm, semi-arredondados, cimentados por limonita, argila, etc. Cascalho e material cimentante Conglom erado Sediment Fragmentos ou seixos de tamanho maior que 2mm, em fragmentos angulares, ligados por material cimentante. Fragmentos e material cimentanteBrecha Sediment Grãos semi-arrendondados, por vezes angu- losos, com tamanho entre 2mm e 0,1mm (visíveis a olho nu).Cor variada, às vezes estratificada, áspera ao tato. Areia grossa Areia média Arenito Sediment Grãos semi-arrendondados, por vezes angu- losos, com grãos entre 0,1mm e 0,01mm, friáveis, ásperas ao tato, dificilmente distingüíveis a olho nu. Transição entre arenito e argilito. Silte Siltito Sediment Odor característico, quando molhada (moringa). Macia ao tato. Não efervesce com HCl. Cores diversas. Argila Folhelho Sediment Odor de argila ausente ou fraco. Forte efervescência com HCl. Cores diversas. Calcita Calcário Sediment Odor de argila ausente ou fraco. Efervescente somente a quente Dolomita Dolomito Sediment RESUMO PARA IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DO TIPO DA ROCHA (principais características) a) Rochas magmáticas 1. Estrutura maciça, compacta. 2. Dureza média a elevada. 3. No campo, a cor é relativamente homogênea. b) Rochas sedimentares 1. Estrutura em camadas. 2. Dureza baixa. 3. No campo, a cor pode variar no sentido horizontal e vertical. 4. Estruturas sedimentares típicas: estratificação cruzada, marcas de ondas, de animais, de chuva, do gelo, etc. Fósseis. c) Rochas metamórficas 1. Estrutura orientada. Paralelismo dos minerais. 2. Dureza média a elevada, com exceção das micáceas e carbonatadas. 3. No campo, a cor pode variar, como as sedimentares. ROTEIRO PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ROCHAS 1. Cor – deve ser referida, embora não seja muito importante; 2. Granulação – importante: muito grossa, grossa, média, fina ou finíssima; 3. Dureza – sua avaliação é dada por: riscável pela unha, facilmente pelo canivete e dificilmente pelo canivete; 4. Estrutura – resume-se em: maciça, orientada ou estratificada; 5. Minerais presentes – depende de um maior conhecimento do indivíduo; 6. Conclusão: verificar a qual dos grupos anteriores pertence. Complementação: 7. Graus de alteração – classificam-se em: inalterada ou sã, ligeiramente, medianamente ou bastante alterada; 8. Outras observações – elementos como: eventual fratura, presença de vesículas, etc; 9. Tipo da rocha – Justificar; 10. Nome da rocha – Justificar. Capítulo 8 – PROPRIEDADES DAS ROCHAS I – QUÍMICAS Composição química Reatividade Durabilidade II – FÍSICAS Cor Densidade Porosidade Permeabilidade Absorção Dureza Módulo de Elasticidade Coeficiente de Poisson III – GEOLÓGICAS Composição mineralógica Textura Estrutura Estado de alteração Fraturas Gênese IV - MECÂNICAS Resistência à compressão Resistência ao choque Resistência ao desgaste Resistência ao corte Resistência à britagem V - GEOTÉCNICAS Grau de alteração Grau de resistência à compressão simples Grau de consistência Grau de fraturamento I. PROPRIEDADES QUÍMICAS 1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA · Por si só não é um elemento suficiente par definir uma rocha; · A composição varia muito de uma amostra pra outra; · Existem limites de erros permitidos nas diferentes dosagens. 