Buscar

Relatório de Proteínas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA PARA ENFERMAGEM
PROFESSOR: DR. JOÃO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
AULA PRÁTICA III: PROTEÍNAS
Gabriela Araújo Rocha
 Ingryd Hariel da Silva Siqueira
 Maria da Glória Sobreiro Ramos
 Thaisa Maria de Andrade Gonçalves
 Thatiane de Sousa Azevedo Rocha
 						 Thaynara Richelly Borges Feitosa da Rocha
PICOS, 2017
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
As proteínas são moléculas que contém uma ou mais cadeias polipeptídicas. Elas estão no centro da ação nos processos biológicos, onde praticamente todas as transformações moleculares que definem o metabolismo celular são medidas pela catalise proteica. Elas também exercem funções regulatórias, controlando as condições intracelulares e extracelulares e mandando informações para outros componentes da célula. Além disso, são componentes estruturais essenciais às células. O presente estudo teve como objetivo principal determinar de forma qualitativa os aminoácidos e ligações peptídicas. Para verificação foi utilizado a reação de biureto, para confirmar a presença de ligações peptídicas; verificação da presença e a quantidade de proteínas estudadas através da reação de ninhidrina; a utilização de metais pesados a fim de provocar a precipitação de proteínas; ácidos fortes para proporcionar a desnaturação proteica em razão da alteração do pH; reação de xantoproteica para identificar a presença de tirosina e triptofano e, o condicionamento, precipitação e a desnaturação proteica na utilização da reação de Millon. Na realização desses experimentos, obteve-se resultado positivo, com precipitação e mudança de coloração em todas as soluções que continham proteínas. Diante disso, a partir das práticas feitas em laboratório, observou-se que as reações proporcionaram modificações nas estruturas proteicas, sendo possível diferenciar as características que a configuração proteica apresenta em cada tipo de ambiente a que é exposta, como a mudança do pH e as modificações na sua temperatura.
Palavras chave: Aminoácidos; Desnaturação; Ligação peptídica; Proteínas. 
1 INTRODUÇÃO
As proteínas controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula, exibindo uma quase infinita diversidade de funções, são as macromoléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as partes das células. Elas são os instrumentos moleculares pelos quais a informação genética é expressa (NELSON E COX, 2006).
As proteínas de cada organismo, da mais simples das bactérias aos seres humanos, são construídas a partir do mesmo conjunto onipresente de 20 aminoácidos. Para gerar uma determinada proteína, os aminoácidos se ligam de modo covalente em uma sequência linear característica. A partir desses blocos de construção, diferentes organismos podem gerar produtos tão diversos como enzimas, hormônios, anticorpos e uma miríade de outras substâncias com atividades biológicas distintas (NELSON E COX, 2006).
Duas moléculas de aminoácidos podem estar de forma covalente unidas por meio de uma ligação amida substituída, chamada de ligação peptídica, para formar dipeptídio. Essa ligação é formada pela remoção de elementos da água (desidratação) de um grupo α – carboxila de um aminoácido e o grupo α-amino do outro. A formação de ligação peptídica é um exemplo de uma reação de condensação, uma classe comum de reações nas células vivas (NELSON E COX, 2006). 
Todos os 20 tipos de aminoácidos comuns são a-aminoácidos. Eles têm um grupo carboxila e um grupo amino primário (-NH2) ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono a) que é o carbono próximo ao grupo carboxílico (-COOH). A única exceção é a prolina, que possui um grupo amino secundário (-NH-). Diferem uns dos outros em suas cadeias laterais ou grupos R, que variam em estrutura, tamanho e carga elétrica, e que influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água (VOET et al., 2008). 
Todos os aminoácidos obtidos de polipeptídeos, com exceção da glicina, são oticamente ativos, ou seja, eles giram o plano da luz polarizada. A direção e o ângulo da rotação podem ser medidos por meio de um instrumento conhecido como polarímetro (VOET; VOET; PRATT, 2008). 
