Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
© ABNT 2009 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14331 Segunda edição 25.05.2009 Válida a partir de 25.06.2009 Alumínio e suas ligas — Telhas e acessórios — Requisitos, projeto e instalação Aluminium and its alloys – Roofing and accessories – Requirements, project and fixing Palavras-chave: Alumínio. Ligas de alumínio. Telhas. Descriptors: Aluminium. Aluminium alloy. Roofing. ICS 77.150.10; 91.060.20 ISBN 978-85-07-01540-6 Número de referência ABNT NBR 14331:2009 28 páginas E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 ii © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados © ABNT 2009 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados iii Sumário Página Prefácio........................................................................................................................................................................v 1 Escopo............................................................................................................................................................1 2 Referências normativas ................................................................................................................................1 3 Termos e definições......................................................................................................................................2 4 Símbolos e abreviaturas .............................................................................................................................11 5 Requisitos gerais.........................................................................................................................................11 5.1 Composição química...................................................................................................................................11 5.2 Propriedades mecânicas ............................................................................................................................12 5.3 Acabamento superficial ..............................................................................................................................12 5.4 Dimensões....................................................................................................................................................12 5.5 Repetição dos ensaios................................................................................................................................13 6 Acessórios ...................................................................................................................................................13 6.1 Cumeeira perfil.............................................................................................................................................13 6.2 Cumeeira "shed"..........................................................................................................................................13 6.3 Cumeeira lisa ...............................................................................................................................................13 6.4 Rufo de topo.................................................................................................................................................13 6.5 Rufo lateral superior ou contra-rufo..........................................................................................................13 6.6 Rufo lateral inferior ou contra-rufo............................................................................................................13 6.7 Calha .............................................................................................................................................................14 6.8 Pingadeira para calha..................................................................................................................................14 6.9 Haste .............................................................................................................................................................14 6.10 Arruela ..........................................................................................................................................................14 6.11 Porca sextavada ..........................................................................................................................................14 6.12 Calço .............................................................................................................................................................14 6.13 Goiva nervurada ..........................................................................................................................................14 6.14 Arruela de guarnição flexível plana ou côncava ......................................................................................14 6.15 Fita de vedação............................................................................................................................................16 6.16 Isolamento entre a telha e a terça..............................................................................................................16 6.17 Fechamento das ondas...............................................................................................................................16 6.18 Parafuso de cobertura e de fachada..........................................................................................................17 6.19 Parafuso de costura ....................................................................................................................................18 7 Critérios de cálculo .....................................................................................................................................18 