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O NÚCLEO DA CÉLULA: ESTRUTURA, ESTRUTURA, REPLICAÇÃO E TRANSCRIÇÃO A estrutura dos cromossomos eucarióticos: • O núcleo de uma célula típica humana tem aproximadamente 5-8 µm de diâmetro e contém aproximadamente 2 metros de DNA. • A complexa tarefa de compactar o DNA é realizada por proteínas especializadas que se ligam e dobram o DNA. • O DNA é compactado de uma forma que o deixa acessível• O DNA é compactado de uma forma que o deixa acessível a todas as enzimas e outras proteínas requeridas para a replicação, transcrição e reparo de DNA. • O DNA eucariótico é compactado em um conjunto de diferentes cromossomos. Cada cromossomo consiste de uma única molécula de DNA linear enormemente longa associada com proteínas. • Muitas proteínas associadas com o DNA nos cromossomos estão envolvidas na compactação do DNA, mas os cromossomos também estão associados com outras proteínas envolvidas na expressão gênica, replicação, e reparo de DNA. • As células humanas, com exceção das células germinativas, contêm duas cópias de cada cromossomo,germinativas, contêm duas cópias de cada cromossomo, um herdado da mãe e outro do pai: os cromossomos materno e paterno de cada um dos pares são chamados de cromossomos homólogos. • Os únicos pares de cromossomos não-homologos são os cromossomos sexuais nos machos, onde um cromossomo Y é herdado do pai e um cromossomo X, da mãe. CONJUNTO TOTAL DE CROMOSSOMOS: CARIÓTIPO Os cromossomos existem em diferentes estados durante a vida da célula: • O estado de condensação de um cromossomo varia de acordo com o ciclo de crescimento celular, que passa por uma série de estágios conhecido como ciclo celular. Seqüências especializadas de DNA asseguram que os cromossomos repliquem eficientemente: • Estas funções básicas são controladas por três tipos de sequências especializadas de DNA encontrados nos cromossomos eucarióticos: � Um tipo de sequência de nucleotídeo atua como uma origem de replicação do DNA, na qual a duplicação do DNA se inicia. A maioria dos cromossomos eucarióticos contém muitas origens de replicação para permitir que o cromossomo inteiro possa ser replicado. � A presença de uma segunda sequência especializada de DNA, chamada de centrômero, permite que uma cópia do cromossomochamada de centrômero, permite que uma cópia do cromossomo duplicado seja puxado para a célula-filha quando uma célula se divide. Durante a mitose um complexo protéico chamado cinetócoro se forma no centrômero e liga os cromossomos duplicados no fuso, permitindo que eles sejam separados. � A terceira sequência chamada telômero, é encontrada em cada uma das extremidades de um cromossomo. Telômeros contém seqüências repetidas de nucleotídeos que permitem que as extremidades dos cromossomos sejam replicadas. Estas sequências são necessárias porque as DNA-polimerases podem sintetizar DNA somente na direção 5’→ 3’. Seqüências especializadas de DNA asseguram que os cromossomos repliquem eficientemente: Os nucleossomos são as unidades básicas da estrutura da cromatina: • Cromatina: consiste no complexo de DNA e proteína que forma o cromossomo. A cromatina existe em diferentes estados nas distintas fases do ciclo de vida das células. • As histonas são responsáveis pelo primeiro nível fundamental de compactação, o nucleossomo. Esses são compactados ainda mais para gerar fibras de 30 nm. O cerne de uma partícula individual de nucleossomo consiste de um complexo de oito proteínas chamadas histonas – o octâmero de histonas forma um cerne de proteína em volta do qual a hélice de fita dupla do DNA se enrola. O termo “nucleossomo” refere-se a partícula central do nucleossomo mais o DNA de ligação adjacente. • • As histonas são pequenas proteínas com alta proporção de aminoácidos carregados positivamente (lisina e arginina). • A