Polímeros compostos de dois, três, alguns (3-10) e muitos aminoácidos são conhecidos, respectivamente, como dipeptídeos, tripeptídeos, oligopeptídeos e polipeptídeos. Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente (o termo “resíduo” reflete a perda de elementos de água quando um aminoácido é unido a outro). As proteínas podem ser degradadas (hidrolisadas) em seus aminoácidos constituintes por vários métodos, e os estudos mais iniciais de proteínas naturalmente se concentraram nesses aminoácidos livres delas derivados. Vinte aminoácidos diferentes são comumente encontrados em proteínas. O primeiro a ser descoberto foi a asparagina (um aminoácido localizado próximo ao ciclo do Ácido Tricarboxílico) em 1806. O último dos 20 a ser descoberto, a treonina (um aminoácido essencial usado para suplementação de proteínas de cereais) não havia sido identificado até 1938. Todos os aminoácidos têm nomes comuns ou triviais, em alguns casos derivados da fonte da qual foram primeiramente isolados (NELSON E COX, 2006).
Destes 20 tipos, nove devem ser obtidos a partir dos alimentos, pois não são sintetizados no corpo humano. Portanto, são chamados de “aminoácidos essenciais. É necessário compensar estes aminoácidos essenciais a partir dos alimentos, em quantidade bem balanceada e adequada. Além de serem matérias primas para as proteínas, eles são usados como fonte de energia quando necessário. Assim, cada aminoácido desempenha um papel importante e único no corpo (CAMPBELL, 2001).
As proteínas são moléculas que contém uma ou mais cadeias polipeptídicas. As variações no comprimento e na sequência de aminoácidos de polipeptídios contribuem para a diversidade na forma e nas funções biológicas das proteínas. As proteínas estão no centro da ação nos processos biológicos. Praticamente todas as transformações moleculares que definem o metabolismo celular são medidas pela catalise proteica. Elas também exercem funções regulatórias, controlando as condições intracelulares e extracelulares e mandando informações para outros componentes da célula. Além disso, são componentes estruturais essenciais às células (VOET et al., 2008). 
As proteínas podem ter propriedades e atividades totalmente diferentes pelas diversas combinações e sequências dos 20 aminoácidos existentes. Basta uma única mudança em qualquer dos aminoácidos de uma sequência para se ter uma nova proteína. Podemos descrever a estrutura da proteína em quatro níveis, são eles estrutura primária (sequência dos aminoácidos na cadeia polipeptídica); estrutura secundária (refere-se à configuração espacial da cadeia polipeptídica, como ela se enrola ou forma camadas, a estrutura mais comum em proteínas animais é a hélice-α, uma forma helicoidal e uma estrutura secundária alternativa é a folha pregueada β); estrutura terciária (especifica a forma na qual a α-hélice, a folha pregueada β e outras regiões estão dobradas) e, por fim, estrutura quaternária (associação entre proteínas individuais para formar um arranjo específico) (CAMPBELL, 2001).
A perda das estruturas secundária e terciária da proteína ou rompimento de ligações peptídicas é denominada desnaturação da proteína. Alguns fatores que provocam a desnaturação são o calor, radiações eletromagnéticas de certos comprimentos de onda, ácidos e bases, solventes orgânicos e íons de metais pesados (CAMPBELL, 2001).
. Muitas doenças genéticas humanas foram seguidas e relacionadas à produção de proteínas defeituosas. Talvez um terço dessas proteínas seja defeituosa por causa de uma única alteração em sua sequência de aminoácidos,por isso, se a estrutura primária for alterada, a função da proteína poderá ser alterada também (NELSON E COX, 2006). 
2 OBJETIVOS 	
2.1 Objetivo Geral
Determinar de forma qualitativa os aminoácidos, juntamente com a pesquisa da ligação peptídica.
2.2 Objetivos Específicos
Identificar a presença de ligações peptídicas através da reação do biureto;
Determinar a presença de proteínas, peptídeos, aminas primárias e amônia por meio da ninhidrina;
Provocar a precipitação de proteínas utilizando sais de metais pesados;
Proporcionar a desnaturação das proteínas através da utilização de ácidos fortes;
Verificar a presença dos aminoácidos tirosina e triptofano;
Condicionar a precipitação e a desnaturação proteica.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais 
Tubos de ensaio;
Estante;
Pipetas;
Béqueres;
Água destilada;
Reagente biureto;
Ovoalbumina 2%;
Reagente de ninhidrina 2%;
Cloreto de mercúrio 5%;
Acetato de chumbo 5%;
Hidróxido de sódio;
Ácido nítrico;
Reativo de Million;
Gelatina 1%.
3.2 Métodos
3.2.1 Reação de Biureto.
Foram utilizados três tubos para o preparo da reação, cada um contendo:
Tubo 1: 1ml de solução ovoalbumina + 1ml de reagente de Biureto;
Tubo 2: 1ml de solução de gelatina 1% + 1ml de reagente Biureto;
Tubo 3: 1ml de Água destilada + 1ml do reagente de Biureto.
