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Pontuação desta tentativa: 15 de 15 Enviado 3 mai em 18:07 Esta tentativa levou 6 minutos. 7,5 / 7,5 ptsPergunta 1 Morte, dor, sofrimento... O século XX foi atravessado por duas grandes guerras mundiais que revelaram a grave crise que se abatia sobre a sociedade. A humanidade experimentou nesse período um evento sem precedentes no que diz respeito ao terror, à tortura e à destruição. Esse momento difícil vivenciado pela sociedade se torna evidente não só nas lutas armadas, mas, sobretudo, na redução das pessoas - do outro - ao nada. Essa foi a tônica do século passado e parece se repetir nesse limiar do século XXI. Concomitantemente às guerras do século XX, a humanidade assistiu a significativos avanços científicos e tecnológicos - a história demonstra que os momentos de maior progresso científico e desenvolvimento tecnológico coincidiram com os períodos de devastação 1 – sustentados pela carência e acumulações e impulsionados pela destruição e produção bélica. Dando vazão à sua ânsia de progredir e crescer, tomado pela necessidade de superar o sofrimento trazido pela luta armada e pela morte de milhões, o ser humano, especialmente o ocidental, se fechou ainda mais na totalidade do si-mesmo. Isto é, ele se apropriou de vez de uma racionalidade focada na identidade do sujeito quase que como a única forma de se proteger da barbárie. As guerras não só refletiram como também agravaram a desvalorização da pessoa humana no decorrer do século XX e início do século XXI. Apesar do notório desenvolvimento científico e tecnológico desse período, a vida do outro, do próximo, não foi valorizada. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/13482/13482_3.PDF . Acesso em: 21/01/23. Adaptado. A partir das informações dadas, é correto afirmar que: Alteridade, liberdade e justiça são conceitos novos que foram introduzidos pelo raciocínio do Novo Humanismo, para se contrapor aos horrores das duas Guerras Mundiais. A novidade em relação às principais concepções do novo humanismo está nas circunstâncias em que elas se inserem, no contexto vivencial do presente século. 05/05/2024, 16:32 Unidade I - Teste Objetivo 1: Leonardo Henrique Musso https://pucminas.instructure.com/courses/199683/assignments/929306/submissions/289472 1/4 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/13482/13482_3.PDF https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/13482/13482_3.PDF https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/13482/13482_3.PDF Esta é a alternativa correta porque, se a alteridade, a liberdade e a justiça não são novas concepções, o nosso tempo sente a necessidade de resgatá-las como condição mesmo da sobrevivência de todos os humanos. O Novo Humanismo é um movimento de ruptura com as crenças tradicionais, buscando colocar o ser humano como a medida de todas as coisas. A questão central do Novo Humanismo é colocar as bases para o nascimento e desenvolvimento de uma nova espécie, o ciborgue, que deverá substituir o homem. 7,5 / 7,5 ptsPergunta 2 É livre quem pode fazer o que quiser — dentro das suas limitações de espaço, tempo, energia e recursos. Só se é livre dentro de certos limites. Portanto, toda a liberdade é condicional. Só é totalmente livre quem pode exercer a sua vontade sem qualquer limitação moral ou material. Isto é: o tirano. Assim, a liberdade suprema só existe nas tiranias. Dizer que a minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro é muito bonito. Mas e se a liberdade foi mal distribuída e o meu vizinho tem um latifúndio de liberdade enquanto a minha é um quintal de liberdade, liberdade mesmo que tadinha? Não é feio sugerir um reestudo da divisão. Cuidado com quem dá aos outros toda a liberdade. Geralmente é quem pode tirá-la. Há os que passam o dia inteiro livres e chegam em casa se queixando disso. São os motoristas de táxi. Toda liberdade é relativa. Toda liberdade é relativa. Verdade exemplarmente ilustrada por este diálogo entre o preso e o carcereiro. — Nunca mais vou sair daqui. — Calma. Não desanime. — Não tem jeito. Estou aqui para sempre. — Vou ver o que posso fazer por você. — Não adianta. Estou condenado. Desta prisão eu não saio. Se esqueceram de mim. 05/05/2024, 16:32 Unidade I - Teste Objetivo 1: Leonardo Henrique Musso https://pucminas.instructure.com/courses/199683/assignments/929306/submissions/289472 2/4 — Eu não esquecerei. Voltarei para visitá-lo. — Promete? — diz o carcereiro. Quem é livre às vezes não sabe. Quem não é livre sempre sabe. Ou será o contrário? A gente vê tanta gente inexplicavelmente feliz. Alguns são obcecados pela liberdade e prisioneiros da sua obsessão. Os loucos são livres e vivem presos por isso. Poderia se dizer que livre, livre mesmo, é quem decide de uma hora para outra que naquela noite quer jantar em Paris e pega um avião. Mas mesmo este depende de estar com o passaporte em dia e encontrar lugar na primeira classe. E nunca escapará da dura realidade de que só chegará em Paris para o almoço do dia seguinte. O planeta tem seus protocolos. Fala-se em liberdade como se ela fosse um absoluto. Mas dizer “eu quero ser livre” é o mesmo que dizer “eu quero” e não dizer o quê. Existe a Liberdade De e a Liberdade Para. Não é uma questão apenas de preposições e semântica. É a questão do mundo. O liberalismo clássico iconizou a Liberdade Para. Você é livre se tem liberdade para dizer o que pensa e fazer o que quer, para ir e vir e exercer o seu individualismo até o fim, ou até o limite da liberdade do outro. A ideia de que a verdadeira liberdade é a Liberdade De é recente. Livre de verdade é quem é livre da fome, da miséria, da injustiça, da liberdade predatória dos outros. A ideia é recente porque antes era inconcebível. Ser livre do despotismo era automaticamente ser livre para o que se quisesse, para a vida e a procura individual do paraíso. Foi preciso uma virada no pensamento humano para concluir que Liberdade Para e Liberdade De não eram necessariamente a mesma liberdade e outra virada para concluir que eram antagônicas. A última virada é a decisão de que uma liberdade precisa morrer para que a outra viva. Não concorde com ela muito rapidamente. Enfim, de todos os crimes que se cometem em nome da liberdade, o pior é a retórica. Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, completamente livre, é a que não tem medo do ridículo. VERISSIMO, Luis Fernando. Em algum lugar do paraíso. Rio de Janeiro, RJ: Objetiva, 2011. Adaptado A partir das informações dadas, analise as asserções abaixo e a relação proposta entre elas. I. Ser livre “para” trilhar caminhos que margeiam as normas morais e jurídicas não implica em ser livre “de” consequências de más escolhas e da responsabilização pelos atos. PORQUE II. As democracias devem possuir mecanismos de prevenção e punição para aqueles que, obcecados pela liberdade e atacando as instituições do Estado, representam risco de destruir da própria liberdade. É correto afirmar: 05/05/2024, 16:32 Unidade I - Teste Objetivo 1: Leonardo Henrique Musso https://pucminas.instructure.com/courses/199683/assignments/929306/submissions/289472 3/4 A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Esta é a alternativa correta porque as 2 asserções são verdadeiras, pois (I) a sociedade não pode se deixar dominar pela liberdade predatória de alguns de seus membros e, (II) os dispositivos legais preveem a proteção das instituições de Estado, imputando crime a quem ameaçar a ordem constitucional; além de existir uma razão justificativa ou explicativa que liga as duas proposições. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Pontuação do teste: 15 de 15 05/05/2024, 16:32 Unidade I - Teste Objetivo 1: Leonardo Henrique Musso https://pucminas.instructure.com/courses/199683/assignments/929306/submissions/289472 4/4
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