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Teorias Contemporâneas da História - Atividade 02

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UNINOVE – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
PATRICK GIULIANO TARANTI
ATIVIDADE 2: A ESCOLA DOS ANNALES – BREVES APONTAMENTOS
SÃO PAULO
2016
UNINOVE – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
PATRICK GIULIANO TARANTI
ATIVIDADE 2: A ESCOLA DOS ANNALES – BREVES APONTAMENTOS
Trabalho apresentado as Disciplinas de Teorias Contemporâneas da História e de Projeto Domínios da História II do Curso de Licenciatura Plena em História (modalidade EAD) da Universidade Nove de Julho - UNINOVE, como requisito parcial avaliativo para composição de notas.
Docente: Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano.
SÃO PAULO
2016�
SUMÁRIO
	A PROPOSTA DE ATIVIDADE AVALIATIVA A SER DESENVOLVIDA ....
	3
	A RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE .................................................................
	4
	Os Annales e sua revolução historiográfica ........................................
	4
	Introdução .................................................................................................
	4
	Origens .....................................................................................................
	4
	Os Annales e sua evolução no fazer história ...........................................
	5
	O determinante revolucionário ..................................................................
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	Referencial de consulta ............................................................................
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	CONSIDERAÇÕES FINAIS ACERCA DO TRABALHO DESENVOLVIDO 
	7
	OBRA INDICADAS ......................................................................................
	8
	
	
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A PROPOSTA DE ATIVIDADE AVALIATIVA A SER DESENVOLVIDA
	O presente trabalho visa compor práticas de estudos dirigidos e propostos pela docente responsável pelas cadeiras das Disciplinas de Teorias Contemporâneas da História e de Projeto Domínios da História II do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Nove de Julho, curso este desenvolvido na modalidade de ensino a distância – EAD.
	Para uma melhor compreensão e visualização da resolução da atividade proposta e, visando atender os requisitos impostos para sua desenvoltura, o presente trabalho foi concebido seguindo padrões mínimos normativos da ABNT.
	Cabe ressaltar que a resolução da atividade foi balizada em lapso temporal decadencial com início em 031530NOV16 e término em 152355NOV16.
	Denota-se que a atividade será valorada em uma pontuação mínima em 0 pontos e máxima de 10 pontos.
	Fez-se necessário estabelecer e esclarecer que o texto elaborado se baseia e sofre influência direta do referencial indicado nas premissas docente, ora imposto quando da disposição do enunciado laboral acadêmico, sendo este a ser conhecido: 
Deve o discente “elaborar um texto sobre a Escola dos Annales defendendo seu caráter ‘revolucionário’ no âmbito da historiografia”�, utilizando-se por base, os textos da plataforma AVA, ora elencados no tópico 4 do presente - OBRAS INDICADAS�.
A docente responsável pela Atividade apresenta ainda elementos mandativos de observação obrigatória, onde o texto deverá possuir no máximo três páginas, podendo conter ainda citações dos textos de referência, ressalta que em utilizando-se de outros materiais a serem citados, estes devem ser inclusos no referencial ao final do texto. Outro elemento mandatário é o fato de que a atividade deve ser realizada de forma individualizada, não admitindo sua concepção em grupo. 
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A RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE
2.1. Os Annales e sua revolução historiográfica
2.1.1. Introdução
	O presente texto possui como pretensão traçar alguns apontamentos de relevância sobre a Escola Historicista dos Annales e sua importância no cenário científico, sobretudo no que se refere ao seu caráter revolucionário e suas influências sobre o historiador e seu fazer.
	Para tanto, discorreremos sobre o que vem a ser a Escola dos Annales, e suas gerações com suas principais características, apontando a importância de cada qual para seu tempo e suas influências. Cabe-nos, ainda, debruçarmo-nos sobre a antropologia histórica e a história da cultura material e como esta correlaciona-se com os Annales. Por fim, por intermédio de uma análise dialética dos fatos ora apresentados, poderemos verificar o quão importante esta Escola é no contexto historiográfico, assim como observar o porquê esta é apontada como revolucionária.
2.1.2. Origens
	As origens da Escola dos Annales remontam na França no início do século XX, sendo oficialmente assim conhecida no ano de 1929, perdurando até os dias atuais.
	A célula mater dos Annales surgiu no seio da Universidade de Strasbourg, localizada no nordeste da França, mais precisamente na região de Alsace-Loraine. Região esta, de origem germânica, passando a compor os domínios franceses após o século XVII, onde por um breve momento retornou ao domínio Alemão, sendo tal fato ocorrido durante a 1ª Guerra Mundial. Após este evento belicoso, o território elencado passou novamente a ser francês, e, em decorrência da grande guerra é que surgiram os elementos que propiciaram o afloramento da Escola dos Annales.
