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LEISHMANIOSE (1)

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LEISHMANIOSE
Leishmaniose é um grupo de doenças produzidas por Leishmania sp. cuja manifestação clínica varia de infecção assintomática à morte. 
• É uma doença intimamente relacionada à pobreza e cresce com o aumento da desigualdade social 
• De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é ainda um grave problema de saúde pública. 
• Faz parte do grupo de doenças negligenciadas pela indústria farmacêutica e agências de financiamento de pesquisa. 
Vetor: São dípteros da Família: Psycodidae 
Subfamília: Phlebotominae 
Gênero: Phlebotomus e Lutzomyia 
Características do Gênero Leishmania -Apresentam apenas duas formas evolutivas: 
no invertebrado e meio de cultura no vertebrado 
• Parasitam o HOMEM e outros mamíferos 
• Parasitam os flebótomos - hospedeiros invertebrados 
• Parasitam células do Sistema fagocítico monocitário 
Macrófagos e monócitos na pele e mucosas – forma tegumentar 
Macrófagos, célula de Kupfer no fígado, baço e medula óssea – forma visceral 
• Reproduzem-se por divisão binária simples 
• Reservatórios 
Na forma visceral os principais reservatórios são o cão e a raposa. (Os grandes disseminadores da leishmania viceral acabam por ser os cães abandonados). Na forma tegumentar, diversas espécies de mamíferos, como roedores, marsupiais, preguiças e tamanduás 
• Sintomas 
As 20 espécies e subespécies de parasitas causam uma grande variedade de sintomas, alguns são comuns (febre, mal-estar, perda de peso, anemia) inchaço do baço, fígado, e linfo-nodos nos casos de formas vicerais 
• Tipos de leishmaníases: 
Leishmaníase cutânea - formas que produzem exclusivamente lesões cutâneas papulares ou nodulares, indolores, secas e limpas com bordas duras, ulcerosas ou não, porém limitadas. Período de incubação: 2 semanas a varios meses. Cura expontaneamente. Lesões satélites ocasionais e/ou linfonódulos palpaveis. (L.(L.)amazonensis L.(V.)braziliensis) 
Leishmaníase muco-cutânea - formas que se complicam frequentemente com o aparecimento de lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe. Dois estágios. Lesão simples da pele, posterior envolvimento da mucosa. Pode ocorrer até 16 anos após a primeira lesão. Metástase via sangue e sistema linfático. Crônica e indolor. (L.(V.)braziliensis) 
Leishmaníase cutânea difusa - formas disseminadas cutâneas, que se apresentam em indivíduos com tratamento inadequado de calazar. (L.(L.)amazonensis). Lesões nodulares, não ulceradas, crônica e indolores. Numerosos parasitas nas lesões.Facilmente curado com tratamento 
Leishmaníase visceral ou calazar - formas viscerais em que os parasitos apresentam tropismo pelo sistema fagocítico mononuclear do baço, do fígado, da medula óssea e dos tecidos linfóides. (L.(L.)chagasi) Período de incubação : 2-6 meses. Febre, tontura, fraqueza, perda de peso apesar de apetite, espleno e hepatomegalia, aumento dos linfo-nódulos, anemia severa, leucopenia, trombopenia, hemorragia. 
Leishmaníase tegumentar americana - abrange as leishimaníases cutâneas e as muco-cutâneas do Brasil. 
As Leishmanias invadem macrófagos 
• Promastigotas sobrevivem apenas alguns minutos no sangue ou linfa 
• A opsonização pelo complemento, e interação com receptores de manose, promovem a fagocitose 
• Fusão do fagossoma com o lisossoma: Formação do fago-lisossoma 
• Exposição a hidrolases e radicais livres 
Diagnóstico 
Leishmaníases: cutânea, mucocutânea e disseminadas: 
• Presença geográfica do parasita; 
• História de picadas de insetos; 
• Lesões na pele: crônicas, ulcerosas, indolores. 
• Lesões nasofaríngeas 
• Demonstração do parasita: 
• raspagem das feridas (boda da lesão) 
• biopsia 
• Cultura in vitro 
• Inoculação em hamsters 
• Reação de Montenegro (inoculação intradérmica, tipo o exame de alergia) 
• Sorologia 
Leishmaniose Visceral – Calazar: 
• Presença geográfica do parasita; 
• História de picadas de insetos 
• Febre prolongada, esplenomegalia, hepatomegalia, anemia, etc. 
• Demonstração do parasita: 
• Amastigotas em aspirados da medula óssea 
• biopsia 
• Cultura in vitro 
• Inoculação em hamsters 
• Sorologia 
• Aglutinação direta 
• Elisa 
Tratamento 
1. Antimonial pentavalente (Glucantime) – primeira escolha 
2. Anfotericina-B – casos de falha terapêutica com antimônio 
3. Pentamidina - casos de falha terapêutica com antimônio ou 
infecção por L.guyanensis 
4. Miltefosina – primeira droga eficaz de administração oral. Está aprovada para uso no Calazar indiano resistente ao Glucantime. 
Profilaxia 
• Manter o peridomicílio limpo 
• Afastar abrigos de animais domésticos 
• Utilizar repelentes ou fumacês 
• Utilizar mosqueteiros com repelentes 
• Eliminar cães doentes 
• Tratar pessoas doentes

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