Buscar

Poder Judiciário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Constitucional – Aulas 20 - 22
Poder Judiciário (Art. 92 ao 126 da CF).
Princípio da Imparcialidade do Juiz:
Para que o processo seja justo e válido, é preciso que o juiz atue de forma imparcial, ou seja, não exibir-se de forma tendenciosa para qualquer das partes. 
O juiz coloca-se entre as partes e acima delas: esta é a primeira condição para que possa exercer a sua função dentro do processo. 
A imparcialidade do juiz é pressuposto para que a relação processual se instaure validamente.
Os órgãos desse poder são: 
STF 
CNJ
STJ 
TRF e os Juízes Federais.
Tribunais e Juízes do Trabalho.
Tribunais e Juízes Eleitorais.
Tribunais e Juízes Militares
Tribunais e Juízes dos Estados e do DF e Territórios.
Função típica – Julgar.
Função atípica – Administrativa, Legislativa (sua legislação interna).
Regra de Ingresso na Carreira da Magistratura – Art. 93, I, da CF.
Cargo inicial será o de Juiz substituto, mediante aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases. Além disso, o bacharel em direito tem que comprovar três anos de atividade jurídica para ingressar na magistratura, é a chamada “quarentena de entrada”, instituto inserido na CF pela EC45/04 (reforma do poder judiciário). 
Atividade Jurídica: Dentre outras atividades, o efetivo exercício da advocacia, magistério superior, desde que predominantemente requeira a utilização de conhecimento jurídico, função de conciliador, mediador ou árbitro na composição de litígios etc (Resolução n.75/2008 do CNJ).
OBS: Os tempos de estágio, realizados durante o curso de direito, não são computados para esse fim. 
EC 45/2004 (Reforma do Poder Judiciário) 
Inserção do inciso LXXVIII no Art.5º da CF – Princípio da razoável duração do processo ou celeridade processual no âmbito judicial e administrativo. 
Criação de um novo órgão no poder judiciário: CNJ (Art.103-B da CF).
Fortificação do princípio da imparcialidade, pela criação de vedações aos membros da magistraturas, como a proibição do exercício da advocacia no juízo ou tribunal ao qual se afastou pelo prazo de 3 anos.
Criação de mais um requisito de admissibilidade ao recurso extraordinário: instituto da repercussão geral.
Alterações nas regras de competência, em especial, em relação à Justiça do Trabalho.
Criação do instituto denominado súmula vinculante (Art. 103-A da CF, regulamentado pela Lei nº 11.417/06).
Súmula vinculante, somente no âmbito do Supremo Tribunal Federal (de ofício ou por provocação).
Legitimados: Art.3 da Lei 11.417/06.
O Presidente da República
A Mesa do Senado Federal
A Mesa da Câmara dos Deputados
O Procurador - Geral da República
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
O Defensor Público-Geral da União.
Partido Político com representação no Congresso Nacional (ou na Câmara ou Senado, não precisa ser de ambos). 
Confederação Sindical ou entidade de classe no âmbito nacional.
A Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF.
O Governador de Estado ou do DF.
Os Tribunais superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do DF e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
O Município poderá propor incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo (Art. 103-A, parágrafo 1º, da CF).
O Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante. 
Quórum: Aprovação por decisão de 2/3 dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional. 
Tal súmula, a partir da publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Normas relativas ao Judiciário / Estatuto da Magistratura
O Art. 93 da CF dispõe que cabe a lei complementar, de iniciativa do STF, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, atualmente regulamentado pela Lei Complementar 35/79, devendo observar os princípios constitucionais elencados nos respectivos incisos.
Ingresso na carreira (Inc.I): Mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases, sendo exigido do bacharel em direito no mínimo três anos de atividade jurídica.
Promoção do Juiz (Inc. II): É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; a Constituição estabelece que não será promovido o Juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-lo ao cartório sem o devido despacho ou decisão; na apuração de antiguidade, o tribunal, somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de 2/3 de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se indicação etc.
Entre outros.