Todos os tubos foram agitados e observados para em seguida anotar os resultados.
3.2.2 Reação de Ninhidrina.
Nessa reação foram utilizados dois tubos, cada um contendo:
Tubo 1: 1ml de água + 0,5ml de solução de ninhidrina 2%.
Tubo 2: 1ml de solução de ovoalbumina 2% + 0,5 ml de solução de ninhidrina 2%.
Todas as reações foram aquecidas em banho-maria e observadas e explicadas.
3.2.3 Precipitação com sais de metais pesados.
Foram utilizados dois tubos, cada um contendo:
Tubo 1: 2ml de solução de ovoalbumina 2% + 5 gotas de solução de Hgcl2 (cloreto de mercúrio).
Tubo 2: 2ml de solução de ovoalbumina 2% + 5 gotas de solução de (CH3COO)2 Pb 5% (acetado de chumbo).
Observou-se e anotou-se o resultados das reações logo após foram explicadas.
3.2.4 Efeito de ácidos fortes.
Foi usado apenas um tubo de ensaio onde colocou-se 1ml de solução ovoalbumina 2% e 3ml de água. Inclinou-se o tubo acrescentando-se lentamente pelas paredes 0,5 ml de HNO3 (ácido nítrico) concentrado (não se agitou). Foram observados, anotados e explicados o aparecimento de um precipitado branco na interface de separação dos dois líquidos.
3.2.5 Reação Xantoproteíca. 
Colocou-se em um tubo de ensaio 1ml de solução de ovoalbumina 2% + 10 gotas de HNO3 concentrado. Ferveu-se e acrescentou-se 4ml de solução de NaOH 2N. Foram observados e anotados os resultados.
3.2.6 Reação de Millon.
Dois tubos foram utilizados para reação, cada um contendo:
Tubo 1: 1ml de solução de ovoalbumina 2% + 5 gotas do reativo de Mlillon (Hg + HNO3 concentrado).
Tubo 2: 1ml de solução de gelatina 1% + 5 gotas do reativo de Millon (Hg + HNO3 concentrado). 
As reações foram aquecidas e observadas para o análise das mesmas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Reação do biureto
	Após a adição do biureto nas amostras, observou-se a mudança de coloração nas soluções que continham ovoalbumina (1A) e gelatina (1B). Ambas apresentaram coloração roxa, devido a presença de proteínas, indicando, então, resultado positivo (Tabela 1). É importante destacar que, na solução 1A, a coloração roxa se apresentou mais concentrada do que na solução 1B, devido a albumina ser uma proteína pura. A solução que continha água destilada (1C) não apresentou mudança na cor, devido à ausência de proteínas e também pelo fato da água destilada ser usada apenas como controle negativo. (Figura 1)
Tabela 1: Resultado da reação de biureto.	
	AMOSTRAS
	RESULTADOS
	COLORAÇÃO
	Ovoalbumina (1A)
	+
	Roxa 
	Gelatina (1B)
	+
	Roxa 
	Água destilada (1C)
	-
	Incolor
Fonte: arquivo pessoal.
Figura 1- Reação do biureto.
1C
1A
1B
Fonte: Arquivo pessoal.
A reação de biureto é utilizada para verificar a presença de peptídeos com 3 ou mais resíduos de aminoácidos. As proteínas ou peptídeos, quando tratados por uma solução diluída de sulfato de cobre em meio alcalino, apresentam uma coloração púrpura característica (NORONHA, 2012). 
O reagente de biureto com sulfato de cobre possui coloração azul. Se o cobre forma um complexo com os aminoácidos, estabelecendo interações com os átomos de nitrogênio da cadeia peptídica, ele obtém a coloração violeta. Quanto maior for à quantidade de proteínas, maior será a intensidade da cor. (SARAIVA, 2015)
A reação do biureto pode ser utilizada para demonstrar a presença de proteínas em materiais biológicos, como também para quantificá-las, uma vez que o complexo cobre-proteína apresenta uma absorção máxima de 545nm; a intensidade da cor depende exclusivamente da concentração de proteínas. Para que a reação do biureto seja positiva, há a necessidade da presença de pelo menos duas ligações peptídicas na molécula. Portanto, aminoácidos e dipeptídeos não dão reação do biureto positiva (MOTA, 2014). 
Figura 2: Interação da ligação peptídica.
