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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO E GÁS Construção de um Protótipo de Vaso Separador Bifásico Horizontal Bruno Chacon Paixão de Souza Manaus - AM Maio de 2016 Bruno Chacon Paixão de Souza Construção de um Protótipo de Vaso Separador Bifásico Horizontal Monografia de Graduação apresentada à Co- ordenação de Engenharia de Petróleo e Gás da Universidade Federal do Amazonas como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Engenharia de Petróleo e Gás. Orientador(a) Prof. M.Sc Kenny Vinente dos Santos Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Tecnologia Manaus - AM Maio de 2016 Ficha Catalográfica S729c Construção de um Protótipo de Vaso Separador Bifásico Horizontal / Bruno Chacon Paixao de Souza. 2016 61 f.: il. color; 31 cm. Orientador: Kenny Vinente dos Santos TCC de Graduação (Engenharia de Petróleo e Gás) - Universidade Federal do Amazonas. 1. Vaso Separador Bifásico horizontal. 2. Microcontrolador Arduíno. 3. Programa Elipse SCADA. 4. Controle e Monitoramento. I. Santos, Kenny Vinente dos II. Universidade Federal do Amazonas III. Título Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). Souza, Bruno Chacon Paixao de À minha avó, minha filha e esposa, aos meus pais e meu irmão. iv Agradecimentos • Agradeço, a Deus por sempre estar ao sempre ao meu lado, me guiando nessa jornada; • Agradeço a minha filha, Sofia Gabriela, pois ela sempre me deu o incentivo neces- sário para chegar onde cheguei; • Agradeço a minha esposa, Maria Cecilia, por ser minha fonte de inspiração e sempre me apoiar quando mais precisei; • Agradeço aos meus pais, Lúcio Sampaio e Leda Chacon, que fizeram de mim o que sou, em especial ao meu pai que me acompanhou de perto guiando meu caminho; • Agradeço ao meu orientador Prof. Msc. Kenny Vinente dos Santos, por acreditar no meu potencial, ter me dado todo suporte no pouco tempo que lhe coube, me ajudando a crescer como pessoa e profissionalmente; • Agradeço a todos os meu amigos e colegas que direta ou indiretamente contribuí- ram para este trabalho; v Resumo Um dos principais equipamentos da indústria do petróleo é o vaso separador, este equipa- mento é responsável por regularizar o fluxo inicial de produção, absorvendo altas pressões aplicadas pelo petróleo e separando os hidrocarbonetos, que são economicamente inte- ressantes, da água que não tem valor econômico e muita vezes dificulta o processamento do petróleo, por conter altos níveis de sal e outros contaminantes na sua composição. Pensando nisso neste trabalho foi realizada a construção de um protótipo de um separa- dor bifásico horizontal, em escala reduzida e com materiais de baixo custo, visando ser empregado em laboratórios para fins didáticos. Este protótipo é capaz de separar a água do óleo, através da sua arquitetura interna inspirada em separadores utilizados no campo de produção. Foi implementado no projeto um sistema supervisório cujo operador pode acompanhar as principais variáveis do processo e se for preciso intervir diretamente da interface homem máquina no procedimento que é realizado. Por fim, o separador foi submetido a vários testes com o objetivo de verificar sua funcionalidade em situações diversas e discutidos os resultados em cada uma delas, além disso são sugeridas pesquisas futuras que podem melhorar e complementar o estudo feito. Palavras chave: Vaso Separador Bifásico horizontal, Microcontrolador Arduíno, Pro- grama Elipse SCADA vi Abstract One of the main equipment of the oil industry is the separator vessel, it is who regulates the initial production flow, absorbing high pressures applied by the oil and separating the economically interesting hydrocarbons, from water that has no economic value and a lot of times difficult the processing oil, because it contains high levels of salt and other contaminants in its composition, thinking that this work was carried out to build a pro- totype of a horizontal two-phase separator with reduced and low-cost materials, aimed to be used in laboratories for purposes teaching. This prototype is capable of separa- ting water from oil, through its internal architecture inspired by separators used in the production field. In the project was implemented a supervisory system whose operator can follow the main variables of the process and if necessary intervene directly from the man machine interface in the procedure that is performed. Finally, the separator was subjected to various tests in order to verify their functionality and discussed in many situations results in each, furthermore was suggested futures researchs that may enhance and complement the study. Key words: Biphasic horizontal separator vessel, Arduino microcontroller, Software Elipse SCADA. vii Sumário Lista de Figuras x 1 Introdução 1 1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.2 Organização da monografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 Fundamentação Teórica 4 2.1 Processamento Primário de Fluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.2 Mecanismos de Separação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.2.1 Seção de separação primária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2.2 Seção de acumulação de líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2.3 Seção de separação secundária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2.4 Seção de aglutinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.3 Separador Bifásico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.4 Separador Trifásico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.5 Microcontrolador e Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.5.1 Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.6 Sistema Supervisório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2.6.1 Protocolo de comunicação Modbus . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 2.7 Instrumentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 2.7.1 Sensor de Nível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 2.7.2 Sensor de Vazão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 2.7.3 Sensor Ultrassônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 viii 2.7.4 Bomba de líquidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 2.7.5 Display LCD com Modulo I2C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 3 Metodologia 21 3.1 Construção do Vaso Separador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 3.2 Programação do Código para o Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 3.3 Elaboração da IHM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3.4 Instalação e Cabeamento de Dispositivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 4 Experimentos e Resultados 43 4.1 Experimento 1: Vaso Separador em Operação Padrão . . . . . . . . . . . 43 4.1.1 Resultado do Experimento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.2 Experimento 2: Vaso Separador Operando Somente com Água . . . . . . 46 4.2.1 Resultado do Experimento 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4.3 Experimento 3: Vaso Separador Operando Somente com Óleo . . . . . . 47 4.3.1 Resultado do Experimento 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 4.4 Experimento 4: Vaso Separador em Operação Padrão com Queda de Ener- gia Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 4.4.1 Resultado do Experimento 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 4.5 Experimento 5: Vaso Separador em Operação Padrão com Corte na Co- municação entre o Arduíno e o Sistema Supervisório . . . . . . . . . . . . 49 4.5.1 Resultado do Experimento 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 5 Conclusões 51 5.1 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Referências Bibliográficas 54 Apêndice A Sketch para Arduino 56 ix Lista de Figuras 2.1 Planta simplificada de um processamento primário . . . . . . . . . . . . . 5 2.2 Seções de um separador bifásico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.3 Esquema de um Separador Bifásico Vertical. . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.4 Esquema de um Separador Trifásico Horizontal. . . . . . . . . . . . . . . 9 2.5 Esquema de um Separador Trifásico Vertical. . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.6 Diagrama de blocos simplificado de um microcontrolador. . . . . . . . . . 11 2.7 Placa Arduino modelo UNO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.8 Esquema de comunicação mestre/escravo utilizando Modbus. . . . . . . . 16 2.9 Ilustração Sensor de Nivel do Tipo Bóia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.10 Ilustração Sensor de Vazão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 2.11 Esquema de Funcionamento do Sensor Ultrassonico. . . . . . . . . . . . . 18 2.12 Bomba de líquidos utilizada no projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2.13 Display utilizado no protótipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.14 Esquema ilustrativo do protocolo I2C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 3.1 Diagrama de blocos do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.2 Parede de acrílico sendo fixada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.3 Entrada de fluidos instalada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 3.4 Imagem do local de instalação da placa vertedoura vista de cima. . . . . 