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Artigo sobre Antropologia Juridica

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Universidade Federal do Espirito Santo
Centro de Ciências Humanas e Naturais
Departamento de Ciências Sociais
Antropologia Jurídica
Professor Sandro
Estudante Paulo Sergio Brandão
Justiça: Imposição da ordem como punição aos indesejáveis sociais. 
Vitória – ES
2017
Introdução
A análise dos textos de Bourdieu, Foucault, Feltran, Geertz e Roberto de Lima desnudam o exercício da justiça, com seus aparatos, sua linguagem, seus códigos, bem como mostra que o principal objetivo da justiça com seus operadores é manter a ordem social dominante e isso fica claro que desde a formação de um juiz, com as exigências de uma formação escolar e depois acadêmica restrita a poucos e a prova da OAB, o concurso difícil, os ritos de autoridade, o local do júri, o desenrolar das provas e testemunhas, as roupas, posturas. Enfim, a justiça cria um modelo de sociedade, para ordenar e resolver os conflitos e usa as leis e normas jurídicas para impor este modelo a todos. Nos casos, por exemplo, de periferia, em que muitas vezes, distante do modelo social da justiça, em que todos são tratados como bandidos e não se enquadram neste modelo de sociedade existe a lei para punir com prisões ou até mesmo tortura e morte. É o juiz, que investido de um poder e saber especial, passado por uma sociedade endinheirada, que de forma oracular, decide sobre a vida de todos e julga e condena aquilo que é o certo e o errado. 
Justiça: Imposição da ordem como punição aos indesejáveis sociais. 
“Quando a noção de direito não dá mais conta
de descrever o mundo social das periferias da 
cidade, a equação da conflitividade social transborda
para dinâmicas violentas. O argumento é arendtiano”.
(Feltran, 2010)
A antropologia e o direito
O antropólogo vê a lei ou os conjuntos de normas jurídicas como parte da cultura e forma de controle social, e aponta outras formas de efetivação da autoridade e organização social baseada em regras e normas, pautadas na tradição, obediência, hierarquia e legitimidade (Feltran, 2010). As normas legais para o antropólogo, objetos de sua análise, são aquelas estudadas em sociedades consideradas tradicionais ou não complexas, bem como as periferias das grandes metrópoles urbanas, que estão as margens do Estado. A pesquisa antropológica acontece de forma articulada com um conjunto de tópicos a partir de dados coletados, somados a teoria e geralmente com idas a campo, por meio da observação participante e etnografia. 
O direito, meio que oposto a antropologia, segundo Feltran, age por meio da “razão prática” e trabalha numa relação direta entre dado, fato, prova e a imagem da justiça, como numa lógica de causa e efeito. 
 
Como opera meio jurídico
Para Bourdieu o meio jurídico faz uma distinção clara entre os profissionais e os não profissionais e por meio da racionalização constante, age como poder autônomo, impondo um sistema jurídico próprio a seus agentes, sujeitando a sociedade a sanções produzidas por estes códigos, que são padronizados de forma universalizante, por meio de justificativas morais para impor uma pseudo neutralidade que delimita uma fronteira aos que pertencem a este campo e aos excluídos do mesmo. 
Existe ai uma clara relação de poder estabelecida entre a visão dos excluídos, os leigos, que não dominam as categorias abstratas opressoras, criadas pelo direito, pois estão fora do campo e a visão cientifica do perito e dos operadores do direito. Esta relação posta não é nada acidental, ao contrário, é construída dentro de um sistema de poder e saber. 
Em nome da universalização, racionalização e neutralização, o meio jurídico cumpre um papel de favorecer os agentes sociais que detém o poder econômico ou capital simbólico, pois decidem sob o que é normal ou patológico em relação aqueles que são diferentes e indesejáveis, de acordo com o modelo opressor de sociedade estabelecida. 
Eles, os operadores do direito, em nome de uma neutralização, legitimados por suas funções meritocraticas, nivelam de forma universal o funcionamento do tecido social, mesmo desconhecendo as diversas formas de arranjos sociais que estão na periferia da sociedade e seu saber local (Geertz, 2004). Com isso, o direito consagra setores dominantes a partir da naturalização de práticas e regras, que se dá por meio do ritual litúrgico, desde a delegacia até o tribunal de júri. 
