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BIOCEL_01

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BIOLOGIA CELULAR
Airton Antonio CASTAGNA
Docteur Ingénieur – INA / P-G
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	O surgimento da célula, como se a conhece, resulta de um processo de transformação que durou milhões de anos.
	No início desse processo,estão os primeiros seres vivos, que passaram a desenvolver mecanismos, cada vez mais eficientes de reprodução, de captação, armazenamento e liberação de energia, para realizar sua atividades. Ainda há seres vivos formados por apenas uma célula e também alguns que não são formados por células, chamados vírus. 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	Há cerca de 3,5 bilhões de anos, a formação de moléculas capazes de servir de molde (o ácido ribonucleico – RNA, é uma delas), com capacidade enzimática para efetuar cópias fiéis de si mesmas, possibilitou a origem dos organismos.
	O DNA possui uma estrutura mais estável, em dupla fita, capaz de servir de molde para sua duplicação, mas sem capacidade enzimática. A função enzimática necessária para duplicação, transcrição e reparo é exercida por proteínas.
	A vida e a reprodução dependem da manutenção desses processos e da disponibilidade de energia e dos componentes necessários para isso. 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1590: Invenção do microscópio pelos holandeses Francis e Zacarias Janssen, fabricantes de óculos. Seu microscópio aumentava a imagem de 10 a 30 vezes e foi usado pela primeira vez para observar pulgas e insetos.
1665: Robert Hooke, em seu trabalho Micrografia, relatou pequenas cavidades ("cells") em cortes de cortiça, de onde se originou o termo célula.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1590: Invenção do microscópio pelos holandeses Francis e Zacarias Janssen, fabricantes de óculos. Seu microscópio aumentava a imagem de 10 a 30 vezes e foi usado pela primeira vez para observar pulgas e insetos.
1665: Robert Hooke, em seu trabalho Micrografia, relatou pequenas cavidades ("cells") em cortes de cortiça, de onde se originou o termo célula.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1674: Leeuwenhoek observou diversas estruturas unicelulares: espermatozóides de peixes, hemácias. Um dos maiores colecionadores de lentes da época, foi o primeiro a observar os micróbios.
 1831: Robert Brown pesquisando células de orquídeas, descreveu o núcleo celular.
 1838 - 1839: Schwann emitiu a Teoria Celular: "Todos os seres vivos (animais e vegetais) são formados por células."
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1858: Virchow emitiu o aforismo ominis cellula et cellula — toda célula provém de outra preexistente.
1865: O abade Gregor Mendel (1822-1884), de Brünn (Brno, na República Tcheca), publica trabalho sobre experimentos com ervilhas em que propõe as leis da hereditariedade ("leis de Mendel") e supõe que as características hereditárias são transmitidas em unidades. O trabalho permanece quase ignorado até 1900
1869: O suíço Friedrich Miescher (1844-1895) isola, a partir do pus humano e do esperma do salmão, uma substância com alto teor de fósforo que chama de "nucleína", posteriormente denominada "ácido desoxirribonucléico" (DNA).
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1882: O alemão Walter Flemming (1843-1905) descobre corpos com formato de bastão dentro do núcleo das células, que denomina “cromossomos”.
1900: O holandês Hugo de Vries (1848-1935), o alemão Carl Correns (1864-1933) e o austríaco Erich Tschermak von Seysenegg (1871-1962) chegam de forma independente aos resultados de Mendel sobre as leis da hereditariedade.
1902: O norte-americano Walter Sutton (1877-1906) e o alemão Theodor Boveri (1862-1915) dão início à teoria cromossômica da hereditariedade (as "partículas" da hereditariedade estariam localizadas nos cromossomos).
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1909: O dinamarquês Wilhelm Johannsen (1857-1927) introduz o termo "gene" para descrever a unidade mendeliana da hereditariedade. Ele também usa os termos "genótipo" e "fenótipo" para diferenciar as características genéticas de um indivíduo de sua aparência externa.
