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LOGÍSTICA 2016 Professora Úrsula Maruyama Apostila da Disciplina Logística do curso de Administração Industrial do Centro Federal de Educação Tecnológica – Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) Logística Página 1 Logística P R O F E S S O R A Ú R S U L A M A R U Y A M A SUMÁRIO 1. LOGÍSTICA E AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS NA INDÚSTRIA COMPLEMENTO I: WANKE 1 – Logística e gerenciamento de cadeias de suprimento COMPLEMENTO II: PNLT 2012 (Plano Nacional de Logística e Transportes)1 COMPLEMENTO III: PBLog 2013 (Plano Brasil de Infraestrutura Logística) CFA2 COMPLEMENTO IV: Logística no Brasil – situação atual e transição para uma economia verde3 2. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO SÉC. XXI COMPLEMENTO V: VERLANGIERI Logística na Prática - Terceirizar ou não a Frota? 3. VISÃO GERAL DA LOGÍSTICA 4. SUPRIMENTOS (gestão de materiais e gestão de estoques) COMPLEMENTO VI: WANKE 3 – Processamento de pedidos COMPLEMENTO VII: WANKE 5 – Planejamento e administração da armazenagem: principais decisões 5. TRANSPORTES COMPLEMENTO VIII: WANKE 4- Planejamento e administração do transporte de carga COMPLEMENTO IX: WANKE 6- Operadores logísticos COMPLEMENTO X: WANKE 7- MPEs de logística 6. SUPPLY CHAIN GLOBAL COMPLEMENTO XI: WANKE 2 - Programas de resposta rápida ECR, CRP, VMI, CPFR, JIT 1 DISPONÍVEL EM http://maruyamacefet-rj.wix.com/umaruyama#!logstica/c1wyo 2 IDEM 3 IBIDEM Logística Página 2 7. Colaboração Logística 8. MEDIÇÃO DE DESEMPENHO COMPLEMENTO XII: GUNNAR PEREIRA - O CUSTO DE TRANSPORTE ENTRE O CENTRO DE PRODUÇÃO E O MERCADO 9. RISCOS E SUSTENTABILIDADE COMPLEMENTO XIII: MANUAL DE PRODUTOS PERIGOSOS (GOV. SP) COMPLEMENTO XIV: LEI DA BALANÇA [LIMITES DE PESOS E DIMENSÕES] COMPLEMENTO XV: NORMAS BRASILEIRAS PARA TRANSPORTE TERRESTRE DE PRODUTOS PERIGOSOS (PAINEL INMETRO) 10. ATUALIDADES • TECNOLOGÍSTICA • MUNDO LOGÍSTICA • REVISTA DE LOGÍSTICA EXERCÍCIOS [concursos públicos e ENADE] Mini Glossário Bibliografia ACOMPANHE O LINK ONLINE DA DISCIPLINA: http://maruyamacefet-rj.wix.com/umaruyama#!logstica/c1wyo DATAS DE PROVAS - 2016: 2016.1 P1 31/03; P2 19/05; P3 02/06; PF 09/06 2016.2 P1 15/09; P2 03/11; P3 10/11; PF 17/11 ATENÇÃO!!! Para realização de P3 será necessário realizar solicitação na SECAD com apresentação de atestado médico ou justificativa documentada da ausência para análise do professor. Logística Página 3 1.LOGÍSTICA E AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS NA INDÚSTRIA 1.1. Origem 1.2. Cadeia logística através do tempo Logística Página 4 1.3. Definição 1.4. Macroprocessos logísticos Logística Página 5 1.5. Processos logísticos Logística Página 6 1.6. Ciclo do pedido Logística Página 7 1.7. Relacionamento da logística com outras áreas Logística Página 8 Logística Página 9 2. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO SÉC.XXI 2.1. Sistema de informação e controle na Cadeia de Suprimento Os sistemas da cadeia de suprimentos iniciam atividades e rastreiam informações sobre processos, facilitam o compartilhamento de informações tanto dentro da empresa quanto entre parceiros da cadeia de suprimentos e auxiliam a tomada de decisão gerencial. Um sistema de transações se caracteriza por regras e procedimentos formalizados e comunicações padronizados, alto volume de transações e foco operacional diário. O controle administrativo, se concentra na medição e no relatório de desempenho. Essa avaliação é necessária para fornecer feedback sobre o desempenho e a utilização de recursos de recursos da cadeia de suprimentos. A análise de decisões, se concentra em ferramentas de software para ajudar os administradores a identificar, avaliar e comparar alternativas estratégicas e táticas para melhorar a eficácias. A análise de decisões também está sendo usada para administrar os relacionamentos com os clientes ao determinar os trade-offs associados a clientes satisfeitos e bem-sucedidos. O planejamento estratégico, último nível do sistema de informação da cadeia de suprimentos, organiza e sintetiza os conteúdos de transações em um banco de dados relacional que ajuda na avaliação de estratégias. Essencialmente, o planejamento estratégico se concentra em informações para avaliar e refinar a estratégia logística e a cadeia de suprimentos. UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS abrangente inicia, monitora e auxilia a tomada de decisões, relatando as atividades necessárias à realização de operações e planejamento logísticos. Os princípios módulos do sistema e suas interfaces. Planejamento de Recursos Empresariais Logística Página 10 (ERP – Enterprise Resource Planning); sistemas de comunicação; sistemas de execução; sistemas de planejamento. Existe uma ampla gama de sistemas, como gerenciamento de depósitos (WMS – warehouse management system), gerenciamento de transportes (TMS – transportation management system) e gerenciamento de pátio (YMS – Yard management system). Geralmente chamados de Software como Serviço (SaaS – Software as a Service), esses pacotes específicos podem ser adquiridos para uso interno ou hospedados externamente. O intercâmbio de informações em tempo real entre funções e parceiros da cadeia de suprimentos facilita a coordenação de insumos, produção, estoque, pedidos e entregas aos clientes. O rápido desenvolvimento e disseminação da Internet acrescentaram uma nova dimensão à interface entre as empresas e seus limites. Cada uma delas tem implicações na cadeia de suprimentos. Além da tecnologia da informação, o rápido surgimento de novas relações na cadeia de suprimentos está sendo impulsionado por quatro forças relacionadas: (1) gestão integradas e processos de cadeia de suprimentos; (2) capacidade de resposta; (3) sofisticação financeira; (4) globalização. Logística Página 11 2.2. Cadeia Integrada Para implementar uma plataforma de serviços básicos, é necessário especificar disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade., verificando: Falhas comuns nos pedidos Quan�dades erradas (para mais ou para menos) Itens errados Atraso ou adiantamento na entrega Informações insuficientes ou incorretas (por exemplo, preços ou códigos promocionais) Modal de transportes Des�no errado Documentação incorreta (por exemplo, conhecimento de carregamento, fatura) Itens danificados Carregamento/sequenciamento de carregamento incorretos Processamento incorreto de pagamento Logística Página 12 2.3. S&OP (Sales and Operations Planning) O processo de Planejamento de Vendas e Operação (S&OP – Sales and Operating Planning) é discutindo pela perspectiva da colaboração multifuncional e multiorganizacional eficaz. A discussão sobre SS&OP inclui a decisão e a ilustração do Sistema de Planejamento e Programação Avançado (APS – Advanced Planning and Scheduling), que é seguida por uma discussão sobre iniciativas mais abrangentes de planejamento empresarial integrado que muitas empresas começaram a realizar. Após uma breve discussão sobre Planejamento, Previsão e Reabastecimento Colaborativo (CPFR – Collaborate Planning , Forecasting and Replenishment), o capítulo é concluído com uma discussão abrangente sobre previsão de demanda. O sistema de planejamento da cadeia de suprimentos e os sistemas de informações de apoio buscam integrar as informações e coordenar as decisões gerais de logísticase cadeia de suprimentos ao mesmo tempo que reconhecem a dinâmica entre as funções e os processo de outras empresas. Os três fatores que orientam o planejamento eficaz são: (1) visibilidade na cadeia de suprimentos; (2) consideração simultânea de recursos; e (3) utilização de recursos. O S&OP É UM PROCESSO que coordena os planos de oferta e demanda em toda a empresa, que inclui o compartilhamento de informações e a definição de responsabilidades, visando desenvolver de forma sistemática um planejamento comum e coerente. Embora o S&OP seja um processo organizacional, ele também exige um suporte substancial de tecnologia de informação. Em geral, a tecnologia do S&OP integra as informações da empresa relativas a previsões, disponibilidade de estoque, recursos de produção e outras restrições de recursos. Logística Página 13 Embora a coordenação perfeita da oferta e da demanda seja desejável na perspectiva de gestão do estoque, isso pode não ser possível ou também pode não ser a melhor estratégia global para uma empresa. + Previsões (vendas, marketings, informações, históricos, contas) + Pedidos dos clientes (pedidos atuais, pedidos futuros já empenhados, contratos) + Promoções (promoção, planos de propaganda).............................................................. = DEMANDA DO PERÍODO - Estoque disponível - Recebimentos planejados......................................................................................................... = REQUISITOS LOGÍSTICOS DO PERÍODO Um S&OP eficaz exige uma mistura de processo e tecnologias dentro de uma organização colaborativa. O planejamento empresarial e os planos de marketing sem restrições e de recursos são integrados e sincronizados ao longo do processo de S&OP, que exige uma combinação de tecnologia para identificar e avaliar