	Como já citado a região de Alsace-Loraine é por origem populacional e cultural essencialmente germânica e mesmo sendo um território francês mantinha estes aspectos enraizados, fator este acentuado devido ao isolamento conferido pelo relevo, porém, com o armistício da 1ª Grande Guerra, o distanciamento cultural com a França reacendeu de forma intensa e, para manter a unidade territorial o governo implantou diversas políticas, dentre elas as de cunho cultural e educacional, onde destaca-se a revitalização acadêmica e a produção científica, onde para tanto, foram enviados diversos estudiosos de grande expressão em seus campos de conhecimento para assumir as cátedras da Universidade de Strasbourg, devendo estes desenvolverem suas pesquisas e estudos naquele local, cujo objetivo primário era despertar naquela população um sentimento de identidade nacionalista.
	Em decorrência desse ajuntamento de doutos do conhecimento, desenvolveu-se um movimento de efervescência cultural científica interdisciplinar, que em meio a conversas e debates acabaram por exercer influências uns aos outros no fazer científico e, não sendo diferente, o campo da história cedeu a tais influências, desenvolvendo-se um novo e sólido padrão do fazer história e como abordá-la, pois até aquele momento tal ato ainda permanecia orientado pela Escola Positivista, uma vez que as teorias marxistas ainda não exerciam influências no território francês.
	A denominação de “Escola de Annales” é oriunda do título da primeira edição do jornal científico da Universidade de Strasbourg, o Revue d’Annales (Jornal dos Anais), o qual era subdividido em seções independentes, onde uma desta dedicava aos temas de história econômica e social – d’Histoire Economique et Sociale. A primeira edição teve sua publicação no ano de 1929, sendo que esta apresentava de forma inédita a comunidade científica e acadêmica, um meio revolucionário para o fazer historicista.
2.1.3. Os Annales e sua evolução no fazer história
	Esta Escola historicista foi revolucionária em diversos campos do conhecimento, mas notavelmente destacou-se no campo da História, mais precisamente reformou o fazer científico deste, rompendo de forma definitiva com a Escola Positivista, até então vigente na França, assim como ocorreu na Alemanha por meio da Escola Materialista Histórico Dialética. Este rompimento com o fazer histórico positivista na França ocorreu quase sem qualquer influência do pensamento marxista, o qual ainda era pouco disseminado.
Assim como o a Escola Materialista, os Annales também defendiam a ampliação dos sujeitos históricos, bem como compreendiam que, por mais distanciado que permaneça o historiador, este ainda não permaneceria neutro no seu fazer, ainda, estas teorias coincidem no que tange no entendimento de que a históriadeve se apresentar como uma produção humana.
2.1.4. O determinante revolucionário
	Vários são os aspectos que conferem os Annales o status de escola revolucionária, aspectos estes observados em suas concepções, onde podemos destacar: 1) a interdisciplinaridade como instrumento de produção da história; 2) a idealização da História Problema e a busca dos meios para resolução do problema proposto; 3) a consciência da não neutralidade do historicista; 4) compreensão de que se faz necessário entender de que a produção humana deve ser abordada em sua totalidade; 5) a necessidade de ampliar os sujeitos históricos; e, 6) a não supremacia linear, encadeada e cronológica dos eventos postos à baila, como foco determinante para desenvolvimento dos estudos.
	Outro ponto que a faz uma Escola revolucionária é o fato de que esta permanece em constante evolução, sendo estas, as mudanças sobretudo no que tange ao foco-problema, mantendo-se latentes e presentes as concepções originárias, previamente podemos declarar que esta Escola passou por três evoluções, também conhecidas no meio científico-acadêmico como Gerações, porém, há estudiosos que já defendem a existência de uma quarta geração.
Basicamente podemos determinar o tempo cronológico e as principais características, sendo na: - 1ª Geração: 1929-1946 – o foco desta era voltada para uma produção historiográfica interdisciplinar e que fizesse frente as concepções positivistas de modo a repudiá-las por completo; - 2ª Geração: 1946-1968 – por influência da segunda grande guerra, o foco do fazer histórico voltou-se para os eventos modernos e geográficos; - 3ª Geração: 1968- ... – houve uma efervescência da pluralidade de focos-problemas, destacando-se como foco principal as questões relacionadas a cultura, estes estudos foral influenciados sobretudo pelos movimentos de contracultura que afloravam à época; e, - 4ª Geração (sem consenso na comunidade científica): 1980-... – este marcado por um “crise historiográfica”, sendo determinante para uma revisão de politicidade e a história, influenciados por eventos políticos do período.