1912: Os alemães Walter Friedrich (1883-1968) e Paul Knipping (1883-1935), seguindo uma idéia de seu compatriota Max von Laue (1879-1960), estudam a estrutura de cristais por meio dos raios X, que são espalhados pelos átomos conforme seu arranjo espacial (difração). William Lawrence Bragg (1890-1971), nascido na Austrália, chega à lei que descreve esse processo. Seu pai, o britânico William Henry Bragg (1862-1942), analisa matematicamente como se podem determinar as estruturas moleculares a partir das figuras de difração.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1915: O norte-americano Thomas Hunt Morgan (1866-1945) e seus alunos Alfred Sturtevant (1891-1970), Hermann Joseph Muller (1890-1967) e Calvin Bridges (1889-1938) publicam o livro "O Mecanismo da Hereditariedade Mendeliana", no qual relatam experimentos com drosófilas, as moscas-das-frutas, e mostram que os genes estão linearmente dispostos nos cromossomos.
1927: Hermann Joseph Muller mostra que a incidência de raios X sobre os cromossomos pode induzir mutações genéticas.
1928: O inglês Frederick Griffith (1877-1941) publica os resultados de experimentos que mostram que bactérias não-virulentas pneumococos tipo RI podem matar camundongos se forem injetadas com bactérias virulentas mortas (tipo SII). Isso mostrou que poderia haver transformações genéticas entre tipos de bactéria.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1931: O russo Phoebus Aaron Levene (1869-1940), trabalhando nos EUA, estuda a estrutura química dos ácidos nucléicos e identifica seus componentes básicos. Os termos "ácido desoxirribonucléico" e "ácido ribonucléico" (RNA) se tornam de uso comum.
1938: O britânico William Astbury (1898-1961) obtém a primeira figura de difração do DNA com o uso de raios X e sugere que ele tem uma estrutura periódica regular. Nessa época, predomina a idéia de que a informação genética está contida nas proteínas, porque o DNA teria uma estrutura muito simples para isso O alemão Max Delbrück (1906-1981) cria nos EUA, com o italiano Salvador Luria (1912-1991) e outros, o Grupo Fago ("Phage Group") para estudar vírus que infectam bactérias (bacteriófagos). A estratégia é investigar os genes combinando física e genética 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1944: Publicação de "What is Life?" (O que é Vida?), em que o austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961) sugere que as informações genéticas estão armazenadas numa estrutura molecular estável (um "cristal aperiódico"). O livro exerceu grande influência, na época, estimulando a busca pelo "código da vida". A norte-americana Barbara McClintock (1902-1992), usando o milho como organismo-modelo, descobre os transposons. Eles são sequências de DNA que são capazes de se mover de um lugar para outro no genoma, mostrando que ele é mais dinâmico do que se pensava. Os canadenses Oswald Avery (1877-1955), Colin MacLeod (1909-1972) e Maclyn McCarty (1911-), do Instituto Rockefeller (EUA), mostram que o DNA (e não proteínas) é capaz de transformar bactérias não-patogênicas em patogênicas. Isso sugere que é o DNA que armazena a informação genética.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1949: O austríaco Erwin Chargaff (1905-1992) descobre, nos EUA, uma relação quantitativa entre as bases do DNA: a proporção (razão molar) entre adenina e timina é sempre igual, e o mesmo ocorre entre guanina e citosina.
1950: Os norte-americanos Linus Pauling (1901-1994) e Robert Corey (1897-1971) identificam a estrutura molecular básica de proteínas (o modelo da alfa-hélice). Dois anos depois, eles propõem uma estrutura para o DNA que se mostraria equivocada, com três cadeias helicoidais entrelaçadas (o modelo da tripla hélice).
1952: Os norte-americanos Alfred Hershey (1908-1997) e Martha Chase (1930- ), usando marcadores radioativos, mostram que é o DNA de um vírus, e não a proteína, que programa as células para fazer cópias do vírus. O experimento reforça a idéia de que os genes estão contidos no DNA.
	A britânica Rosalind Franklin
(1920-1958) obtém imagens de DNA de excelente qualidade, por difração de raios X 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1953: O norte-americano James Watson (1928- ) e o britânico Francis Crick (1916-) decifram, em 7 de março, a estrutura de dupla hélice para o DNA e a publicam na revista "Nature" de 25 de abril, na qual saem também outros dois artigos sobre o DNA, um de Maurice Eilkins (1916- ), Alexandre Stokes (1919-2003) e Herbert Wilson (1929- ), e outro de Rosalind Franklin e Raymond Gosling, ambos descrevendo resultados experimentais de difração do DNA com raios X que eram compatíveis com a estrutura proposta por Watson e Crick Em 30 de maio, também na "Nature", Watson e Crick analisam as implicações genéticas de seu modelo e sugerem um mecanismo para a replicação do DNA.