7.1 Considerações gerais .................................................................................................................................18 7.2 Coeficiente de segurança ...........................................................................................................................19 7.3 Cálculo da carga de vento ..........................................................................................................................19 7.3.1 Pressão de obstrução do vento .................................................................................................................19 7.3.2 Telha trapezoidal .........................................................................................................................................19 7.3.3 Telha ondulada ............................................................................................................................................20 7.4 Equações para vãos máximos admissíveis..............................................................................................20 7.4.1Dois apoios ..................................................................................................................................................20 7.4.2 Três apoios...................................................................................................................................................20 7.4.3 Quatro apoios ..............................................................................................................................................21 7.5 Balanços longitudinal e lateral...................................................................................................................21 8 Cálculo da inclinação e curvatura do telhado ..........................................................................................22 8.1 Grau de inclinação.......................................................................................................................................22 8.2 Comprimento do pano ................................................................................................................................23 8.3 Raio de curvatura para telhas onduladas .................................................................................................23 8.4 Quantidade de telhas ..................................................................................................................................24 9 Seqüência de instalação.............................................................................................................................24 E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 iv © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 10 Recobrimento e sobreposição de telhas ..................................................................................................25 11 Compatibilidade com outros materiais .....................................................................................................26 11.1 Metais ferrosos ............................................................................................................................................26 11.2 Cobre e suas ligas .......................................................................................................................................26 11.3 Chumbo ........................................................................................................................................................26 11.4 Concreto ou alvenaria .................................................................................................................................26 11.5 Zinco .............................................................................................................................................................26 11.6 Madeira .........................................................................................................................................................26 12 Embalagem...................................................................................................................................................26 Anexo A (informativo) Dados para as informações de encomenda.....................................................................27 Anexo B (informativo) Recomendações sobre transporte, manuseio, armazenamento e instalação .............28 E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados v Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidade, laboratório e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 14331 foi elaborada no Comitê Brasileiro do Alumínio (ABNT/CB-35), pela Comissão de Estudo de Produtos Laminados (CE-35:000.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 27.02.2009 a 27.04.2009, com o número de Projeto ABNT NBR 14331. Esta Norma cancela e substitui as ABNT NBR 15143:2004 e ABNT NBR 15196:2005. Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 14331:2003), a qual foi tecnicamente revisada. O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: Scope This Standard establishes the requirements, project and fixing for roofing and its accessories (wave and trapezoidal ruffle and ends, fixing sets and sealing elements) of aluminium and its alloys. This Standard is applied for roofing and accessories used in cover production, façade and side faces, constituting oneself in structural elements and finishing for building in general. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 1 Alumínio e suas ligas — Telhas e acessórios — Requisitos, projeto e instalação 1 Escopo Esta Norma especifica os requisitos, projeto e instalação para telhas e seus acessórios (rufos e arremates, de perfil ondulado ou trapezoidal, conjuntos de fixação e elementos de vedação) de alumínio e suas ligas. Esta Norma se aplica a telhas e acessórios utilizados na construção de coberturas, fachadas e revestimentos laterais, constituindo-se em elementos estruturais e de acabamento de edificações em geral. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações ABNT NBR 6599, Alumínio e suas ligas – Processos e produtos – Terminologia ABNT NBR 6834, Alumínio e suas ligas – Classificação da composição química ABNT NBR 6999, Alumínio e suas ligas – Produtos laminados – Tolerâncias dimensionais ABNT NBR 7000, Alumínio e suas ligas – Produtos extrudados – Propriedades mecânicas ABNT NBR 7549, Alumínio e suas ligas – Produtos laminados, extrudados e fundidos – Ensaio de tração ABNT NBR 7556, Alumínio e suas ligas – Chapas – Requisitos ABNT NBR 7823, Alumínio e suas ligas – Chapas – Propriedades mecânicas ABNT NBR 8116, Alumínio e suas ligas – Produtos extrudados – Tolerâncias dimensionais ABNT NBR 8117, Alumínio e suas ligas – Arames, barras, perfis e tubos extrudados – RequisitosABNT NBR 10844, Instalações prediais de águas pluviais ABNT NBR 15144, Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Revestimento orgânico de chapas para fins arquitetônicos ABNT NBR ISO 2107, Alumínio e suas ligas – Produtos trabalháveis – Designações das das têmperas E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 2 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 3 Termos e definições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 6599 e os seguintes. 3.1 altura da onda altura do trapézio distância entre dois planos paralelos que passam externamente a duas cristas da corrugação 3.2 calço peça extrudada em alumínio, liga de alumínio ou injetada de cloreto de polivinila (PVC), utilizada como suporte das telhas, atuando como elemento limitador (apoio), por ocasião do aperto das fixações - haste ou parafuso (ver Figuras 1 e 2) Figura 1 — Calço para telha ondulada Figura 2 — Calço para telha trapezoidal E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 3 3.3 calha peça utilizada para captar a água pluvial que escoa no beiral da telha (ver Figura 3) Figura 3 — Calha 3.4 corrida volume de metal vazado sob controle de análise, que garante que a composição química seja mantida de acordo com os limites dos elementos químicos da liga especificada 3.5 corrugação processo mecânico de perfilação a frio que é submetida a chapa, com o objetivo de melhorar a resistência mecânica e proporcionar a geometria específica do perfil do produto envolvido 3.6 cumeeira peça utilizada na parte mais elevada do telhado, que corresponde à reta horizontal de interseção de duas águas opostas, cuja função é unir e vedar essas duas águas NOTA São padronizados os seguintes tipos: a) cumeeira de perfil ondulado (ver Figura 4) e trapezoidal (ver Figura 5); b) cumeeira "shed" ou rufo de topo ondulado (ver Figura 6) e trapezoidal (ver Figura 7); c) cumeeira lisa, espigão ou água-furtada (ver Figuras 8, 9 e 10). Na confluência da parte baixa do telhado denomina-se água furtada. Figura 4 — Cumeeira de perfil ondulado E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 4 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados Figura 5 — Cumeeira de perfil trapezoidal Figura 6 — Cumeeira "shed" ondulada ou rufo de topo ondulado Figura 7 — Cumeeira "shed" trapezoidal ou rufo de topo trapezoidal E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 5 Figura 8 — Cumeeira lisa Figura 9 — Cumeeira tipo espigão Figura 10 — Cumeeira de água-furtada 3.7 fixadores conjuntos de elementos utilizados para fixar a telha ou acessórios na estrutura NOTA A fixação pode ser feita com haste ou parafuso autoperfurante. 3.8 geometria do perfil das telhas característica geométrica de cada espessura de telha, sempre por unidade de largura transversal E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 6 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 3.9 goiva peça estampada utilizada entre a arruela de vedação dos fixadores e a telha para distribuir as tensões oriundas de ventos incidentes (ver Figuras 11 e 12) Figura 11 — Goiva ondulada Figura 12 — Goiva trapezoidal 3.10 haste gancho peça utilizada para fixar a telha ou acessório na estrutura, acompanhada de arruelas de alumínio, de vedação e de porca (ver Figura 13) Figura 13 — Conjunto de fixação com haste, arruelas e porca E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 7 3.11 largura total distância entre as bordas laterais, medida transversalmente, a uma distância entre 500 mm e 1 000 mm da extremidade do comprimento da telha 3.12 largura útil para recobrimento duplo distância entre os centros das cristas da última onda de uma das bordas até a penúltima onda da lateral oposta, medida transversalmente, a uma distância entre 500 mm e 1 000 mm da extremidade do comprimento da telha ondulada ou trapezoidal NOTA Para coberturas com telhas onduladas utiliza-se recobrimento duplo, independentemente da inclinação da cobertura. 3.13 largura útil para recobrimento simples distância entre os centros das cristas das bordas laterais, medida transversalmente, a uma distância entre 500 mm e 1 000 mm da extremidade do comprimento da telha 3.14 parafusos autoperfurantes conjunto de fixadores para aplicação da telha ou acessórios na estrutura e também para união entre as telhas (costura) e rufos (ver Figura 14) Figura 14 — Tipos de parafusos autoperfurantes 3.15 passo da onda ou do trapézio distância entre centros de duas cristas consecutivas e no mesmo plano 3.16 pingadeira para calha peça utilizada como remate do beiral e da calha para evitar o retorno das águas das telhas (ver Figuras 15 e 16) NOTA No caso de telha ondulada, é utilizado o rufo de topo. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 8 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados Figura 15 — Pingadeira para calha ondulada Figura 16 — Pingadeira para calha trapezoidal 3.17 recobrimento longitudinal sobreposição das extremidades longitudinais das telhas, cujas dimensões de recobrimento são condicionadas ao projeto de cobertura (ver Figura 17) Figura 17 — Recobrimento longitudinal E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 9 3.18 rufo peça utilizada como cumeeira em cobertura "shed" e como remate do fechamento vertical sobre a cobertura NOTA São padronizados os seguintes tipos: a) rufo de topo ou cumeeira "shed" ondulada (ver Figura 6) e trapezoidal (ver Figura 7); b) rufo lateral inferior e superior ou contra-rufo ondulado (ver Figura 18) e trapezoidal (ver Figura 19). Figura 18 — Rufo lateral ondulado Figura19 — Rufo lateral trapezoidal 3.19 sobreposição lateral dupla sobreposição das extremidades laterais das telhas com 1 ½ onda (ver Figura 20) Figura 20 — Sobreposição lateral dupla utilizada para coberturas E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 10 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 3.20 sobreposição lateral simples sobreposição das extremidades laterais das telhas com ½ onda (ver Figura 21) Figura 21 — Sobreposição lateral simples 3.21 telha chapa corrugada produto perfilado de alumínio ou de liga de alumínio, de perfil ondulado ou trapezoidal (ver Figuras 22 e 23) Legenda A largura total B largura útil C altura da onda D passo da onda Figura 22 — Telha ondulada E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 11 Legenda A largura total B largura útil C altura do trapézio D passo do trapézio Figura 23 — Telha trapezoidal 4 Símbolos e abreviaturas Para os efeitos deste documento, aplicam os seguintes símbolos e abreviaturas. A área, em milímetros quadrados por metro E módulo de elasticidade, em quilogramas-força por centímetro quadrado, sendo que cada liga possui seu módulo de elasticidade e é utilizada para os cálculos estruturais, conforme as equações da resistência dos materiais F Fy/S = tensão admissível, em quilogramas-força por centímetro quadrado Fy tensão de escoamento, em quilogramas-força por centímetro quadrado J momento de inércia, em centímetros elevados à quarta potência por metro L espaçamento entre apoios, em metros q carga uniformemente distribuída, em quilogramas-força por metro quadrado S fator de segurança = 1,30 W módulo de resistência, em centímetros cúbicos por metro 5 Requisitos gerais 5.1 Composição química 5.1.1 Os limites de composição química de calhas, cumeeiras, pingadeiras para calha, rufos e telhas devem estar de acordo com a ABNT NBR 6834. 5.1.2 Os corpos-de-prova podem ser tirados quando do vazamento do metal (corrida) ou dos produtos mencionados em 5.1.1. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 12 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 5.1.3 Caso os corpos-de-prova sejam tirados por ocasião do vazamento do metal, deve ser tirado pelo menos um corpo-de-prova para cada corrida proveniente da mesma fonte do metal em fusão. 5.1.4 Quando os corpos-de-prova forem tirados do produto, eles devem ser representativos de cada corrida do lote. 5.1.5 Os corpos-de-prova dos produtos mencionados em 5.1.1 devem ser obtidos a partir de um pedaço ou pedaços representativos do lote, devendo ser submetidos à ação de um ímã, a fim de eliminar eventuais partículas de aço provenientes das ferramentas utilizadas, estar isentos de lubrificantes e ter massa mínima de 75 g. NOTA O lote pode apresentar diferentes comprimentos nominais, desde que mantidas as demais características (geometria do perfil e espessura do produto). 5.2 Propriedades mecânicas Deve ser retirado um corpo-de-prova do produto, a cada corrida, garantindo-se um valor mínimo de limite de escoamento (LE) de 115 MPa para as telhas. Para os demais produtos de alumínio ou liga de alumínio devem ser atendidos os valores mínimos especificados pelas ABNT NBR 7000 e ABNT NBR 7823, de acordo com sua respectiva liga e têmpera. A têmpera deve estar de acordo com a ABNT NBR ISO 2107. O corpo-de-prova deve ser ensaiado conforme a ABNT NBR 7549. 5.3 Acabamento superficial O acabamento superficial dos produtos correspondentes à designação especificada para o alumínio ou liga de alumínio deve ser especificado no pedido de compra (ver Anexo A) e estar de acordo com as ABNT NBR 7556 ou ABNT NBR 8117. Para produtos pintados oriundos de chapas, deve ser seguida a ABNT NBR 15144. 5.4 Dimensões A verificação das dimensões de calhas, cumeeiras, pingadeiras para calha, rufos e telhas deve ser efetuada com eles apoiados sobre uma superfície plana e lisa, sem fixações, livre de tensões, utilizando-se instrumentos de medições adequados a cada caso, ou seja, capazes de apurar as dimensões com a devida precisão de casas decimais. As tolerâncias dimensionais das telhas com perfil ondulado ou trapezoidal devem estar de acordo com as especificações da Tabela 1. Para calhas, cumeeiras, pingadeiras para calha, rufos e telhas devem ser seguidas as especificações das ABNT NBR 6999 e para calços e hastes devem seguidas as especificações da ABNT NBR 8116. Tabela 1 — Tolerâncias dimensionais da telha com perfil ondulado ou trapezoidal Largura b mm Espessura nominal a mm Total (A) Útil (B) Altura da onda ou do trapézio (C) mm Passo da onda ou do trapézio (D) mm Esquadro c mm Comprimento mm ! 0,4 + 2 % - 0 % + 2 % - 0 % + 1,0 - 2,0 + 2,0 - 2,0 13,0 + 13,0 - 13,0 a A tolerância de espessura deve seguir a especificação da ABNT NBR 6999. b A tolerância de largura é dada em porcentagem da largura especificada, em milímetros. c A tolerância de esquadro é obtida através da diferença das medidas das diagonais do produto. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 13 5.5 Repetição dos ensaios O lote deve ser aprovado se forem atendidos os requisitos especificados em 5.1 a 5.4. Se um ou mais dos requisitos especificados em 4.1 a 4.4 não forem atendidos, outros corpos-de-prova de duas peças diferentes do mesmo produto e do mesmo lote devem ser extraídos para novos ensaios. Os resultados destes ensaios devem atender a estes requisitos; caso contrário, o lote deve ser rejeitado. 6 Acessórios 6.1 Cumeeira perfil A cumeeira perfil tem como padrão o ângulo interno de 180°, podendo ser dobrada na obra, conforme a inclinação do telhado, até um ângulo interno de 90°. Sua fixação deve ser com um elemento a cada duas ondas para a cumeeira trapezoidal e a cada quatro ondas para a cumeeira ondulada. A cumeeira perfil deve ser estampada a partir de chapa lisa na espessura de 0,8 mm ou perfilada e dobrada com espessura ! 0,5 mm. 6.2 Cumeeira "shed" A cumeeira “shed” é utilizada em telhados do tipo "shed" com qualquer inclinação, cujo ângulo é sempre determinado em função do projeto. Sua fixação deve ser com um elemento a cada duas ondas para a cumeeira trapezoidal e a cada quatro ondas para a cumeeira ondulada. Na aba lisa, a fixação pode ser determinada pelo projeto. A cumeeira “shed”deve ser estampada ou dobrada a partir de chapa lisa na espessura de 0,8 mm. 6.3 Cumeeira lisa A cumeeira lisa pode ser utilizada em coberturas de duas águas, "shed", espigões ou invertida como água furtada. Seu ângulo é determinado sempre em função do projeto. Sua fixação deve ser no mínimo com um elemento a cada 50 cm por aba. A cumeeira lisa deve ser estampada ou dobrada a partir de chapa lisa na espessurade 0,8 mm. 6.4 Rufo de topo O rufo de topo pode ser utilizado para arrematar a cobertura com fechamentos em lanternins e platibandas mais altos. Seu ângulo é determinado em função do projeto. Sua fixação deve ser com um elemento a cada duas ondas para a cumeeira trapezoidal e a cada quatro ondas para a cumeeira ondulada na aba estampada. Na aba lisa, a fixação pode ser determinada pelo projeto. O rufo de topo deve ser estampado ou dobrado a partir de chapa lisa na espessura de 0,8 mm. 6.5 Rufo lateral superior ou contra-rufo O rufo lateral superior ou contra-rufo pode ser utilizado quando o fechamento lateral acompanha a inclinação do telhado. Sua fixação deve ser com um elemento a cada 50 cm por aba. Deve ser perfilado, estampado ou dobrado a partir de chapa lisa na espessura de 0,8 mm. 6.6 Rufo lateral inferior ou contra-rufo O rufo lateral inferior ou contra-rufo possui as dimensões do rufo lateral superior e pode ser aplicado na lateral da telha com fechamento lateral mais alto. Sua fixação deve ser com um elemento a cada 50 cm na aba estampada ou perfilada e, quando necessário, na aba lisa. Deve ser perfilado, estampado ou dobrado a partir de chapa lisa na espessura de 0,8 mm. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 14 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 6.7 Calha A calha deve ser fabricada a partir de chapa lisa, com espessura mínima de 0,8 mm, dobrada ou perfilada. Possui dimensões variáveis e deve ser determinada em projeto, em função do volume das águas pluviais. A calha não deve ser fixada na telha. 6.8 Pingadeira para calha A pingadeira para calha pode ser utilizada entre a telha e o vão existente. Suas dimensões variam de acordo com o projeto. Tem função de evitar retornos de águas que correm por baixo da telha. São utilizados os mesmos elementos de fixação da telha. A pingadeira não deve ser fixada na calha e deve ser estampada ou dobrada a partir de chapa lisa na espessura de 0,8 mm. 6.9 Haste A haste é uma peça de liga de alumínio utilizada para fixar a telha na estrutura passante pela onda alta. Permite a acomodação das telhas à estrutura quando da movimentação da cobertura, evitando rompimentos indesejáveis das telhas, oriundas de total engastamento. A haste também evita a ovalização do furo na telha devido à dilatação e/ou movimentação da cobertura, pois os ganchos apresentam um movimento pendular, cujo efeito é positivo sobre a cobertura. A haste deve ser produzida pelo processo de extrusão, nas ligas 6261 ou 6351, têmpera T6, diâmetro nominal do corpo de 6,8 mm e da rosca 8 mm. Seu comprimento é variável e deve suportar dobramento com raio mínimo de 6 mm. 6.10 Arruela A arruela pode ser côncava ou plana e deve ser produzida em alumínio a partir de chapa laminada, nas ligas das séries 3XXX, têmpera H18 ou 5XXX, têmpera H18/H38, com diâmetro interno compatível com o diâmetro da haste. A espessura da arruela côncava deve estar entre 0,7 mm e 1,0 mm e da arruela plana entre 1,5 mm e 2,0 mm. 6.11 Porca sextavada A porca sextavada deve ser produzida a partir de vergalhão sextavado extrudado nas ligas de alumínio 6063, 6261 ou 6351, têmpera T6, com diâmetro interno compatível com o diâmetro da haste. 6.12 Calço O calço atua como elemento limitador, mantendo a permanência da altura da onda, contribuindo para que não ocorra amassamento tanto das telhas como dos acessórios, por ocasião do aperto das porcas. Suas dimensões devem ser compatíveis com os perfis das telhas. 6.13 Goiva nervurada A goiva nervurada contribui para que não ocorra amassamento das ondas, por ocasião do aperto das porcas, evitando o rasgamento das telhas junto aos fixadores. A goiva deve ser produzida a partir de chapa laminada de alumínio estampada, nas ligas das séries 3XXX, têmperas H16 ou H18, 5XXX, têmperas HX4 ou HX6, com diâmetro interno compatível com os fixadores e dimensões compatíveis com os perfis das telhas. A espessura deve estar entre 0,7 mm e 1,0 mm. 6.14 Arruela de guarnição flexível plana ou côncava A arruela de guarnição flexível plana ou côncava atua como elemento de vedação à infiltração de água. Deve ser produzida em PVC ou etileno propileno dimetil (EPDM) e deve ser compatível ao especificado em 6.10. A espessura nominal da arruela plana deve ser de 2,0 mm e a da côncava (tipo chupeta) de 1,0 mm. As Figuras 24 e 25 mostram um conjunto de fixação envolvendo haste, arruela, porca sextavada, calço, goiva nervurada e arruela de guarnição, para telhas ondulada e trapezoidal. