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INTRODUÇÃO A COSMETOLOGIA UNIVERSIDADE UNISUAM ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAUDE CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMETICA PROF ª : MARTHA RIBEIRO 1-Formulações Cosméticas: • A formulação de um cosmético envolve três componentes gerais , a saber: • a) Veículo: • b) Aditivos: • c) Princípio ativo: a ) Veículos Cosméticos: • Conjunto de substâncias que constitui a maior parte dos cosmético, dão forma aos cosméticos e devem ser adequados ao tipo cutâneo. • Estão disponíveis nas formas de: • – Emulsão – cremes, leites e loções cremosas; • – Gel – gel aquoso e gel-creme; • – Líquido – soluções, loções, sérum... • – Pó – cosméticos em pó (talco, maquilagem etc); • – Vetorial – lipossomas, nanopartículas, ciclodextrinas b ) Aditivos Cosméticos: Os aditivos usados nas formulações cosméticas e podem ser classificados em três tipos fundamentais. São eles: perfumes, corantes, conservantes e antioxidante. b1)Perfumes : • A finalidade do uso do perfume nas formulações cosméticas não é apenas para cobrir odores desagradáveis das bases cosméticas, pois não raro os perfumes atuam como anti-sépticos e conservantes garantindo as características e estabilidades do produto. Para odores muito fortes, recomendam-se Óleos Essênciais de rosas, florais, lavanda e etc... b2)Corantes : As colorações dos cremes devem ser discretas, pálida, com cores compatíveis com a tonalidade da pele. Para tanto se faz necessário colorir os cremes com substancias corantes que vão proporcionar tons agradáveis e sugestivos ao consumo, alem de cobrir as cores indefinidas com que saem dos laboratórios de preparação. O corante deve, na medida do possível ser hidrossolúvel e inalterável tanto em meio acido como no meio alcalino. • - De origem natural/vegetal: • Carvão vegetal – preto; • Urucum – amarelo; • Henna – castanho avermelhado; • Orcinol – vermelho violeta; • Caroteno – alaranjado; • Cúrcuma – amarelo Os Corantes podem ser de várias origens: - Corantes de origem natural/animal: • - De origem natural/animal: • Nácar – peixes • Acido carmínico – extraído do pulgão – vermelho • De origem mineral: • Oxido de ferro – amarelo, marrom –avermelhado, marrom; • Argilas – fornecem diversas tonalidades dependendo da sua origem. b3)Corantes Sintéticos: • Verde malaquita – verde. • - Corantes com efeito de brilho/cintilancia: • Cristais de mica – efeito perolado • Oxido de bismuto – brilho B4)Conservantes: Os cremes emulsionados do tipo O/A sofrem mais ataques por fungos e bactérias devido a presença de água na fase externa que esta em contato com o ar atmosférico devido a presença de água na fase externa que esta em contato com o ar atmosférico na superfície da emulsão. As bactérias podem proliferar em condições anaeróbicas. Os conservantes podem ser classificados em diferentes grupos, assim temos: antioxidantes, fungicidas e anti- sépticos • Parabenos: • P-hidroxibenzoato de metila/Nipagin; • P-hidroxibenzioato de propila/Nipazol; • P-hidroxibenzoato de butila; • * Outros grupos: • Imidazolinidil • Uréia; • Compostos quartenários de amônio; • Vitamina E; • Acido salicílico; • Álcool etílico; • Óleo essencial de lavanda; • Óleo essencial de tomilho; • Acido benzóico; • Acido gálico; • Fenoxietanol; • Álcool benzilico; • Izotiazolona. B5)Antioxidantes: Os sistemas aquosos sofrem constantes processos de deteriorização por ação de bactérias ou fungos. Alem disso, podem sofrer oxidação por ação do oxigênio do ar, que é catalizado por ação da luz, de metais ou do calor. É bastante comum ocorrer a oxidação dos componentes oleosos dos cremes, principalmente porque as substancias gordurosas são as mais fáceis de oxidar devido a presença da cadeia insaturada dos ácidos graxos. É muito comum nas formulações cosméticas a adição de agentes antioxidantes, alem dos conservantes. Antioxidantes: • Natural: • - Vitamina E • * Fenólicos: • - NDGA ( resina guaiaca) • - Trocofenois; • - Galatos; • - BHA –Butil hidroxi anisol • - BHT – Butil hidroxi tolueno • Não Fenólicos: • - Acido ascórbico; • - Palmitato de ascorbila; • - Ésteres de ascorbila. Alguns componentes podem causar alergia, irritação