Garantias dadas aos membros do poder judiciário
Visando assegurar o princípio da imparcialidade e a atuação neutra dos membros da magistratura, o Art.95 da CF assegura três garantias aos juízes, quais sejam: 
Vitaliciedade; garante aos magistrados a perda do cargo somente por sentença judicial transitada em julgado (esta garantia só é adquirida após dois anos do estágio probatório, no caso de concurso público, ou da posse, na hipótese do quinto constitucional e Tribunais Superiores).
Inamovibilidade; atribui a garantia aos juízes de não serem removidos, a não ser por motivo de interesse público, por voto da maioria absoluta do tribunal ou Conselho Nacional de Justiça, assegurando-se a ampla defesa, conforme Art.93, VIII, CF. 
Irredutibilidade de subsídios; esta garantia impede a redução dos subsídios (ressalvados o disposto nos arts.37, X e XI, 39, parágrafo 4º, 150, II, 153, III e 153, parágrafo 2º, I).
Vedações
O parágrafo único do Art.95 da CF traz cinco vedações aos Juízes: 
Exercício de outro cargo ou função, salvo uma de magistério.
Recebimento, a qualquer título ou pretexto, de custas ou participação em processo.
Dedicação à atividade político-partidária.
Recebimento, a qualquer título ou pretexto, de auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as previstas em lei.
Exercício da Advocacia antes de decorridos três anos do afastamento por aposentadoria ou exoneração no juízo ou tribunal do qual se afastou (quarentena de saída), isso não impede que o magistrado afastado possa advogar, mas tão somente que este não poderá exercê-lo no juízo ou tribunal do qual se afastou ou exonerou antes de decorridos três anos do encerramento de sua função.
Quinto Constitucional
O quinto constitucional (Art.94, CF) significa que 1/5 da composição dos lugares ocupados por membros dos TRF’s e dos Tribunais de Justiça do Estado será dado a promotores de justiça e advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional (Desembargadores; ressalta-se que o magistrado nomeado pelo quinto constitucional faz jus, desde logo, à sua vitaliciedade).
Forma de ingresso: Os órgãos de representação das respectivas classes indicarão uma lista sêxtupla. O Tribunal reduzirá esta para uma lista tríplice encaminhando-a para o chefe do poder executivo respectivo (PR, no caso dos TRF’s, e Governador, na hipótese dos TJ’s), que terá 20 dias para a escolha e nomeação de um.
Supremo Tribunal Federal (Art.101 da CF)
O Supremo Tribunal Federal tem como função principal a guarda da Constituição.
Composição: 11 ministros, escolhidos pelo PR dentre brasileiros natos, que tenham entre 35 e 65 anos de idade, notório saber jurídico e reputação ilibada.
O Senado Federal aprova a indicação do Presidente daRepública por maioria absoluta de votos (sabatina)
As competências do STF estão previstas no Art.102 da CF. Alguns assuntos que devem ser dirimidos pelo Supremo:
Julgar, em recurso ordinário, o crime político (Art. 102, II, “b”, da CF).
Julgar, de forma originária, o pedido de extradição solicitada por estado estrangeiro (Art. 102, I, “g”, da CF).
Julgar a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados. (Art. 102, I, “n”, da CF).
Julgar o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for do CN (Art.102, I, q, da CF).
Julgar, em recurso ordinário, o “habeas-corpus”, o mandado de segurança, o “habeas-data” e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (Art.102, II, “a”, da CF)
Julgar, de forma originária, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. (Art. 102, I, “a”, da CF). 
Julgar nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do CN, seus próprios ministros e o Procurador-Geral da República (Art. 102, I, ”b”, da CF).
Julgar o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for CN (Art.102, I, q, da CF).
Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
Contrariar dispositivo desta Constituição.
Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal
Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal
Superior Tribunal de Justiça
Composição: mínimo de 33 ministros, devendo sua composição obedecer aos seguintes percentuais: 
1/3 será composto por membros dos TRF’s, indicados em lista tríplice pelo próprio Tribunal.
1/3 por membros dos Tribunais de Justiça dos Estados, indicados em lista tríplice pelo próprio Tribunal.
1/3 será composto por advogados e promotores, indicados pela regra do quinto constitucional, estabelecida no Art.94 da CF; cabe aos respectivos órgãos de classe elaborar uma lista sêxtupla de representantes, cabendo ao STJ a indicação de uma lista tríplice dentre os apontados, enviando-a ao Presidente da República, que nomeará um dentre os três indicados.