24 3.5 Tampa do separador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 3.6 Saídas do vaso separador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 3.7 Detalhe dos sensores de níveis instalados na placa vertedoura. . . . . . . 26 x 3.8 Detalhe do arame incorporado ao sensor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 3.9 Criando uma nova aplicação no Elipse SCADA. . . . . . . . . . . . . . . 29 3.10 Abrindo a função Organizer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.11 Janela de menus principais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.12 Adicionando um novo driver. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.13 Configurando o novo driver. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.14 Configurando o Setup dodriver. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 3.15 Configurando o Serial do driver. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 3.16 Adicionando uma nova Tag. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 3.17 Adicionando uma Tag PLC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 3.18 Adicionando uma Tag Expressão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 3.19 Configurando as Tags PLC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 3.20 Configurando as Tags Expressão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 3.21 Configurando as Tags Expressão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 3.22 Objetos da Interface Homem-Maquina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 3.23 Configuração dos objetos criados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 3.24 Suporte feito para os sensores de níveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 3.25 Suporte do sensor ultrassônico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 3.26 Detalhe da ligação da bomba e sensor de fluxo. . . . . . . . . . . . . . . . 40 3.27 Esquema de ligação feito no Fritzing. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 3.28 Esquema real de ligaçao do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 4.1 Preparação do vaso separador para os testes . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.2 Copo utilizado para medir a quantidade de líquidos . . . . . . . . . . . . 45 4.3 Reservatório contendo água e óleo misturados . . . . . . . . . . . . . . . 45 4.4 Reservatório preenchido somente com água . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 4.5 Reservatório contendo somente óleo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4.6 Botão de de modo de operação sendo acionado . . . . . . . . . . . . . . 49 4.7 Cabo de dados desconectado do notebook . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 4.8 Mensagem de erro ao desconectar o cabo USB . . . . . . . . . . . . . . . 50 xi xii Capítulo 1 Introdução O Brasil no ano de 2013 foi considerado o mercado mais promissor da indústria de petróleo e gás do mundo, a Petrobras, a maior empresa brasileira de petróleo, elaborou o seu maior plano de investimento empresarial, com o valor de 236,7 bilhões de dólares [1]. No entanto em 2016 a Petrobras diminuiu seu plano de negocio e gestão em aproxi- madamente 58%, um dos fatores que motivaram esse corte foram a crise internacional do petróleo e a instabilidade do cenário politico brasileiro[2]. Com base nesse novo quadro surgiu a necessidade de equipamentos mais simplificados e baratos. Um dos principais ramos de atuação da Petrobras é a exploração e produção de petróleo e gás natural. Para esse óleo chegar a superfície e posteriormente ser comercia- lizado, são necessárias inúmeras etapas anteriores que vão desde o estudo geológico até o refino, um dos problemas encontrados na sua produção é que o petróleo que vem da rocha reservatório não está dentro das normas impostas pela Agencia Nacional do Petró- leo (ANP), que define todos os parâmetros que o óleo e gás devem ter para o comercio e transporte[3]. Para adequar o fluxo de fluidos que chegam a superfície, de diferentes poços através de manifolds de produção às normas de segurança nacionais e fazer com que a produção seja economicamente viável, se faz necessária a instalação de um processamento primário. Este processo tem a finalidade de separar gás, óleo e água, tratar ou condicio- nar os hidrocarbonetos para que possam ser transferidos para as refinarias ou Unidades 1 de Processamento de Gás Natural (UPGNs) e tratar a água para que seja destinada à condições ambientais tecnicamente mais aceitáveis (descarte ou reaproveitamento) [4]. Neste trabalho será apresentada a construção de um protótipo de separador bifá- sico horizontal (água/óleo) controlado por um microcontrolador Arduíno, com o propó- sito de ser uma alternativa de baixo custo para laboratórios e experimentos acadêmicos, proporcionando aos alunos a oportunidade de conhecer na prática o funcionamento do processamento primário de separação. 1.1 Objetivos O objetivo principal deste trabalho é construir um separador de água e óleo horizontal, para a realização de experimentos na área de petróleo e gás, controle, instru- mentação, processos, etc. Fazer o monitoramento e coordenação do seu funcionamento através de um sistema supervisório, visando sua implantação num laboratório. Especi- ficamente pretende-se: 1. Construir o separador para que funcione de maneira satisfatória e tenha um baixo custo de implantação; 2. Escolher o sistema supervisório que atenda as necessidades do projeto e tenha um baixo custo financeiro de aquisição; 3. Desenvolver a programação na linguagem do arduino para a automação do processo e comunicação com o sistema supervisório; 4. Elaborar a Interface Homem Máquina (IHM) do supervisório para o mesmo se co- municar com o hardware arduino e possibilitar o controle e supervisão do processo. 1.2 Organização da monografia A monografia está organizada da seguinte forma: 2 • No Capítulo 2, são apresentadas as definições básicas sobre sobre vaso separadores, além dos conceitos sobre arduino, sistema supervisório Elipse SCADA, o protocolo empregado para fazer a comunicação entre o microcontrolador, o software e os instrumentos utilizados no projeto. Esses conceitos apresentados servem para um melhor entendimento da metodologia aplicada neste trabalho; • No Capítulo 3, é apresentada a estrutura principal desta monografia, como foi construído o vaso separador, de que maneira se deu a instalação dos dispositivos, o desenvolvimento da logica de programação e a elaboração da IHM aplicada no supervisório; • No Capítulo 4, são realizadas experimentos no vaso separador e apresentados os resultados obtidos, bem como, uma pequena análise de cada resultado, testando o funcionamento do protótipo em diversos cenários; • No Capítulo 5, são apresentados as considerações finais desta monografia, resu- mindo todo o conhecimento adquirido e aplicado, assim como sugestões para tra- balhos futuros. 3 Capítulo 2 Fundamentação Teórica 2.1 Processamento Primário de Fluidos Ao longo da etapa de prospecção do óleo, geralmente ocorre simultaneamente a prospecção da água, gás e sedimentos contidos no reservatório. Como o interesse da empresa é somente na produção de hidrocarbonetos e a presença de outras substancias podem interferir negativamente em diversos fatores, tais como transporte e segurança operacional, a implantação de um processamento primário na própria unidade de pro- dução, seja ela terrestre ou marinha se faz necessário [5]. A mistura de óleo, água e gás passam por um processo de separação que pode ser: separação bifásica, onde são separados gás e liquido; separação trifásica, onde se separa gás, água e óleo [4]. Uma planta de processamento primário pode ser simples ou mais complexa. As mais triviais normalmente fazem apenas a separação água/gás/óleo e as mais complexas possuem em sua planta equipamentos para fazer o condicionamento e compressão do gás, tratamento e estabilização do óleo e o tratamento da água para reinjeção ou descarte [3]. A Figura 2.1 mostra o processamento primário de modo simplificado, com suas etapas e seus respectivos produtos. 4 Figura 2.1: Planta simplificada de um processamento primário Fonte [4]. 2.2 Mecanismos de Separação Segundo Thomas [6], os principais mecanismos utilizados pelos vasos separadores, para separar gás do liquido são: • Ação da Gravidade - Faz com que ocorra a decantação do composto mais pesado; • Separação Inercial - Ocorre quando há uma mudança brusca da velocidade e direção do fluxo, permitindo que o gás se desprenda da fase líquida devido a inércia que esta fase possui; • Aglutinação das Partículas - O contato das partículas de óleo dispersas sobre uma superfície, facilita a coalescência, aglutinação e consequentemente a decantação do mesmo; 5 • Força Centrífuga - Se favorece das diferenças de densidade do líquido e do gás, que quando submetidos a movimento giratório se separam, por adquirirem forças centrífugas diferentes; De acordo com Santos [3], podemos identificar a ocorrência desses quatro me- canismos nas quatro seções do vaso separador: seção de separação primária, seção de acumulação de líquido, seção de separação secundária e seção de aglutinação. 