1957: Francis Crick afirma que a especificidade de um fragmento de ácido nucléico depende apenas da sequência de suas bases e que essa sequência é a chave para a disposição dos aminoácidos em uma proteína particular. Propõe que o fluxo de informação vai do DNA para a proteína e que não pode retornar (suposição que ficou conhecida como o "Dogma Central").
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
1958: Os norte-americanos Matthew Meselson (1930- ) e Franklin Stahl (1929- ) confirmam a hipótese feita por Watson e Crick de que o DNA se replica de maneira semiconservativa: os dois filamentos da molécula de origem se separam e cada um deles passa a se emparelhar com um filamento novo.
1960: O norte-americano Arthur Kornberg (1918- ) identifica a polimerase, enzima que catalisa a síntese de DNA e que posteriormente se mostrou uma ferramenta importante na engenharia genética.
1961: O sul-africano Sydney Brenner (1927- ), o francês François Jacob (1920-) e Matthew Meselson descobrem que um tipo de RNA (o RNA mensageiro, ou mRNA) leva a informação genética "inscrita" na dupla hélice para a maquinaria celular que produz proteínas. Francis Crick e Jacques Monod tiveram também participação nessa descoberta.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	1962: Watson e Crick, estabeleceram o modelo da molécula do DNA, recebendo, em função disso, o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.
	1966: Grupos de pesquisa liderados por Marshall Nirenberg e pelo indiano Har Gobind Khorana (1922- ) decifram, com outros pesquisadores dos EUA, da Inglaterra e da França, a série completa de "palavras" do código genético.
	1968: Daniel Nathans (1928-1999) e Hamilton Smith (1931- ), dos EUA, e Werner Arber (1929- ), da Suíça, descrevem as nucleases de restrição, enzimas que reconhecem e cortam seqüência curtas específicas de DNA em pontos determinados.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	1972: O norte-americano Paul Berg (1926- ) obtém as primeiras moléculas de DNA recombinante, unindo DNA de diferentes espécies e inserindo esse DNA híbrido em uma célula hospedeira.
	1975: Dois grupos de pesquisa desenvolvem métodos de seqüenciamento de DNA. O primeiro deles, criado pelos norte-americanos Walter Gilbert (1932- ) e Allan Maxam, é complexo; o mais usado atualmente foi desenvolvido pela equipe do britânico Frederick Sanger 20 (1918- ). Em encontro internacional em Asilomar (EUA), um grupo de cientistas alerta para a necessidade de estabelecer regras gerais e de segurança para experimentos com DNA recombinante. 1976: Criada a primeira companhia de engenharia genética, a Genentech. Produz a primeira proteína humana em uma bactéria geneticamente modificada e, em 1982, comercializa a primeira droga recombinante, insulina humana 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	1972: O norte-americano Paul Berg (1926- ) obtém as primeiras moléculas de DNA recombinante, unindo DNA de diferentes espécies e inserindo esse DNA híbrido em uma célula hospedeira.
	1975: Dois grupos de pesquisa desenvolvem métodos de seqüenciamento de DNA. O primeiro deles, criado pelos norte-americanos Walter Gilbert (1932- ) e Allan Maxam, é complexo; o mais usado atualmente foi desenvolvido pela equipe do britânico Frederick Sanger 20 (1918- ). Em encontro internacional em Asilomar (EUA), um grupo de cientistas alerta para a necessidade de estabelecer regras gerais e de segurança para experimentos com DNA recombinante. 1976: Criada a primeira companhia de engenharia genética, a Genentech. Produz a primeira proteína humana em uma bactéria geneticamente modificada e, em 1982, comercializa a primeira droga recombinante, insulina humana.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	1980: David Botstein, Ronald Davis, Mark Skolnick e Ray White, dos EUA, desenvolvem técnica baseada no uso de enzimas de restrição para fragmentar o DNA. A técnica foi importante para o Projeto Genoma Humano. A Suprema Corte dos EUA decide que formas de vida alteradas podem ser patenteadas 1982: O primeiro animal (camundongo) transgênico é obtido nos EUA pela equipe de Richard Palmiter e Ralph Brinster. 1983: Companhias nos EUA conseguem obter patentes para plantas geneticamente modificadas. 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	1985: O britânico Alec Jeffreys (1950- ) publica artigo em que descreve técnica de identificação que ficou conhecida como "impressão digital" por DNA ("DNA fingerprint"), que permitiu a elucidação mais precisa de vários crimes. Os EUA aprovam diretrizes gerais para a realização de experimentos com terapia genética em seres humanos 1986: Plantas de tabaco geneticamente modificadas para se tornarem resistentes a herbicida são testadas em campo pela primeira vez, nos EUA e na França. EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) autoriza plantações comerciais desse tipo. 1988: Nos EUA, Philip Leder e Timothy Stewart obtêm primeira patente para um animal geneticamente modificado, um camundongo altamente suscetível a câncer de mama.