2. REATIVIDADE · Algumas rochas possuem elementos químicos capazes de reagir, como p.ex, o silicato e a sílica mineral (reagem com álcalis do cimento Portland); · Reações – cimento/agregado: provocam a deteriorização do concreto; · Outros tipos: transformação do anidrito em gesso (túneis), dissolução dos carbonatos, lixiviação de rochas em obras hidráulicas, etc. 3. DURABILIDADE · Resistência da rocha à ação do intemperismo; · Julgamento é feito na prática pela preservação de monumentos antigos e por meio de ensaios. II. PROPRIEDADES FÍSICAS 1. COR · Fator de classificação fraco devido a grande variabilidade, até mesmo dentro de uma mesma jazida; · Podem ser: monócronas (uma única coloração uniformemente distribuída) e polícronas (duas ou mais cores); · Rochas compactas (sedimentares) ® coloração devido a pigmentações ou difusão de grãos; · Amarela, alaranjada ou vermelha ® pigmentação de hidróxido de ferro; · Cinzenta e preta ® pigmentos carbonosos ou betuminosos; · Verde ® depende de compostos de ferro (sulfetos) e de níquel. 2. PESO ESPECÍFICO · Depende do peso específico dos seus elementos constituintes e de sua porosidade; · Determinado em laboratório: - Peso específico aparente (d ou p.e.) = as WW W - 0 Onde: Wo = peso da amostra Ws = peso da amostra saturada Wa = peso da amostra dentro da água - Peso específico real (d ou p.e.) = sWW W -0 0 · Fatores que influenciam na densidade das rochas: a) Estado de alteração: · reações químicas dos minerais densos em minerais menos densos; · aumento de volumes desses minerais. b) Porosidade e compacidade: · rocha porosa com vazios isolados diminui a densidade real, enquanto que, se interligados, a densidade real será maior; · rochas muito porosas são de baixa densidade; · resistência à compressão cresce com a densidade; · resistência ao desgaste cresce com a densidade; · dificuldade de corte cresce com a densidade. 3. POROSIDADE · É a propriedade das rochas em conter espaços vazios (relação entre o volume dos vazios e o volume total da rocha); · Dependente de: a) Tipo de rocha: · sedimentares: grande volume de vazios dando-lhes maior porosidade mas, quanto cimentadas, a porosidade diminui; · ígneas: extrusivas possuem maior porosidade que as intrusivas; · metamórficas: baixa porosidade e varia com o grau de metamorfismo, sendo que, quanto mais intenso, mais porosa é a rocha. b) Estado de alteração: · tem influência através do fenômeno de lixiviação e dissolução; · resistência à compressão diminui com a porosidade; · classificação: extremamente porosa (50%), muito porosa (10 a 30%), bastante porosa (5% a 10%), medianamente porosa (2,5% a 5%), pouco porosa (1 a 2,5%) e muito compacta (1%). Rocha Porosidade (%) Granito 0,5 a 1,5 Arenito 10 a 20 Calcário 5 a 12 Argila 45 a 50 4. PERMEABILIDADE · Maior ou menor facilidade que a rocha oferece à percolação da água; · Primária ® existe desde a sua formação; · Secundária ® devido à lixiviação, dissolução de componentes mineralógicos, etc; · Metamórficas possuem baixa permeabilidade e sedimentares, maior valor. 5. ABSORÇÃO · É a propriedade na qual uma certa quantidade de líquido é capaz de ocupar os vazios de uma rocha, ou parte desses vazios; · É dada por: 100x P PP A s sa -= Sendo: Pa = peso após longa imersão e Ps = peso seco 6. DUREZA · Resistência ao risco, dada pela escala de Mohs; · Na prática: a) riscável pela unha ou exageradamente fácil pelo canivete; b) riscável pelo canivete; c) dificilmente ou não riscáveis pelo canivete. 7. DEFORMABILIDADE a) MÓDULO DE ELASTICIDADE OU MÓDULO DE YOUNG · Deformação elástica (a amostra tende a recuperar sua forma e tamanho originais) ou plástica ou irreversível (parte da deformação permanece); · É dado por: unitária unitária deformação tensão E = (Kg/cm2), aplicada a rochas isotrópicas (mesmas propriedades elásticas em todas as direções); · As propriedades elásticas normalmente é afetada pela anisotropia. b) COEFICIENTE DE POISSON (n ) · Relação entre as deformações transversais e longitudinais; · É dado por: L L B B D D =n III. PROPRIEDADES MECÂNICAS 1. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO · Grande variabilidade de resultados; · Para rochas estratificadas: compressão paralela e perpendicular ao leito de estratificação tanto no caso seco quanto saturado; · Normalmente tem-se: a) rochas de grãos finos, da mesma espécie que rochasde grãos grossos, possuem maior resistência à compressão; b) quanto mais forte for o ligamento entre os cristais, maior a resistência à compressão; c) as rochas silicificadas tem maior resistência; d) os corpos de prova com compressão perpendicular aos planos de estratificação apresentam maior resistência à compressão. · Tensão de ruptura dada por: médiaS P Tr = 2. RESISTÊNCIA AO CHOQUE (Rc) · Resistência ao impacto de um peso que cai de uma certa altura; · Medida pelo produto do peso pela altura de queda que provoca a ruptura do corpo-de-prova; · Importância quando usada p/ pavimentação de estradas e aeroportos; · Ensaio – Resistência ao Impacto Treton; · É dado por: 100x peso pesopeso Rc inicial finalinicial -= 3. RESISTÊNCIA AO DESGASTE · Resistência ao desgaste por atrito mútuo ® resistência da rocha sob a forma de agregado, quando submetida a atrito mútuo de seus fragmentos. Em alguns métodos são acrescentada esferas de ferro fundido ou aço. Conforme o tipo de máquina: resistência ao desgaste Los Angeles, Deval, · Resistência ao desgaste por abrasão ® resistência da rocha quando submetida à abrasão de abrasivos especificados. Importância especial quando a rocha for empregada sob a forma de pavimentos. Método utilizado é o de resistência à abrasão Los Angeles; · É dado por: 100x peso pesopeso Ra inicial finalinicial -= 4. RESISTÊNCIA AO CORTE · É a resistência de uma rocha se deixar cortar em superfícies lisas; · Normalmente a resistência ao corte cresce com a dureza da rocha. 5. COMPORTAMENTO ANTE A BRITAGEM · Propriedade da rocha em apresentar maior ou menor dificuldade de se fragmentar quando submetida à britagem; · Fatores de influência: fissuramentos, leitos de estratificação, planos de xis- tosidade, estados de alteração, etc; · Pedra britada para pavimentação deve possuir um mínimo de fragmentos lamelares e alongados. IV. PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS 1. GRAU DE ALTERAÇÃO · São classificados em: praticamente sã, alterada e muito alterada; · Tal classificação é muito subjetiva; · Não está incluso na classificação a rocha extremamente alterada (considerada material de transição ou solo de alteração de rocha). 2. GRAU DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES · São divididos em: Grau de resistência à compressão simples Rocha Resistência (kg/cm2) muito resistente > 1.200 resistente 1.200 – 600 pouco resistente 600 – 300 branda 300 – 100 muito branda < 100 3. GRAU DE CONSISTÊNCIA · São baseados em características físicas: resistência ao impacto (tenacidade), resistência ao risco (dureza), friabilidade; · São divididos em: Grau de consistência Rocha Características muito consistente · quebra com dificuldade ao golpe de martelo; · o fragmento possui bordas cortantes que resistem ao corte por lâmina de aço; · superfície dificilmente riscada por lâmina de aço. consistente · quebra com relativa facilidade ao golpe do martelo; · o fragmento possui bordas cortantes que podem ser abatidas pelo corte com lâmina de aço; · superfície riscável por lâmina de aço. quebradiça · quebra facilmente ao golpe de martelo; · as bordas do fragmento podem ser quebradas pela pressão dos dedos; · a lâmina de aço provoca um sulco acentuado na superfície do fragmento. friável · esfarela ao golpe do martelo; · desagrega sob pressão dos dedos. 