2.2.1 Seção de separação primária A mistura que entra no separador, com velocidade considerável choca-se com placas defletoras na entrada do vaso, fazendo com que ocorra uma mudança brusca de velocidade e direção do fluxo, facilitando a separação entre o gás e o líquido, por consequência o líquido se acumula no fundo do vaso. 2.2.2 Seção de acumulação de líquido Esta seção permite que as bolhas de gás ainda dispersas no interior do líquido após a separação primária se separem, emerjam e se acumulem na parte superior do separador. Para isso, o líquido deve permanecer retido durante certo tempo (chamado tempo de retenção ou residência), que deve variar de 3 a 4 minutos dependendo do grau de API do óleo. 2.2.3 Seção de separação secundária Aqui as gotículas menores de líquido carregadas pelo gás, se deslocam em velo- cidade baixa, se desprendem do gás e decantam por ação gravitacional. Quanto menor for à turbulência do gás, melhor será a eficiência de separação nesta seção. 2.2.4 Seção de aglutinação Localizada no entorno da saída de gás, onde as gotículas de líquido arrastadas não separadas nas seções anteriores, coalescem e decantam para a seção de acumulação 6 de líquido. Em casos de presença de partículas líquidas muito pequenas, são utilizados extratores de névoa nesta parte do vaso separador. 2.3 Separador Bifásico O separador bifásico pode ser construído na configuração vertical ou horizontal, de formato cilíndrico ou eventualmente esférico, tem a finalidade de separar a fase líquida da gasosa [7]. A Figura 2.2 ilustra todas as seções e mecanismos internos de separação do vaso, apresentadas acima. Figura 2.2: Seções de um separador bifásico. Fonte [3]. Segundo Freitas [8], os separadores horizontais são normalmente mais eficientes sob o ponto de vista da separação gás/líquido, em especial onde há ocorrência de espu- mas, uma vez que oferece área superficial de interface maior, que permite uma melhor decantação das gotículas de óleo presentes na fase gasosa, além de favorecer o desprendi- mento do gás da fase líquida separada. Os separadores verticais são melhor aproveitados em instalações que não dispõem de muito espaço livre, pois estes requerem uma menor 7 área para acomodação e sua geometria facilita a remoção da areia acumulada no fundo, no caso de campos produtores com alto índice de sedimentos em sua produção. No separador vertical (ver Figura 2.3), os fluidos entram no vaso e se chocam com a placa defletora iniciando a separação primária. O líquido removido pelo defletor de entrada se desloca para a base do vaso. O gás move-se para cima, geralmente passando através de um extrator de névoa. Em seguida, o gás separado deixa o vaso pela parte superior. O líquido removido pelo extrator de névoa aglutina-se em gotículas maiores e decantam para a região de acúmulo de líquido na parte inferior. Controle de nível interno não é tão alto, podendo variar a altura do líquido em vários centímetros sem afetar a eficiência operacional. O uso de extratores de névoa pode reduzir significativamente o diâmetro exigido de separadores verticais [8]. Figura 2.3: Esquema de um Separador Bifásico Vertical. Fonte [9]. 8 2.4 Separador Trifásico Assim como os separadores bifásicos, os trifásicos também podem ser construídos de forma vertical ou horizontal e são normalmente cilíndricos. Na separação trifásica são separados gás, óleo e água livre. Devido à diferença de densidades entre o óleo e água e ao tempo de retenção do fluído na seção de acumulação de líquido, podemos observar duas camadas distintas. Camada de água no fundo vaso (água livre) e uma camada de óleo sobre esta última. Para separar e remover a água livre são utilizados separadores trifásicos (também chamados de extratores de água livre), muito semelhantes aos separadores bifásicos, com apenas alguns dispositivos a mais para esta finalidade e possuem mais espaço, este espaço extra serve para otimizar a decantação do líquido [3] A Figura 2.4 ilustra um separador trifásico horizontal. Fonte [3]. Figura 2.4: Esquema de um Separador Trifásico Horizontal. A mecânica de separação do vaso trifásico é a mesma do bifásico, a principal diferença entre eles é a placa vertedoura que o primeiro possui, com a finalidade de separar a câmara de óleo da seção de acúmulo de líquido, fazendo com que somente o óleo transborde pela parte superior da placa. Segundo Santos [3], isto ocorre pela 9 diferença de densidade e pela ação da gravidade. Durante o tempo de retenção do líquido no interior do vaso, a água se separa do óleo, criando uma camada inferior de água relativamente limpa (água livre), e uma superior de óleo mais ou menos limpa. A água livre segue por uma tubulação de saída pelo fundo do vaso, dotada de válvula de controle de nível de interface água-óleo, que regula a vazão de saída da água. E o óleo, após entornar pela parte superior do vertedouro, se acumula na câmara de óleo e segue por uma tubulação de saída pelo fundo da mesma, dotada de válvula de controle de nível de óleo, que regula a vazão de saída do óleo. Figura 2.5: Esquema de um Separador Trifásico Vertical. Fonte [6]. 2.5 Microcontrolador e Arduino Para o separador funcionar corretamente são necessários sensores de nível e va- zão, bomba para injetar os líquidos e válvulas solenoides. Todos esses equipamentos devem funcionar em sincronia, por tanto se faz necessário o uso de um microcontrola- dor para coordenar o funcionamento de cada componente do projeto. De acordo com 10 Rocha [10] um microcontrolador é um circuito integrado composto de diversos elemen- tos computacionais e periféricos que se comunicam entre si, como pode ser visualizado no diagrama de blocos da Figura 2.6. Cada componente possui uma função específica explicada brevemente na sequência. Figura 2.6: Diagrama de blocos simplificado de um microcontrolador. Fonte [10]. • Unidade Central de Processamento (CPU): Assim como nos computadores nor- mais, a CPU de um microcontrolador é responsável por realizar as operações lógi- cas e aritméticas, entre outras, sobre os dados recebidos; • Memória: Onde todos os dados e programas ficam armazenados, antes, durante e depois do processamento pela CPU; • Entradas: Dispositivos conectados nas entradas do microcontrolador fornecem os dados para a CPU processar, estes dados vêm de um sistema externo; • Saídas: Os dispositivos conectados nas saídas do microcontrolador recebem os dados após o processamento feito pela CPU. 11 2.5.1 Arduino O conceito Arduino surgiu na Itália, em 2005, com objetivo de criar um disposi- tivo de controle para protótipos construídos de forma menos dispendiosa do que outras soluções disponíveis. Este microcontrolador (Figura 2.7) é considerado uma plataforma de computação física, onde sistemas digitais, ligados a sensores e a atuadores, são capa- zes de medir variáveis no ambiente físico, realizar cálculos numéricos e tomar decisões lógicas no ambiente computacional e gerar novas variáveis no ambiente físico. O Arduino possui uma linguagem de programação própria de alto nível, baseada nas linguagens C e C++, preservando muitas características dessas linguagens [11]. Figura 2.7: Placa Arduino modelo UNO. Fonte [12]. O Arduino foi escolhido para essa função pois: • Trata-se de um ambiente multiplataforma; ele pode ser executado no Windows, Macintosh e Linux. • Tem por base o Integrated Development Environment (IDE) de programação Pro- cessing, ambiente de desenvolvimento fácil de ser utilizado e que costuma ser em- pregado por artistas e designers. • Pode ser programado utilizando-se um cabo USB, sem necessidade de uma porta serial. Esse recurso é útil, uma vez que muitos computadores modernos não têm portas seriais. 12 • O hardware é barato, e substituir um processador queimado é muito fácil, além de não custar muito. Justamente por isso, seus eventuais erros não acarretarão grandes prejuízos. • Há uma comunidade ativa de usuários, com muitas pessoas que podem ajudá-lo. • O Arduino Project foi desenvolvido em um ambiente educacional; portanto, é ideal para iniciantes que desejam resultados rápidos [13]. 2.6 Sistema Supervisório Quando se trabalha com sistemas automatizados intrincados, surge a indispen- sabilidade de se criar uma interface homem-máquina que facilite o monitoramento do processo supervisionado. Como são monitoradas inúmeras variáveis, nasceu a necessi- dade da criação de tarefas dinâmicas, amigáveis e ergonomicamente eficientes, que são atendidas por sistemas denominados supervisórios. Os sistemas supervisórios estão in- seridos em um contexto mais amplo, o sistema de controle e aquisição de dados SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition). Esses sistemas possuem a função de captar e armazenar os dados transmitidos pelos equipamentos de campo e, a partir daí, fazer o monitoramento e controle das variáveis desejadas. Ele é composto pela parte física do processo (hardware) e pelo programa (software). A parte física do sistema de aquisição de dados engloba desde sensores e transdutores até a parte em que o sinal é convertido e processado para que possa ser utilizado pelo software supervisório. A aquisição de dados via hardware, juntamente com a parte de software, constitui-se em um completo sistema de controle e aquisição de dados. Esses softwares analisam, armazenam e expõem as informações necessárias para controle de todo o processo [14]. O Elipse SCADA, por meio da coleta de informações de qualquer tipo de equipa- mento, permite aos operadores monitorar e controlar com precisão os processos realizados pela industria, gerenciando de forma rápida e eficiente toda a produção. Os dados são apresentados em tempo real e de forma gráfica, permitindo tratar as informações de diversas maneiras como o armazenamento histórico, a geração de relatórios e a conexão 13 remota, entre outras possibilidades [15]. O programa possui três módulos de operação: Configurador, Runtime e Master, este ultimo inclui os módulos Configurador e Runtime. O que define qual será o modulo ativo é o dispositivo de proteção hardkey, acoplado ao computador. Os módulos Confi- gurador e Master foram especialmente desenvolvidos para a criação e o desenvolvimento de aplicativos, enquanto que a versão Runtime permite apenas a execução destes, não sendo possível qualquer alteração no aplicativo por parte do usuário [16]. Na ausência da hardkey, o software pode ser executado em modo Demonstração, que pode ser utilizado para avaliação do software. O modo Demo possui quase todos os recursos existentes no módulo Configurador, com as seguintes diferenças: • Não permite salvar aplicações com mais de 20 tags (variáveis); • Permite até cinco conexões simultâneas do Elipse Web; • Permite a execução de uma aplicação e comunicação com equipamentos de aquisi- ção de dados por até duas horas. Nesse modo, o software pode ser livremente reproduzido e distribuído [17]. 