compactação dos• A compactação dos nucleossomos na fibra de 30 nm depende de uma quinta histona chamada H1, que se acredita una os nucleossomos num arranjo regular repetido. • A forma mais altamente compactada da cromatina interfásica é chamada heterocromatina. O restante da cromatina que esta numa variedade de estado mais estendido, é chamado de eucromatina. • A heterocromatina e a cromatina mitótica são transcricionalmente inativas. • Os cromossomos interfásicos são organizados dentro do núcleo. O núcleo é delimitado pelo envelope nuclearnúcleo. O núcleo é delimitado pelo envelope nuclear formado por duas membranas concêntricas. • O envelope nuclear é suportado por duas redes de filamentos de proteína: uma chamada lâmina nuclear que sustenta a membrana interna e outra menos organizada que envolve a membrana nuclear externa. • As duas membranas são perfuradas a certos intervalos por poros nucleares, que transportam ativamente moléculas selecionadas para dentro e para fora do núcleo. • A membrana nuclear interna contém proteínas que atuam como sítios de ligação para os cromossomos e para a lâmina nuclear. • A composição da membrana nuclear externa assemelha-se muito à membrana do RE, com a qual ela é contínua. Um poro nuclear é uma estrutura grande e elaborada composta de cerca de 30 proteínas. • Cada poro contém um ou mais canais cheios de água pelos quais pequenas moléculas solúveis podem passar livremente entre o núcleo e o citosol. Moléculas maiores como RNAs, subunidades ribossomais, proteínas e complexos macromoleculares, só passam pelo poro se carregarem um sinal apropriado (sequência-sinal). Replicação do DNA: • Como cada fita de DNA contém uma sequência de nucleotídeos que é exatamente complementar à seqüência de nucleotídeos de sua fita parceira, cada fita pode atuar como um molde para a síntese de uma nova fita complementar. ’ Como cada fita parental serve como molde para uma nova fita, cada dupla hélice-filhafita, cada dupla hélice-filha termina com uma fita original (velha) mais uma fita que é completamente nova. • A síntese de DNA inicia nas origens de replicação. • O processo de replicação do DNA é iniciado por proteínas iniciadoras que se ligam ao DNA e forçam a separação das duas fitas, quebrando as pontes de hidrogênio entre as bases. • Os locais onde o DNA são abertos inicialmente são chamados de origem de replicação que são marcadas por uma seqüência particular de nucleotídeos com seguimentos de DNA ricos em A=T. • A síntese de DNA novo ocorre nas forquilhas de replicação: • As moléculas de DNA pegas no momento de serem replicadas podem ser vistas ao microscópio eletrônico. A replicação é bidirecional. • No coração da máquina de replicação está uma enzima chamada de DNA- polimerase, que sintetiza a fita nova. Essa enzima catalisa a adição de nucleotídeos à extremidadenucleotídeos à extremidade 3’ de uma fita de DNA em crescimento pela formação de uma ligação fosfodiéster entre esta extremidade e o grupo 5’-fosfato do nucleotídeo que está sendo incorporado. • A DNA-polimerase não se dissocia do DNA a cada vez que adiciona um novo nucleotídeo à cadeia em crescimento; pelo contrário, ela permanece associada ao DNA e move-se ao longo dele passo a passo por muitos ciclos de reação de polimerização. • A DNA-polimerase pode catalisar o crescimento da cadeia de DNA em apenas uma direção: ela pode adicionar novas subunidades apenas à extremidade 3’ da cadeia. Como resultado, uma nova cadeia de DNA pode ser sintetizada apenas na direção 5’→ 3’ pela DNA-polimerase. • A fita de DNA cuja extremidade 5’ deve crescer é feita descontinuamente, em pequenos pedaços separados e sucessivos chamados de fragmentos de Okazaki, com a DNA-polimerase trabalhando para trás a partir da forquilha de replicação na direção 5’→ 3’ para cada pedaço. • A fita que é sintetizada