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PODER JUDICIÁRIO

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Prof Dr. Daniela Richter
Poder Judiciário
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Funções...
A função típica do Judiciário é a jurisdicional, ou seja, julgar, dirimir conflitos de interesses, aplicando a lei nos casos concretos.
Mas o Judiciário, em decorrência do princípio da separação dos poderes, também legisla e administra (funções atípicas). Legisla no momento em que edita normas regimentais, já que lhe cabe produzir seu próprio regimento interno. Administra quando concede aos juízes e serventuários férias, organiza o quadro pessoal, provendo os cargos e alocando o pessoal.
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Composição – artigo 92 – alterado pela emenda 92-2016
O art. 92 da CF enumera os órgãos do Poder Judiciário: o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior do Trabalho os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, os Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
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Estatuto da Magistratura – artigo 93, CF
Segundo o art. 93 da CF, lei complementar, de iniciativa do STF disporá sobre o Estatuto da Magistratura. O Estatuto da Magistratura que vige até hoje é a LC 35/79. 
93 – I – 
A Resolução 75/2009, no art. 59, considera atividade jurídica:
- A exercida com exclusividade por bacharel em Direito.
- Efetivo exercício da advocacia, mediante a participação anual de pelo menos 5 atos privativos de advogado.
- Exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive o magistério superior, que exija a utilização de conhecimento jurídico.
- Exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, no mínimo de 16 horas mensais e durante 1 ano.
- Exercício da atividade de mediação ou arbitragem na composição de litígios.
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Emenda 88/2015 – PEC DA BENGALA - 
Aposentadoria compulsória = manteve aos 70 anos, mas permitiu que lei complementar estabeleça as condições para que o servidor publico se aposente aos 75 anos;
Ver artigo 100, do ADCT;
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A regra do quinto constitucional...
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Garantias do Judiciário...
Garantias constitucionais institucionais – protegem o Judiciário como um todo, como instituição. Dividem-se em: a) garantias de autonomia orgânico-administrativa; b) garantias de autonomia financeira.
Garantias constitucionais funcionais – asseguram a independência e imparcialidade dos membros do Judiciário.
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Na verdade, essas garantias servem para:
Contribuir para a defesa imparcial dos direitos e garantias fundamentais;
Conferir aos membros do Judiciário maior tranquilidade e segurança, imprescindíveis à tomada de decisões independentes;
Preservar a regularidade processual, contra a corrupção, desonestidade;
Resguardar a democracia, a independência do Judiciário, em face dos demais Poderes;
Permitir a liberdade de pensamento dos juízes, inclusive no controle da legalidade dos atos político-governamentais, que venham a causar lesões ou ameaças a direitos individuais e coletivos. 
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Garantias funcionais do Judiciário...
Garantias funcionais de liberdade – conferem autonomia necessária para julgar. Procura deixar os juízes livres na formação do juízo de valor, ficando atrelados, apenas à CF e às leis. Correspondem à vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios (art. 95, I a III);
Garantias funcionais de imparcialidade – são as vedações constitucionais a que estão submetidos os membros do Judiciário (art. 95, § único). Consagram limites instrumentais ao exercício da judicatura, com vistas à sua independência. 
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VITALICIEDADE: É a vinculação do titular ao cargo com foros de permanência e definitividade, sendo que só perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgado, sendo-lhe asseguradas as garantias do processo jurisdicional. Em primeiro grau, só é adquirida após 2 anos de exercício do cargo, com aprovação no estágio probatório. 
Nesse período, o juiz substituto poderá perder o cargo por decisão do tribunal a que estiver vinculado (art. 95, I).
Lembrar da regra do quinto constitucional
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INAMOVIBILIDADE: É a impossibilidade de designar juiz para o exercício de outro cargo, diferente daquele para o qual foi nomeado. Também impede a remoção, sem seu consentimento, para local diverso do qual está lotado. Mas essa regra não é absoluta, pois poderá haver a remoção por interesse público (art. 93, VIII), quando deverá haver a decisão por maioria absoluta do tribunal a que estiver vinculado.
IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS: É a vedação de diminuição dos ganhos da magistratura, observados os critérios estabelecidos na CF dos tetos e subtetos máximos. Ficam excetuadas dos limites as parcelas devidas de caráter indenizatório.
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GARANTIAS DE IMPARCIALIDADE – VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Desse modo, é vedado aos magistrados:
Exercer outro cargo, ainda que esteja em condição de disponibilidade (colocado a disposição), ou função, salvo uma de magistério;
Receber a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
Dedicar-se à atividade político-partidária.
Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
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STF...
COMPOSIÇÃO: 11 Ministros.
INVESTIDURA: é competência do Presidente da República a escolha dos Ministros, cujo nome deverá ser aprovado pelo Senado Federal por maioria absoluta. Após a sabatina no Senado, havendo a aprovação, há a nomeação, quando o Ministro é vitaliciado. Art. 101, § único. 
REQUISITOS: a) ser brasileiro nato (art. 12, § 3.º, IV); b) ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade (art. 101); c) ser cidadão em pleno gozo dos direitos políticos (art. 101); d) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101). É obrigatório, também ser jurista, ou seja, ter cursado a faculdade de Direito. Não é ascensão na carreira, podendo ser nomeado Ministro do STF, desde que com aprovação do Senado, qualquer pessoa graduada em Direito: advogado, procurador, professores de renome, etc.
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COMPETÊNCIAS:
Competência originária: art. 102, I. O STF é acionado diretamente. São questões decididas apenas por ele, em ÚNICA instância.
Competência recursal: art. 102, II e III. O STF decide matéria que lhe foi submetida por via de recursos ordinário ou extraordinário, analisando a questão em ÚLTIMA instância.
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REPERCUSSÃO GERAL: é um instrumento processual inserido na Constituição Federal de 1988, por meio da Emenda Constitucional 45, conhecida como a “Reforma do Judiciário”. O objetivo desta ferramenta é possibilitar que o Supremo Tribunal Federal selecione os Recursos Extraordinários que irá analisar, de acordo com critérios de relevância jurídica, política, social ou econômica. 
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JULGAMENTO POR AMOSTRAGEM: Há também a técnica do julgamento por amostragem, quando havendo multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia, caberá ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao STF, sobrestando os demais até pronunciamento definitivo da Corte.
Se for negada a existência de repercussão geral ao recurso, os sobrestados serão, automaticamente, considerados não admitidos.

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