2.6.1 Protocolo de comunicação Modbus Para que o sistema supervisório se comunique com o microcontrolador e vice e versa é necessário um protocolo de comunicação. Este padrão de comunicação foi criado na década de 70 pela Modicon, com o intuito de realizar a comunicação entre dispo- sitivos mestre-escravo/cliente-servidor. O Modbus é um dos protocolos mais utilizados em automação industrial, graças à sua simplicidade e facilidade de implementação, po- dendo ser utilizado em diversos padrões de meio físico, como: RS-232, RS-485 e Ethernet TCP/IP (MODBUS TCP). A velocidade de comunicação pode variar em cada um desses padrões, assim como o comprimento máximo da rede e o número máximo de dispositivos conectados. De acordo com Cunha [18], o padrão RS-232, possui canais independentes de transmissão, ou seja, uma linha para transmissão e outra para recepção de dados. Os 14 dados são representados por sinais através de níveis de voltagem. Segue o modelo de comunicação Single-Ended, e possui uma taxa de transmissão relativamente baixa, che- gando até 20 quilobit por segundo (Kbps) a uma distância de 15 metros. É comumente usada para conexão entre dois equipamentos. Já a RS-485 diferencia-se, por utilizar um ou dois pares de fios para transmissão de dados. Tem isolamento óptico, e trabalha a ta- xas de transmissão de 10 megabit por segundo (Mbps) e aproximadamente 1200 metros de distância, sem amplificação do sinal. Permite a conexão multi-ponto, suportando até 32 equipamentos na rede, ou seja, um mestre e 31 escravos, por fim o padrão Ethernet no protocolo Modbus possui algumas variações, podendo chegar a 100Mbps ou até 10 gigabit por segundo (Gbps). A distância máxima pode variar de 100m até próximo de 200m dependendo do tipo de cabo utilizado e das condições de instalação do mesmo. Conforme Souza [19], o modo de transmissão define o conteúdo de bit da mensa- gem a ser transmitida na rede e como a informação da mensagem será empacotada na mensagem e descompactada. O padrão Modbus emprega os dois modos de transmissão, ASCII Mode e RTU Mode. Normalmente o modelo de transmissão é selecionado com outros parâmetros de porta de comunicação serial como baud rate, paridade e etc. No modo de transmissão ASCII (American Standard Code for Information Interchange), cada byte de caractere em uma mensagem é enviado dois caracteres sem geração de erros. No caso do modo RTU (Remote Terminal Unit), cada mensagem de 8 bits con- tém dois caracteres hexadecimais de 4 bits. A Figura 2.8 ilustra o funcionamento do protocolo 2.7 Instrumentação 2.7.1 Sensor de Nível Para medir o nível da água e do óleo foram utilizados sensores do tipo boia vertical (ver Figura 2.9), fabricado em Poliftalamida(PPA), é o material mais indicado para trabalhar com água, óleo e combustíveis, estes sensores podem operar nas temperaturas de -10 a 90 ◦ C. O sensor indica através de sinal ON/OFF quando o nível de líquido foi 15 Figura 2.8: Esquema de comunicação mestre/escravo utilizando Modbus. Fonte [20]. atingido, sendo instalado pelo interior, ou seja ele fica em contato com o líquido. Possui uma tensão de trabalho que vai de, 220Vac à 5Vdc. Este modelo foi escolhido por ser um sensor baixo custo, e ser de fácil instalação [21]. Figura 2.9: Ilustração Sensor de Nivel do Tipo Bóia 16 2.7.2 Sensor de Vazão O sensor de fluxo de líquido escolhido foi o YF-S201, ele pode ser instalado diretamente no cano, onde passam os fluidos a serem medidos. Seu funcionamento é bem simples, em sua estrutura há um válvula em formato de catavento com um imã acoplado que trabalha em conjunto com um sensor de efeito hall para enviar um sinal PWM. O sensor de efeito Hall detecta quando o rotor com as pás completa um giro, assim que essa volta completa é detectada, o sensor envia um pulso de 5V no cabo de saída. Através destes pulsos é possível mensurar a vazão de liquido que passa por ele, ou no caso deste projeto a quantidade de líquido que já passou(volume). Conforme Rocha [10] esse sensor é capaz de trabalhar em uma vazão de até 30 litros por minuto, com uma pressão não superior a 2 Mpa e possui uma margem de erros de aproximadamente 3%. Pelo fato de ter um ótimo custo beneficio, de ser relativamente bem preciso e ter um baixo custo, esse sensor foi escolhido para este projeto. A figura 2.10 ilustra este sensor. Figura 2.10: Ilustração Sensor de Vazão. 17 2.7.3 Sensor Ultrassônico Em concordância com Nakatani [22] o sensor HC-SR04 é um dispositivo para medição muito comum em projetos com Arduíno. Nele, há um circuito de controle, um transmissor e um receptor ultrassônico. Este sensor pode fazer medições que vão de 2cm a 4m, com precisão de 3mm. O funcionamento do HC-SR04 é baseado no envio de pulsos (trigger) de 5V por pelo menos 10?s, fazendo o sensor transmitir 8 ciclos de pulsos ultrassônicos a 40kHz e esperar pelo sinal refletido. Ao recebê-lo, o pino echo será colocado em high e sofrerá um delay proporcional à distância, e com base no tempo entre envio e retorno, calcula a distância entre o sensor e o objeto detectado, com o auxilio da seguinte equação: Distancia = tempoemhigh ∗ velocidadedosom 2 , onde velocidade do som = 340m/s. A Figura 2.11 apresenta o esquema de funcionamento simplificado. Figura 2.11: Esquema de Funcionamento do Sensor Ultrassonico. Fonte [23]. 2.7.4 Bomba de líquidos A bomba escolhida para alimentar o vaso foi uma normalmente utilizada no setor automotivo, conhecida como bomba do para-brisas, a mesma foi escolhida pois, tem um baixo custo e é facilmente encontrada em qualquer loja de peças de reposição de carros, 18 esta bomba em particular é produzida pela Cebi do Brasil, sua alimentação é de 12 volts corrente continua (DC), feita através de dois terminais, sendo um negativo e um positivo, A Figura 2.12 mostra esta bomba. Figura 2.12: Bomba de líquidos utilizada no projeto 2.7.5 Display LCD com Modulo I2C Segundo Thomsen [24], este display por ser bastante comum e acessível foi esco- lhido para esse projeto, esse display LCD tem 16 colunas e 2 linhas, com backlight (luz de fundo) azul e letras na cor branca. Para conexão, são 16 pinos, dos quais usamos 12 para uma conexão básica, já incluindo as conexões de alimentação (pinos 1 e 2), luz de fundo (pinos 15 e 16) e contraste (pino 3), a Figura 2.13 ilustra este dispositivo. Com o intuito de reduzir o numero de portas necessárias para conectar a tela LCD no Arduíno, empregou-se o modulo I2C. Utilizando o protocolo I2C criado pela Philips, esta placa consegue reduzir o numero de pinos requeridos de 16 para apenas 4, sendo 2 destes usados na alimentação (vcc e gnd). De acordo com Silva [25] isto ocorre graças ao modo de funcionamento de deste protocolo que consiste fisicamente de duas vias, a primeira delas corresponde ao clock de comunicação, chamada serial clock line 19 Figura 2.13: Display utilizado no protótipo (SCL) e a segunda responsável pela comunicação bidirecional de dados, serial data line (SDA). Nesse sistema de comunicação o dispositivo que inicia a transferência de dados é chamado de master, sendo os demais, que são por ele controlados, chamados de slaves. Quem dita o clock de comunicação é o dispositivo master, sendo efetuado de forma serial, estas informações podem ser do tipo: dados, endereços ou mesmo comandos, dessa forma, o dispositivo mestre pode efetuar tanto uma escrita como uma leitura via a linha SDA. A Figura 2.14 mostra o esquema de funcionamento do protocolo I2C Figura 2.14: Esquema ilustrativo do protocolo I2C Fonte [25]. 20 Capítulo 3 Metodologia Neste capítulo, é apresentada a estrutura principal do trabalho, a lógica aplicada ao algoritmo do arduino, as técnicas utilizadas para construir o vaso separador, assim como todos os conceitos necessários a fim de modelar a interface homem máquina e o procedimento adotado com o objetivo de fazer todo o cabeamento necessário para que o vaso separador funcionasse, a Figura 3.1 demostra o diagrama de blocos deste processo. 