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LEISHMANIOSE Leishmaniose é um grupo de doenças produzidas por Leishmania sp. cuja manifestação clínica varia de infecção assintomática à morte. • É uma doença intimamente relacionada à pobreza e cresce com o aumento da desigualdade social • De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é ainda um grave problema de saúde pública. • Faz parte do grupo de doenças negligenciadas pela indústria farmacêutica e agências de financiamento de pesquisa. Vetor: São dípteros da Família: Psycodidae Subfamília: Phlebotominae Gênero: Phlebotomus e Lutzomyia Características do Gênero Leishmania -Apresentam apenas duas formas evolutivas: no invertebrado e meio de cultura no vertebrado • Parasitam o HOMEM e outros mamíferos • Parasitam os flebótomos - hospedeiros invertebrados • Parasitam células do Sistema fagocítico monocitário Macrófagos e monócitos na pele e mucosas – forma tegumentar Macrófagos, célula de Kupfer no fígado, baço e medula óssea – forma visceral • Reproduzem-se por divisão binária simples • Reservatórios Na forma visceral os principais reservatórios são o cão e a raposa. (Os grandes disseminadores da leishmania viceral acabam por ser os cães abandonados). Na forma tegumentar, diversas espécies de mamíferos, como roedores, marsupiais, preguiças e tamanduás • Sintomas As 20 espécies e subespécies de parasitas causam uma grande variedade de sintomas, alguns são comuns (febre, mal-estar, perda de peso, anemia) inchaço do baço, fígado, e linfo-nodos nos casos de formas vicerais • Tipos de leishmaníases: Leishmaníase cutânea - formas que produzem exclusivamente lesões cutâneas papulares ou nodulares, indolores, secas e limpas com bordas duras, ulcerosas ou não, porém limitadas. Período de incubação: 2 semanas a varios meses. Cura expontaneamente. Lesões satélites ocasionais e/ou linfonódulos palpaveis. (L.(L.)amazonensis L.(V.)braziliensis) Leishmaníase muco-cutânea - formas que se complicam frequentemente com o aparecimento de lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe. Dois estágios. Lesão simples da pele, posterior envolvimento da mucosa. Pode ocorrer até 16 anos após a primeira lesão. Metástase via sangue e sistema linfático. Crônica e indolor. (L.(V.)braziliensis) Leishmaníase cutânea difusa - formas disseminadas cutâneas, que se apresentam em indivíduos com tratamento inadequado de calazar. (L.(L.)amazonensis). Lesões nodulares, não ulceradas, crônica e indolores. Numerosos parasitas nas lesões.Facilmente curado com tratamento Leishmaníase visceral ou calazar - formas viscerais em que os parasitos apresentam tropismo pelo sistema fagocítico mononuclear do baço, do fígado, da medula óssea e dos tecidos linfóides. (L.(L.)chagasi) Período de incubação : 2-6 meses. Febre, tontura, fraqueza, perda de peso apesar de apetite, espleno e hepatomegalia, aumento dos linfo-nódulos, anemia severa, leucopenia, trombopenia, hemorragia. Leishmaníase tegumentar americana - abrange as leishimaníases cutâneas e as muco-cutâneas do Brasil. As Leishmanias invadem macrófagos • Promastigotas sobrevivem apenas alguns minutos no sangue ou linfa • A opsonização pelo complemento, e interação com receptores de manose, promovem a fagocitose • Fusão do fagossoma com o lisossoma: Formação do fago-lisossoma • Exposição a hidrolases e radicais livres Diagnóstico Leishmaníases: cutânea, mucocutânea e disseminadas: • Presença geográfica do parasita; • História de picadas de insetos; • Lesões na pele: crônicas, ulcerosas, indolores. • Lesões nasofaríngeas • Demonstração do parasita: • raspagem das feridas (boda da lesão) • biopsia • Cultura in vitro • Inoculação em hamsters • Reação de Montenegro (inoculação intradérmica, tipo o exame de alergia) • Sorologia Leishmaniose Visceral – Calazar: • Presença geográfica do parasita; • História de picadas de insetos • Febre prolongada, esplenomegalia, hepatomegalia, anemia, etc. • Demonstração do parasita: • Amastigotas em aspirados da medula óssea • biopsia • Cultura in vitro • Inoculação em hamsters • Sorologia • Aglutinação direta • Elisa Tratamento 1. Antimonial pentavalente (Glucantime) – primeira escolha 2. Anfotericina-B – casos de falha terapêutica com antimônio 3. Pentamidina - casos de falha terapêutica com antimônio ou infecção por L.guyanensis 4. Miltefosina – primeira droga eficaz de administração oral. Está aprovada para uso no Calazar indiano resistente ao Glucantime. Profilaxia • Manter o peridomicílio limpo • Afastar abrigos de animais domésticos • Utilizar repelentes ou fumacês • Utilizar mosqueteiros com repelentes • Eliminar cães doentes • Tratar pessoas doentes
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