2.2. Referencial de consulta
	Vide o Item 4 do presente trabalho, páginas 8-9.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ACERCA DO TRABALHO DESENVOLVIDO
	Observa-se o quão importante foi o desenvolvimento do presente trabalho, uma vez que este nos leva a refletir sobre a importância das escolas historiográficas e o trabalho do historiador de modo mais aprofundado trazendo luz a questões até então obscuras.
	Denota-se o porquê a Escola dos Annales foi uma revolução no campo do saber de História e que deve ser estuda afinco e assim compreendida, já que esta exerce grande influências no trabalho do historiador e de como a história é conduzida por estes, praticamente em sua totalidade, onde esta somente possui frente diante do fazer histórico neomarxista.
	Vislumbra-se que a escolha de linha de pesquisas do fazer histórico na atualidade somente é dividido entre estas duas escolas por convicções do próprio historiador e por ele assim determinado em seus trabalhos, contudo, a linha marxista possui um fundo influenciador politizado, fato este que é um contaminante expressivo para o historiador, já por sua vez, por sua interdisciplinaridade os Annales, ainda que contaminados por convicções de seus representantes, se faz mais próximo da realidade devido a sua pluralidade e amplitude.
	Por fim, podemos concluir, preliminarmente, que o conhecimento das principais escolas históricas se faz de extrema importância para o estudioso que pretende se lançar no campo da História, pois estas trazem elementos que conferem cientificidade e de validação destas ao logo de seu tempo e, determinam se o desenvolvimento dos estudos na atualidade se fazem plenos de reconhecimento acadêmico e científico. Ressaltando-se o fato de que para o desenvolvimento de um estudo sério há a necessidade de se compreender a evolução do fazer científico na área de concentração pretendida e como este se estabeleceu ao longo do tempo até a atualidade, para que não se incorra em erros desnecessários e grotescos no desenvolvimento dos estudos.
	
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OBRA INDICADAS
A Escola dos Annales. Disciplina de Teorias Contemporâneas da História. São Paulo: UNINOVE, 2016. Duração: 25’28”. Apresentadora: Cristina de Toledo Romano. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0B2GQycjzwf7BaU1sRjZyRmlJd2s/view>. Acesso em: 4 nov. 2016.
UNINOVE. A antropologia histórica e a história da cultura material. Disciplina de Teorias Contemporâneas da História. São Paulo: UNINOVE, 2016a. v. Aula 08. p. [1-3]. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano. Disponível em: <https://img.uninove.br/static/0/0/0/0/0/0/0/1/5/8/3/158307/topico_46807.pdf?>. Acesso em: 17 out. 2016. 
 _____. A escola dos Annales. Disciplina de Teorias Contemporâneas da História. São Paulo: UNINOVE, 2016b. v. Aula 03. p. [1-3]. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano. Disponível em: <https://img.uninove.br/static/0/0/0/0/0/0/0/1/5/8/3/158302/topico_46780.pdf?>. Acesso em: 17 out. 2016. 
_____. A primeira geração dos Annales : parte I. Disciplina de Teorias Contemporâneas da História. São Paulo: UNINOVE, 2016c. v. Aula 04. p. [1-3]. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano. Disponível em: <https://img.uninove.br/static/0/0/0/0/0/0/0/1/5/8/3/158303/topico_46786.pdf?>. Acesso em: 17 out. 2016. 
_____. A primeira geração dos Annales : parte II. Disciplina de Teorias Contemporâneas da História. São Paulo: UNINOVE, 2016d. v. Aula 05. p. [1-4]. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano. Disponível em: <https://img.uninove.br/static/0/0/0/0/0/0/0/1/5/8/3/158304/topico_46792.pdf?>. Acesso em: 17 out. 2016. 
_____. A segunda geração do Annales. Disciplina de Teorias Contemporâneas da História. São Paulo: UNINOVE, 2016e. v. Aula 06. p. [1-4]. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano. Disponível em: <https://img.uninove.br/static/0/0/0/0/0/0/0/1/5/8/3/158305/topico_46794.pdf?>. Acesso em: 17 out. 2016. 
_____. A terceira geração dos Annales. Disciplina de Teorias Contemporâneas da História. São Paulo: UNINOVE, 2016f. v. Aula 07. p. [1-4]. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Profa. Dra. Cristina de Toledo Romano. Disponível em: <https://img.uninove.br/static/0/0/0/0/0/0/0/1/5/8/3/158306/topico_46801.pdf?>. Acesso em: 17 out. 2016.
� ROMANO, Cristina de Toledo. Teorias Contemporâneas da História: Atividade: Questões dissertativas: A escola dos Annales. São Paulo: UNINOVE, 2016. Notas: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura Plena em História. 2º sem. 2016. Disponível em: <https://ava.uninove.br/seu/SEUEAD/EAD0001/SEU_EAD0006.php?>. Acesso em: 03 nov. 2016.
� Vide páginas 8-9 da presenta Atividade.

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