3.1 Construção do Vaso Separador Para construir o separador, foram analisados o material e o preço do mesmo. Com a dificuldade de se encontrar um cilindro de material transparente, o vaso foi construído a partir de um tambor fechado de metal reaproveitado, com 52cm de comprimento por 27cm de diâmetro e posteriormente foi instalado uma janela de acrílico de 33, 5cm de comprimento por 29, 5cm de largura, com o intuito de proporcionar uma melhor visua- lização do processo interno. Para fazer a instalação dessa janela, primeiramente fez-se uma abertura do tamanho desejado no tambor, com uma serra própria para cortar ferro ou metal, depois, o acrílico passou por um processo de aquecimento com um soprador térmico, ficando mais maleável, permitindo então curva-lo para seguir a forma cilíndrica da parede do tambor, por fim, fixou-se a placa de acrílico com cola de silicone e arre- bites no tambor que ficou secando por 24 horas com um peso em cima para a fixação 21 Figura 3.1: Diagrama de blocos do projeto. 22 completa, a Figura 3.2 ilustra esse processo. Figura 3.2: Parede de acrílico sendo fixada. Foram também instalados: entrada de fluxo de fluidos, uma placa vertedoura, que separa a câmara de óleo da seção de acúmulo de líquido, uma tampa na parte de cima para dar melhor acesso aos componentes internos do vaso e no final duas saídas na parte de baixo do equipamento, uma para água e outra para óleo. A instalação da entrada de fluxo de fluidos ocorreu da seguinte forma: o tambor já possuía uma abertura em uma de suas extremidades, sendo esta aproveitada para sua instalação, a entrada do tambor era maior que o diâmetro do tubo de meia polegada, por isso foi feito um orifício com o auxílio de uma serra copo acoplada a uma furadeira convencional na tampa do tambor, e lá instalou-se o cano, que foi fixado com cola para tubulações pvc e cola de silicone, para garantir a vedação, a Figura 3.3 mostra a entrada já instalada. A placa vertedoura foi feita a partir de uma chapa de pvc de três milímetros de espessura. Desenhou-se uma circunferência de diâmetro igual ao do vaso (27cm) e foi cortado ao meio, obtendo-se dois semicírculos de 13, 5cm de altura, um deles foi fixado a 33, 5cm da entrada de fluidos, com cola de silicone e cola pvc e o outro descartado. 23 Figura 3.3: Entrada de fluidos instalada. A placa foi colada a partir de suas extremidades de modo que dividiu o separador internamente em duas câmaras, sendo a primeira, uma câmara de óleo (seção menor) e a outra, a câmara de acúmulo de líquido (seção maior), como pode ser observador na Figura 3.4. Figura 3.4: Imagem do local de instalação da placa vertedoura vista de cima. Cortou-se o separador na parte superior, com serra para metal, para instalar a tampa do mesmo, com 43cm de comprimento e 16, 5cm de largura. O metal que foi retirado com o corte serviu como tampa, sendo reinstalado no tambor com duas 24 dobradiças, ambas foram arrebitadas em um dos lados de maior comprimento do metal, afim de se fazer uma portinhola no vaso, como mostra a Figura 3.5. Figura 3.5: Tampa do separador. Para a instalação das saídas de água e óleo, foram feitos dois furos com a serra copos de meia polegada acoplada a furadeira comum, na parte inferior do separador, um dos furos foi feito antes do vertedouro e o outro depois, de modo que um seja a saída de água e o outro a saída de óleo. Nesses orifícios foram colocados os tubos de ferro de meia polegada, um tubo em cada furo, e finalmente cada tubo foi soldado, a Figura 3.6 ilustra o resultado deste processo. 3.2 Programação do Código para o Arduino O código para o arduino foi construído a partir da ideia básica de funcionamento do separador e da escolha dos componentes utilizados no projeto. O desafio é separar o óleo da água, que enchem o vaso pela entrada de fluidos. Para controlar esta vazão de líquidos, a bomba injetora precisa ser desligada e ligada no momento certo, por isso foram instalados sensores de níveis, um na parte superior do vertedouro e outro na parte inferior, como mostra a Figura 3.7. Estes sensores foram modificados, de modo que só detectam a presença da água, 25 Figura 3.6: Saídas do vaso separador. Figura 3.7: Detalhe dos sensores de níveis instalados na placa vertedoura. ou seja, quando o óleo atingir o ponto máximo do vertedouro ele transbordará, pois, como foi adicionado arame ao sensor (Figura 3.8), sua massa adicional não é capaz de flutuar com a chegada do óleo, fazendo com que somente o sensor flutue e mande o sinal para o arduino quando o nível da água chegar ao ponto máximo. 26 Figura 3.8: Detalhe do arame incorporado ao sensor. O código utiliza a seguinte logica: se o sensor inferior for acionado (começar a boiar), significando que a água já atingiu aquela altura e se o sensor superior for igual- mente acionado, indicando que a água também já atingiu a altura máxima do vertedouro, a bomba é desligada, para isto é utilizada a condição se no código, o Algoritmo 1 mostra como o comando é utilizado no código. Algoritmo 1: Logica do algoritmo. Entrada: Sinal dos sensores Saída: Comando para os dispositivos 1 início 2 se Sensor inferior for acionado e o sensor superior também então 3 Desligar: bomba. Ligar: solenoide da água e solenoide do óleo 4 fim 5 se Sensor inferior for desacionado e o sensor superior também então 6 Ligar: bomba. Desligar: solenoide da água e solenoide do óleo 7 fim 8 fim Do mesmo modo como se observa no Algoritmo 1, o se é empregado para acionar as válvulas solenoides. Assim que a bomba é desligada e para de injetar a mistura água/óleo, as solenoides são acionadas para que os líquidos acumulados em cada seção sejam drenados, desta maneira os níveis da água e consequentemente o do óleo também 27 baixam, fazendo com que os sensores sejam desacionados, religando a bomba e desligando as válvulas solenoides. Desta maneira o sistema funciona em modo automático, mas com a intenção que vaso separador funcionasse de maneira manual, isto é, com um operador decidindo o melhor momento para que a bomba seja acionada juntamente com as válvulas solenoides, foi implementado um modo manual, o Algoritmo 2 ilustra a logica aplicada. Algoritmo 2: Logica do modo manual e automático. Entrada: Estado do botão manual/automático Saída: Comando para os dispositivos pelos sensores ou pelo operador 1 início 2 se Botão em modo manual então 3 Desligar: bomba. Desligar: solenoide da água e solenoide do óleo 4 fim 5 se Botão em modo automático então 6 Funcionamento de acordo com os sensores de nível 7 fim 8 fim Para fins de controle e supervisão foi colocado um sensor ultrassônico, este sensor trabalha monitorando a altura da coluna de líquido e passando todos os dados para o supervisório. Seu código foi baseado nos modelos já existentes para este fim, com algumas adaptações para este projeto como, o delay que foi setado para 100ms, para não haver problemas de comunicação com o supervisório, e a leitura que foi modificada para centímetros ao invés de polegadas. O código do display lcd foi escrito para que o mesmo mostre as informações do sensor de fluxo. Utilizou-se um código usual, configurando apenas a posição das letras, as luzes de fundo e o delay do lcd, para que não tenha problemas de comunicação com o sistema supervisório. Por fim, o sensor de fluxo de fluídos que igualmente como o ultrassônico trabalha na parte de supervisão do sistema, lendo e enviando os dados de entrada de fluídos no separador para o supervisório. O código para este sensor foi modificado do usual, 28 fazendo com que ele conseguisse medir o volume total de fluídos que já passou por ele. 3.3 Elaboração da IHM O software da empresa Elipse foi escolhido para este projeto pois, disponibiliza uma versão gratuita (demo), que atende aos requisitos mínimos do trabalho em questão e conta com uma interface amigável e simplificada, facilitando muito seu aprendizado, possui um grande acervo de material didático e projetos já produzidos pela comunidade, facilmente encontrados em fóruns pela internet e no próprio site da empresa. Inicialmente foi criada uma nova aplicação, como mostra a Figura 3.9. Figura 3.9: Criando uma nova aplicação no Elipse SCADA. Então adicionou-se o driver correspondente, que foi baixado no site [26]. Para isso clicou-se em Organizer, como mostra a Figura 3.10. Na nova janela, foi selecionada a opção Drivers e logo em seguida o caminho Novo, na nova tela escolheu-se o local onde foi feito o download do driver e o mesmo foi selecionado para ser adicionado ao programa. Conforme mostram as Figuras 3.11 e 3.12 29 Figura 3.10: Abrindo a função Organizer. Figura 3.11: Janela de menus principais. Em seguida o driver foi configurado de acordo com as especificações do projeto, e do escravo a ser utilizado (arduino), para isso clicou-se na nova ramificação criada (driver1 ), a primeira tela não foi modificada, o menu Extras foi selecionado, certificou- se de que o Protocol options estivesse como na Figura 3.13, em RTU Mode e em seguida foi escolhida a aba Setup. Nesta aba a alternativa Physical Layer foi mantida em Serial, como mostra a Figura 3.14. 30 Figura 3.12: Adicionando um novo driver. Figura 3.13: Configurando o novo driver. Enfim a ultima configuração do driver foi feita na aba Serial, nesta janela modificou-se as opções Port e Baud rate, que estão relacionadas respectivamente com, a porta em que o arduino está conectado ao computador e a taxa de transferência de dados do programa para o arduido. De acordo com a Figura 3.15. 