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 15 Figura 24 — Conjunto de fixação para telhas onduladas Figura 25 — Conjunto de fixação para telhas trapezoidais E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 16 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 6.15 Fita de vedação A fita de vedação atua como elemento de vedação à infiltração de água, devendo ser aplicada na sobreposição lateral (ver Figura 26) e no recobrimento longitudinal das telhas (ver Figura 27). A fita deve ser produzida em espuma de células fechadas de polietileno expandido reticulado quimicamente auto-extinguível (PEE), com uma face auto-adesiva. Suas dimensões mínimas devem ser 3,0 mm de espessura, 15 mm de largura e comprimento variável. Figura 26 — Vedação lateral Figura 27 — Vedação longitudinal 6.16 Isolamento entre a telha e a terça O isolamento entre a telha e a terça metálica deve ser feito com espuma de células fechadas de PEE, com uma face auto-adesiva. Suas dimensões devem ser 3,0 mm de espessura mínima, mesma largura do apoio e comprimento variável. Quando a terça for de concreto deve ser utilizado apoio de madeira ou metálico, obedecendo às condições de isolamento anterior. 6.17 Fechamento das ondas Para o fechamento das ondas deve ser utilizada uma vedação entre os acessórios lisos, descritos em 6.2, 6.3, 6.4 e 6.8, e a telha, tanto para o lado superior como inferior da cobertura, conforme Figura 28. Pode também ser utilizada para fechamento entre a telha e a alvenaria. A vedação deve ser produzida em PEE de células fechadas, com ou sem adesivo, e deve ter espessura mínima de 30 mm e ser compatível com o perfil da telha. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 17 Figura 28 — Fechamento de ondas 6.18 Parafuso de cobertura e de fachada O parafuso de cobertura (ver Figura 29) e de fachada (ver Figura 30) deve ser utilizado para fixar a telha na estrutura metálica, conforme Figura 28. Este parafuso deve ser autoperfurante de 10-16 X 3/4” para telha ondulada e de 12-14 X 1” mais arruela BW-7/8” para telha trapezoidal, ponta nº 3, para chapas até 5 mm de espessura e pontas nº 5 ou 6 para perfis laminados, com tratamento superficial de polímero organo-metálico à base de alumínio. Este parafuso deve ser acompanhadode uma guarnição de EPDM. O parafuso para fachada é o mesmo especificado para a telha ondulada e de 12-14 X 3/4” para a telha trapezoidal, sem a utilização de arruela. Para panos de telhados com mais de 20 m entre a calha e a cumeeira, deve ser criada junta de dilatação na estrutura. As fixações nas terças devem ser aproximadamente a cada 300 mm, ou seja, 1ª, 3ª e 5ª ondas, para as telhas trapezoidais e 1ª, 4ª e 8ª ondas, para as telhas onduladas. Figura 29 — Parafuso de cobertura E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 18 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados Figura 30 — Parafuso de fachada 6.19 Parafuso de costura O parafuso para fixação de telha/telha (costura) deve ser utilizado para fixar uma telha em outra telha, de acordo com a Figura 31, a cada 800 mm até 1 200 mm, devendo sempre dividir-se proporcionalmente o meio do vão entre apoios. Este parafuso deve ser do tipo autoperfurante de 1/4”-14 X 7/8”, ponta nº 1, com tratamento superficial de polímero organo-metálico à base de alumínio. Este parafuso deve ser acompanhado de uma guarnição de EPDM. Figura 31 — Parafuso de costura 7 Critérios de cálculo 7.1 Considerações gerais A principal carga acidental que age sobre as telhas é o vento, sendo que seu efeito é de pressão de obstrução ou de sucção, e no cálculo devem ser consideradas a carga uniformemente distribuída e as recomendações da ABNT NBR 6123. O comportamento estrutural da telha é similar ao de uma viga contínua, uniformemente carregada e apoiada sobre vários suportes (terças), variando conforme seus tramos estejam apoiados em dois, três, quatro ou mais suportes, o que é expresso nas equações da resistência dos materiais. Para o cálculo e o dimensionamento das telhas são utilizados três critérios de avaliação: a) tensão admissível: máxima tensão que ocorre na fibra extrema da telha, a qual deve ser inferior à tensão admissível do material; b) flecha máxima: flecha máxima do tramo carregado da telha, a qual deve ser inferior a L/90, sendo L o espaçamento entre apoios; c) flambagem local: a telha, quando carregada e fletida, não deve apresentar enrugamento (abolhamento) da face comprimida, característica de flambagem local. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 19 7.2 Coeficiente de segurança A telha, por ser um elemento acessório da cobertura, tem um coeficiente de segurança adotado de S = 1,30, uma vez que uma falha estrutural da telha não deve colocar em risco a estrutura da cobertura. Esse coeficiente de segurança deve ser aplicado no limite de escoamento do material para se estabelecer a tensão admissível de projeto. 7.3 Cálculo da carga de vento 7.3.1 Pressão de obstrução do vento De acordo com a ABNT NBR 6123, a pressão de obstrução do vento é dada pelas seguintes equações: 16 2 kVq " 0321 VSSSVk ###" onde q é o valor numérico da carga de vento, expresso em quilograma-força por metro quadrado (kgf/m²); q = Vk² / 16; Vk é o valor numérico da velocidade característica do vento, expresso em metros por segundo (m/s); S1 é o valor numérico do fator topográfico; S2 é o valor numérico do fator rugosidade; S3 é o valor numérico do fator estatístico; V0 é o valor numérico da velocidade básica do vento, expresso em metros por segundo (m/s), obtida no gráfico das isopletas, conforme a região onde a obra se localiza. 