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1 ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE 1.1. Introdução Fig. 1 – Galileu Galilei (1564-1642) Durante a primeira metade do século XVII, Galileu Galilei analisou experimentalmente o conceito de aceleração. Um de seus objetivos era aprender mais sobre os objetos em queda livre. Infelizmente, os dispositivos de seu tempo não eram precisos o suficiente para lhe permitir estudar a queda livre diretamente. Portanto, ele decidiu limitar a aceleração usando fluidos, planos inclinados e pêndulos. Neste experimento, será analisado como a aceleração de um carrinho ou de uma bola rolando depende do ângulo de rampa, como mostram a figuras (Fig. 2 e Fig. 3). Fig. 2 – Esfera rolando sobre plano inclinado Nessa experiência utilizaremos o arranjo experimental mostrado na Fig. 3. O corpo de prova é um carrinho presente num plano inclinado que desliza praticamente sem atrito sobre um colchão de ar. O funcionamento do dispositivo é relativamente simples: após a passagem do carrinho pelo primeiro sensor o cronômetro digital começa a contagem do tempo de passagem entre cada sensor sequente. Fig. 3 – Arranjo experimental mostrando carrinho, plano inclinado com colchão de ar e sensores. 2 Fig. 4 – Esquema de forças atuando sobre um corpo em um plano inclinado Na figura Fig. 4 representamos um corpo massa �, submetido à força gravitacional, num plano inclinado de angulação �. Pela 2ª lei de Newton, a força resultante �� que atua sobre um corpo com massa m e aceleração �� será: �� � ��� � � ��� � � � � � �1� onde �� é o momento linear e � a velocidade instantânea. No caso do plano inclinado a aceleração será �� � |��|��� � ��, assim a equação (1) aplicada ao problema resultará em: �� � |��|��� � �� � � � � � �2� A solução da equação (2) para a velocidade � �� e a posição ���� será: �� � � �� � |��|��� ���. ��� � � ��� � �� � |��|��� ��� 2 . � 1.2. Objetivo Utilizar aparato experimental para obter o valor da aceleração da gravidade local. 3 1.3. Material Fig. 5 – Aparato experimental contendo trilho de ar, compressor de ar, cronômetro, sensores, chave liga-desliga e acessórios. • Trilho de ar retilíneo; • Cronômetro digital; • Cinco sensores fotoelétricos com suporte fixador; • Eletroímã com dois bornes; • Chave liga-desliga; • Cabos de ligação com 6 pinos banana; • Compressor de ar com mangueira flexível; • Carrinho; 1.4. Determinação da aceleração da gravidade 1. Para esse experimento, faça as ligações entre os sensores, o cronômetro, a chave liga- desliga e o eletroímã conforme a figura (Fig. 6) a seguir. Fig. 6 – Esquema das ligações entre os sensores, o cronômetro, a chave liga-desliga e o eletroímã. 4 2. Posicione os sensores S1, S2, S3 e S4 de acordo com a Fig. 7, com os sensores separados pela distância de 0,15 m e o sensor S1 a 0,15 m da origem (ponto médio do carrinho). 3. Monte o aparato de acordo o mostrado na figura a seguir, utilizando um carrinho, quatro sensores e o bloco como suporte para o trilho de ar, de modo a formar um ângulo θ com a horizontal. Fig. 7- Disposição do trilho de ar e dos sensores para a realização do experimento. 4. Utilizando uma trena ou régua meça os lados do triângulo formado devido à inclinação do trilho de ar e determine os valores de sin� e cos �. 5. Qual a fórmula utilizada para propagação de erros envolvendo uma divisão? 6. Utilize a fórmula da questão anterior para calcular o erro experimental associado aos valores de sin � e cos �. R. R. R. 5 7. Faça um esquema representando todas as forças que agem sobre o carrinho. Considere a força peso e suas componentes x e y, bem como a força normal. Assuma que a força de atrito é desprezível. Escreve também a 2ª Lei de Newton para cada uma das componentes. Agora vamos ao experimento! 8. Ligue o cronômetro digital, pressione o botão “Função” até selecionar F2. Nessa função o cronômetro irá começar a medir o tempo a partir do momento em que a chave liga-desliga é desligada. 9. Ligue chave liga-desliga. Na parte de trás do cronômetro existe um botão para o controle da corrente elétrica no eletroímã. Coloque-o na posição 6. Caso o carrinho se desprenda com facilidade, mesmo com a chave ligada, aumente esse valor. 10. Ligue a unidade de fluxo de ar. Atenção: fluxo de ar elevado torna a trajetória do carrinho instável. Evite isso! 11. Agora vamos coletar os dados. Desligue a chave liga-desliga e observe o movimento do carrinho e os tempos marcados no cronômetro. Anote os valores dos tempos e as respectivas posições em que se encontram os cronômetros. Para zerar o cronômetro pressione “Reset”. Repita o experimento dez vezes e preencha a tabela a seguir: R. 6 Tab. 1 - Dados experimentais. x1 x2 x3 x4 Posição: Erro Experimental: Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Medição 1 Medição 2 Medição 3 Medição 4 Medição 5 Medição 6 Medição 7 Medição 8 Medição 9 Medição 10 Média: Erro aleatório: Erro Instrumental Erro Experimental: Obs.: considere como erro experimental para as posições o erro instrumental. Para os tempos, considere o erro instrumental e o erro aleatório. 12. Usando os dados da Tab. 1, construa um gráfico da posição em função do quadrado dos tempos, ou sejas � � � ��. Não se esqueça de incluir no gráfico os erros experimentais. 7 13. Qual tipo de gráfico encontrado? 14. Determine o coeficiente angular e linear do gráfico. Quais são seus significados físicos? 15. Com os valores obtidos na questão anterior, determine o valor da aceleração da gravidade. 16. Qual o erro experimental associado ao cálculo da aceleração da gravidade? Utilize o valor de erro informado pelo software de análise de dados bem como fórmulas de propagação de erros para responder a essa questão. 17. O valor obtido para a aceleração da gravidade está dentro do esperado? Comente levando em conta os erros experimentais e o valor aceito atualmente (� ≅ 9,78 �/��). R. R. R. R. R.
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