descontinuamente é chamada de fita retardada ou retardatária, a fita que é sintetizada continuamenteé chamada de fita-líder. A DNA-polimerase é autocorretiva: • Assim como ela catalisa a reação de polimerização, a DNA- polimerase tem uma atividade corretiva de erros chamada mecanismo de verificação. Antes que a enzima adicione umque a enzima adicione um nucleotídeo a cadeia de DNA em crescimento, ela confere se o nucleotídeo prévio adicionado esta corretamente pareado com a fita- molde. Pequenos segmentos de RNA atuam como iniciadores para a síntese do DNA: • É necessário uma enzima diferente para iniciar uma nova fita de DNA. Essa enzima, entretanto, não sintetiza DNA. Ela faz um pequeno segmento de RNA usando a fita de DNA como molde. Esse pequeno RNA com cerca de 10 nucleotídeos de tamanho, faz pareamento de bases com a fita-molde e fornece uma extremidade 3’ como ponto inicial para a DNA-polimerase. Dessa forma ela serve como um iniciador (primer) para a síntese de DNA, e a enzima que sintetiza o RNA iniciador é conhecida como primase.iniciador é conhecida como primase. • Para produzir uma fita nova de DNA contínua a partir de muitos fragmentos de Okazaki, três enzimas adicionais são necessárias: • uma nuclease: degrada o RNA iniciador. • uma DNA-polimerase chamada de polimerase de reparo que substitui o RNA por DNA. • uma DNA-ligase que une a extremidade 5’ fosfato de um fragmento novo de DNA à extremidade 3’ hidroxil do próximo. • A enzima telomerase adiciona uma série de repetições de uma sequência de DNA, que permite que a fita retardada ou descontínua seja completada pela DNA-polimerase. A telomerase contém uma porção curta de RNA complementar à seqüência de repetição de DNA. As proteínas na forquilha de replicação cooperam para formar uma máquina de replicação: • Na frente da máquina de replicação, está uma helicase, proteína que usa a energia de hidrólise da ATP para correr ao longo do DNA, abrindo a dupla hélice à medida que se move. • Outro componente da máquina de replicação – a proteína de ligação à fita simples – une-se ao DNA fita simples exposto,ligação à fita simples – une-se ao DNA fita simples exposto, pela helicase e impede, transitoriamente, de formar novamente o pareamento de bases. • Outra proteína ainda, chamada de “grampo deslizante” mantém a DNA-polimerase firmemente ligada a fita-molde e na fita retardada, o grampo deslizante libera a polimerase do DNA cada vez que um fragmento de Okazaki é terminado. Transcrição: de DNA a RNA • A transcrição e a tradução são os meios pelos quais as células interpretam, ou expressam, suas instruções genéticas – seus genes. • Diversas cópias idênticas• Diversas cópias idênticas de RNA podem ser produzidas a partir do mesmo gene e cada molécula de RNA pode dirigir a síntese de diversas cópias idênticas de moléculas de proteínas. • O primeiro passo que uma célula dá para ler parte das instruções genéticas é copiar a parte requerida da seqüência do DNA – gene – em uma seqüência de nucleotídeos do RNA (transcrição) que é realizada pela RNA-polimerase. Algumas diferenças entre a DNA-polimerase e RNA-polimerase: • A RNA-polimerase catalisa a adição de ribonucleotídeos; • A RNA-polimerase não possui atividade de revisão e correção. • A RNA-polimerase pode iniciar uma cadeia de RNA sem a necessidade de um primer.de um primer. • A grande maioria dos genes presentes no DNA das células determina a seqüência de aminoácidos das proteínas, e as moléculas de RNA que são copiadas a partir destes genes são chamadas de RNA mensageiro (mRNA). Outros RNAs são também sintetizados pelo mesmo processo de transcrição. • Uma das duas fitas da dupla hélice do DNA atua como um molde para a síntese do RNA. A cadeia de RNA produzida (transcrito) é estendida um nucleotídeo por vez no sentido 5’→ 3’. • A RNA-polimerase move-se ao longo do