O campo jurídico, com seus agentes, representam a coletividade endinheirada e com seus aparatos, pune e expurga os indesejáveis, agindo com força de lei e da violência institucional, impondo a paz armada e desencorajando a transgressão da ordem dominante estabelecida. Assim, desde da abordagem policial, as audiências e o tribunal do júri, prevalece um ritual naturalizador, que denota o poder simbólico exercido pelo campo jurídico. 
Os ritos exercidos no universo jurídico, que se dá principalmente por meio da autoridade do juiz e seus agentes, com uso de uma linguagem, criam um habitus linguístico (Bourdieu, 2002), que a partir da criação de um mercado próprio, os seus agentes entram em confronto visando obter sucesso na disputa por quem melhor internaliza nos autos o seu discurso. 
O poder simbólico (Bourdieu, 2002) se dá principalmente pela linguagem, fundadas no rigor racional, fonte de reconhecimento das leis no direito, e se transforma em um ato de magia social. O vocabulário, o debate no júri, as expressões em latim, como “carta precatória”, “Habeas corpus”, “auto do corpo do delito”, “prescrição da pretensão punitiva” são povoadas de tensões e poder simbólico e definem um campo em que se estabelecem as fronteiras entre quem é do campo e quem é excluído do mesmo. 
Esta linguagem carregada de códigos abstratos, consagram um poder simbólico (Bourdieu, 2002), dotado de opressão em suas categorias, que demarcam claramente o limite entre os que detém um saber especial, portanto, desde sempre foi considerado como um “ser digno” e os excluídos, condenados ao domínio decisório desta elite dominante. 
O campo jurídico (Bourdieu, 2002) se constituiu numa construção histórica de manutenção de um grupo de poder dominante e exerce conexões com outros campos de poder, servindo a interesses bem definidos de classes e grupos. Se constitui com uma forma de reprodução legitimadora das relações desiguais existentes. Seus agentes são mantenedores da ordem social e desconhecem totalmente a realidade em que vive os mais de 70% (setenta por cento) da “Ralé Brasileira” (Souza, 2005). Impõe suas regras para um público profano, que vive em outros modelos de sociedade nas diversas periferias existentes. 
Para Lima, o juiz se coloca como um ser superior, por que detém um “saber especial”, que foi criado pela ciência do direito e passado na academia para as eleitos. O acesso a esse saber acumulado é só para os que detém o domínio de uma linguagem abstrata especifica, passada desde cedo, num ambiente familiar e de convívio, que torna este individuo um “ser digno” de tal lugar, por que foi preparado para isso desde cedo. Todos que estão a sua volta o veneram e respeitam por ser assim tão importante. 
O juiz fala de um lugar social, a partir de uma classe privilegiada, que desde cedo recebe um saber especial que o prepara para assumir um posto, onde vai decidir sozinho o certo e o errado, usando uma verdade jurídica, construída a partir de um modelo de ordem, que ao ser defendida e usada como parâmetro, vai moldando um modelo vigência e opressor que só atende aos anseios dos afortunados e ao mesmo tempo, empurra para além dos muros da vida plena e bela os indesejáveis sociais, os pobres e os que não se enquadram neste modelo perfeito de sociedade jurídica. 
Segundo Lima, os fatos da vida social, na justiça, por meio do direito, são transformados em autos e depois disso quem passa a ter controle da linguagem abstrata e altamente erudita é o juiz e os operadores do direito. Neste universo linguístico que usa categorias opressoras, umavez que demarca claramente uma fronteira entre os que a dominam, os superiores, aqueles que sabem ler, interpretar e escrever tal língua; e os que serão os futuros condenados, os excluídos deste processo, que tem que se sujeitar a advogados, que visam somente o lucro, pois entram para um mercado altamente lucrativo de possibilidades de ganhar e ganhar sempre, independente se seu cliente vai ser condenado ou não. Geralmente os advogados, juízes, promotores são cumplices de uma estrutura de poder que serve a eles, seus filhos, parentes, amigos e a elite que eles fazem parte. 
Estado e Sociedade.
Para ótica jurídica não há sociedade sem Estado por que é o Estado que cria as leis que regem a vida social e dá o aparato estrutural institucional para que o judiciário funcione e atue e faça com a ordem seja estabelecida. Logo a sociedade nesta ótica é uma categoria opressora e “zumbi” (Beck, 2003), que atende a uma logica normativa ordenadora do espaço, advinda das normas jurídicas construídas fora da realidade social e imposta de cima para baixo como reguladora da vida social e ao mesmo tempo criadora e doadora de sentido ao existir social e da própria sociedade. É o direito que cria a sociedade (Bourdieu, 2002)
Logo a expressão muito usada para localidades periféricas em que se diz que o Estado esta ausente ou que existe um Estado paralelo, é uma linguagem categórica de exclusão social, por que empurra os pobres para a condição de indivíduos antissociais ou associais, ou seja, que não vivem em sociedade, uma vez que não há Estado ali. 