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	1989: Criação nos EUA do Instituto Nacional para Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI), chefiado por James Watson, para determinar toda a seqüência do DNA que compõe os cromossomos humanos. 1990: A terapia genética é utilizada pela primeira vez, com sucesso, em uma menina de quatro anos com um tipo de deficiência no sistema imunológico. 1994: Liberação do tomate Flavr Savr, primeiro alimento geneticamente modificado cuja venda é aprovada pela FDA. 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	1995: É obtida a primeira sequência completa de DNA de um organismo de vida livre, a bactéria Hemophilus influenzae. 1996: Nascimento da ovelha Dolly, primeiro mamífero clonado a partir de uma célula de um animal adulto pelo Instituto Roslin (Escócia) e pela empresa PPL Therapeutics. Só em fevereiro do ano seguinte o feito foi divulgado. Dolly morreria de envelhecimento precoce em fevereiro de 2003. Mapa genético completo do camundongo. 1998: O britânico John Sulston (1942- ) e o norte-americano Robert Waterstone seqüenciam o genoma do verme C. elegans, primeiro organismo multicelular a ter o seu DNA transcrito. 
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BIOLOGIA CELULAR
HISTÓRICO
	2000: Pesquisadores do consórcio público Projeto Genoma Humano e da empresa privada norte-americana Celera anunciam o rascunho do genoma humano, que seria publicado em fevereiro de 2001. No Brasil, pesquisadores paulistas anunciam o seqüenciamento do genoma da bactéria Xylella fastidiosa, a causadora da doença do amarelinho em cítricos. O artigo foi destacado na capa da revista "Nature“.
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BIOLOGIA CELULAR
CONCEITO
	A Biologia Celular (antiga Citologia) é a parte da Biologia que estuda todas as células e as organelas celulares e seus comportamentos. Procura diferenciar as células tanto animais como vegetais, observando também as grandes semelhanças. 
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BIOLOGIA CELULAR
CONCEITO
		A célula é a unidade que constitui os seres vivos, podendo ocorrer isoladamente (seres unicelulares) ou formar arranjos ordenados (tecidos dos seres pluricelulares).
		Em geral os tecidos apresentam quantidades variáveis de material extracelular produzido por suas células.
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Uma célula, de acordo com o controle genético, possui forma relacionada com a função
que desempenha. Nos vegetais a morfologia é limitada devido à presença da parede celulósica conferindo angulosidades às células com aspecto romboédrico, enquanto nos animais a não existência da parede permite variados formatos.	
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
No epitélio estratificado pavimentoso (da pele, por exemplo), as células possuem formas poliédricas conferindo um grau de proximidade que desempenha proteção mecânica, bem como evitando a perda de água por desidratação, revestindo o organismo com muita eficácia.
No tecido muscular a forma alongada e a estrutura das células contribuem com a capacidade de contração e distensão.
No tecido conjuntivo sangüíneo, os glóbulos vermelhos do sangue (as hemácias), com forma achatada e região central abaulada (bicôncava), proporcionam melhor transporte de gás oxigênio e distribuição aos diversos tecidos do organismo.	
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
No tecido nervoso, as numerosas ramificações (dendritos e telodendros) das células nervosas realizam a recepção de estímulos e a transmissão de impulsos nervosos, muitas vezes com grande velocidade.
O formato do espermatozóide, constituído por uma cabeça, uma peça intermediária e uma cauda, permite sua maior mobilidade.