4. GRAU DE FRATURAMENTO · Apresentado em número de fraturas por metro linear ao longo de uma dada direção; · São consideradas somente as “originais”. Grau de Fraturamento Rocha Número de fraturas por metro ocasionalmente fraturada < 1 pouco fraturada 1 – 5 medianamente fraturada 6 – 10 muito fraturada 11 – 20 extremamente fraturada > 20 em fragmentos torrões ou pedaços de diversos tamanhos, caoticamente dispostos 5. CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DA ROCHA · Expresso pela reunião dos parâmetros anteriores. Caracterização geotécnica da rocha Classificação petrográfica Grau de alteração Grau de resistência Grau de consistência Grau de fraturamento Granito (muito alterado) (brando) (quebradiço) (medianamente fraturado) Xisto (praticamente são) (resistente) (consistente) (muito fraturado) Arenito (alterado) (pouco resistente) (consistente) (ocasionalmente fraturado) CAPÍTULO 09 - ESTRUTURAS GEOLÓGICAS 1. INTRODUÇÃO Forma e posicionamento dos corpos rochosos ® estruturas geológicas e são representadas por dobras, falhas, fraturas, xistosidade e acamamento das rochas sedimentares e provocam zonas de fraqueza ou ruptura. 2. DEFORMAÇÕES DAS ROCHAS Qualquer variação da forma e/ou de volume quando sujeita à ação de pressões, tensões, variações de temperatura, etc. Podem ser elásticas, plásticas ou por ruptura (ou fratura). Normalmente, as variações de temperatura causam deformação elástica, e as dobras, falhas, fraturas causam deformações plásticas e de ruptura. 2.1 ZONAS DE PLASTICIDADE E DE FRATURA · Plasticidade: mudança gradual na forma e na estrutura interna de uma rocha efetuada por reajuste químico e por fraturas microscópicas, enquanto a rocha permanece rígida (não produz fusão); · Zona de plasticidade: a grande profundidade, dando origem às dobras, estruturas gnáissicas, xistosas, etc; · Zona de fratura: próxima à superfície, produzindo fraturas, falhas e fendas. 2.2 ROCHAS COMPETENTES E INCOMPETENTES · Competentes: possuem maior facilidade de se dobrarem e transmitirem os esforços recebidos, tais como os folhelhos e calcários; · Incompetentes: possuem maior tendência de se fraturarem, tais como as rochas arenosas. 3. ATITUDE DOS PLANOS ESTRUTURAIS (direção + mergulho) · Direção: é a orientação em relação ao norte, da linha resultante da interseção do plano da camada com o plano horizontal; · Mergulho: é o ângulo diedro formado pelo plano da camada com o plano horizontal, tomado perpendicularmente a sua direção. Camadas horizontais apresentam um mergulho de 00. 4. DOBRAS São ondulações, convexidade ou concavidades, que aparecem em rochas originalmente planas, com amplitudes variando de cm a centenas de km. Ex.: Cordilheira do Himalaia. 4.1 CAUSAS DOS DOBRAMENTOS: QUANTO À ORIGEM: a) Tectônicas: resultam de movimentos da crosta terrestre; b) Atectônicas: resultante de movimentos localizados (deslizamentos, acomodações, escorregamentos, etc) sob influência da gravidade e na superfície terrestre. São de âmbito local e inexpressivas. 4.2 PARTES DE UMA DOBRA a) Plano ou superfície axial: é o plano ou superfície imaginária que divide uma dobra em duas partes similares, que pode, ou não, ser simétricas. Podem ser vertical, inclinado ou horizontal; b) Eixo axial ou charneira: é a interseção da superfície axial com qualquer camada ou é a linha em torno do qual se dá o dobramento. O ângulo que esta linha forma com a horizontal é o mergulho ou inclinação da dobra; c) Flancos ou limbos: são os dois lados da dobra; d) Crista: é a linha resultante da ligação dos pontos mais elevados de uma dobra, podendo ou não coincidir com o eixo da mesma; e) Plano da crista: é o plano que, numa dobra, passa por todas as cristas. 4.3 TERMINOLOGIA GERAL DAS DOBRAS: ASPECTO GEOMÉTRICO a) Antiforma: convexidade voltada para cima; b) Sinforma: convexidade voltada para baixo. 