7.3.2 Telha trapezoidal Devido à assimetria das ondas, as cotas Ys e Yi em relação à linha de centro de gravidade não são iguais. Dessa forma, o módulo de resistência inferior (Wi) é diferente do módulo de resistência superior (Ws), conforme ilustrado na Figura 32. Assim, a tensão admissível apresenta maior capacidade de carga à sucção do que à pressão. Figura 32 — Módulo de resistência da telha trapezoidal E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 20 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 7.3.3 Telha ondulada Por ser o perfil simétrico, as cotas Ys e Yi em relação à linha de centro de gravidade são iguais. Dessa forma, o módulo de resistência é único (Ws = Wi), conforme ilustrado na Figura 33. Figura 33 — Módulo de resistência da telha ondulada 7.4 Equações para vãos máximos admissíveis 7.4.1 Dois apoios O máximo espaçamento entre dois apoios, em centímetros (ver Figura 34), levando-se em conta a tensão admissível do material, é dado pela seguinte equação: q F.W Lmáx .8 " A flecha máxima 90 L , em centímetros, é dada pela seguinte equação: 3 .85,0 q E.J Lmáx " Figura 34 — Máximo espaçamento entre dois apoios 7.4.2 Três apoios O máximo espaçamento entre três apoios, em centímetros (ver Figura 35), levando-se em conta a tensão admissível do material, é dado pela seguinte equação: q F.W Lmáx .8 " A flecha máxima 90 L , em centímetros, é dada pela seguinte equação: 3 .04,2 q E.J Lmáx " E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 21 Figura 35 — Máximo espaçamento entre três apoios 7.4.3 Quatro apoios O máximo espaçamento entre quatro apoios, em centímetros (ver Figura 36), levando-se em conta a tensão admissível do material, é dado pela equação: q F.W Lmáx .10 " A flecha máxima 90 L , em centímetros, é dada pela seguinte equação: 3 .61,1 q E.J Lmáx " Figura 36 — Máximo espaçamento entre quatro apoios NOTA 1 Os valores obtidos são convertidos para metro, dividindo-se os resultados por 100, adotando-se o menor valor calculado. NOTA 2 O cálculo da flambagem local depende de considerações sobre a geometria do perfil da telha, de suas porções planas nas regiões comprimidas e da espessura da chapa, sendo mais sensível para espessuras menores. 7.5 Balanços longitudinal e lateral Os balanços porventura existentes em beirais e topos das edificações (ver Figura 37), entre os finais das telhas e o último apoio da estrutura, não devem ultrapassar a máxima distância especificada na Tabela 2, pois se tornam áreas frágeis à ação dos ventos e também ao apoio para uma eventual manutenção. Na lateral da telha não é possível ter balanço, a menos que haja prolongamento da terça que lhe dá sustentação. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 22 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados Figura 37 — Balanços longitudinal e lateral Tabela 2 — Distância máxima para balanço Perfil da telha Balanço mm Trapezoidal e x 800 Ondulado e x 600 e = espessura da telha. 8 Cálculo da inclinação e curvatura do telhado NOTA O Brasil,por ser um país tropical e de imensa área, sofre a ocorrência de chuvas intensas, que variam conforme a região. Conhecendo-se o índice pluviométrico, é possível dimensionar calhas e condutores, de acordo com a ABNT NBR 10844, assim como a inclinação e o comprimento do pano de telhados com telhas trapezoidais ou onduladas, e do raio de curvatura e comprimento do arco de telhados somente com telhas onduladas, para o melhor escoamento das águas. 8.1 Grau de inclinação O grau de inclinação i do telhado (ver Figura 38) deve ser calculado pelas seguintes equações: c h tgi "" $ arctgi"$ Figura 38 — Comprimento do pano E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 23 8.2 Comprimento do pano O comprimento do pano Lmáx do telhado (ver Figura 37) deve ser calculado pela seguinte equação, em função da intensidade pluviométrica (I), em milímetros por hora, de acordo com a ABNT NBR 10844: I % Lmáx i2905 # " 8.3 Raio de curvatura para telhas onduladas 8.3.1 O raio de curvatura R do telhado (ver Figura 39) deve ser calculado pela seguinte equação: h c h R # % " 2 4 2 2 Figura 39 — Comprimento do arco 8.3.2 O ângulo & deve ser calculado pela seguinte equação: R c 2 arcsen"& 8.3.3 O comprimento do arco L deve ser calculado pela seguinte equação: 90 !R" L ## " E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 24 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 8.4 Quantidade de telhas A quantidade de telhas, independentemente do seu perfil, trapezoidal ou ondulado, deve ser calculada pelas seguintes equações: Lu BD a )( % " zaQ #" onde a é a quantidade de faixas distribuídas; D é o comprimento do telhado; B é o comprimento dos beirais; Lu é a largura útil da telha; Q é a quantidade de telhas; z é o número de águas. 9 Seqüência de instalação 9.1 Antes de se iniciar a instalação e a fixação das telhas, deve-se verificar a existência de um projeto detalhado para a montagem. 9.2 Verificar se a estrutura está de acordo com o projeto, sobretudo com relação ao comprimento e à largura, espaçamento entre apoios, nivelamento, prumo e paralelismo dos apoios. 9.3 Deve ser verificado o sentido do vento predominante no local e o início da montagem deve partir do lado contrário do sopro do vento, indo do beiral para a cumeeira, conforme mostrado na Figura 40. NOTA Recomendações sobre transporte, manuseio, armazenamento e instalação das telhas são dadas no Anexo B. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 25 Figura 40 — Seqüência de instalação 10 Recobrimento e sobreposição de telhas Para que a cobertura seja completamente estanque à água da chuva, é necessário seguir as especificações de sobreposições transversais e longitudinais, em função da inclinação do telhado, fornecidas na Tabela 3. A sobreposição transversal deve sempre ser feita sobre uma terça. Deve-se utilizar fita de vedação, conforme aplicação ou montagem. Tabela 3 — Sobreposição de telhas Sobreposição lateral Inclinação do telhado (i) Recobrimento longitudinal mm Telha trapezoidal Telha ondulada Abaixo de 5 % 200 a Dupla Dupla De 5 % a 10 % 200 a Simples Dupla Acima de 10 % 150 b Simples Dupla Fechamento lateral 100 b Simples Simples a Ver Figura 20. b Ver Figura 19. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 26 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 11 Compatibilidade com outros materiais 11.1 Metais ferrosos Deve ser evitado o contato direto do alumínio com ferro e/ou aço, através da utilização de materiais isolantes, tais como borracha, neoprene, PEE, PVC, EPDM etc. O aço em contato com o alumínio deve ser necessariamente galvanizado a fogo. 11.2 Cobre e suas ligas Deve ser evitado o contato do alumínio com cobre e suas ligas, através da utilização de materiais isolantes, tais como borracha, neoprene, PEE, PVC, EPDM etc. Em circunstância alguma devem ser utilizados fixadores de cobre nas chapas de alumínio. 11.3 Chumbo O alumínio não sofre ataque quando em contato com o chumbo, exceto em atmosfera marítima. Nessas circunstâncias, ambas as superfícies devem ser protegidas por meio de pintura. 11.4 Concreto ou alvenaria O alumínio em condições perfeitamente secas não necessita de proteção especial, quando em contato com esses materiais. Caso o alumínio necessite ser embutido no concreto ou na alvenaria, deve ser protegido com tinta à base de asfalto, na região de contato, pois em condições úmidas pode ocorrer um ataque de fraca intensidade. 11.5 Zinco O alumínio não é atacado, quando em contato com o zinco. Em atmosferas agressivas, o zinco é atacado primeiramente, devendo ser protegido por meio de pintura. 11.6 Madeira Em condições secas, não há reação entre o alumínio e a madeira. Tratando-se de madeiras verdes, as partes em contato devem ser protegidas com tinta à base de asfalto. Em atmosferas marítimas, deve-se utilizar materiais isolantes, tais como borracha, neoprene, feltro asfáltico etc. Vapores provenientes da secagem de madeiras são muito agressivos ao alumínio. NOTA Em ambientes agressivos, o contato do alumínio com alguns compostos químicos pode causar a redução da vida útil das telhas e dos acessórios. Para segurança, recomenda-se consultar o fabricante para avaliar a viabilidade da aplicação do produto. 12 Embalagem As telhas e os acessórios devem ser fornecidos de forma a não sofrerem danos durante o manuseio e o transporte e identificados na própria embalagem ou na primeira peça do lote com os seguintes dados: a) nome do fabricante; b) tipo da telha ou do acessório; c) liga e têmpera; d) dimensões nominais, em milímetros; e) quantidade, massa total, em quilogramas, ou número de peças; f) identificação do lote ou do volume; g) número desta Norma. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados 27 Anexo A (informativo) Dados para as informações de encomenda Recomenda-se que o pedido de compra das telhas e dos acessórios contenha as seguintes informações: a) tipo da telha ou do acessório; b) liga e têmpera; c) dimensões nominais, em milímetros; d) tipo de acabamento; e) quantidade, massa total, em quilogramas, ou número de peças; f) se for exigido, os resultados dos ensaios de análise do produto; g) número desta Norma. E x em p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS ABNT NBR 14331:2009 28 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados Anexo B (informativo) Recomendações sobre transporte, manuseio, armazenamento e instalação B.1 Recomenda-se que a telha seja transportada totalmente apoiada e protegida com lona para evitar que o material seja molhado ou fique umedecido durante o percurso até seu destino. B.2 Caso o produto esteja molhado ou tenha condensação de vapor d’água, recomenda-se enxugá-lo, peça por peça, na ocasião do seu descarregamento. Convém que o produto molhado não seja armazenado, mesmo que sua instalação seja imediata, pois a água pode provocar o aparecimento de manchas comprometedoras à estética da edificação, apesar de não prejudicar suas propriedades mecânicas. B.3 No descarregamento das telhas recomenda-se utilizar o mesmo número de homens tanto na carroceria do caminhão quanto no solo e convém que estes estejam equipados com luvas de proteção, pois apesar de as telhas terem peso reduzido, existe a necessidade de mais de um homem para transportá-las. Quanto maior o comprimento da telha, maior a quantidade de homens. B.4 Recomenda-se utilizar apoios de madeira por debaixo das telhas para se evitar amassamentos ou arranhões nelas. Convém que as telhas não sejam arrastadas em hipótese alguma. B.5 Recomenda-se que o local de armazenamento seja seco, ventilado e coberto. Caso o armazenamento seja em local não coberto, convém que os produtos sejam protegidos com lonas ou materiais impermeáveis, tomando- se o cuidado de se observar com freqüência se há condensação de vapor d'água e/ou umedecimento das telhas, que podem provocar oxidação na forma de manchas de água, alterando o aspecto estético do produto. Estas manchas não são removíveis. B.6 Quando for necessária a proteção com lona, recomenda-se que esta seja colocada de forma inclinada para que a água escorra mais rapidamente e para facilitar a circulação interna de ar. Convém que a lona esteja presa ao solo e que o material fique totalmente isolado da umidade do solo. B.7 Recomenda-se que a telha seja estocada na posição vertical. Quando isso não for possível, convém manter ventilação entre as pilhas. Recomenda-se que estas pilhas sejam apoiadas sobre calços de madeira, distanciadas do solo no mínimo 15 cm, e cerca de 1 m de uma pilha para outra. E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - P E T R O L E O B R A S IL E IR O - 3 3 .0 0 0 .1 6 7 /0 0 3 6 -3 1 Impresso por: PETROBRAS
Compartilhar