 Fatores externos podem influenciar no comportamento anatômico de uma célula. A pressão exercida pelo aglomerado celular em um tecido pode remodelar a estruturação de cada unidade, visto a maleabilidade conferida pela membrana plasmática. 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Células Procariontes (Reino Monera) 
	As células procariontes ou procarióticas, também chamadas de protocélulas, são muito diferentes das eucariontes. A sua principal característica é a ausência de carioteca individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelos e pelo pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por invaginação. Também possuem ADN na forma de um anel associado a proteínas básicas e não a histonas(como acontece nas células eucarióticas, nas quais o ADN se dispõe em filamentos espiralados e associados à histonas). 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo cariomembrana o que faz com que o ADN fique disperso no citoplasma.
	A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais:
Bactérias;
Cianofitas (Cyanobactérias);
PPLO ("pleuro-pneumonia like organisms"). 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	
1 – Cápsula 
2 – Parede celular 
3 – Membrana citoplasmática 
4 – Citoplasma 
5 – Ribossomo 
6 – Mesossomo 
7 – Nucleóide (DNA)
8 – Flagelo 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Células incompletas
	As bactérias dos grupos das Rickettsias e das clamídias são muito pequenas, sendo denominadas células incompletas por não apresentarem capacidade de auto-duplicação independente da colaboração de outras células, isto é, só proliferarem no interior de outras células completas, sendo, portanto, parasitas intracelulares obrigatórios. Diversas doenças de importância médica tem sido descritas para organismos destes grupos, incluindo algumas vinculadas aos pássaros psitacídeos e carrapatos bovinos. 	
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	A Chlamydia trachomatis é uma bactéria gram negativa de transmissão sexual, causadora da clamídia. Esta bactéria vive obrigatoriamente dentro da célula do hospedeiro por ser incapaz de sintetizar ATP.
	A infecção com Chlamydia trachomatis origina normalmente uma uretrite não gonocócica, mas pode ocasionar a doença inflamatória pélvica na mulher. Pode estar ou não associada com a gonorréia. É causa de aborto, sendo por isso importante que a mulher com vida sexual ativa faça exames rotineiramente.
	Essa bactéria também é responsável pelo tracoma, uma doença infecciosa que causa inflamação e cicatrização da conjuntiva, tecido que reveste a parte interna da pálpebra. 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	
Classificação científica
Reino: Bacteria
Filo: Chlamydiae
Ordem: Chalmydiales
Família:Chlamydiaceae
Gênero:Chlamydia
Espécie:C. trachomatis
Nome binomial
Chlamydia trachomatis
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
		Um	vírus não é capaz de se multiplicar, exceto quando parasita uma célula de cujas enzimas se utiliza para a síntese de macromoléculas que vão formar novos vírus.
		Os vírus que atacam células animais não atacam as vegetais e vice-versa. Há porém alguns vírus vegetais que multiplicam-se nas células de insetos disseminadores desse vírus de uma planta para outra.
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
		Um	vírus é formado por duas partes:
uma porção central que leva a informação genética (DNA ou RNA)
uma porção periférica, constituída de proteínas que protege o genoma, identifica a células “parasitáveis” e, em certos vírus, facilita a penetração nas células.
		Certos vírus maiores e mais complexos possuem um invólucro lipoprotéico. (lip. Vem da membrana cel.; prot. é de origem viral).
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Diferenciam-se dos vírus por apresentarem:
conjuntamente DNA e RNA; 
parte da máquina de síntese celular necessária para reproduzirem-se; 
uma membrana semipermeável, através da qual realizam as trocas com o meio envolvente. 
	Obs.: já foram encontrados vírus com DNA, adenovírus, e RNA, retrovírus, no entanto são raros os vírus que possuem DNA e RNA simultaneamente.
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Células Eucariontes
	As células eucariontes ou eucarióticas, também chamadas de eucélulas, são mais complexas que as procariontes. Possuem membrana celular individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos animais e plantas a que estamos habituados são dotados deste tipo de células.
	É altamente provável que estas células tenham surgido por um processo de aperfeiçoamento contínuo das células procariontes.
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Não é possível avaliar com precisão quanto tempo a célula "primitiva" levou para sofrer aperfeiçoamentos na sua estrutura até originar o modelo que hoje se repete na imensa maioria das células, mas é provável que tenha demorado muitos milhões de anos.