DNA, desenrolando a hélice de DNA logo a sua frente. Imediatamente atrás da região onde os ribonucleotídeos estão sendo adicionados, a RNA-polimerase enrola a hélice de DNA que se refaz e desloca a cadeia de RNA recém-formado. • Sinais de seqüências de nucleotídeos no DNA indicam à RNA- polimerase onde iniciar (promotores) e terminar (terminadores ou sinal de parada). • RNAs eucarióticos são transcritos no núcleo e chamados de transcritos primários. • Duas etapas de processamento que ocorrem somente nos transcritos primários destinados a tornarem-se moléculas de mRNA são: → A formação da sequência-líder ou quepe 5` que consiste na modificação do terminal 5’ do transcrito primário, o terminal que é sintetizado primeiro durante a transcrição, sendo formado pela adiçãosintetizado primeiro durante a transcrição, sendo formado pela adição nesta extremidade de um nucleotídeo atípico – uma guanina (G) ligada a um grupo metila logo no início da transcrição. → A poliadenilação do mRNA na extremidade 3’ ou cauda poli-A pela ação de enzimas que adicionam uma série repetitiva de nucleotídeos de adenina (A) formando a cauda poli-A. Estes processos aumentam a estabilidade dos mRNAs e auxiliam na exportação do núcleo para o citoplasma e são também utilizados mais tarde na síntese protéica como indicador de que a mensagem esta pronta para a tradução. • Genes de eucariotos são interrompidos pelas sequências não- codificantes chamadas de íntrons. • Os fragmentos dispersos das sequências codificantes, chamados éxons, são normalmente mais curtos que os íntrons. • Tanto íntrons quanto éxons são incluídos no transcrito primário. • Durante a formação da sequência-líder e poliadenilação, mas antes que o mRNA saia do núcleo, todas as sequências dos íntrons são removidas e os éxons ligados uns aos outros. Quando esta etapa chamada de splicing de RNA, é completada, o RNA é uma molécula de mRNA funcional que agora sai do núcleo e é traduzido em proteína. • Cada íntron contém algumas pequenas sequências de nucleotídeos que atuam como sinais para a sua remoção. Os íntrons são removidos do RNA por enzimas que são um complexo de proteína e pequenos RNAs nucleares (snRNAs) que juntos formam pequenas partículas ribonucleoproteicas nucleares (snRNPs). • Os transcritos de diversos genes eucarióticos podem ser processados por splicing sob diferentes formas, cada uma delas levando à produção de um proteína distinta. Este tipo de splicing alternativo permite, portanto, que diferentes proteínas sejam produzidas de um mesmo gene. Ex: O gene da α-tropomiosina pode sofrer splicing de diferentes maneiras. • Um conjunto especial de proteínas de ligação ao RNA sinaliza que o mRNA maduro está pronto para ser exportado para o citoplasma. O quepe e a cauda poli-A estão marcadas por proteínas que reconhecem essas modificações. Um grupo de proteínas denominadas complexo de junção do éxon (EJC) é depositado sobre o mRNA após o RNA ter sofrido splicing adequadamente. Quando o mRNA é considerado pronto para a exportação um receptor de transporte nuclear se associa a ele guiando-o através do poro nuclear. Uma vez no citosol, o mRNA pode perder algumas protéinas anteriormente ligadas e adquirir outras. • As duas micrografias eletrônicas mostram o núcleo de dois tipos celulares diferentes A e B. Na duas micrografias eletrônicas é possível detectar regiões de cromatina de duas densidades diferentes; uma região fortemente contrastada que corresponde a heterocromatina e uma região mais clara que corresponde a cromatina menos compactada (eucromatina). A cromatina no núcleo (A) está, em maioria, na forma condensada, uma heterocromatina transcricionalmente inatva, ao passo que a maioria da cromatina do núcleo B está descompactada e, portanto, potencialmente ativa para transcrição.
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