31 Figura 3.14: Configurando o Setup dodriver. Figura 3.15: Configurando o Serial do driver. O programa supervisório se utiliza de Tags para fazer a interface homem-maquina, facilitando a organização e gerenciamento do projeto. Para adicionar estas Tags, abriu- se o menu Organizer novamente e foi selecionada a alternativa Tags e em seguida Novo Tag... conforme a figura 3.16. Posteriormente foi selecionada a opção Tag PLC, (Figura 3.17) que cria uma variável conectada a um equipamento externo. Esta etapa repetiu-se por mais quatro 32 Figura 3.16: Adicionando uma nova Tag. vezes, onde foram criadas tags para o sensor ultrassônico, solenoide da água, solenoide do óleo e bomba. Depois de criada as variáveis necessárias para o projeto, foram criadas mais duas variáveis de expressão, como o programa só lê números naturais, foi preciso adicionar uma função que converta este numeral enviado pelo arduino para seu real valor, um numero fracionado. Esta tag foi criada selecionando a opção Tag Expressão, na janela de criação de tags, como mostra a Figura 3.18. Depois que todas as variáveis ou tags foram criadas, configurou-se cada uma da seguinte maneira: foi dado um nome correspondente ao sensor atribuído aquela tag, o driver escolhido foi o mesmo adicionado no menu Drivers. Os parâmetros Ni são responsáveis pelo endereçamento para o Tag corrente de acordo com o driver escolhido. Assim sendo, este campo foi preenchido da seguinte forma: • N1: Refere-se ao endereçamento do equipamento escravo (arduino) na rede. Como foi escolhido o valor 1 no código, este campo foi preenchido com este valor. • N2: Condiz com o código da operação, esta pode ser do tipo leitura ou escrita, adicionada na janela de configurações do driver, neste caso usou-se o valor 3. • N3: Parâmetro adicional, para as funções de leitura e escrita de arquivos, o parâ- 33 Figura 3.17: Adicionando uma Tag PLC. Figura 3.18: Adicionando uma Tag Expressão. metro N3 especifica o arquivo a ser acessado. Foi selecionado o valor 3. • N4: Corresponde ao endereço do registrador ou da variável no escravo que se deseja ler ou escrever. Para cada dispositivo foi escolhido um registrador no código do arduino, na Figura 3.19 foi configurado o valor 2, pois esta tag corresponde ao sensor de fluxo e para este o registrador é o numero 1, no programa supervisório 34 os registradores começam em 0 para o arduino e em 1 para o Elipse. Figura 3.19: Configurando as Tags PLC. Para que o supervisório leia o valor correto vindo do arduino, foi necessário trans- formar todos os números em naturais, por este motivo foram adicionadas as tags expres- sões, sua configuração é mais simples. Abriu-se a Tag Expressão, então foram preenchi- dos os campos, Nome, com o nome desejado para a tag em questão, Descrição, campo opcional e por fim, o campo Expressão, nele foi referenciado a tag de interesse, (Dis- tância) e a operação desejada, /100, ou seja, a variável Distância será dividia por cem, deste modo ela voltará ao seu valor original. A Figura 3.20 ilustra o processo descrito. O ultimo passo foi a construção da interface, com as tags corretamente configu- radas foram escolhidos os objetos de tela, que são elementos gráficos e representações de objetos reais do processo que ajudam o usuário a interagir e acompanhar a aplicação que está sendo executada no programa. O Elipse SCADA disponibiliza uma série de opções para isto, como mostra a Figura 3.21. Foram Escolhidos quatro botões, dois displays, um bar graph e um alarme. Os objetos do tipo botão foram escolhidos para representar a bomba, solenoides e o modo 35 Figura 3.20: Configurando as Tags Expressão. Figura 3.21: Configurando as Tags Expressão. manual/automático, sendo possível ligar e desligar ambos, a partir da interface, no momento que o operador decidir. As displays foram colocadas na interface para mostrar o volume dentro do separador e a altura da coluna de líquidos, com duas casas decimais cada. Foram ainda adicionados uma barra de gráfico, onde mostra o aumento da coluna 36 de líquidos em tempo real e um alarme, que dispara se o nível da água e óleo passarem da altura do vertedouro, gravando a a data e hora do acontecimento, a Figura 3.22 mostra esses objetos na interface. Figura 3.22: Objetos da Interface Homem-Maquina. Para todos estes objetos funcionarem corretamente foi necessário referenciar a tag correspondente de cada um, criada anteriormente. Primeiro foi selecionado o objeto desejado, na janela que se abriu clicou-se na aba Tag, depois, foi escolhida a tag preten- dida e por fim adicionou-se a mesma no objeto, clicando em Adicionar, como ilustra a Figura 3.23. As outras abas, servem para configurar a parte estética do objeto, que vão desde a fonte ate as cores e formas. 3.4 Instalação e Cabeamento de Dispositivos A instalação dos dispositivos para que para que tudo funcionasse se deu da se- guinte maneira: os sensores de níveis previamente modificados com arame fora colados na placa vertedoura, com um auxilio de um suporte adaptado feito de alumínio, a Figura 3.24 mostra estes suportes e a Figura 3.7 mostra o local de instalação. O sensor ultrassônico foi colocado na parte de cima do vaso separador com a assistência de duas hastes de alumínio, fazendo com que o instrumento permaneça estável 37 Figura 3.23: Configuração dos objetos criados. no topo do vaso, a Figura 3.25 demonstra esse procedimento. Instalou-se o sensor de fluxo na entrada de fluidos do separador, fixado com a própria mangueira de alimentação do sistema, da mesma forma a bomba foi acoplada a esta mangueira próximo ao sensor de fluxo, de modo que ela bombeia o líquido fazendo- o passar pelo sensor antes de entrar no vaso separador, este modelo de instalação é representado na Figura 3.26. Todos os cabos foram conectados de maneira correspondente como foi programado no código. O arduino não forneceu energia diretamente para os componentes, assim, evitando sobrecarga no sistema do microcontrolador, a alimentação se deu através de fontes externas ligadas a uma protoboard. 38 Figura 3.24: Suporte feito para os sensores de níveis. Figura 3.25: Suporte do sensor ultrassônico. 39 Figura 3.26: Detalhe da ligação da bomba e sensor de fluxo. • Relé Shield : Este acessório, fabricado especialmente para arduinos foi conectado com três cabos de dados, nas entradas 1, 2 e 3 do relé nas portas 9, 10 e 13, com o objetivo de receber os comandos do arduino para controlar a solenoide da água, do óleo e a bomba nesta ordem. A fonte de alimentação do relé foi feita através de um conversor de corrente alternada (AC) para corrente contínua (DC) de 110 volts (V) AC para 5 volts DC que foram ligados no terminal positivo e negativo da protoboard, a partir desta placa ligou-se os fios, positivo e negativo, correspondentemente na entrada Jd-vcc do shield e terra (gnd), do arduino ainda foi conectado um fio da saída 5V para o rele na entrada vcc, a fim de que se mantivesse a referência dos circuitos interligados. Na outra parte da placa relé foram ligados 1 par de fios provenientes de fonte externa de 220V , para acionar as solenoides, e um fio de 12V para acionar a bomba, estas fases foram ligadas em cada terminal comum (C), localizado na parte central do relé , outro par de cabos vindos das solenoides e o cabo oriundo da bomba foram ligados no terminal normalmente aberto (NO), a Figura 3.27 simplifica este esquema de ligação. 40 Figura 3.27: Esquema de ligação feito no Fritzing. • Sensor Ultrassônico: Este sensor tem quatro pinos, para saída e entrada de dados ( echo, trigger, vcc e gnd). O vcc responsável por energizar o circuito, foi ligado na protoboard, no furo positivo, o terra ou Gnd no furo negativo e os fios Echo e Trigger foram ligados nas portas 5 e 4 do arduino respectivamente. • Sensor de Fluxo: O pino vcc foi ligado no encaixe positivo da protoboard e o gnd no negativo, o fio responsável pela troca de dados, foi ligado na porta 2 do arduino. • Display lcd: Este acessório possui 16 pinos de ligação, mas, graças ao shield I2c acoplado ao display lcd estas conecções foram reduzidas pra 4: vcc, gnd, sda 41 e scl, estes dois últimos são responsáveis pelos dados. Igualmente aos sensores anteriores os pinos vcc e gnd foram ligados a protoboard respectivamente no positivo e negativo, ligou-se o pino sda na porta A4 e o scl na A5 do arduino, a Figura 3.28 mostra todo o esquema de ligação do projeto. Figura 3.28: Esquema real de ligaçao do projeto. 42 Capítulo 4 Experimentos e Resultados Neste capítulo serão explanados os experimentos e resultados obtidos a partir do projeto de construção do vaso separador, da elaboração do código no arduino junta- mente com a interface homem maquina desenvolvida no software Elipse SCADA. Ele foi dividido em cinco seções onde serão descritos os experimentos realizados e os resultados alcançados em cada caso. 4.1 Experimento 1: Vaso Separador em Operação Pa- drão O primeiro experimento foi realizado com as seguintes configurações: Vaso sepa- rador funcionando com sete litros de água comum, captada da torneira e três de óleo diesel S-10 comprado no posto de gasolina, o arduino foi conectado no notebook pelo cabo USB com a intenção de trocar dados com o supervisório, a Figura 4.1 mostra o equipamento. No início do teste com os dispositivos devidamente ligados, foi selecionado o modo automático na IHM. As quantidades de líquidos foram mensuradas com um copo de liquidificador (ver Figura 4.2) e colocadas em um recipiente de vinte litros que serviu como reservatório para o experimento, a Figura 4.3 mostra o recipiente utilizado. 