as restrições, bem como os inputs gerenciais para determinar quais restrições poderiam ser liberadas na forma de priorização dos envios para os clientes, alterações nos planos de marketing, operações em horas extras ou produção terceirizada. COMO FAZER O S&OP FUNCIONAR Posicionar o S&OP como um processo essencial de planejamento do negocio reque aplena compreensão da estrutura operacional. O S&OP bem-sucedido requer uma análise colaborativa das informações disponíveis, métricas operacionais compartilhadas e envolvimento da alta liderança. Uma pergunta comum acerca do S&OP é o posicionamento organizacional. É fundamental entender que o S&OP é um processo multifuncional, e não um trabalho específico. É preciso executar e monitorar o processo do S&OP continuamente, para assegurar execução bem-sucedida. O gerenciamento eficaz da cadeia de suprimentos exige planejamento e coordenação entre todas as funções da empresa e entre os parceiros da cadeia. O processo tem de considerar os trade-off associados à transferência de atividades e recursos entre funções e organizações. O S&OP está evoluindo para o planejamento empresarial integrado (IBP – integrated business planning) em muitas empresas. Essa mudança reflete a necessidade de um planejamento empresarial mais abrangente em toda a organização e na cadeia de suprimentos. Como o nome sugere, o S&OP se limita às vendas e às operações. Embora a IBO seja conceitualmente similar ao S&OP, ele é concebido para (1) incluir maior integração financeira; (2) maior inclusão das iniciativas e das atividades estratégicas; (3) incluir melhor simulação e melhor modelagem das alternativas; e (4) incluir tradução mais fácil entre os níveis de planejamento agregado e detalhado. Do ponto de vista do estoque, a situação ideal é uma cadeia de suprimentos baseada na resposta. Embora uma cadeia de suprimentos com estoque zero normalmente não seja alcançável, é importante lembrar que cada centavo investido em estoque é um trade-off no que diz respeito ao uso alternativo dos ativo. Logística Página 14 2.4. Terceirização Logística na Prática - Terceirizar ou não a Frota? Marcos Verlangieri4 Muitos profissionais ainda tem dúvidas se é melhor e mais vantajoso economicamente ter frota própria para atender o transporte/distribuição de sua empresa ou terceirizar estes serviços. A finalidade deste artigo é de expor os dados necessários para que você tenha subsídio para definir a melhor opção para o seu caso. As empresas que ainda tem frota própria defendem a ideia de ter mais autonomia e controle sobre seus funcionários, quanto a aparência, uniforme, mudanças repentinas de programação, envolvimento com o negócio, interesse maior, já conhecer melhor a rotina, já treinados no seu sistema, etc. Fora isto, também sobre sua frota, quanto a não ter risco de faltar caminhão, de usá-los a qualquer hora sem prévia programação, de disponibilizá-los ao máximo e outros motivos variados, peculiares a cada segmento. As principais vantagens da terceirização: profissionalização do serviço, melhoria da qualidade, modernização, ganhos de produtividade, maior parcela de custos variáveis, atitudes mais rápidas às variações da demanda, maior facilidade de controle através de relatórios, diminuição da estrutura organizacional e simplificação do processo operacional, eliminação de investimentos em ativos fixos, liberação de área, permite dedicar/concentrar mais tempo e atenção no próprio negócio (Core Business), descentralização de vínculos sindicais, assessoria permanente de especialistas imbuidos no desenvolvimento tecnológico da área, visualização exata dos custos da atividade e melhor utilização dos funcionários da empresa. Apresentado os motivos, quem tem razão? Ainda não dá para saber. O jeito é partir para a prática, que são os números. Abaixo uma tabela com os gastos da frota de uma empresa fictícia, que servirá de modelo para que entenda como calcular para a sua: Obs.: 1)A taxa de depreciação ao ano e de Custo Oportunidade deverá ser definida de acordo com as taxas utilizadas pela sua empresa. 2) Custo Oportunidade é quanto poderia estar ganhando/aproveitando no seu negócio, se não tivesse utilizado o dinheiro na aquisição da frota. Paralelamente, faça cotação com transportadoras, considerando o mesmo número de veículos necessários para suas operações, tipos de veículos, motoristas e ajudantes. Exija que coloquem nas suas propostas, cláusulas do tipo uniformes, boa aparência dos motoristas e ajudantes (cabelo cortado, uso de sapatos, camisa abotoada, etc.), exclusividade nas entregas/roteiros, enfim todas qualidades que sua empresa utiliza como padrão. De posse do total geral dos gastos da frota própria, compare com as cotações e veja qual é mais 4 Diretor da Vitrine Serviços de Informações S/C Ltda., empresa que criou e mantém o www.guialog.com.br. Disponível em: http://www.guialog.com.br/ARTIGO115.htm Logística Página 15 vantajoso. Depois disto, só não optará pelo de menor custo, se considerar que a decisão é estratégica, portanto subjetiva. Leia também: Porque cresce no Brasil a Terceirização no sistema de transporte? O presente artigo apresenta uma abordagem sobre a terceirização das atividades do sistema de transporte no Brasil. http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/porque-cresce-no-brasil-a-terceirizacao-no- sistema-de-transporte/60669/ Logística Página 16 3. VISÃO GERAL DA LOGÍSTICA 3.1. Áreas do trabalho logístico integrado Logística Página 17 Logística Página 18 3.2. Ciclo de vida (cradle-to-grave; cradle-to-cradle) Logística Página 19 3.4. Tipos de operações logísticas de armazenagem e reconfiguração O benefício básico da reconfiguração é alterar o padrão da carga à medida que ela flui da origem para o destino. Três formas de reconfiguração– cross-docking, composição (mixing) e montagem – são amplamente realizadas nos sistemas logísticos. O objetivo do cross-docking é combinar produtos de diversas origens em uma variedade pré- especificada para determinado cliente. O cross-docking requer a entrega com extrema pontualidade por parte de cada fabricante. Depois que os caminhões estão carregados com produtos combinados de diversos fabricantes, eles são liberados para o transporte até o destino. O alto grau de acurácia necessário para o cross-docking eficaz torna a operação altamente dependente de tecnologia da informação. Um resultado final semelhante ao cross-docking é conseguido por meio de composição. A composição normalmente é realizada em um local intermediário entre a origem e o destino da carga. O objetivo da montagem é apoiar as operações de manufatura. Produtos e componentes são montados a partir de uma variedade de fornecedores de segunda camada por depósitos localizados perto da instalações de manufatura. Logística Página 20 Logística Página 21 Logística Página 22 Um depósito próprio é operado pela empresa que possui o produto. As instalações físicas, no entanto, podem ser próprias ou alugadas. O uso de depósitos próprios está diminuindo devido a um crescente interesse gerencial de reduzir o capital investido em ativos logísticos. Os depósitos independentes são amplamente utilizados nos sistemas logísticos. Os depósitos independentes tradicionalmente podem ser classificados com base na especialização operacional, como (1) produtos gerais; (2) refrigerados; (3) commodities especiais; (4) alfandegados; e (5) equipamentos e móveis residenciais. De uma perspectiva financeira, o armazenamento independente pode gerar um custo operacional inferior ao de instalações privadas. O armazenamento independente também pode apresentar o potencial de partilhar economias de escala, já que as necessidades combinadas dos usuários podem ser alavancadas. Os depósitos terceirizados combinam. Os caracterizados de funcionamento dos próprios e dos independentes. O projeto do depósito tem de considerar as características de movimentação dos produtos. Três fatores a serem determinados durante o processo de projeto são a quantidade de andares a incluir na instalação física, um plano de utilização do espaço e o fluxo de produtos. 3.6. Ciclos de atividades logísticas Logística Página 23 Logística Página 24 4. SUPRIMENTOS 4.1. Custo Total de Propriedade – transação Toda organização, seja ela industrial, atacadista ou varejista compra matérias-primas, serviços e suprimentos para apoiar suas operações. O foco moderno encontra-se no custo total e no desenvolvimento de relacionamentos entre compradores e vendedores; como consequência, as compras foram elevadas à categoria de atividade estratégica. Logística Página 25 Custo Total de Propriedade (TCO – Total Cost of Ownership), embora o preço de compra de uma matéria ou item continua sendo importante, ele é apenas uma parte do custo total da organização. Os custos de serviço e os custos do ciclo de vida também têm de ser considerados. Engenharia de valor é um conceito que envolve análise minuciosa das necessidades de material e componentes na etapa inicial do projeto de produtos para garantir que um equilíbrio entre o menor custo total e a qualidade seja incorporado ao projeto do nosso produto. COMO APLICAR O CONCEITO DE VALOR AO PRODUTO? O exemplo de um fabricante de automóveis demonstra o benefício do envolvimento do fornecedor logo no início do projeto: o engenheiro de projetos de uma montadora estava completando o esquema de montagem para um para-choques de um novo modelo quando, durante o processo, o engenheiro do fornecedor (que já havia sido designado apesar de a produção ainda não ter iniciado) perguntou se a localização do suporte poderia ser alterada em cerca de 1,3 cm. O engenheiro de projetos, depois de alguma consideração, respondeu que isso poderia ser feito sem qualquer impacto no produto final; e ficou curioso para saber por que o fornecedor havia solicitado a alteração,. A resposta foi que, ao mover a localização, ele poderia usar as ferramentas e os moldes existentes para fabricar o suporte. Com o projeto original, seria necessário um enorme investimento de capital para comparar as novas ferramentas. O resultado foi uma redução de aproximadamente 25% e 30% no custo do suporte. 