4.4 TIPOS DE DOBRAS a) Anticlinal: é a dobra alongada, na qual os flancos abrem-se para baixo e a convexidade está voltada para o alto, podendo ser simétrica ou não; Anticlinal simétrica Anticlinal assimétrica b) Sinclinal: é a dobra alongada, cujosflancos abrem-se para cima e a convexidade está voltada para baixo, podendo ser simétrica ou não; Sinclinal simétrica Sinclinal assimétrica c) Simétrica: é a dobra em que os 2 flancos possuem o mesmo ângulo de mergulho; Simétrica – caracteriza-se por possuir o plano axial vertical d) Assimétrica: os flancos mergulham com diferentes ângulos; Assimétrica – o plano axial vertical está fora da vertical e) Deitada: é a dobra em que o plano axial é essencialmente horizontal; Deitada – o plano axial é horizontal f) Isoclinal: os dois flancos mergulham a ângulos iguais na mesma direção. Podem ser: simétrico ou vertical, inclinado e recumbente. g) Em leque: representada por dois flancos revirados; h) Homoclinal: um grupo de camadas que apresentam um mergulho regular, segundo uma mesma direção; i) Monoclinal ou flexão: é a dobra em que se dá o encurvamento de apenas uma parte das camadas, permanecendo as demais na sua posição original; j) Domo: é uma estrutura ampla, com convexidade voltada para cima, onde as cam. mergulham em todas as direções, de maneira ± igual, a partir de um centro comum; k) Bacia estrutural ou tectônica: é uma dobra ampla cuja convexidade aponta para baixo, sendo que as cam. mergulham de todas as direções p/ um centro comum. 4.5 RECONHECIMENTO DE DOBRAS 5. FALHAS São rupturas e deslocamentos ao longo de um plano, e pelo qual as paredes opostas se movem uma em relação à outra, com dimensões que variam de mm até dezenas de km. Sua atitude ou posição é dada pela direção e mergulho. Ex: Falha de San Andreas 5.1 ELEMENTOS DE UMA FALHA a) Plano de falha: é a superfície ao longo do qual se deu o deslocamento; b) Zona ou espelho de falha: é uma faixa que acompanha o plano de falha, representada por um fraturamento ou esmigalhamento + intenso das rochas; c) Linha de falha: é a linha formada pela interseção do plano de falha com a topografia; d) Rejeito: é a medida do deslizamento linear resultante do movimento que ocasionou a falha; · Rejeito vertical (D–C): é o afastamento vertical de pontos contíguos, medido em um plano perpendicular à direção do plano de falha. · Rejeito horizontal (A–D): é o afastamento de pontos contíguos, medido horizontalmente em um plano perpendicular à direção do plano de falha. · Rejeito direcional (C–A’): é o afastamento de pontos contíguos, medido paralelamente à direção do plano de falha. · Rejeito total (A–A’): é o afastamento de ptos contíguos, medido no pl de falha. · Rejeito de mergulho (B–A’): é o afastamento de pontos contíguos, medido paralelamente à direção de mergulho do plano de falha. e) Capa ou teto: é o bloco que fica acima do plano de falha (inclinado); f) Lapa ou muro: é o bloco que fica abaixo do plano de falha (inclinado). 5.2 TIPOS DE FALHA a) Baseado no movimento aparente · Falha normal ou direta: capa ou teto se movimenta para baixo em relação à lapa ou muro; · Falha inversa: capa ou teto se movimenta para cima em relação à lapa ou muro; “Graben”: bloco afundado entre 2 falhas; “Horst”: bloco que se ergueu entre 2 falhas. Horst e Graben – representados pela elevação e depressão, respectivamente. b) Baseado na classificação genética · De empurrão: teto sobe realmente em relação ao muro, havendo compressão horizontal; · De gravidade: teto desce em relação ao muro, ocasionando alívio de pressão na horizontal e o bloco cai por gravidade; · De rejeito direcional ou falhas transcorrentes: movimento dominante na horizontal, através de compressão e alívio de tensões. 5.2 RECONHECIMENTO DE FALHAS Observações de escarpas e espelhos de falha, problemas de erosão, fotografias aéreas, amostras de sondagens. 