43 Figura 4.1: Preparação do vaso separador para os testes 4.1.1 Resultado do Experimento 1 O separador funcionou de maneira satisfatória, separou a água do óleo. O tempo para que a mistura enchesse a seção de acumulo de liquido foi de aproximadamente 1, 80 minutos, a partir desse momento o óleo começou a transbordar, se acumulou na seção de acumulo de óleo e continuou enchendo esta seção por aproximadamente 0, 20 minutos ou 12 segundos, neste momento a coluna de água atingiu o nível máximo pré definido, fazendo o sensor boiar, desligando a bomba e acionando as válvulas solenoides, até toda praticamente toda água escoar da seção de acumulo de líquidos, o que durou aproximadamente 16, 12 minutos. Foram colhidos o óleo e a água dos recipientes de coleta, notou-se na água uma camada minima de óleo e no óleo não foi possível observar 44 Figura 4.2: Copo utilizado para medir a quantidade de líquidos Figura 4.3: Reservatório contendo água e óleo misturados 45 algum resquício de água. Nestes recipientes foram medidos aproximadamente um litro de óleo e seis litros e meio de água, logo, o reservatório possui nove litros de capacidade na seção de acumulo de líquidos, observou-se também, que o separador retem cerca de 125mL no fundo da seção de acumulo de líquidos e que em torno de dois litros de óleo não passa para a câmara de acumulo de óleo. 4.2 Experimento 2: Vaso Separador Operando So- mente com Água Neste segundo teste foram utilizados os mesmos parâmetros do experimento ante- rior, com a mudança dos líquidos envolvidos, neste caso somente água foi adicionada no reservatório (12 Litros de água), medido com o mesmo copo empregado anteriormente, como mostra a Figura 4.4. Figura 4.4: Reservatório preenchido somente com água 46 4.2.1 Resultado do Experimento 2 Neste teste não ocorreu transbordamento do líquido, a bomba foi desligada em um tempo de aproximadamente 1, 40 minutos pelo arduino e as válvulas solenoides foram acionadas igualmente em menor tempo, comparado com o experimento anterior. O tempo de drenagem da água foi próximo ao tempo do experimento 1 (16, 10 minutos). Os dispositivos de monitoramento continuaram funcionando dentro do padrão 4.3 Experimento 3: Vaso Separador Operando So- mente com Óleo No ensaio três, despejou-se apenas óleo no recipiente para ser bombeado para o separador, foram adicionados 12 Litros de óleo no reservatório, este ensaio ocorreu conforme o anterior, a Figura 4.5 ilustra o início do ensaio. Figura 4.5: Reservatório contendo somente óleo 47 4.3.1 Resultado do Experimento 3 Neste ensaio o óleo encheu a seção de acumulo de líquido, ultrapassou a placa vertedoura e continuou enchendo o vaso separador até esgotar todo o reservatório, neste ponto o experimento teve que ser interrompido, a fim de se evitar possíveis danos à bomba. Foram auferidos cerca de três litros de óleo no recipiente de coleta e perma- neceram por volta de oito litros e meio de óleo na seção de acúmulo. As válvulas não foram acionadas automaticamente nesse teste, mas os dispositivos de monitoramento funcionaram normalmente. 4.4 Experimento 4: Vaso Separador em Operação Pa- drão com Queda de Energia Geral O vaso separador foi ligado conforme o experimento 1, foram adicionados a mesma quantidade de água e óleo, porém foi cortada a energia no meio do processo esperados 5 segundos e religada novamente. 4.4.1 Resultado do Experimento 4 Nesse novo cenário o sistema se comportou da seguinte forma: Assim que reli- gada a energia o arduino reiniciou, e como era o esperado ele entrou em modo manual, desligando todos os dispositivos, foi necessário religar o sistema supervisório e acionar o modo automático novamente (ver Figura 4.6), logo após de ser modificado para o modo automático o separador se recuperou de onde parou e continuou a operação normalmente. 48 Figura 4.6: Botão de de modo de operação sendo acionado 4.5 Experimento 5: Vaso Separador em Operação Pa- drão com Corte na Comunicação entre o Arduíno e o Sistema Supervisório Esta última experiência aconteceu com os mesmos parâmetros da anterior. Quando o separador começou a funcionar e encher-se de liquido o cabo de dados li- gado no arduino para o notebook foi desconectado, como mostra a Figura 4.7. 4.5.1 Resultado do Experimento 5 O programa supervisório parou de funcionar no momento em que o cabo foi retirado, gerando o erro apresentado na Figura 4.8 e interrompendo o funcionamento da IHM, porém notou-se que o arduino continuou funcionando corretamente em modo automático até o fim do processo. 49 Figura 4.7: Cabo de dados desconectado do notebook Figura 4.8: Mensagem de erro ao desconectar o cabo USB 50 Capítulo 5 Conclusões Nesta monografia, foi realizado um trabalho de pesquisa sobre o funcionamento de vasos separadores, a mecânica empregada por eles com o intuito de separar óleo, água e gás. Além disso, foi realizada a construção de um separador bifásico de água e óleo horizontal, tentando reproduzir o mesmo mecanismo utilizado em vasos separadores industriais. O trabalho foi apresentado ao longo de quatro capítulos. No primeiro, foi comen- tado sobre o atual cenário que se encontra a Petrobras no Brasil e uma breve introdução sobre a finalidade do processamento primário do petróleo bruto oriundo da rocha re- servatório. No segundo, foram apresentados conceitos de vaso separadores, os tipos de vasos mais comuns na indústria, as vantagens e desvantagens de cada um, a instru- mentação utilizada no projeto, além disso, foram apresentados o sistema supervisório e o microcontrolador escolhidos para realizar este trabalho. No terceiro, apresentou-se a metodologia empregada para construir o protótipo do separador, a lógica elaborada para desenvolver o código no Arduíno e o procedimento aplicado a fim de criar a inter- face homem máquina. No último capítulo, foram realizados cinco experimentos, com a intenção de, verificar se o protótipo funcionaria de acordo como o esperado e avaliar de que forma se comporta nos mais variados cenários que por ventura possam ocorrer. Os objetivos do trabalho consistiram em construir o protótipo do vaso separador, juntamente com a elaboração do sistema supervisório e a automação do mesmo auxiliada 51 pelo microcontrolador arduino. A partir dos resultados obtidos conclui-se que o trabalho atingiu os objetivos propostos. No primeiro experimento nota-se que, o separador funcionou de maneira satisfa- tória, separando a água do óleo, porém possui um tempo de drenagem considerável de 16 minutos, devido a baixa pressão empregada nas válvulas solenoides, mas este fato não altera o funcionamento do protoípo, observou-se também, que existe uma pequena sentença de líquidos no fundo da seção de acúmulo, sendo esta aceitável por ser minima. O segundo resultado mostra que o reservatório funciona somente com água sendo injetada na câmara de acúmulo líquidos, como era esperado, isso se da pelo fato dos sensores instalados estarem preparados para detectar somente a água. Entretanto no terceiro teste apenas com óleo sendo injetado, o protótipo não funcionou corretamente, os sensores não foram acionados, pelo fato do óleo ser menos denso que a água o que impossibilitou que os mesmos boiassem, por isso a bomba injetora não foi desativada e as válvulas não foram ativadas para fazer a drenagem do óleo, que continuou enchendo ate que secasse todo o reservatório, se houvesse óleo suficiente no reservatório, ele encheria o vaso separador ate transbordar pela tampa e derramar pelo chão. Para contornar esse problema seria necessária a instalação de mais dois sensores na seção de acumulo de óleo, que detectaria quando o óleo chegasse no nível mais alto e desligaria a bomba e ativaria a drenagem da câmara, evitando assim, que o separador se encha de óleo demasiadamente. No quarto resultado, já era esperado que o sistema permanecesse desativado mesmo depois da energia ser recuperada, pois no seu código de programação por padrão ele inicia em modo manual, com os dispositivos principais desligados, como a bomba e as válvulas solenoides, sendo exigido do operador a mudança para o modo automático, a partir daí o sistema retoma seu trabalho de onde parou, sem maiores problemas. Por fim, no último experimento, fica claro que o vaso separador depois de sele- cionado o modo automático pelo supervisório, o mesmo pode funcionar sem seu auxílio normalmente. Vale ressaltar que os instrumentos empregados para monitorar o processo funcionaram dentro do esperado, o único dispositivo que necessita de atenção especial é o sensor ultrassônico, foram detectadas algumas leituras aleatórias erradas, mas logo em 52 seguida voltava a ler o nível do líquido corretamente, com precisão de 3mm, este sensor funcionou bem apesar das irregularidades nas leituras apresentadas casualmente. 5.1 Trabalhos Futuros Uma proposta de trabalho futuro consistem em fazer a modelagem de um sistema de controle para o vaso separador em malha fechada, aplicando as ações de controle necessárias com base nas medições das variáveis controladas e comparando os resultados com os valores desejados para o processo. Estas ações de controle podem ser: • Controle Liga/Desliga (on/off ); • Controle Proporcional (P); • Controle Proporcional Integral (PI); • Controle Proporcional Derivativo (PD); • Controle Proporcional Integral Derivativo (PID); Instalar mais dois sensores de níveis na seção de acumulo de óleo, a fim de otimizar o funcionamento do processo, possibilitando que o separador opere somente com óleo ou baixos níveis de água. Estas melhorias implicarão em otimizar o código no arduino e implementar a IHM, a fim de adequar o processo aos novos sensores instalados. Implantação da entrada de gás também consiste em um trabalho futuro, trans- formando o vaso bifásico em um separador trifásico. Este novo fluido requer a instalação de dispositivos de monitoramento e acessórios internos como: Eliminador de névoa, tam- bém conhecido como demister na saída de gás e sensor de gás MQ-2. Com o intuito de se obter maior segurança e possibilitar o trabalho de inserção da corrente gasosa se faz necessário a fechar a tampa superior do vaso separador e revisar todas as junções feitas com cola de silicone, para evitar vazamentos. 