e até câncer • Segundo o professor de Cosmetologia e diretor da Consulfarma, Maurício Pupo, há ingredientes em cosméticos que, quando em contato com a pele, podem trazer prejuízos ao consumidor. Irritações, alergias cutâneas e até mesmo doenças mais graves, como o câncer, podem ser provocados por ingredientes nocivos contidos nas fórmulas. “Recomendo procurar produtos com ingredientes próprios para o seu tipo de pele, isto é, eudérmicos”, diz o professor . Uréia: Atravessa a Placenta • A uréia é, com certeza, um dos hidratantes mais utilizados em cosméticos, tanto pela sua eficácia, quanto pelo seu baixo preço. O que muita gente não sabe, no entanto, é que a uréia é proibida para mulheres grávidas. • O componente penetra profundamente na pele e tem até mesmo a capacidade de atravessar a placenta, podendo chegar até o feto em formação, trazendo ao bebê consequências ainda desconhecidas. • A fim de controlar o uso de uréia nos cosméticos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina que todas as vezes que um produto tiver na sua composição a uréia em dosagens “maiores que 3%”, o mesmo deve conter no rótulo o seguinte alerta: “Não Utilizar Durante a Gravidez”. • A ANVISA ainda resolveu proibir a fabricação de cosméticos que contenham em sua composição mais de 10% de uréia. Parabenos: Comportam-se como se fossem os hormônios femininos -Há no mundo dos cosméticos uma enorme utilização de produtos contendo Parabenos por gestantes, lactantes, crianças e pacientes sob tratamentos diversos como câncer, reposições hormonais e terapias crônicas. • Hoje, o mercado possui preservantes naturais ou mais modernos que, até o momento, demonstraram segurança, permitindo aos formuladores o desenvolvimento de formulações mais seguras. • O uso de parabenos em produtos cosméticos destinados à aplicação na área axilar (como desodorantes, por exemplo) deve ser reavaliado, pois estudos recentes levantaram a hipótese de que o uso dele nessa região pode estar associado ao aumento da incidência de câncer de mama, o que foi confirmado em teste realizado recentemente. Conservantes liberadores de formol: • Podem aumentar a incidência de câncer de pele. • “Experimental Dermatology”, em maio de 2004, revelou que o formol pode contribuir para o aparecimento de câncer induzido pela radiação ultravioleta do sol. • O consumidor pode se proteger destas substâncias observando cuidadosamente os rótulos traseiros das embalagens, procurando pelas seguintes substâncias: quatérnium-15, diazolidinil hora, imidazolidinil uréia e DMDM hidantoína. Propilenoglicol: risco de alergias • O propilenoglicol é um produto utilizado como diluente de outras substâncias, sendo muito usado em uma ampla variedade de cosméticos. O perigo de seu uso está nos problemas de pele que ele pode desencadear nas pessoas, como alergias e irritações. • Um estudo realizado com 45.138 pacientes na Universidade de Göttingen, Alemanha e publicado no periódico “Contact Dermatitis”, em novembro de 2005, confirmou o potencial sensibilizante (potencial para causar alergias) do propilenoglicol, confirmado por um outro estudo realizado no Departamento de Dermatologia do Hospital Osaka Red Cross, Japão e publicado no periódico “International Journal ofDermatology”, também em 2005. Óleo mineral e outros derivados do petróleo: • Os derivados do petróleo, como por exemplo, os óleos minerais, estão presentes na maioria dos produtos cosméticos, devido sua propriedade emoliente, ou seja, hidratante oclusivo para a pele. • Entretanto, estudos recentes vêm associando esses componentes ao aumento da mortalidade por diversos tipos de câncer, como o de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. Isso se deve devido à presença de um composto chamado 1,4-dioxano, uma substância cancerígena, como relata estudos publicados nos periódicos “American Journal of Industrial Medicine” • (Departamento de Epidemiologia, Escola de Saúde Pública, Los Angeles, CA outubro de 2005), “Contact Dermatitis” (Departamento de Dermatologia, Nagoya City University Medical School, Japão, abril de 1989) e “Regulatory Toxicology and Pharmacology” (outubro de 2003).
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