6. FRATURAS É uma deformação por ruptura. É um plano que separa em duas partes um bloco de rocha ou de uma camada, e ao longo do qual não se deu deslocamento. O espaçamento entre elas pode ser de cm a metros. Podem ser abertas ou fechadas, com ou sem preenchimento (pode ou não favorecer na recuperação da coesão entre os blocos). A atitude e o espaçamento é importante para a qualificação do maciço, e representam o enfraquecimento. 6.1 NOMENCLATURA a) Diáclase: fraturas ou rupturas de causas tectônicas; b) Junta: fraturas cuja origem é a contração por resfriamento. 6.2 TIPOS a) Diáclases originadas por esforços de compressão: provocadas por esforços tectônicos, e são caracterizados por superfícies planas e ocorrem na forma de sistemas, cortando-se em ângulos. Comuns em anticlinais e sinclinais; b) Diáclases de tensão: são formadas perpendicularmente às forças que tendem a puxar opostamente um bloco rochoso e, em geral, apresentam superfícies não muito planas. Quanto à origem: · Tectônica: freqüente nos anticlinais e sinclinais; · Contração: caracterizados por vários sistemas entrecruzados; 7. OROGÊNESE Conjunto de fenômenos vulcânicos, erosivos e diastróficos (conjunto de movimentos tangenciais, verticais que acarretam na superfície terrestre o aparecimento de dobras e falhas) que levam à formação de montanhas (elevações superiores a 300 m sobre o terreno circundante). 7.1 MONTANHAS DE ORIGEM VULCÂNICA São formadas pelo acúmulo de material expulso, provenientes de partes profundas da crosta terrestre. Às vezes predominam larvas (vulcões havaianos), outras vezes o material piroclástico (Paracutin) e, finalmente, ambos associados (Vesúvio). Têm forma cônica, com o material acumulando-se em torno da cratera. Outros exemplos: Etna (Itália) e Aconcágua (Cordilheira dos Andes). 7.2 MONTANHAS DE ORIGEM EROSIVA a) Isoladas pela erosão: são restos de camadas horizontais que ficaram isoladas pelos efeitos da erosão. Quando possuem o topo plano são chamadas de mesas. b) Nos divisores de água: formadas devido à erosão fluvial. c) Erosões diferenciais: formadas quando as rochas mais fracas são destruídas, restando as rochas duras que se sobressaem no relevo. Exemplos: Serra Geral do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina 7.3 MONTANHAS DE ORIGEM TECTÔNICA Formam as grandes cadeias de montanhas e se originam por dobramentos, falhas ou ambos. Exemplos por falhamentos: Serra do Mar As montanhas formadas por dobramentos constituem as maiores cordilheiras. Exemplos por dobramentos: Alpes, Himalaia, Andes e Montanhas Rochosas. Capítulo 10 – ELEMENTOS SOBRE SOLOS 1 - Conceitos: O solo deve ser considerado sob o aspecto de ente natural e, como tal é tratado pelas ciências que estudam a natureza, como a geologia, a pedologia e a geomorfologia. A palavra solo não tem um significado intuitivo imediato. Em português clássico, o termo solo significa tão somente a superfície do chão, sendo o significado original da palavra herdada do latim “solum”. Conceito de solo: A ABNT (NBR 6502) define solo como “Material proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo ou não ter matéria orgânica”, ou simplesmente, produto da decomposição e desintegração da rocha pela ação de agentes atmosféricos. A ação contínua do intemperismo tende a desintegrar e decompor as rochas, dando origem ao solo. Na maioria dos casos, as construções de engenharia são assentes sobre os solos e, muitas vezes, fogem ao caso as construções de túneis, barragens ou grandes pontes que exijam fundações em rocha firme. Agricultura Diferentes conceitos. Geologia Adquire significados específicos de acordo com a finalidade. Enga Civil Agricultura: é a camada de terra tratável, geralmente de poucos metros de espessura, que suporta as raízes das plantas.