53 Referências Bibliográficas [1] FILHO, V. C. Oportunidades e Desafios no Fornecimento para a Cadeia de Petróleo e Gás. Pró-inova Programa Nacional de Sensibilização e Mobilização para Inovação, 2013. [2] PETROBRAS. Ajustes no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. 2016. Http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/ajustes-no-plano-de-negocios-e-gestao- 2015-2019-1.htm. Acessado em: 11/04/2016. [3] JÚNIOR, S. F. d. S. Modelagem e Controle de um Separador Trifásico. Universidade Federal de Alagoas, 2014. [4] SILVA, A. L. F. da et al. Processamento primário de petróleo. Universidade Petrobras - Escola de Ciências e Tecnologia E&P, p. 53, 2007. [5] ANDRADE, M. d. F. Dimensionamento de Vasos Separadores de Petróleo. 42 p. 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Tutorial sobre introdução a proje- tos utilizando o kit de desenvolvimento arduino. Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, 2011. 54 [12] SILVA, C. P. da. Como Desenvolver Automações Sem Conhecimento Prévio de Ele- trônica. 2016. Http://deviante.com.br/noticias/tecnologia/arduino-como-desenvolver- automacoes-sem-conhecimento-previo-de-eletronica/. Acessado em :18/04/2016. [13] BANZI, M. Primeiros passos com o Arduino. São Paulo: Novatec, 2011. [14] MENDES, F. P. Automação Residencial Baseada Em Software Supervisório. Tese (TCC) � UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO, 2007. [15] SOFTWARE, E. Sobre o Elipse SCADA. 2016. \url{http://www.elipse.com.br/port/scada.aspx}. Acessado em: 18/04/2016. [16] SOFTWARE, E. Elipse Scada - Manual do Usuário. [S.l.]: Elipse Software Ltda, 2015. [17] SOFTWARE, E. E Lipse S Cada. [S.l.]: Elipse Software Ltda, 2005. [18] CUNHA, J. M. Protótipo De Rede Industrial Utilizando O Padrão Serial Rs485 e Protocolo Modbus. Tese (TCC) � UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO, 2000. [19] SOUZA, V. O protocolo Modbus. Cerne, 2015. [20] PROTOCOLOMODBUS. 2013. Http://www.mecatronicaatual.com.br/educacao/1299- protocolo-modbus. Acessado em: 18/04/2016. [21] ICOS. Chave de Nível LC36M-40 - Resistência Mecânica e Conexão por Cabo. 2016. \url{https://www.icos.com.br/ChaveVerticalDeNivel/LC36M40/}. Acessado em: 18/04/2016. [22] NAKATANI, A. M.; GUIMARÃES, A. V.; NETO, V. M. Medição Com Sensor Ultrassônico HC-SR04. Congresso Internacional de Metrologia Mecânica, 2014. [23] THOMSEN, A. Como Conectar o Sensor Ultrassônico HC-SR04 ao Arduino. 2011. Http://blog.filipeflop.com/sensores/sensor-ultrassonico-hc-sr04-ao-arduino.html. Aces- sado em: 18/04/2016. [24] THOMSEN, A. 2011. Http://blog.filipeflop.com/display/controlando-um-lcd-16x2- com-arduino.html. Acessado em: 18/04/2016. [25] SILVA, Í.; KASCHNY, J. Aplicações do protocolo I2C em sistemas microcontrola- dos. VII - CONNEPI - Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2012. [26] DESCONHECIDO. Biblioteca Modbus. 2016. \url{https://mega.nz/#F!AkoyQKwD!x3UTpzo0ClnnX9sIc35ouQ}. Acessado em: 07/03/2016. 55 Apêndice A Sketch para Arduino 1 2 // Codigo desenvolvido para Trabalho de Conclusao de Curso 3 // Universidade Federal do Amazonas 4 // Autor: Bruno Chacon Paixao de Souza 5 6 // Carrega as Bibliotecas Necessýrias 7 #include <Modbusino.h> 8 #include <Ultrasonic.h> 9 #include <Wire.h> 10 #include <LiquidCrystal_I2C.h> 11 12 // Define o slave (ARDUINO) com ID 1 13 ModbusinoSlave modbusino_slave(1); 14 15 // Aloca um mapeamento de 10 valores (registradores) 16 uint16_t tab_reg[10]; 17 18 // Define os pinos para o trigger e echo (ultrassonico) 19 #define pino_trigger 4 20 #define pino_echo 5 21 22 // Pino utilizado para sensor de fluxo 23 #define sensorfluxo 2 56 24 // contador de pulsos 25 volatile uint16_t pulsos = 0; 26 // Estado do pulso 27 volatile uint8_t ultimoestadopino; 28 // Tempo entre pulsos 29 volatile uint32_t ultimoestadofluxo = 0; 30 // Calcular a taxa de fluxo 31 volatile float taxafluxo; 32 33 // Define as portas dos sensores de nivel 34 #define pinboianormal 7 35 #define pinboiaarame 8 36 37 // Define as portas do rele que controlam as solenoides 38 #define soleagua 9 39 #define soleoleo 10 40 41 // Define porta do rele que controla a bomba de alimentaÃÿo 42 #define bomba 13 43 44 45 // Interrupcaoo a cada milesimo de segundo , conta os pulsos do sensor 46 SIGNAL(TIMER0_COMPA_vect) { 47 uint8_t x = digitalRead(sensorfluxo); 48 if (x == ultimoestadopino) { 49 ultimoestadofluxo ++; 50 return; 51 } 52 53 if (x == HIGH) { 54 // transiÃÿo low para high 55 pulsos ++; 56 } 57 ultimoestadopino = x; 58 taxafluxo = 1000 .0; 59 taxafluxo /= ultimoestadofluxo; // em hertz 57 60 ultimoestadofluxo = 0; 61 } 62 63 void useInterrupt(boolean v) { 64 if (v) { 65 // Temporizador jý em milisegundos , que serý interrompido 66 // e comparado com a funÃao acima 67 OCR0A = 0xAF; 68 TIMSK0 |= _BV(OCIE0A); 69 } else { 70 // interrompe a comparaÃÿo 71 TIMSK0 &= ~_BV(OCIE0A); 72 } 73 } 74 75 // Inicializa o sensor nos pinos definidos acima 76 Ultrasonic ultrasonic(pino_trigger , pino_echo); 77 int distancia; 78 79 // Inicializa o display no endereco 0x3F 80 LiquidCrystal_I2C lcd(0x3F,2,1,0,4,5,6,7,3, POSITIVE); 81 82 void setup() 83 { 84 // Serial.begin (9600); 85 lcd.begin (16,2); 86 pinMode(sensorfluxo , INPUT); 87 digitalWrite(sensorfluxo , HIGH); 88 ultimoestadopino = digitalRead(sensorfluxo); 89 useInterrupt(true); 90 91 // Configura velocidade de cominicacao do modbus para9600 bauds 92 modbusino_slave.setup(9600); 93 94 pinMode(pinboianormal , INPUT_PULLUP); 95 pinMode(pinboiaarame , INPUT_PULLUP); 58 96 pinMode(soleagua , OUTPUT); 97 pinMode(soleoleo , OUTPUT); 98 pinMode(bomba , OUTPUT); 99 100 101 } 102 103 void loop() 104 { 105 lcd.setBacklight(HIGH); 106 lcd.setCursor(0,0); 107 int liters = pulsos; 108 float litros = (liters /(7 .5*60)); 109 lcd.print(litros); lcd.print(" Litros "); 110 tab_reg[1] = liters; 111 112 113 //Le as informacoes do sensor ultrasonico , em cm 114 float cmMsec; 115 long microsec = ultrasonic.timing (); 116 cmMsec = ultrasonic.convert(microsec , Ultrasonic ::CM); 117 // Exibe informacoes no serial monitor 118 // Serial.print(" Distancia em cm: "); 119 // Serial.print(cmMsec); 120 distancia = cmMsec*100; 121 // Inicializa o primeiro registrador para receber o valor "distancia" 122 tab_reg[0] = distancia; 123 delay(100); 124 125 int ModoAuto = tab_reg[5]; 126 127 if(ModoAuto == 1){ 128 129 // CondiÃao para acionamento da bomba 130 if(digitalRead(pinboiaarame)==LOW && digitalRead(pinboianormal)==LOW) 131 { 59 132 digitalWrite(bomba ,LOW);// Sinal contrario pelo fato de os reles trabalharem com low. 133 digitalWrite(soleagua ,HIGH);// Sinal contrario pelo fato de os reles trabalharem com low. 134 digitalWrite(soleoleo ,HIGH);// Sinal contrario pelo fato de os reles trabalharem com low. 135 136 } 137 138 // CondiÃao para desligamento da bomba 139 if(digitalRead(pinboiaarame)==HIGH && digitalRead(pinboianormal)== HIGH) 140 { 141 digitalWrite(bomba ,HIGH);// Sinal contrario pelo fato de os reles trabalharem com low. 142 digitalWrite(soleagua ,LOW);// Sinal contrario pelo fato de os reles trabalharem com low. 143 digitalWrite(soleoleo ,LOW);// Sinal contrario pelo fato de os reles trabalharem com low. 144 } 145 } 146 else{ 147 148 // Recuperando o valor do Modbus 149 int Comandobomba = tab_reg[2]; 150 int Comandosoleagua = tab_reg[3]; 151 int Comandosoleoleo = tab_reg[4]; 152 153 if (Comandobomba <= 0){ 154 155 digitalWrite(bomba ,HIGH); 156 } else{ 157 digitalWrite(bomba ,LOW); 158 159 } 160 60 161 if (Comandosoleagua <= 0){ 162 163 digitalWrite(soleagua ,HIGH); 164 } else{ 165 digitalWrite(soleagua ,LOW); 166 167 } 168 169 if (Comandosoleoleo <= 0){ 170 delay(100); 171 digitalWrite(soleoleo ,HIGH); 172 } else{ 173 digitalWrite(soleoleo ,LOW); 174 175 } 176 } 177 178 179 // Configura o arduino para mapear os 10 registros pre determinados 180 modbusino_slave.loop(tab_reg , 10); 181 182 183 184 185 } 61 Capa e Folha de Rosto.pdf Folha de rosto Folha de aprovação Dedicatória Agradecimentos Epígrafe Resumo Abstract Lista de figuras Lista de tabelas Lista de abreviaturas e siglas Lista de símbolos Sumário Introdução Contextualização ou definição do problema Objetivos Organização do Trabalho Capítulo 2 Seção 1 Seção 2 Seção 3 Seção 4 Capítulo 3 Seção 1 Seção 2 Seção 3 Capítulo 4 Seção 1 Seção 2 Capítulo 5 Seção 1 Seção 2 Subseção 2.1 Seção 3 Considerações finais Referências Primeiro apêndice Primeiro anexo. FichaCatalografica.pdf TCC-FINAL-BRUNO CHACON.pdf Lista de Figuras 1 Introdução 1.1 Objetivos 1.2 Organização da monografia 2 Fundamentação Teórica 2.1 Processamento Primário de Fluidos 2.2 Mecanismos de Separação 2.2.1 Seção de separação primária 2.2.2 Seção de acumulação de líquido 2.2.3 Seção de separação secundária 2.2.4 Seção de aglutinação 2.3 Separador Bifásico 2.4 Separador Trifásico 2.5 Microcontrolador e Arduino 2.5.1 Arduino 2.6 Sistema Supervisório 2.6.1 Protocolo de comunicação Modbus 2.7 Instrumentação 2.7.1 Sensor de Nível 2.7.2 Sensor de Vazão 2.7.3 Sensor Ultrassônico 2.7.4 Bomba de líquidos
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