4.3. Comprar ou fazer? Logística Página 26 4.4. Matriz da Estratégia de Compras O princípio de Pareto aplica-se às compras da mesma forma que se aplica a quase todas as facetas de atividade empresarial. A questão é que os insumos comprados não são todos iguais. No entanto, muitas organizações usam a mesma abordagem e os mesmo procedimentos para comprar itens em pequena quantidade ou fazer suas compras mais estratégicas. Seria um erro simplesmente utilizar o valor monetário como base para a segmentação das necessidades. Alguns insumos são materiais estratégicos; outros não. Alguns insumos têm potencial para gerar um alto impacto no sucesso da empresa; outros não. Algumas compras são muito complexas e de alto risco; outras não. Logística Página 27 A tecnologia mais comum usada em compras é o Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI – Eletronic Data Interchange). O EDI envolve a transmissão eletrônica de dados entre uma empresa e seus fornecedores. O uso de EDI envolve a transmissão direta de muitos tipos de dados, incluindo requisições de compras, pedidos de compras, confirmação de pedidos de compras, status dos pedidos, notificação avançada de embarque e rastreamento e monitoramento de informações. Grande parte da preocupação do setor de comprar concentra-se na interface logística entre a organização e sua base de fornecedores. O just-in-time, a terceirização da logística e a logística baseada no desemprenho apresentam três aspectos críticos da interface entre logística e suprimentos dentro de uma empresa. Para fazer o JIT funcionar, deve haver cooperação e comunicação muito próximas entre o fabricante e os fornecedores. Logística Página 28 5. TRANSPORTES O TRANSPORTE é um elemento muito visível da logística. As empresas de transporte prestam dois serviços principais: movimentação e armazenamento de produtos. O estoque preso no sistema de transporte é denominado estoque em trânsito. Os custos de transporte resultam de fatores como mão de obra do motorista, operação do veículo, capital investido em equipamentos e administração. Além disso, a perda de produtos e os danos representam custos expressivos. 5.1. Método do Centro da Gravidade Logística Página 29 Logística Página 30 Logística Página 31 5.2. Restrições logísticas (tempo, acesso, recursos, peculiaridade serviço do cliente) Logística Página 32 5.3. Modais Um modal identifica um método ou forma de transporte básico. Logística Página 33 MODAL FERROVIÁRIO As operações ferroviárias têm custos fixos altos devido ao valor de equipamentos, faixas de domínios e trilhos, pátios de manobra e terminais. No entanto, as ferrovias apresentam custos operacionais variáveis relativamente baixos. As ferrovias contemporâneas se concentram no desenvolvimento de equipamentos especializados, como vagões fechados como três andares para automóveis, vagões especiais para eletrodomésticos, trens dedicados, vagões articulados e vagões plataforma com empilhamentos duplo de contêineres.Em um trem dedicado, toda a capacidade é comprometida no transporte de um único produto. Normalmente, são produtos a granel, como carvão ou grãos. Logística Página 34 MODAL RODOVIÁRIO O crescimento acelerado do setor de transportes rodoviários é resultado da velocidade conjugada com a capacidade de operar porta a porta. Os caminhões têm flexibilidade porque são capazes de operar e, diversas rodovias. Os caminhões têm um investimento fixo relativamente baixo. O custo variável por quilômetro para transportadoras rodoviárias é alto porque elas requerem uma unidade de força e um motorista para cada carreta ou combinação de carretas enfileiradas. As operações de caminhões são caracterizadas por custos fixos baixos e custos variáveis altos. As principais dificuldades são o aumento do custo de reposição de equipamentos, a manutenção, a segurança, a falta de motoristas, a regulamentação de horário de trabalho dos caminhoneiros, os salários dos trabalhadores dos terminais e o custo do combustível. Logística Página 35 MODAL HIDROVIÁRIO O transporte hidroviário é o mais antigo meio de transporte. Geralmente se faz a distinção entre o transporte em águas profundas (marítimo) e o transporte em vias navegáveis internas (fluviais ou lacustre). A principal vantagem do transporte hidroviário é a capacidade de transportar carregamentos extremamente grandes. O transporte hidroviário fica entre o transporte ferroviário e o rodoviário em relação aos custos fixos. As principais desvantagens do transporte hidroviário são o alcance limitado de operações e a baixa velocidade. MODAL DUTOVIÁRIO A natureza básica de um duto é singular em comparação com qualquer outro modal de transporte. Os dutos funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e são paralisados apenas por operações de troca de produtos e manutenção. Os dutos têm o mais alto custo fixos e o mais baixo custo variável entre os modais de transporte. Os altos custos fixos resultam de sua estrutura física, das faixas de domínio, da construção e das necessidades das estações de controle, e da capacidade de bombeamento. Uma vez que os dutos não necessitam de muita mão de obra, o custo operacional variável é extremamente baixo. Os dutos não são flexíveis e são limitados em relação aos produtos que podem transportar. MODAL AÉREO O mais novo e menos utilizado modo de transportes de cargas é o aéreo. Embora seja mais caro, a velocidade do transporte aéreo permite que outros aspectos de logística, como armazenamento e estoque, sejam reduzidos ou eliminados. A capacidade do transporte aéreo é limitada pelo tamanho e pela capacidade de carga e pela disponibilidade de aeronaves. O custo fixo do transporte aéreo é baixo, se comparado a ferrovias, hidrovias e dutos. Os custos fixos do frete aéreo estão associados à compra de aeronaves e a necessidade de sistemas de manuseio especializados e contêineres de carga. Por outro lado, o custo variável do frete aéreo é extremamente alto, como consequência do custo de combustível , tarifas acroportuárias, manutenção e intensidade de mão de obra nas tripulações em voo e em terra. Visto que os aeroportos necessitam de terrenos significativamente grandes, eles geralmente são limitados em relação à integração com outros modais de transporte. Nenhum produto específico domina o tráfego de operações de cargas aéreas. Talvez a melhor definição seja que a maioria da carga tem alto valor e alta prioridade. Logística Página 36 VELOCIDADE se refere ao tempo decorrido na movimentação. O frete aéreo é o mais rápido de todos os modais. DISPONIBILIDADE se refere à capacidade de um modal atender qualquer par de locais. As transportadoras rodoviárias apresentam a maior disponibilidade, visto que podem se dirigir diretamente a pontos de origem e destino. CONFIABILIDADE se refere à variação potencial da programação de entrega esperada ou especificada. Devida à continuidade do serviço e à pouca interferência por conta do tempo e de congestionamentos, os dutos têm a melhor classificação quanto à confiabilidade. CAPACIDADE é a habilidade de um modal manusear qualquer requisito de transporte, como tamanho da carga. O transporte hidroviário é o que apresenta maior capacidade. A classificação final é a FREQUÊNCIA, que se refere à quantidade de movimentações programadas. Logística Página 37 5.5. Características Operacionais Logística: INTERMODALIDADE O transporte intermodal combina dois ou mais modais para obter vantagens da economia inerente de cada um e, assim, fornecer um serviço integrado por um custo total mais baixo. Serviço integrado entre ferrovias e rodovias, normalmente chamado de piggyback. Jargões como fishback, hidroferroviário (trainship) e rodoaéreo se tornaram termos consagrados no setor de transportes. O sistema intermodais mais conhecidos e mais amplamente usados são a carreta sobre vagão plataforma (TOFC – Trailer on a flatcar) e o contêiner sobre vagão plataforma (COFC – Container on a flatcar). Fishback, transporte hidroferroviário (trainship) e navio porta-contêinter são exemplos da forma mais antiga de transporte intermodal. O conceito de fishyback, transporte hidroferroviário e navio porta contêiner envolve colocar uma carreta de caminhão, vagão de trem ou contêiner em uma balsa ou navio para transportá-los em vista navegáveis no continente. 