Fonte: Ebah- Caracterização de proteínas.
Acesso em: 01 de Maio de 2017.
Na reação, o NaOH, presente em solução, conduz a cadeia peptídica a um desarranjo em sua estrutura tridimensional. Os íons Cu2+ presentes em solução, originados do sulfato de cobre, formam um complexo com os aminoácidos, estabelecendo interações com os átomos de nitrogênio da cadeia peptídica. Esse complexo formado confere uma coloração púrpura característica à solução (NORONHA, 2012) (Figura 2).
4.2 Reação da ninhidrina
	Inicialmente, todas as soluções incolores, mas após serem levadas para o aquecimento, observou-se uma alteração na cor em um dos tubos. O tubo 2A apresentou resultado negativo, permanecendo com a sua coloração incolor, pois a água não apresenta aminoácidos na sua composição. Já no tubo 2B, após o aquecimento, pode-se observar que o mesmo apresentou resultado positivo expondo coloração púrpura, pois a ovoalbumina é uma proteína de alto valor biológico, onde a mesma é classificada quimicamente como uma proteína holoproteica, formada exclusivamente por vários aminoácidos ligados entre si (Tabela 2) (Figura 3).
Tabela 2: Resultados da reação de ninhidrina.
	AMOSTRAS
	RESULTADOS
	COR
	Água (2A)
	-
	Incolor
	Ovoalbumina (2B)
	+
	Púrpura
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 3: Reação de ninhidrina.
2B
2A
Fonte: Arquivo Pessoal.
A ninhidrina é um poderoso agente oxidante que reage com um grupo de amino livres de aminoácidos, peptídeos e proteínas desde que o pH da solução esteja entre 4 e 8. A reação de aminoácidos quando aquecidos com a ninhidrina todos aqueles que têm grupamento amino livre produzem um composto púrpura, conhecido como Púrpura de Ruhemann (Figura 4), porém existem dois aminoácidos que são exceções a essa reação como a prolina e hidroxiprolina, que são iminoácidos, neste caso reagirá formando um composto amarelo. (GIANNESI; NEVES, 2014)
A ninhidrina é comumente usada para detectar impressões digitais, graças a sua reação com aminogrupos terminais das moléculas de lisina incorporadas nas proteínas ou peptídeos, é suficientemente sensível para detectar resíduos de pele. (GIANNESI, 2014)
Em condições apropriadas, a intensidade da cor produzida é proporcional à concentração de espécies (aminoácidos, peptídeos ou proteínas) presentes.
Figura 4: Mecanismos da reação de ninhidrina
Fonte: Passei Direto – Reações Coradas de Aminoácidos e Proteínas 
Acesso em: 01 de Maio de 2017.
4.3 Precipitação com sais de metais pesados
No decorrer de alguns segundos as soluções que antes eram incolores, começaram a mudar de cor, ambos apresentando resultados positivos. (Tabela 3). Após a adição de cloreto de mercúrio e acetato de chumbo juntamente com a ovoalbumina nos tubos 3A e 3B, observou-se a formação de uma solução leitosa com pequenos precipitadosbrancos de algodão. Isso ocorreu por conta da precipitação formando um sal de metal pesado, onde o mesmo irá reagir com proteínas. (Figura 5).
Tabela 3: Resultado da precipitação com sais de metais pesados
	AMOSTRAS
	RESULTADOS
	COR
	Ovoalbumina + Cloreto de Mercúrio (3A)
	+
	Branco
	Ovoalbumina + Acetato de Chumbo (3B)
	+
	Branco
Fonte: Arquivo Pessoal.
Figura 5: Precipitação com sais de metais pesados.
3B
3A
Fonte: Arquivo Pessoal.
Os metais pesados (Pb, Hg, Ag, Cu) causam a desnaturação de proteínas modificando a sua conformação natural com a atividade biológica, para uma conformação não natural biologicamente inativa (desnaturada). As moléculas proteicas desnaturadas precipitam porque o chumbo é insolúvel em água. (OLIVEIRA, 2010).