Em qualquer das hipóteses descritas, incumbe ao Senado Federal aprovar por maioria absoluta a indicação do Presidente da República.
Em suma, os requisitos para o cargo de Ministro do STJ são os seguintes: (i) ser brasileiro nato ou naturalizado; (ii) ter entre 35 e 65 anos de idade; (iii) ter notório saber jurídico; (iv) ter reputação ilibada.
As competências do STJ estão previstas no Art.105 da CF. Alguns assuntos que devem ser dirimidos pelo STJ.
Homologação de sentença estrangeira (Art.105, I, i, da CF).
Será competente para julgar originariamente habeas corpus em que figura como paciente desembargador de tribunal de justiça estadual (Art.105, I, c, da CF).
Julgar de forma originária, o mandado de segurança contra ato de ministro de Estado (Art.105, I, b, da CF).
Dentre outras competências.
CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
O Art.103-B, com redação dada EC 45/04 e alterada pela EC 61/09, instituiu o CNJ, que tem por função a fiscalização do Poder Judiciário quanto ao cumprimento dos deveres funcionais dos juízes e à administração financeira desse poder. Ressalta-se que o CNJ, contudo, não tem funções jurisdicionais.
Composição: 15 membros, com mandato de dois anos (admissível somente uma recondução), sendo: 
O Presidente do STF, indicado pelo próprio Tribunal.
Um Ministro do STJ, indicado pelo próprio Tribunal.
Um Ministro do TST, indicado pelo próprio Tribunal.
Um Desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo STF.
Um Juiz Estadual, indicado pelo STF, um juiz do TRF, indicado pelo STJ.
Um Juiz Federal, indicado pelo STJ; um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo TST.
Um Juiz do Trabalho, indicado pelo TST.
Um Membro do MPU, indicado pelo PGR.
Um Membro do MPE, escolhido pelo PGR dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual.
Dois Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB.
Dois Cidadãos, de notável saber Jurídico e reputação ilibada, indicados um pela CD e um pelo SF.
Os membros do CNJ são nomeados pelo PR, após a aprovação da escolha pelo Senado Federal, por votação de maioria absoluta (Parágrafo 2º, Art.103-B, CF).
A EC 61/09 alterou o Parágrafo 1º do Artigo em comento estabelecendo que a Presidência do CNJ incumbe ao Presidente do STF, e nas suas ausências e impedimentos, ao Vice-Presidente da citada corte.
Além disso, não há mais idades mínimas e máximas para ser membro do CNJ.
É importante salientar que, embora incluído na estrutura Constitucional do Poder Judiciário, o CNJ qualifica-se como órgão de caráter eminentemente administrativo, não dispondo de atribuições institucionais que lhe permitam exercer fiscalização da atividade jurisdicional dos magistrados e tribunais.
O CNJ é absolutamente incompetente para intervir em processos de natureza jurisdicional. Impossibilidade constitucional de o CNJ fiscalizar, reexaminar e suspender os efeitos decorrentes de ato de conteúdo jurisdicional.
Atribuições: Estão previstas no Parágrafo 4º do Art.103-B da CF, além das conferidas pelo Estatuto da Magistratura e, dentre elas, destacam-se as seguintes:
I – Zelar pela autonomia do PJ e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências.
II – Zelar pela observância do Art.37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do PJ, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União.
III – Receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do PJ, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa.
IV – Representar ao MP, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade.
V – Rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano.
VI – Elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do PJ.
Ressalta-se que não é da competência do CNJ julgar magistrados por crime de autoridade, até porque tal órgão não tem função jurisdicional.
O STF tem analisado várias questões relacionadas ao CNJ, dentre as quais destacam-se as seguintes: 
O CNJ não pode, por conta do conteúdo nitidamente jurisdicional, suspender, fiscalizar e reexaminar decisão concessiva de mandado de segurança.
O CNJ integra o PJ, mas encontra-se hierarquicamente abaixo do STF. 
O STF conclui julgamento que apontou competência concorrente do CNJ para investigar juízes.

Continue navegando