6. SUPPLY CHAIN GLOBAL 6.1. Fundamentação lógica da globalização A lógica global tem de apoiar operações em uma variedade de cenários nacionais políticos e econômicos diferentes, ao mesmo tempo que lida com o aumento de incerteza associada à distância, demanda, diversidade e documentação no comércio internacional. Logística Página 38 Logística Página 39 6.2. Gastos nacionais com logística Logística Página 40 Utilize a tabela abaixo como orientação e busque atualizações na internet: Logística Página 41 6.3. Estratégias de globalização Para melhorar a capacidade global de uma empresa, a gerência de logística tem de considerar cinco grandes diferenças entre operações domésticas e internacionais: (1) estrutura do ciclo de atividades; (2) transportes; (3) considerações operacionais; (4) integração dos sistemas de informação; e (5) alianças. Logística Página 42 Logística Página 43 Logística Página 44 7. COLABORAÇÃO LOGÍSTICA 7.1. Cadeia de valor de Porter: a participação logística5 O conceito de cadeia de valor formulado por Porter (1986) destaca a agregação de valor através da realização de atividades primárias e secundárias. Para Porter, não é possível entender a vantagem competitiva sem analisar a empresa como um todo. A análise da cadeia de valor busca enxergar a empresa como um conjunto de atividades inter-relacionadas que buscam agregar valor específico ao cliente. Muitos autores destacam ainda que a cadeia de valor é um modelo que descreve como um produto se movimenta desde a etapa da matéria-prima até o consumidor final, sendo que o objetivo é adicionar o máximo de valor aos elos da cadeia de maneira menos dispendiosa possível. 5 Por Hélio Meirim, 2006. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-logistica-e-a-cadeia- de-valor/12196/ Logística Página 45 Segundo o conceito de Porter, as atividades que geram valor podem ser agrupadas em atividades primárias e atividades de apoio, e podem ser explicadas da seguinte forma: a) Atividades Primárias Logística Interna: atividades relacionadascom o manuseio de materiais, armazenagem e controle de estoques utilizadas para receber e disseminar os insumos de um produto. Operações: atividades necessárias para converter os insumos fornecidos pela logística interna na forma de produto final. Logística Externa: atividades relacionadas com a coleta, armazenagem e distribuição física do produto final para o cliente. Marketing e Vendas: atividades concluídas para fornecer os meios que permitam que os clientes adquiram os produtos e induzam a adquiri-los. Serviços: atividades destinadas a realçar ou manter o valor de um produto b) Atividades de Apoio Suprimento de serviços e materiais: atividades realizadas visando a compra dos insumos necessários à fabricação dos produtos, bem como ativos fixos máquinas, equipamentos de laboratórios, equipamentos e materiais de escritórios e edificações. Desenvolvimento tecnológico: atividades realizadas com o objetivo de melhorar o produto e os processos utilizados em sua fabricação. Assume várias formas, como equipamentos de processo, pesquisa básica, design do produto e procedimentos de serviços. Desenvolvimento tecnológico: atividades realizadas com o objetivo de melhorar o produto e os processos utilizados em sua fabricação. Assume várias formas, como equipamentos de processo, pesquisa básica, design do produto e procedimentos de serviços. Gestão de Recursos Humanos: atividades relacionadas com recrutamento e seleção, admissão, treinamento, desenvolvimento e remuneração do pessoal. Infra-estrutura da organização: inclui atividades necessárias ao apoio total de toda a cadeia de valor como direção geral da organização, planejamento, finanças, contabilidade, apoio legal e relações governamentais. A partir da infra-estrutura, a organização tenta identificar de forma eficaz e consistente as oportunidades e ameaças externas, os recursos e capacidades e fornecer apoio às competências essenciais. É importante ressaltar que, o sucesso da organização, depende não apenas da excelência do trabalho de cada departamento isoladamente, mas principalmente da coordenação e integração destes. Como podemos perceber, o conceito de cadeia de valor está diretamente ligado aos conceitos de logísticas e sendo assim, podemos entender que as empresas que buscam a otimização de seus processos logísticos buscam também adicionar valor aos produtos e serviços ofertados aos seus clientes, fornecedores e colaboradores, conseguindo assim, aumentar a sua vantagem competitiva. Logística Página 46 7.4. Desafios na colaboração: conflito de interesses Logística Página 47 7.5. Classificação de relacionamentos SCM 7.6. Efeito chicote/Efeito Forrester O efeito chicote é definido como sendo a distorção da percepção da procura ao longo da cadeia de abastecimento na qual os pedidos para o fornecedor têm variância diferente da variância das vendas para o comprador. O efeito chicote é um fenómeno que produz impacto negativo sobre a regularidade e a estabilidade dos pedidos recebidos numa cadeia de abastecimento, em particular, observa- Logística Página 48 se este fenómeno quando a variação da procura aumenta à medida que se avança ao longo da cadeia (CHEN et al., 2000, p. 436). O efeito chicote foi também conhecido como logística executiva da Procter & Gamble devido ao facto de uma pequena variação nos pedidos, ao nível dos consumidores, provocar uma amplificação da variação ao longo da cadeia actuando junto dos seus intervenientes, como sejam os grossistas e os fabricantes (PAIK et al., 2007, p. 308). O cliente, que representa o final da cadeia de abastecimento, ao mudar as suas preferências cria uma 'onda' ao longo da cadeia (pedidos de computadores com outras características). Como consequência do atraso de informação e de entregas, e da previsão menos conseguida da procura, esta 'onda' é amplificada sendo que a acumulação destes efeitos vai provocar uma grande variação na procura (pedidos) ao longo da cadeia de abastecimento, em especial no início da mesma Logística Página 49 7.8. Modelo de maturidade para gestão da cadeia de suprimentos 7.9. Vantagens e desvantagens dos Operadores Logísticos Logística Página 50 8. MEDIÇÃO DE DESEMPENHO O monitoramento é realizado estabelecendo medidas adequadas para acompanhar o desempenho do sistema com o objetivo de reporta-lo aos administradores. O controle é realizado quando existem padrões adequados de desempenho relativos às medidas estabelecidas para indicar quando o sistema logístico exige modificações ou atenção. Logística Página 51 Medidas logísticas e da cadeia de suprimentos relacionadas a relatórios financeiros Logística Página 52 8.1. Objetivos do sistema de medição 8.2. Tipos de métricas (indicadores) por categoria Logística Página 53 Logística Página 54 Logística Página 55 Printscreen de software de programação Logística 8.4. Custos logísticos Logística Página 56 O CUSTO DE TRANSPORTE ENTRE O CENTRO DE PRODUÇÃO E O MERCADO Prof. Gunnar Rauert Pereira * A determinação do custo de transporte entre o centro de produção e o mercado é bastante complexa e difícil. O diagrama operacional abaixo representa um sistema complexo que se inicia com a transferência dos insumos dos Produtores, ou Fornecedores, ou Fabricantes até a entrega dos produtos aos clientes ou consumidores finais. Diagrama: O Frete e o Processo Operacional Fonte: o autor ANÁLISE DO DIAGRAMA ACIMA Produtores, Fornecedores, Fabricantes: disponibilizam os insumos (matérias-primas, componentes pré- montados, componentes soltos) para a manufatura. O mercado de origem dos insumos pode ser do Brasil (nacional), da América do Sul, da América do Norte, da Europa, da Ásia, ou de outro ponto do mundo. Para a transferência física desses insumos desde a origem até o destino nos Centros Produtores, há necessidade de transporte (rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo ou dutoviário), incorrendo-se em pagamento de fretes (R$). Centros Produtores: são responsáveis pelo recebimento, estocagem e manufatura ou processo de fabricação. Este envolve várias etapas e pode ser mais ou menos complexo, conforme o tipo de produto a ser industrializado; depois de pronto, enquanto aguarda distribuição, o produto acabado permanece estocado no armazém ou almoxarifado da fábrica ou é transferido (incorrendo-se em pagamento de frete – R$) para os Centros Coletores aguardando a distribuição que se destina ao mercado interno ou mercado externo. O produto destinado ao mercado externo é despachado (incorrendo-se em pagamento de frete – R$), conforme o caso, via aérea ou via marítima, para o aeroporto ou porto de destino e destes é transferido (incorrendo-se em pagamento de fretes– R$) para o armazém ou depósito do importador e finalmente entregue (incorrendo-se em pagamento de fretes – R$) ao consumidor final. O produto destinado ao mercado interno é transferido (incorrendo-se em pagamento de frete – R$) para os Centros Distribuidores. Centros Distribuidores: uma vez pronto, o produto é despachado (incorrendo-se em pagamento de frete – R$) do Depósito Regional para os Depósitos Locais, para posterior envio (incorrendo-se em pagamento de frete – R$) aos Pontos de Venda. Pontos de Venda: são as lojas de varejo onde o produto fica aguardando o consumidor final. Uma vez concretizada a venda, o produto é transferido (incorrendo-se em pagamento de frete – R$) para o endereçode destino do cliente. * Administrador e Contador pela UERJ; Professor da disciplina Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais da Faculdade Moraes Júnior desde 1968; e Mestrando do Programa de Engenharia de Transportes - COPPE/UFRJ FABRICAÇÃO PROD "A" PROD "B" ..... ........ ... PROD "N' DR 1 PROD "A" PROD "B" ........ ... PROD "N" MERCADO INTERNO INSUMOS ESTOUEINSUMOS CENTROS PRODUTORES FÁBRICAS CENTROSCOLETORES CENTROS DISTRIBUI DORES DEPÓSITOS LOCAIS DEPÓSITOS REGIONAIS AEROPORTO ORIGEM PORTO ORIGEM AEROPORTO DESTINO PORTO DESTINO I M P O R T A D O R MERCADO EXTERNO (VIA MARÍTIMA) FRETE ($) DL 1 PROD "A" PROD "B" ........ ... PROD "N" DR "N" PROD "A" PROD "B" ........ ... PROD "N" DL "N" PROD "A" PROD "B" ........ ... PROD "N" FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) FRETE ($) PRODUTORES FORNECEDORES FABRICANTES Mercado de Origem * Nacional * América do Sul * América do Norte * Europa * Ásia * Outros (VIA AÉREA) FRETE ($) ESTOUE PRODUTOS "A", "B", ..."N" MERCADO EXTERNO FRETE ($) ESTOUE PRODUTOS "A", "B", ..."N" MERCADO INTERNO FRETE ($) FRETE ($) C O N S U M I D O R A D E F N C L I E N T E S ($) B C FRETE ($) FRETE ($) PONTOS DE VENDA N' Logística Página 57 Frete: aparece em várias etapas do processo, na forma de transporte (rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo, ou dutoviário), deslocando insumos (matérias-primas, e componentes para manufatura), levando produtos acabados para os Centros Distribuidores (Depósitos Regionais e Locais) e destes para os Pontos de Vendas, ou Lojas de Varejo e, em muitos casos, entregando mercadorias diretamente nos domicílios dos clientes consumidores. Todas as despesas efetuadas com o pagamento dos diversos fretes ao longo do processo são automaticamente repassados ao custo final do produto. A formação dos custos de distribuição dos insumos e produtos é condicionada por: 1. Fatores: a) Tempo (despendido em transbordos, nos terminais ou na espera nos destinos para a operação de descarga no cliente); b) Manuseio (em função da modalidade de transporte e da natureza da carga, adequar as tecnologias das operações de carga e descarga nos pontos de transbordo, nos terminais e nos clientes); c) Financeiro (valor monetário de cada mercadoria); d) Geração de viagens (determinação das rotas e das distâncias envolvidas). 2. Características: a) Características da carga (localização, volume, densidade, peso, quantidade a transportar, valor unitário, condições de segurança desejáveis, distância média de transporte, grau de deterioração, tecnologias requeridas para a movimentação e para as operações de carga e descarga dos veículos); b) Características dos serviços de transporte (disponibilidade e condições de infra-estrutura, condições de operação, nível tecnológico do serviço ofertado, velocidade, custo relativo ao meio de transporte, mão-de-obra envolvida, possibilidade de perdas e danos, tempo de viagem, transbordos requeridos). 3. Padrões: a) Freqüência de despacho (do Produtor, Fabricante ou Fornecedor aos Centros Produtores: fábricas e centros coletores; destes para os Centros Distribuidores: depósitos regionais e depósitos locais; destes para os Pontos de Vendas, e destes para os clientes / consumidores); b) Quantidade de Centros Produtores (fábricas e centros coletores), Centros Distribuidores (depósitos regionais e locais) e Pontos de Venda; c) Canal de distribuição mais lucrativo / rentável (este é o problema mais difícil de se definir, pois depende de diversas variáveis). 4. Custos de transporte: a) Custo de transportadores regulares ou contratados (fretes, despachantes, taxas, associações de transporte, etc.); b) Custo de transporte próprio: custo do capital (amortização, depreciação, encargos financeiros, taxa de retorno do capital sobre os equipamentos de transporte, infra-estrutura e manutenção); custos operacionais: manutenção de equipamentos (supervisão, mão-de-obra, peças reposição, ferramentas, estruturas de manutenção e administração), transporte (supervisão, mão-de-obra de transporte, combustível, aluguel de equipamentos administrativos), terminais (supervisão, mão-de-obra de terminais, estrutura de terminais, administração), seguros (fogo, roubo, colisão, perdas e danos, etc.), outros custos (imposto de operação, licenciamento, pedágios, etc.). 5. Custos de armazém: a) Custo de depósitos de terceiros: taxas de armazenagem e taxas de manutenção; b) Custos de depósitos próprios: custo do terreno (amortização, encargos financeiros, retorno do capital, taxas de pesquisas, impostos, preparação do terreno, ramais de acessos, etc.), custo de construção (amortização e depreciação, encargos financeiros, retorno do capital, construção da edificação, terraplanagem, sistema elétrico, hidráulico, incêndio, comunicação, etc.). 6. Custos de estoques: a) Custo dos serviços do estoque (manuseio, seguros, furto, deterioração, perda, dano, quebra, obsolescência, impostos, etc.); b) Custo do espaço ocupado (na fábrica, em depósitos próprios e em depósitos de terceiros); c) Retorno do investimento em estoque (valor do estoque: na fábrica, nos depósitos próprios, nos depósitos de terceiros e nos pontos de venda próprios e de terceiros). 7. Custo de embalagem: a) Custo de capital; Logística Página 58 b) Custo de materiais (caixas reutilizáveis, caixas de papelão, estofagem de carga, acessórios de empacotamento, cintas e prendedores, etc.); c) Custo de salários e encargos sociais, trabalhistas e previdênciários; d) Custo da área de despacho; e) Custo de equipamentos (capital, depreciação, manutenção, etc.); f ) Custo de bens danificados (seguros, volume de reclamações). 8. Custo de manuseio de materiais: a) Custo de equipamentos: empilhadeiras, paleteiras, correias transportadoras, paletes, estantes e caixas (retorno sobre o investimento, depreciação, manutenção, etc.); b) Custo da mão-de-obra (salário base, encargos sociais trabalhistas e previdenciários, horas extras, seguro social, benefícios, etc.) 9. Custo das mercadorias danificadas ou desaparecidas: a) Volume de reclamação; b) Veículos próprios, frete cheio ou fracionado; c) Valores envolvidos. 10. Administração da distribuição: a) Custo da mão-de-obra operacional, do pessoal administrativo e da direção; b) Custos diversos dos escritórios de apoio, etc. Uma vez agrupados segundo as funções ou atividades, é necessário alocar esses custos aos produtos. Os custos dos clientes podem ser obtidos a partir do mix de consumo de cada cliente, estando sempre atento, é claro, para algumas condições especiais que os clientes possam exigir. As apertadas margens de contribuição verificadas nos anos de 1997 a 2001, continuam sendo uma realidade em 2002, tornando a acurácia das informações de custos cada dia mais importantes. Estudos da Associação Nacional do Transporte de Cargas – NTC, entidade que representa de forma direta e indireta cerca de 5 mil empresas de transporte rodoviário de cargas no país, o frete oscila entre 0,8% e 15% do custo final do produto. Salientamos que o frete não é imposto, ele depende, principalmente, das negociações contratuais entre as partes. Logística Página 59 9. RISCOS E SUSTENTABILIDADE 9.1. Evolução das responsabilidades 9.2. Triple bottom line: profit, people, planet Logística Página 60 9.3. Processo de Logística Reversa Entre outros princípios e instrumentosintroduzidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e seu regulamento, Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010, destacam-se a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a logística reversa. Nos termos da PNRS, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei." 6 Em resumo, a logística inversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo eficiente e eficaz: • O retorno ou a recuperação de produtos; • A redução do consumo de matérias-primas; • A reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais; • A deposição de resíduos; • A reparação e refabricação de produtos; Desta forma, o circuito da cadeia de abastecimento é fechado de uma forma completa, sendo o ciclo logístico completo (DIAS, 2005, p. 206). 6 http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-perigosos/logistica-reversa Logística Página 61 Acesse o link a seguir para compreender a logística reversa e como contribuir http://www.terceirosetoronline.com.br/conteudo/logistica-reversa-saiba-o-que-e-e-como- contribuir-com-este-processo/ 9.5. Segurança logística: análise de riscos, incidentes, acidentes, análise de causa-raiz Logística Página 62 9.6. Outros riscos logísticos: fiscal, financeiro, econômico, roubo e furto, ambientais Logística Página 63 Logística Página 64 9.7. Ferramentas e Sistemas Eletrônicos de Monitoramento e Controle logístico Conheça outros produtos em: https://www.youtube.com/watch?v=Hmn1c8jL0lM http://www.vdo.com.br/tac%C3%B3grafos/ http://www.seva.com.br/produto/10/SVT3000-A/ Logística Página 65 Logística Página 66 9.8. Comportamento de risco: pirâmide de segurança Logística Página 67 Logística Página 68 EXERCÍCIOS 1. [GABARITO C] 2. [GABARITO E] 3. [GABARITO B] Logística Página 69 4. [GABARITO A] 5. Ronald Ballou descreve o problema tradicional de estocagem, apontando uma possível solução: “Historicamente, os clientes têm sido servidos por estoques aos quais foram alocados. Quando um produto estava em falta no estoque, ou se perdia a venda ou o pedido ficava pendente. Sistemas de informação aperfeiçoados mudaram esta situação. Tornou-se possível para as empresas o conhecimento permanente do nível de estoques dos produtos em cada ponto na rede logística...”