A ordem reparadora do caos, que visa regular a vida em sociedade tem no direito o seu braço mais perverso, pois tem na lei a ideia de perfeição e no sistema um instrumento de condenação a prisão dos indesejáveis. 
Na periferia todos são bandidos?!
Para Feltran, a periferia é o lugar social do excluído, onde é visto ora como trabalhador, se conseguir um trabalho ou uma ocupação “digna” e bandido, quando é pego sob qualquer circunstância “anormal” em situação “suspeita”, sem fazer nada, como que estivesse vagabundando, em qualquer lugar da favela ou de um bairro de periferia. Se não for levado pelos mantenedores da ordem, no mínimo serão revistados e passam a ser vistos com desconfiança. Quando não são fuzilados com a justificativa de que tentaram reagir ou são traficantes pegos com drogas. 
Segundo Feltran, ainda tem casos de ocupação em favelas em que a policia, em nome do Estado, seguindo uma ordem que emana de uma verdade jurídica, entra fortemente armada, invadindo casas e apontando armas e abordando todos os moradores da comunidade. Nestes casos não existe diferença clara entre “bandidos” e “trabalhadores”, pois todos são vistos como bandidos por morarem na favela. Logo todos tem que sofrer a ação policial em nome do resgate da ordem, a normalidade e resguardar as instituições democráticas. 
Para Feltran a periferia é outra forma de arranjo social onde os indivíduos não tem acesso a bens e serviços, direitos, sonhos e qualidade de vida e buscam outra forma de viver, criando suas próprias instituições sociais ou se adequando as que já existem. 
A justiça é para os endinheirados.
A estrutura que sustenta o judiciário é cara e é um serviço feito para afastar os indesejáveis da sociedade endinheirada e bem nutrida. A linguagem, os aparatos, o acesso ao curso de direito, os prédios imponentes e com muita gente que parece que são de outro mundo, pelo modo de falar, de vestir e de se relacionar. 
Em “A verdade e as formas jurídicas” Foucault mostra que o conhecimento é algo inventado e, portanto não faz parte da natureza humana e não existe relação de afinidade e semelhança entre o conhecimento e as coisas. O conhecimento não se preocupa com a verdade, uma vez que a verdade advém de um poder produzido pelo capital que retêm o conhecimento aos mais favorecidos. Este grupo que detém o poder também exerce o controle do saber, criam fabulas para legitimar suas instituições que disciplina a vida em sociedade. As instituições com suas fábulas, impõe a vigilância, o controle e a correção se constituindo assim em uma sociedade panóptica, em todas as suas esferas politica, econômica e social. As relações jurídicas deixam–se corromper pelo poder dos dominantes, dificultando ainda mais o principal valor do direito, a justiça. 
Segundo Geertz, as instituições jurídicas, como a família, o Estado surgem quando são interessantes para determinada classe com o objetivo de manutenção da realidade social visando beneficiar os seus. É a partir das relações jurídicas que são formados os sujeitos sociais de acordo com as instituições impondo limitações, sanções, julgamentos e reparamentos de desvios sociais num contexto de opressão sobre os corpos visando a docilização “foucautiana” dos mesmos. 
No Brasil aplica-se a lógica penal: os pobres tem que sofrer no corpo.
Na analise de Lima, no Brasil existe uma situação bem peculiar em relação a forma como o direito atua em relação a sociedade. Para o direito as praticas estão erradas e as normas estão certas, pois o direito esta preocupado com a normatividade abstrata e tem preconceito com a realidade. E por meio das normas, consideradas perfeitas, o direito, instrumento de poder do Estado precisa das normas para impor a verdade jurídica em forma de modelo de civilização. A proposta é corrigir esta sociedade que se apresenta desorganizada, plural, racial e além de tudo tem um clima horrível. A visão do direito é evolutiva e trabalha com um método comparativo ao contrario: lá esta certo e aqui errado, inferior. 
