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Conforto Ambiental 1 Estratégias Bioclimáticas Bioclimátologia • A bioclimatologia estuda as relações entre o clima e o ser humano. • Como forma de tirar partido das condições climáticas para criar uma arquitetura com desempenho térmico adequado, OLGYAY (1973) criou a expressão Projeto Bioclimático, que visa a adequação da arquitetura ao clima local. • Aplicação de Bioclimatologia a Arquitetura � Projeto Bioclimático – Irmãos Olgyay em 1973 Diagrama Bioclimático: estratégias de adaptação de arquitetura ao clima Bioclimátologia • Carta Bioclimática para edifícios de Givoni – Corrige limitações da cartar de Olgyay. • Propunha estratégias construtivas para adequação da arquitetura ao clima, enquanto Olgyay aplicava seu diagrama apenas para as condições externas. • Em 1992, Givoni concebeu uma carta bioclimática para países em desenvolvimento, com base na aclimatação da população. Diagramas Bioclimáticos Método de Olgyay – Givoni Buscou, dentro de uma sequencia de variáveis interdependentes (clima / biologia / tecnologia / arquitetura), encontrar o método que compreende, inicialmente, uma análise de dados climáticos, acompanhada de uma avaliação psico-biológica. Resultou na elaboração da primeira carta bioclimática, apresentando-se como uma tentativa de associar os dados climáticos com a sensação de conforto, submetidos a trabalhos leves e com vestimenta de 1 clo. (Grzybowski, 2004) ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS Estas estratégias, corretamente utilizadas durante a concepção do projeto da edificação, podem proporcionar melhorias nas condições de conforto térmico e redução no consumo de energia. A seguir apresenta-se uma discussão breve a respeito de cada estratégia. (Lamberts, 2005) Zona 01: Zona de Conforto Para condições climáticas que resultem em pontos delimitados por esta região existe uma grande probabilidade das pessoas perceberem a sensação de conforto térmico. Desta forma, pode-se verificar que a sensação de conforto térmico pode ser obtida para umidade relativa variando de 20 a 80% e temperatura entre 18ºC e 29ºC Zona 02: Zona de Ventilação Natural Se a temperatura interior ultrapassar 29º ou a umidade for maior que 80º, a ventilação pode melhorar a sensação térmica. A ventilação corresponde uma estratégia de resfriamento natural do ambiente construído através da substituição do ar interno (mais quente) pelo externo (mais frio). Zona 02: Zona de Ventilação Natural Em regiões onde a temperatura diurna é maior que 29ºC e a umidade relativa é inferior a 60%, o resfriamento convectivo noturno é mais adequado � Regiões áridas � Controla ventilação quente durante o dia e incrementar ventilação mais amena noturna, resfriando ambiente interior. Zona 02: Zona de Ventilação Natural As soluções arquitetônicas comumente utilizadas são ventilação cruzada, ventilação da cobertura e ventilação do piso sob a Edificação. Zona 03: Zona de resfriamento evaporativo É uma estratégia para aumentar a umidade relativa do ar e diminuir sua temperatura. Como resfriamento direto dos espações interiores através da evaporação requer ventilação para evitar o acúmulo de valor d’água. Zona 03: Zona de resfriamento evaporativo O uso de vegetação (evapotranspiração), de fontes d’água ou de outros recursos que resultem na evaporação da água diretamente no ambiente que se deseja resfriar constituem-se em formas diretas de resfriamento evaporativo. Uma forma indireta pode ser obtida através de tanques d’água sombreados executados sobre a laje de cobertura. Zona 04: Zona de inércia térmica para resfriamento A utilização de componentes construtivos com inércia térmica (capacidade térmica) superior faz com que a amplitude da temperatura interior diminua em relação a exterior, ou seja, os picos de temperatura verificados externamente não serão percebidos internamente. Zona 04: Zona de inércia térmica para resfriamento Componentes construtivos com elevada capacidade térmica são indicados para climas quente e seco onde a temperatura atinge valores muito altos durante o dia e extremamente baixos durante a noite. Zona 05: Zona de Resfriamento Artificial O resfriamento artificial deve ser utilizado quando as estratégias de ventilação, resfriamento evaporativo e massa térmica não proporcionam as condições desejadas de conforto. Zona 06: Zona de Umidificação É recomendada quando a temperatura do ar apresenta-se menor que 27º e a umidade relativa abaixo de 20%. Zona 06: Zona de Umidificação Recursos simples, como recipientes com água colocados no ambiente interno podem aumentar a umidade relativa do ar. Da mesma forma, aberturas herméticas podem manter esta umidade, além do vapor d’água gerado por atividades domésticas ou produzido por plantas. Zona 07: Zona de Inércia Térmica e Aquecimento Solar Neste caso, pode-se adotar componentes construtivos com maior inércia térmica, além de aquecimento solar passivo e isolamento térmico, para evitar perdas de calor, pois esta zona situa-se entre temperaturas de 14 a 20ºC. Zona 07: Zona de Inércia Térmica e Aquecimento Solar Zona 08: Zona de aquecimento solar passivo Adotado para os casos de baixa temperatura do ar. Recomenda-se que a edificação tenha superfícies envidraçadas orientadas para o sol e aberturas reduzidas nas fachadas que não recebem insolação para evitar perdas de calor. Zona 08: Zona de aquecimento solar passivo Esta estratégia pode ser conseguida através de orientação adequada da edificação e de cores que maximizem os ganhos de calor, através de aberturas zenitais, de coletores de calor colocados no telhado e de isolamento para reduzir perdas térmicas. Zona 09: Zona de Aquecimento Artificial Este tipo de estratégia deve ser utilizado apenas em locais extremamente frios, com temperatura inferior a aproximadamente 10º C, 5ºC, em que a estratégia de aquecimento solar passivo não seja suficiente para produzir sensação de conforto. Deve-se usar isolamento nas paredes e coberturas dos ambientes aquecidos para evitar perdas de calor para o ambiente externo. Zona 09: Zona de Aquecimento Artificial
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