. “Itens não disponíveis puderam passar a ser repostos mediante o atendimento a partir de outros locais.” Este novo conceito na administração de estoques é denominado de: (A) estoque potencial (B) estocagem ponto a ponto (C) malha de estoque (D) estoque virtual (E) estoque de processo [GABARITO D] 6. [GABARITO D] Logística Página 70 7. Ao longo dos últimos anos, o conceito e a importância da função logística evoluíram continuamente, fazendo com que, hoje, ela seja considerada uma função vital para a competitividade das empresas. Para garantir eficiência e eficácia, as empresas passaram a se preocupar não só com as relações binárias com fornecedores e clientes, mas também com os principais atores de sua Cadeia de Suprimentos. Com relação às melhores práticas de gestão da Cadeia de Suprimentos, analise as afirmativas a seguir. I - O efeito chicote é resultado da colaboração acentuada entre empresas da mesma Cadeia de Suprimentos. II - Através da colaboração, as empresas compartilham informações estratégicas, com o objetivo de maximizar a lucratividade global da Cadeia de Suprimentos. III - O posicionamento de uma empresa em um cluster ou arranjo produtivo local acelera o processo de integração logística. IV - Para reduzir o custo total logístico, as empresas devem buscar minimizar, isoladamente, o custo de cada função logística. Estão corretas APENAS as afirmativas (A) I e II. (B) I e IV. (C) II e III. (D) I, II e III. (E) II, III e IV [GABARITO C] 8. Os estoques representam um importante ativo nas empresas de manufatura e, por essa razão, devem ser gerenciados de maneira eficiente e eficaz. Sobre a tipologia de estoques e suas principais aplicações, analise as afirmativas a seguir. I - Os estoques de produtos acabados estão sujeitos a maior incerteza que os estoques de componentes e matérias-primas. II - Os estoques de itens de demanda dependente são mais fáceis de gerenciar que os estoques de itens de demanda independente. III - Os estoques de antecipação são usados para atender a demandas futuras e para utilizar a capacidade ociosa de produção. IV - Os estoques são utilizados para proteger certas partes da cadeia de suprimentos da falta de itens. São corretas as afirmativas (A) I e II, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I, II e III, apenas. (D) I, II e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. [GABARITO E] Logística Página 71 9. [GABARITO E] 10. Atualmente, o termo Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ( Supply Chain Management ) é usado para descrever o complexo fluxo de materiais e informações que passa por essa cadeia. Para alcançar a eficiência na gestão da cadeia de suprimentos, uma empresa deve (A) colaborar com fornecedores e clientes, compartilhando informações sobre demanda e estoques de seus produtos, componentes e matérias-primas. (B) integrar verticalmente a produção, evitando a dependência de muitos fornecedores ao longo da cadeia. (C) implementar uma estratégia de especialização em suas principais competências, deixando a produção de componentes e subprodutos não essenciais para outros fornecedores. (D) melhorar, isoladamente, cada ponto da cadeia de suprimentos, de forma a maximizar a eficiência de cada operação, garantindo a eficiência global da cadeia de suprimentos. (E) estabelecer programas de lotes econômicos de compra e produção, para equilibrar os custos de transporte e armazenagem, responsáveis pelos principais custos que incidem na cadeia de suprimentos. [GABARITO A] Logística Página 72 11. Um engenheiro de produção está analisando dois layouts para localização de unidades de produção de uma planta industrial, conforme a figura apresentada a seguir. [GABARITO E] 12. A escolha correta do modal para realização do transporte de mercadoria é fundamental para que a empresa não tenha prejuízos em seu processo de logística. O modal mais adequado para o transporte de mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes e de urgência na entrega é o (A) rodoviário (B) hidroviário (C) aéreo (D) marítimo (E) ferroviário [GABARITO C] Logística Página 73 13. As unidades transportadas por dia entre as máquinas A, B e C são: A-B = 5 ; B-C = 8; C-A =10 Considerando que o custo depende da distância percorrida pelas unidades transportadas, o(s) cenário(s) de menor custo é(são) (A) P1 (B) P2 (C) P3 (D) P1 e P2(E) P1 e P3 [GABARITO B] Logística Página 74 14. [GABARITO E] 15. Um fabricante de comida congelada opera com três lojas e decide centralizar os estoques dos produtos em um único armazém geral refrigerado. Cada loja, em vez de manter grandes estoques de produtos, fará seus pedidos diretamente ao armazém, que enviará estoques de reposição para cada uma das lojas, conforme a demanda. A localização de cada loja é indicada pelos seus pares ordenados (xi, yj), sendo xi a abscissa e yj a ordenada, em quilômetros. A tabela abaixo contém as coordenadas e as quantidades despachadas dos produtos para cada uma das três lojas. Levando-se em conta que cada uma das lojas tem diferentes volumes de vendas, a opção que representa corretamente as coordenadas de localização do armazém geral com menor custo, calculado pelo método do centro de gravidade, é: Logística Página 75 16. [GABARITO E] 17. [GABARITO B] Logística Página 76 18. [GABARITO B] 19. [GABARITO B] 20. [GABARITO B] Logística Página 77 21. [GABARITO E] 22. [GABARITO B] 23. ENADE 2006 -Q33 [GABARITO D] Logística Página 78 24. ENADE 2009 – Q31 [GABARITO C] Logística Página 79 25. ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q12 [GABARITO B] 26. ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q9 [GABARITO A] Logística Página 80 27. ENADE 2015 – ADMINISTRADOR [GABARITO A] Logística Página 81 28. ENADE 2015 – ADMINISTRADOR Q14 [GABARITO C] Logística Página 82 29. ENADE 2015 – ADMINISTRADOR Q18 [GABARITO D] Logística Página 83 30. ENADE 2015 LOGÍSTICA Q12 Logística Página 84 31. ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q15 [GABARITO A] Logística Página 85 32. ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q 16 [GABARITO C] Logística Página 86 33/34.ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q22 e Q23 [GABARITO 22-D 23-A] Logística Página 87 35.ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q27 [GABARITO E] Logística Página 88 36.ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q29 [GABARITO D] Logística Página 89 37. ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q31 [GABARITO C] Logística Página 90 38.ENADE 2015 – LOGÍSTICA Q35 [GABARITO A] Logística Página 91 39. ENADE 2015- ANALISTA DE PROCESSOS Q15 [GABARITO E] Logística Página 92 40.ENADE 2015 – ANALISTA DE PROCESSOS Q24 [GABARITO B] Logística Página 93 QUESTÕES DISCURSIVAS 41. ENADE 2006 – QUESTÃO DISCURSIVA A mudança das instalações da empresa ampliará o ciclo de operações logísticas da Companhia por causa do transporte de tratores de Goiás para São Paulo? Por quê? 42. ENADE 2012 – PROVA DISCURSIVA [TRANSPORTE URBANO] Logística Página 94 43. ENADE 2015 – ADMINISTRADOR QUESTÃO DISCURSIVA [UTILIZE O EXEMPLO DE EMPRESAS QUE ATUAM NO COMÉRCIO EXTERIOR, SCM OU TRANSPORTADORES] 44. ENADE 2015 – LOGÍSTICA DISCURSIVA 45. ENADE 2015 – LOGÍSTICA DISCURSIVA Logística Página 95 46. ENADE 2015 – LOGÍSTICA DISCURSIVA Logística Página 96 MINI GLOSSÁRIO ABASTECIMENTO DIRETO – Canal de distribuição com a ausência de intermediários entre o produtor e o consumidor final. O produtor assume as responsabilidades que normalmente são repassadas a um intermediário. ABASTECIMENTO INDUSTRIAL – Atividade dedica a prover à empresa todas as suas necessidades de serviços, ativos fixos, materiais, utilidades e cuidar da recuperação, venda e descarte de seus resíduos de equipamentos, materiais, efluentes e energia. ABC – ACTIVITY BASED COSTING – Este sistema considera que os recursos de que a empresa dispõe servem para realizar as atividades que são demandadas pelos clientes, sendo que os custos e despesas indiretas constituem recursos para se prestar serviços segundo atividades identificadas nos serviços. ABC CLASSIFICATIONS – Classificação de dados por ordem decrescente de montante acumulando-se os porcentuais realizados em relação ao total. O grupo de 10% ou 20% que representam 50% ou 70% do total é denominado A. O grupo C representa 50% a 70% dos itens que perfazem apenas 10% a 30% do montante. ABC INVENTORY CONTROL – Trata-se de um sistema de controle das existências, baseado nos conceitos da