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DIREITO GREGO: caráter reflexivo e idealista JOSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADO 1 BERÇO DA CULTURA OCIDENTAL Berço da democracia e da filosofia. Características que prejudicaram o desenvolvimento do Direito grego: A não profissionalização do Direito, Ausência da figura do advogado e a Proeminência da fala sobre o escrever. Não elaboraram tratados sobre o Direito. Legislavam e administravam a Justiça pela resolução direta de conflitos. E OS SOFISTAS? Ensinavam Retórica e Oratória. Professores itinerantes. Ensinavam a qualquer interessado a arte do discurso. Eram práticos. Os cidadãos recorriam ao discurso nos debates e discussões públicas. As decisões políticas eram tomadas em assembleias. Ensinavam a arte de argumentar e persuadir. Contribuição: desenvolvimento da cidadania na Grécia Antiga. Eram criticados pelos filósofos: diziam que não estavam preocupados com a verdade, mas com o jogo de palavras e meras opiniões nos discursos. FONTES DO DIREITO GREGO Fontes epigráficas: documentos (leis) tornados públicos pela sociedade elaboradora da norma. Escritos em pedra, bronze, madeira etc. Muitos desses escritos chegaram aos dias atuais. • As fontes literárias, essas nos chegaram quase que na sua integralidade e compõem-se de: • Discursos de oradores áticos, tais como: Antífonas, Lísias, Isócrates, Demóstenes, entre outros. • As Constituições. • Escritos de grandes filósofos, como por exemplo: Aristóteles e suas obras: A Política e Ética a Nicômaco; Platão e suas As Leis. • Epopeias de Homero; • Os escritos de Hesíodo. Paulo Dourado de Gusmão: “As leis gregas, a partir do século VI a.C., diferenciavam-se das demais leis da Antiguidade por serem democraticamente estabelecidas. Não eram decretadas pelos governantes, mas estabelecidas livremente pelo povo na Assembleia. Resultavam, pois, da vontade popular. […] Lançaram as bases da Democracia. Devemos a eles o princípio do primado da lei, incorporado à Cultura Ocidental. A justiça, pode-se dizer, era a meta do direito grego, confundida sempre com o bem da pólis.” ATENAS - LEGISLADORES DRÁCON Primeiro legislador ateniense. Teve poderes extraordinários para resolver conflitos sociais. Leis severas. Todos os crimes eram passíveis de pena de morte. Deve-se a DRÁCON o princípio do Direito Penal: a diferença entre homicídio involuntário, voluntário e legítima defesa. O furto e o assassinato recebiam a mesma punição: a morte. Transferiu o direito de punir para o Estado. Proibiu a conduta de fazer justiça com as próprias mãos. DÊMADES, político ateniense do século IV, disse: “As leis de Drácon foram escritas com sangue e não com tinta”. SÓLON Criou a Eclésia (Assembleia Popular): Dela participavam todos os homens livres atenienses, filhos de pai e mãe atenienses e maiores de 30 anos. Previa o direito de jurisdição do pai sobre o filho. Suprimiu a vingança particular. Para os crimes graves as penas eram a morte ou o exílio. ● Criou novo Código de Leis e o Tribunal da HELIAIA (assegurando a ideia de que a lei estava acima do juiz que iria aplicá-la). ● Os pais deviam ensinar um ofício aos filhos. ● Suprimiu a servidão por dívidas. ● Limitou o poder paternal. ● Estabeleceu o testamento, a adoção. CLÍSTENES Considerado o pai da democracia. Criou um sistema de prevenção de tiranos: quando alguém fosse considerado perigoso para a segurança da cidade, a Eclésia ou Assembleia do Povo, poderia desterrá-lo por dez anos (ostracismo). DIREITOS FUNDAMENTAIS Participar da vida política. Igualdade de direitos perante a lei, (ISONOMIA). Igualdade no acesso aos cargos políticos (ISOCRACIA). Igualdade de falar: direito à palavra (ISEGORIA). CONTRIBUIÇÕES JURÍDICAS DOS GREGOS Júri popular. A figura do advogado (originária do logógrafo). Diferença entre homicídio voluntário, involuntário, e legítima defesa. Mediação e Arbitragem. Gradação das penas segundo a gravidade dos delitos. Retórica e Eloquência forenses. Limitação do poder paternal. Com a maioridade, o filho desvinculava-se da autoridade paterna.
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