	Acredita-se que a membrana da célula "primitiva" tenha emitido internamente prolongamentos ou invaginações da sua superfície, os quais se multiplicaram, adquiriram complexidade crescente, conglomeraram-se ao redor do bloco inicial até o ponto de formarem a intrincada malha do retículo endoplasmático. Dali ela teria sofrido outros processos de dobramentos e originou outras estruturas intracelulares como o complexo de Golgi, vacúolos, lisossomos e outras. 
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	Como se constituíram as
	primeiras células eucariontes, segundo os trabalhos de C. De Duve.
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Para os eucariontes,  a compartimentalização de atividades celulares em organelas envolvidas por membranas fosfolipídicas foi importante. Mas do ponto de vista fisiológico, biossintético e reprodutivo, a célula é uma unidade funcional, mantida pela relação entre seus componentes. A célula é a unidade fundamental da vida, mas, mais que isso, seu estudo revela que a vida é um processo de auto-manutenção, onde a estrutura pode ser modificada, componentes podem ser substituídos, desde que sua organização seja mantida.
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Uma célula só sabe fazer-se a si mesma e, acoplada estruturalmente ao seu meio, pode sobreviver e se dividir e se diferenciar.
	Apesar da importância do genoma para a produção de proteínas estruturais e funcionais, vários componentes celulares são herdados a partir do citoplasma do óvulo, por exemplo, as mitocôndrias e a própria maquinaria enzimática para a transcrição e tradução. A organização das membranas também é herdada de forma não genética. 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Quanto aos cloroplastos (e outros plastídeos) e mitocôndrias, atualmente há uma corrente de cientistas que acreditam que a melhor teoria que explica a existência destes orgânulos é a Teoria da Endossimbiose,
segundo a qual um ser com uma célula maior possuía dentro de si uma célula menor mas com melhores características, fornecendo um refúgio à menor e esta a capacidade de fotossintetizar ou de sintetizar proteínas com interesse para a outra.
	Nesse grupo encontram-se:
Células vegetais (com cloroplastos e com parede celular; normalmente, apenas, um grande vacúolo central) 
Células animais (sem cloroplastos e sem parede celular; vários pequenos vacúolos) 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA ANIMAL
1 Nucléolo 
2 Núcleo celular 
3 Ribossoma 
4 Vesículas de secreção 
5 Retículo endoplasmático rugoso
6 Complexo de Golgi 
7 Citoesqueleto
8 Retículo endoplasmático liso
9 Mitocôndria
10 Vacuolo
11 Citosol
12 Lisossomo
13 Centríolo 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA ANIMAL
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	►Os elementos químicos da célula
	Os elementos químicos que constituem as células são denominados bioelementos ou elementos biogênicos. Em razão da maior ou menor proporção em que se encontram, podem ser classificados como primários, secundários e oligoelementos.
	►Os bioelementos primários
	Aparecem na proporção de 95% e compreendem C, O, H, N e, em menor proporção o P. Esses elementos entram na constituição de açúcares, gorduras, proteínas e ácidos nucléicos (moléculas constituintes da célula).
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	►Os bioelementos secundários
	Ocorrem na proporção de apenas 1% a 4% da matéria viva. Os principais são: Ca, Mg, K, Fe, Na e Cl.
	►Os oligoelementos
	Aparecem numa proporção inferior a 1%. É o caso do Cu, Mn, Al, Ni, F, I e Si.
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	As Substâncias Químicas da Célula
	Da combinação dos bioelementos entre si resultam as moléculas da matéria viva, também chamadas de biomoléculas, assim classificadas: 	
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	A Água
(constituinte mineral mais abundante na matéria viva)
	A água é a biomolécula mais abundante na célula. Dependendo do tipo da célula, o conteúdo hídrico é diferente. Por exemplo, é maior nas células vegetais do que nas dos animais. Assim temos: 
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	Nos organismos, a quantidade de água varia conforme o tipo de tecido que os constitui, por exemplo:
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BIOLOGIA CELULAR
A CÉLULA
	O teor hídrico varia também de acordo com a idade dos organismos. Observe a seguir a variação verificada no organismo humano:
	A água é essencial para a vida, uma vez que as reações químicas da célula ocorrem em meio aquoso. 
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FIM

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