O acetato de chumbo, na solução proteica, dissocia-se, liberando seus cátions e torna o meio alcalino. Essa característica do meio com o pH situado no lado alcalino do ponto isoelétrico das proteínas torna-se favorável a combinação de algumas proteínas com os cátions do sal, formando proteinatos insolúveis. As proteínas precipitam porque estes sais são insolúveis em água e também porque, com a quebra das ligações iônicas, os aminoácidos hidrofóbicos ficam mais expostos ao meio aquoso. (OLIVEIRA, 2010)
Os cátions de metais pesados como Hg2+, Pb2+, Cu2+, Fe2+, Cd2+ e Zn2+ formam precipitados insolúveis de proteínas, denominados de acordo com o elemento formador (exemplo: proteinato de mercúrio, proteinato de chumbo, etc.). Essa precipitação é mais intensa quando o pH está acima do ponto isoelétrico (pI). Isso porque, acima do pI, a carga líquida sobre a proteína é negativa, favorecendo a interação com os cátions provenientes do sal. Quando a proteína está abaixo do seu pI, a carga líquida total da molécula é positiva. Isso facilita a interação da molécula com os ânions provenientes de ácidos como o tunguístico, o fosfotunguístico e pícrico.
4.4 Efeito de ácidos fortes
	Com a adição do ácido nítrico concentrado na solução de ovoalbumina e água foi notado o aparecimento, em questão de minutos, de um precipitado branco no tubo, onde o mesmo ocorreu por motivo de as proteínas presentes na solução se desnaturarem. (Figura 6)
Figura 6: Efeito de ácidos fortes.
Fonte: Arquivo Pessoal.
A solubilidade de uma molécula depende da interação entre os grupos polares dos radicais –R e as moléculas de água através de pontes de hidrogênio. Grandes variações de pH modificam a ionização destes grupos e, portanto, a interação da proteína com o meio. Nos seres vivos, as proteínas estão em contínua modificação de sua conformação, uma vez que as concentrações locais de íons, o pH e o poder redutor sofrem pequenas variações, alterando a interação dos vários grupos reativos das proteínas entre si e com o meio. (BOGO & BASSO, 2014).
Valores extremos de pH afetam bruscamente estas interações, causando uma mudança radical na conformação da proteína para um estado conformacional biologicamente inativo. Quando uma proteína é modificada em sua conformação, perdendo sua função biológica, ela torna-se desnaturada. A desnaturação é um fenômeno que não envolve clivagem da estrutura primária da proteína (ruptura das ligações peptídicas), mas sim, um rompimento das estruturas secundária, terciária e quaternária. A desnaturação é um rearranjo da conformação proteica numa maneira não natural e de escassa ou nula função biológica. Esse fenômeno pode ser acompanhado através de modificações das propriedades físico-químicas da proteína, como a solubilidade: uma proteína desnaturada é insolúvel em água e precipita em solução. Além de valores extremos de pH, a desnaturação pode ser causada por muitos agentes físicos, como temperaturas elevadas e raios UV, e químicos, como sais de metais pesados e solventes orgânicos. (BOGO & BASSO, 2014).
4.5 Reação xantoproteica
Nessa reação, o ácido nítrico em contato com a ovoalbumina, provocou um precipitado branco no fundo do tubo de ensaio (Figura 7). Na solução, após o banho-maria e adição de hidróxido de sódio (NaOH), observou-se a mudança na coloração para amarelo escuro, onde foi possível identificar um resultado positivo, em razão da desnaturação proteica e formação de nitroproteínas. (Figura 8).
Figura 7: Reação xantroproteica antes do banho-maria Figura 8: Reação xantoproteica pós banho-maria Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
Os aminoácidos são identificados pela presença de seus radicais que podem ser de cadeia alifática ou cíclica. Esta reação acontece devido à presença nas proteínas do grupamento fenil da tirosina e triptofano, com qual o ácido nítrico forma nitroderivados, que são coloridos no meio alcalino. É uma reação específica para identificação dos aminoácidos tirosina e triptofano. (SANTOS et.al., 2013)
    
Figura 9: Reação de aminoácidos (que possuem anel benzênico) com ácido nítrico.
	
Fonte: UNESP.
Acesso em: 01 de Maio de 2017.
	O benzeno reage lentamente com o ácido nítrico (HNO3) concentrado para dar o nitrobenzeno (Figura 9). Essa reação pode ser acelerada mediante aquecimento. Assim, aminoácidos que apresentem anel benzênico em sua cadeia lateral (assim como proteínas ou peptídeos que possuam esses aminoácidos em sua constituição) podem reagir com o ácido nítrico originando um composto amarelo.