O judiciário usa uma lógica escolástica de poder em que e trabalha com o contraditório e o dissenso e não encontra no consenso o melhor resultado. Pois para eles o consenso surge do poder, numa logica fundada no poder de uma autoridade (argumento de autoridade) contra a autoridade do argumento (Lima, 2009-2010). 
A produção do conhecimento tem problemas com fatos, pois a estrutura do judiciário após apurar os fatos, cabe ao juiz dizer o que é a verdade. A construção do conhecimento esta associada a hierarquia entre os participantes e depende da decisão do juiz. 
Os juízes trabalham com a logica penal em que as decisões decidem quem os que cometem crime tem que ser sofrer. E neste sentido para os que não tem liberdade como os pobres, que moram na favela, a cadeia acaba sendo uma coisa boa, pois não tem tudo que é necessário em sua casa, como cama, comida e roupa lavada. Para a justiça este individuo ao ser preso tem que sofrer no corpo, pois a cadeia para ele é uma coisa boa. Isso revela uma logica em que os desiguais são tratados de forma desigual e quem está no topo sempre sai ganhando (Lima, 2009-2010). 
Os conflitos são indesejáveis é e para justificar isso, nossa sociedade fica a mercê da vigilância do Estado que coloca câmeras em todo canto e como é preciso evitar a desorganização o Estado usa o seu poder de sigilo para ter acesso a informação e proteger o cidadão. Por outro lado estas informações sigilosas ficam nas mãos dos funcionários do Estado que recebem privilégios para nos proteger. Um dos problemas é que as leis no Brasil são muito genéricas e não se tem protocolo, normas de procedimentos que orientam as tomadas de decisão por parte dos funcionários que trabalham nestes locais (Lima, 2009-2010). 
A polícia é hierquizada e tem um tratamento desigual, mas é este individuo que esta sendo tratado de forma desigual que vai atender as demandas por segurança publica com os cidadãos. Ora se ele é tratado de forma desigual como vai tratar de forma igual ao cidadão (Lima, 2009-2010). 
Lima nos relara que o teatro armado no Tribunal como espaço institucional para produzir verdades jurídicas se dá por meio da escuta a testemunha, reconstituindo o passado e neste momento não há fatos, só versões e indícios. O réu sempre esta na condição de mentiroso e está tentando se defender e como os autos tem fé publica, se o réu não confessa ele enfrenta os argumentos com fé publica contra ele, que usa de alegações mentirosas. Eno final o juiz decide, como pseudo neutralidade, mostrando a prevalência do Estado e seus funcionários sobre a sociedade. 
Ungido por um saber especial, e tendo passado por um concurso difícil, o juiz, é investido de efeitos oraculares e por seu livre consentimento decide em favor de todos os cidadãos. O saber particularizado converte-se em poder assumido publicamente e tem sinal positivo, pois quem esta no cume da pirâmide exerce poder fundado no saber de que se apropriou particularizadamente. 
Conclusão
A justiça, com seus juízes e os operadores do direito, por intermédio da conexão com outros campos de poder de interesses bem definidos de classe e grupos privilegiados, tem a função de vigiar, punir e controlar os pobres das periferias, os assim chamados indesejáveis, em nome de uma verdade jurídica fabricada pelos donos do poder. Para isso usam a força do aparato estatal para exercer a violência legitimada, na tentativa de manter um modelo de ordem social, pensada pelos grupos dominantes e endinheirados, que atende a uma forma de sociedade elitizada, criada e pensada de cima pra baixo, que visa principalmente, dá segurança e tranquilidade aos ricos e poderosos e garantir a paz em seus lares. 
Referências Bibliograficas
Geertz. O saber local: fatos e leis em uma perspectiva comparativa. in: O saber local. Vozes, 2004.
Roberto Kant de Lima. Sensibilidades jurídicas, saber e poder: bases culturais de alguns aspectos do direito brasileiro em uma perspectiva comparada. Anuário Antropológico/2009 - 2010: 25-51
Gabriel de Santis Feltran. Periferias, direito e diferença: notas de uma etnografia urbana. http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/37711
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Capitulo VII: A Força do Direito. Tradução de Fernando Tomaz. 5ª ed.. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
FOUCAULT, Michel. A Verdade e as Formas Jurídicas. 2.ed. Rio de Janeiro: Nau Ed., 1999.
BECK, Ulrich. Liberdade e Capitalismo. Ulrich Beck conversa com Johannes Willms. São Paulo: UNESP, 2003. 
Souza, Jessé. A ralé brasileira: quem são e como vivem. Ed. UFMG, 2009.

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