distribuição ABC. AÇÃO CONTENTORA - Ação que faz cessar de maneira imediata, os sintomas de anomalias sentidos pelos clientes. AÇÃO CORRETIVA - Ação implementada para eliminar as causas de uma não-conformidade, de um defeito ou de outra situação indesejável existente, a fim de prevenir a sua repetição. AÇÃO PREVENTIVA – Ação implementada para eliminar as causas de uma possível não-conformidade ou outra situação indesejável, a fim de prevenir a sua ocorrência. ACCURACY – Grau de conformidade em relação a um padrão. ACEITE – Documento assinado pelo Cliente que formaliza a aprovação de uma cotação para que o fornecedor entregue um produto ou serviço. ACONDICIONAMENTO - Recipiente destinado a proteger, acomodar e preservar materiais destinado a expedição, embarque, transporte e armazenagem. São: sacos, barris, barricas, tambores, tonéis, baldes, caixas, engradados, pacotes, amarrados, cilindros, botijões, caixotes, camburões, fardos e que tais. ACONDICIONAMENTO DE TRANSPORTE - Meios de transporte, tais como cofres de carga, carrocerias e tanques de caminhões, vagões e tanques ferroviários e tanques portáteis. Logística Página 97 AD VALOREM - Taxa de seguro cobrada sobre certas tarifas de frete ou alfandegárias proporcionais ao valor total dos produtos da operação (Nota Fiscal). ADMINISTRAÇÃO LOGÍSTICA – Processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de matérias-primas, estoque de produtos semi-acabados, acabados e do fluxo de informações a eles relativos, desde a origem até o consumo, com o propósito de atender aos requisitos dos clientes. ADUANA (CUSTOMS) – Impostos ou taxas, definidos pelo Governo, sobre produtos importados ou exportados de um país. AEROPORTO HUB – Aeroporto que serve como ponto para início e conclusão de vôos de longa distância; vôos a áreas de custo maior são levados ao aeroporto hub para vôos com conexão/redespacho. AFRMM - Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante. AGENTE MARÍTIMO – Empresa intermediária que, em nome e por conta do armador ou da empresa de navegação proprietária do navio, atua como depositária das mercadorias enquanto estas se encontram no terminal portuário, assumindo a sua recepção e entrega e cobrando os respectivos fretes. ALIANÇA ESTRATÉGICA HORIZONTAL – Ligação com outra empresa com o propósito de ampliação de seu mercado e escopo geográfico. É o que tem acontecido com empresas do setor de aviação, no transporte de passageiros. ALIANÇA ESTRATÉGICA VERTICAL – Ligação com outra empresa com o propósito de obter vantagens e ampliar competências como acesso a capital, tecnologia, habilidades ou atendimento de determinada região. ANCORADOURO – Local para atracar embarcações em portos AQUISIÇÃO DE MATERIAIS – Atividade responsável pela procura de fornecedores e materiais e obtenção pela compra, transformação, permuta e doação. ÁREA DE EXPEDIÇÃO - É a áreademarcada nos armazéns, próxima das rampas/plataformas de carregamento, onde os materiais que serão embarcados/carregados são pré-separados e conferidos, a fim de agilizar a operação de carregamento. ÁREA DE QUEBRA - É a área demarcada nos armazéns, geralmente próxima da entrada, onde as embalagens, produtos e materiais recebidos são desembalados, separados, classificados e até re- embalados de acordo com o sistema ou interesse de armazenamento do armazém/empresa. ATACADISTA – Intermediário entre fabricantes e varejistas. Compra e vende as mercadorias, trabalhando para diversos fornecedores, inclusive empresas concorrentes. Logística Página 98 B2B – Comercio eletrônico entre empresas. B2C – Comércio eletrônico entre empresas e consumidor. BAM - Bottleneck Allocation Methodology. BACK SCHEDULING - Programação Retrocedente BACKLOG – Carteira de pedidos dos clientes, ainda não atendida. Pedido Pendente. BACKORDER – Demanda de itens, que não pode ser atendida por falta de estoque destes itens. Pedido em atraso. BAIA – Área designada dentro de um armazém definido por marcas em colunas, postes ou piso. BALANCE SCORE CARD – Sistema de gestão baseado em indicadores de desempenho e estratégias, que fornece uma abordagem de alinhamento das atividades do negócio e um monitoramento do desempenho das metas estratégicas da organização BATCH PICK - Separação em Lote. BATCH PROCESSING - Processamento por Lotes. ”BATENDO LATA” - Expressão utilizada no transporte rodoviário, quando o caminhão volta vazio (não tem carga de retorno). BAÚ - São carrocerias fechadas com chapas de alumínio e com cubagem padrão. BENCHMARK - Padrão para medidas ou avaliações. Melhor marca alcançada no mercado. Ponto de referência para observação BI-TREM OU REBOQUE - É o conjunto monolítico formado pela carroceria com o conjunto de dois eixos e pelo menos quatro rodas. É engatado na carroceria do caminhão para o transporte, formando um conjunto de duas carrocerias puxadas por um só caminhão. É muito utilizado no transporte de cana de açúcar. BILL OF LANDING – Contrato de frete e recibo, para transportar de um lugar para outro e entrega para determinada pessoa ou empresa, servindo para reclamações no caso de perdas, demora ou danos na mercadoria. BIN – Dispositivo de armazenamento dedicado para acumular peças pequenas e em grandes quantidades. BIN STORAGE – Estocagem em contenedores. BLOCAGEM - Empilhamento simples sem uso de estruturas de verticalização, no qual os palletes são empilhados diretamente no chão. Sistema de armazenagem onde o próprio pallete é utilizado no solo formando grandes blocos de materiais (geralmente para mercadorias com grande giro e volume). Logística Página 99 BOMBORDO - Lado esquerdo do navio BREAK-BULK – Transporte de carga em geral no setor marítimo. BREAK-EVEN POINT - É o nível de produção ou nível de volume de vendas a partir do qual o empreendimento ou negócio se torna rentável. Qualquer valor abaixo do Ponto de Equilíbrio significa prejuízo. BREAKTROUGH - Atingir um nível superior de competitividade através de uma ruptura dos procedimentos atuais; concentração das ações de melhoria nos processos BUDGET – Plano que demonstra uma estimativa das receitas, despesas e custos relacionados com uma atividade planejada. Fornece a base para o controle da operação. BUFFER – Pulmão BUFFER INVENTORY – Estoque-pulmão. BULK CARGO - Carga à granel, ou seja, sem embalagem. BULK CARRIER - Navio graneleiro, ou seja, próprio para o transporte de cargas a granel. BULK CONTAINER - Contêiner graneleiro, ou seja, próprio para o transporte de cargas a granel. BULK STORAGE - Estocagem a granel. CABOTAGEM - Navegação doméstica (pela costa do País). CÁBREA - Equipamento usado em portos para levantar grandes cargas pesadas ou materiais em obras, e que consta de três pontaletes unidos no topo onde recebem uma roldana por onde passa o cabo. CALADO - Expressão do transporte marítimo, que significa profundidade em que cada navio está submerso na água. Tecnicamente é a distância da lâmina d'água até a quilha do navio. CALIBRAÇÃO – Comparação de um instrumento de medida com aferição desconhecida, com um instrumento com precisão conhecida, para detectar toda variação da performance requerida e especificada. CANAL DE DISTRIBUIÇÃO – Empresas ou indivíduos que participam na administração dos fluxos de materiais e serviços, dos fornecedores de matérias primas e componentes até o usuário final dos bens. CANTILEVER - Sistema que facilita a estocagem de peças compridas ou volumosas e irregulares. Caracteriza-se por não possuir colunas nas extremidades dos conjuntos, tendo apenas uma coluna central onde são fixados os braços que servirão de apoio às peças ou aos planos. CAPACIDADE – Capacidade de um sistema de executar a função para o qual foi projetado. CAPACIDADE DE CARGA - É o peso máximo da carga que poderá ser movimentada por uma empilhadeira, com um centro de carga específico. CAPACIDADE LOGÍSTICA – Capacidade de uma empresa em fornecer competitivamente alto nível de serviço ao cliente e economia de custos na logística e uma forte posição de mercado devido a um sistema logístico estruturado. Possui sete dimensões: serviço ao cliente, qualidade da logística, canal de distribuição, custo baixo, disponibilidade, tempo e comunicação. Logística Página 100 CAPACIDADE NOMINAL – Capacidade demonstrada por um sistema. Tradicionalmente é calculada a partir de dados, por exemplo as horas planejadas, a eficiência e a utilização. A capacidade nominal é igual a horas disponíveis x eficiência x utilização. CAPACIDADE OCIOSA - Diremos genericamente que uma empresa tem capacidade ociosa quando está com condição de produzir o novo produto a um custo inferior do que o de uma nova empresa que vá se estabelecer especialmente com esta finalidade. CAPACIDADE PRODUTIVA – Quantidade máxima do atual mix de produtos, que comprovadamente pode ser fabricado em condição de otimização da utilização dos recursos, sempre limitado pela restrição da utilização plena de um determinado tipo de recurso. CAPATAZIA - É o serviço utilizado geralmente em portos e estações/terminais ferroviários, onde profissionais autônomos, ligados a sindicatos ou de empresas particulares, executam o trabalho de carregamento/ descarregamento, movimentação e armazenagem de cargas. CARRETA - Constituída por um baú de maiores dimensões com trem traseiro próprio sem força motriz própria, porém, acoplável ao cavalo mecânico. CARRETA ISOTÉRMICA - É uma carreta fechada, com isolamento térmico em suas paredes, que conserva a temperatura da carga. CARRETEIRO - Profissional independente contratado para realizar transporte de cargas. CARRIER – Transportadora. CARROSSEL - Os carrosséis são equipamentos rotacionais, verticais ou horizontais, ‘que acondicionam os produtos com a função de trazê-los até o operador, eliminando os tempos associados ao seu deslocamento e a procura de produtos. A principal vantagem deste sistema é permitir uma operação com uma grande variedade de itens. Além disso, o carrossel vertical também permite um bom aproveitamento de espaço por aproveitar o pé direito do prédio. A sua principal desvantagem está relacionada com a velocidade de coleta, relativamente lenta, o que o torna muitas vezes não recomendável CENTRO DE CARGA - É a distancia entre o centro de gravidade da carga e a parte traseira dos garfos de uma empilhadeira CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO – Armazém com produtos acabados e itens de serviços, oriundos de mais de uma fábrica e dedicados a atender mais de um mercado. Centro de distribuição (CD) é um armazém que tem por missão realizar a gestão dos estoques de mercadoriasna distribuição física.As atividades englobam recepção, expedição, manuseio e armazenagem de mercadorias, administração de informações, emissão de notas fiscais, conhecimentos de transporte e outros documentos e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco (físico) como a colocação de embalagens e rótulos e a preparação de kits comerciais. CENTRO DE SEPARAÇÃO DE CARGAS – Centro de recebimento de cargas que são separadas para serem expedidas para seus destinos. CENTRO FLEXÍVEL DE MANUFATURA – FMC – Sistema automático com máquinas por CNC e com alimentação e descarga por manipuladores, com facilidade de mudança rápida de produtos. CENTRO LOGÍSTICO – Centro de Distribuição que inclui serviços operacionais agregando valor aos produtos e materiais que processa. CERTIFICAÇÃO - Ato formal de reconhecimento que a empresa realizou uma série de atividades planejadas e documentadas para garantir que os seus produtos/serviços sejam fabricados segundo certos padrões CHATA - Barcaça larga e pouco funda. Logística Página 101 CHICOTES - São os cabos que fazem a ligação entre o cavalo mecânico e a carreta para a passagem de fios elétricos (luz da lanterna, luz de freios/ré e luz da placa do veículo) e para os fluídos (óleo) de acionamento dos freios. CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO – Período de tempo entre a data de introdução e a data final de um produto no mercado. Fases: introdução, crescimento, maturidade, saturação, declínio e retirada. CIF – Cost, Insurance and Freight ou Custo, Seguro e Frete. Neste caso, o material cotado já tem tudo embutido no preço, ou seja, é posto no destino. Condição em que o vendedor é responsável pelos custos, seguro marítimo e despesas de frete dos produtos CLUSTER - São concentrações geográficas de empresas interligadas entre si, que atuam em um mesmo setor com fornecedores especializados, provedores de serviços e instituições associadas. CÓDIGO DE BARRAS – Série alternativa de barras e espaços, representando a informação em código que poderá ser lida por leitores eletrônicos. O código de barras destina-se a facilitar e aprimorar a entradas de dados em um sistema de computação. COMBOIO - Conjunto de veículos que seguem juntos para um mesmo destino. Utilizado principalmente por motivo de segurança; carros de munições e mantimentos que acompanham forças militares; composição ferroviária (em Portugal). COMMODITY – Artigo ou mercadoria com especificação comum no mercado, sem diferenciações e de fácil obtenção CONDOMÍNIO INDUSTRIAL – Instalação de unidades avançadas das empresas fornecedoras no mesmo terreno da empresa montadora. CONFIABILIDADE – propriedade de um sistema, aparelho ou componente de funcionar adequadamente durante um intervalo de tempo. CONFORMIDADE - Atendimento a requisitos especificados. O não atendimento é então, uma não- conformidade. CONHECIMENTO DE TRANSPORTE - Documento emitido pelo transportador, que confirma o recebimento das mercadorias a transportar e constitui o contrato de transporte entre o embarcador e o transportador, para os diversos modais de transporte CONVEYOR – Transportador contínuo. CORREDOR – Área para tráfego de pessoal, material ou equipamentos. COST DRIVES – Fatores direcionadores de custo. CRONOGRAMA - É um plano que descreve as tarefas, obrigações, acontecimentos e tempos requeridos para oferecer um produto que atenda aos requisitos e expectativas dos clientes. CROSS DOCKING – Passagem das mercadorias que chegam, rapidamente para a expedição destas mesmas mercadorias para os clientes. O cross-docking é um sistema no qual os bens entram e saem de um centro de distribuição (CD), sem ali serem armazenados. Permite aumentar o giro dos estoques. Pode também ser definido como o movimento simultâneo de materiais recebidos, das docas de recebimento para as docas de expedição. CUBAGEM (1) – Método para a programação de colocação de caixas com mercadorias dentro de um baú ou container, para garantir a melhor ocupação volumétrica e colocar o centro de gravidade das cargas o mais próximo possível do centro geométrico do contentor Logística Página 102 CUSTO CORRENTE - Custo padrão que poderá ser atingido, desde que haja um esforço generalizado para se atingir este objetivo. CUSTO DA QUALIDADE – Custos dos produtos fabricados de maneira defeituosa, custos dos defeitos ocorridos no cliente, custo da inadequação com os requisitos do cliente e custo das atividades de controle da qualidade. CUSTO DE AQUISIÇÃO – Valor que envolve os custos de cotação e do produto ou serviços em si e custos decorrentes da entrega. CUSTO DE ARMAZENAGEM – Valor que envolve gastos com espaço para armazenagem e pessoal para movimentação do produto. CUSTO DE ESTOQUE – Valor que envolve preço do produto ou serviço, custo de cotação, custo de pedido, custo de armazenagem e despesas de venda. CUSTO DE FALTA OU STOCKOUT COST - É o custo considerado pela falta de um item, por falta de estoque, quando se recebe um pedido. Este custo pode ser variado, devido a se perder um pedido total ou parcial, pelo custo de se repor de forma urgente ou pelo custo de se alterar toda a programação de produção para fabricá-lo. CUSTO DE OBSOLESCÊNCIA - É o custo de se manter em estoque itens obsoletos ou sucateados. Geralmente os itens obsoletos são componentes de equipamentos ou máquinas fora de linha de fabricação. CUSTO DE OPORTUNIDADE – Retorno do capital que poderia acontecer, se não fosse utilizado nos atuais investimentos realizados. CUSTO DE PEDIDO – Valor que envolve todos os gastos para se fazer um pedido, como gasto com pessoal, telefone, papel, lápis e tudo mais que for necessário para a confecção do pedido. Ou é o custo considerado somando basicamente as operações de fazer a solicitação a Compras, acompanhar seu atendimento, fazer o recebimento, inspecionar quando da chegada, movimentá-lo internamente e fazer seu pagamento. CUSTO DE VENDA – Valor que envolve gastos com propaganda, emissão de nota fiscal e comissão de vendedores. CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) - A soma de todos os fatores de custo incorridos durante a expectativa de vida do maquinário. CUSTO FIXO – Dispêndios da empresa que serão absorvidos no produto via custo departamental e que não se alteram em curto prazo. com a variação do volume da produção. CUSTO GLOBAL - A avaliação a custo global refere-se ao fato de se avaliar os fornecedores, no que diz respeito aos aspectos econômicos, comparando-os operacionalmente, não com base no preço, mas com base no custo global que eles acarretam à empresa cliente. O custo global envolve o custos da qualidade, custos de confiabilidade, custos de tempo de resposta, custos de lotes de reabastecimento, custos de falta de aperfeiçoamento, custos de obsolescência tecnológica e o preço. CUSTO GLOBAL DO FORNECIMENTO – Custo que o fornecimento de um item acarreta para a empresa, com qualidade, confiabilidade, tempo de resposta, lotes de reabastecimento, falta de aperfeiçoamento, custos da obsolescência e preço. DESLOCAMENTO - Mudança de mercadorias de local por manuseio, movimentação ou transporte. DESOVA – Retirada dos itens de um contêiner. DESPACHO – Atividade de carregamento que envolve controle, abastecimento de combustível, motoristas, equipamentos e espaço em terminais. Logística Página 103 DESPATCH ou PRESTEZA – Prêmio devido ao contratante, quando o navio contratado permanece nos portos, menos tempo do que o acordado DISTRIBUIÇÃO – Atividade associada a movimentação de materiais como produtos e partes sobressalentes, deste o fabricante até o cliente final. DISTRIBUIÇÃO FÍSICA – Compreende as funções de faturamento, separação de pedidos, transporte e centros de distribuição. DISTRIBUIÇÃO REVERSA – Processo pelo qual uma empresa coleta
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