4.6 Reação de Millon 
	Nessa reação, após o banho-maria (aproximadamente 10 minutos), foi possível observar a mudaram de cor, onde a solução do tubo 6A ficou meio alaranja e do tubo 6B amarelada (Figura 10) Em ambas as soluções, alcançou-se um resultado positivo, porém na solução 6A, houve a formação de um precipitado denso devido a albumina apresentar uma maior concentração de proteínas e a solução 6B é menos concentrada, em decorrência da gelatina não possuir grandes concentrações proteicas (Tabela 4).
Tabela 4: Resultados da reação de Millon.
	SOLUÇÃO
	RESULTADO
	COLORAÇÃO
	Ovoalbulina + Reativo Millon (6A)
	+
	 Alaranjada
	Gelatina + Reativo Million (6B)
	+
	Amarelada
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 10: Solução com reativo Millon após o banho-maria. 
 6A
6B
Fonte: Arquivo pessoal.
Na tirosina que é mais forte que um álcool alifático (termo referente à ausência de um anel benzênico ou estrutura relacionada), sua cadeia lateral pode perder um próton (Figura 11). Quando aquecido o tubo 6A, o qual continha a proteína, a substância adquiriu uma coloração alaranjada/salmão, devido ao fato de que o aquecimento dos fenóis presentes na tirosina fez com que estes sofressem nitração, tendo havido desnaturação da proteína.
Figura 11: Princípio da reação de Millon.
	
Fonte: Ebah- Determinação qualitativa dos aminoácidos. 
Acesso em: 01 de Maio de 2017.
A reação se dá devido à presença do grupamento hidroxifenil nas moléculas de proteínas e peptídeos. A reação é positiva para tirosina com o aparecimento de cor avermelhada com ou sem precipitado. As proteínas são precipitadas pelos ácidos minerais fortes e pelo mercúrio, os quais com aquecimento tornam uma coloração avermelhada. (COELHO, 2013)
5 CONCLUSÃO
A partir das práticas laboratoriais realizadas, concluiu-se que os reagentes de biureto, millon e nihdrina foram eficientes para caracterizar as proteínas nas soluções realizadas. Ademais, notou-se que os metais pesados desnaturaram as proteínas, assim como também foi possível diferenciar as características que a configuração protéica apresenta em cada tipo de ambiente a que é exposta, como a mudança do pH e as modificações na sua temperatura. 
	
REFERÊNCIAS
BOGO, M. BASSO, L. A. Reações de Precipitação de Proteínas. Disponível em: <https://www.trabalhosgratuitos.com/Sociais-Aplicadas/Filosofia/Casa-345034.html>. Acesso em: 01 de maio de 2017.
CAMPBELL, M. K. Bioquímica. 3. ed. Artmed, 2001.
COELHO, B. Relatório- determinação qualitativa dos aminoácidos. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfVTUAF/relatorio-determinacao-qualitativa-dos-aminoacidos#comments>.Acesso em: 02 de Maio de 2017.
GIANNESI, G. C. Reações Qualitativas para Aminoácidos e Proteínas. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/MauroPerezCG/aula-prtica-reaes-qualitativa-par-aminocidos-e-protenas>. Acesso em: 30 de abril de 2017.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed, 2006. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
NEVES, V. A. SOUZA, K. A. F. D. Experimentos de Bioquímica: Caracterização de aminoácidos e proteínas – Reações Coradas. Disponível em: <http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_proteinas/reacoes_coradas.htm>. Acesso em: 30 de abril de 2017. 
NEVES, V. A. SOUZA, K. A. F. D. Experimentos de Bioquímica: Propriedades Gerais das Proteínas. Disponível em: <http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_proteinas/precipitacao_proteinas.htm>. Acesso em: 30 de abril de 2017.
NORONHA, V. Relatório de Bioqúimica- proteínas, caracterização. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABr8IAL/relatorio-bioquimica-proteinas-caracterizacao>. Acesso em: 01 de Maio de 2017.
OLIVEIRA, G. B. et al. Proteínas: Reações de Coloração e Precipitação. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/29031871/PROTEINAS-Reacoes-de-coloracao-e-precipitacao>. Acesso em: 30 de abril de 2017.
SANTOS, A; SILVA, B; RIBEIRO, D, et.al. Bioquímica Prática. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/14873/1/2014_tese_amauthomaz.pd>f. Acesso em: 01 de Maio de 2017.
SARAIVA, L.C.F. Caracterização de proteínas. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfC5MAB/caracterizacao-proteinas>. Acesso em: 01 de Maio de 2017. 
VOET, Donald; VOET, Judith G. PRATT, Charlotte W. Fundamentos de bioquímica: a vida em nível molecular. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Continue navegando