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Sobre o Medo de Desejar

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‘Sobre o Medo de Desejar’
Das mutações ocorrentes nas emoções 
e as consequências dessas transformações. 
Prof. Renato Dias Martino 
Psicoterapeuta e Escritor
Fone: 17-30113866 
prof.renatodiasmartino@gmail.com
pensar-seasi-mesmo.blogspot.com.br
Uma mente inundada por insegurança
	pode gerar hostilidade. 
O medo parece ser um subproduto do desejo
Aquele que não deseja nada não teme coisa alguma. 
Na mitologia grega os deuses 
gêmeos filhos de 
Aries e Afrodite.
Deimos (do grego "terror, pavor") e Phobos (do grego "medo")
Síndrome de Estocolmo
	O sujeito que é submetido a um tempo prolongado de ameaças, então a apresentar afinidade ou até carinho por seu agressor.
Sigmund Freud (1856-1939) 
	"É possível, no princípio, trabalhar o tema da ansiedade, por um tempo considerável, sem absolutamente pensar nos estados neuróticos. De imediato, os senhores me entenderão, quando eu descrever essa espécie de ansiedade como ansiedade ‘realística’, em contraste com ansiedade ‘neurótica’." (Freud, em TEORIA GERAL DAS NEUROSES , 1917).
Histeria de conversão
	"Na histeria, a representação incompatível é tornada inócua pela transformação de sua soma de excitação em alguma coisa somática. Para isso eu gostaria de propor o nome de conversão." (Freud, em AS NEUROPSICOSES DE DEFESA , 1894)
	“Os sintomas das neuroses, poder-se-ia dizer, são, sem exceção, ou uma satisfação substitutiva de algum impulso sexual ou medidas para impedir tal satisfação, e via de regra, são conciliações entre as duas, do tipo que ocorre em consonância com as leis que operam entre contrários, no inconsciente.” (Freud, em ESBOÇO DE PSICANÁLISE 1940). 
Ambiguidade
Odeia como forma de distanciamento e proteção daquilo que de fato deseja tanto. 
Neurose X Perversão
	"Portanto, os sintomas se formam, em parte, 
	às expensas da sexualidade anormal; 
	a neurose é, por assim dizer, o negativo da perversão". 
	(Freud, em TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE, 1905)
Neuroses
Neurose obsessiva - projeta-se no mundo externo
Histeria de conversão - vítima de si mesmo. 
NOTAS SOBRE UM CASO DE NEUROSE OBSESSIVA. (Freud, 1909)
	“eram medos de que algo pudesse acontecer a duas pessoas de quem ele gostava muito: seu pai e uma dama a quem admirava.”
NOTAS SOBRE UM CASO DE NEUROSE OBSESSIVA (Freud, 1909)
	"Conforme a teoria psicanalítica, eu lhe disse, todo medo correspondia a um desejo primeiro, agora reprimido; por conseguinte, éramos obrigados a acreditar no exato contrário daquilo que ele afirmara. Isto também se ajustaria a uma outra exigência teórica, ou seja, a de que o inconsciente deve ser o exato contrário do consciente."
Atuação = 
Ação sem pensamento
Realização + Proibição = Medo
Acting Out
Amor e Ódio
	Simultaneamente, quando o ódio ocupa o topo da consciência, o amor se mantém encoberto, de forma latente, e vice-versa. Contudo, mesmo estando num estado latente ainda assim, mantém-se muito intenso e definindo “escolhas” na vida do sujeito. 
(Klein, em CONCLUSÕES TEÓRICAS SOBRE A VIDA EMOCIONAL DO BEBÊ, 1952)
	 O bebê projeta seus impulsos de amor e os atribui ao seio gratificador (bom), assim como projeta seus impulsos destrutivos e os atribui ao seio frustrador." 
Pensamento 
prematuro
	“...o desejo é um fluxo muito forte de libido (energia psíquica) e carrega em si muito dos conteúdos impensados e impregnados de um narcisismo prematuro. Assim, um pensamento que tenha nascido dessa forma, prematuro, já agia no funcionamento da mente, mesmo sem ainda poder ser chamado de pensamento." 
	(Martino em Para Além da Clínica, 2011)
Aquilo que um dia foi desejo dos pais, hoje pode se tornar um medo no filho
Medo de frustrar aqueles que cuidaram dele e viver um dolorido sentimento de incompetência. 
(Freud, em FORMULAÇÕES SOBRE OS DOIS PRINCÍPIOS DO FUNCIONAMENTO MENTAL, 1911)
	“O pensar foi dotado de características que tornaram possível para o aparelho mental tolerar uma tensão intensificada de estímulo, enquanto o processo de descarga era adiado.”
(Bion, em ATENÇÃO E INTERPRETAÇÃO, 1970)
	 “Todo aquele que esteja acostumado a lembrar o que os pacientes falam e a ficar querendo seu bem-estar, terá dificuldade de avaliar o dano infligido à intuição analítica, inseparável de toda e qualquer memória e qualquer desejo." 
Realização do Desejo
	A busca pela realização do desejo, por mais que se mostre prazerosa, é exatamente a responsável pelo conflito. 
Todo esforço para apaziguar e assim reduzir a intensidade do desejo (desvio) deve converter-se na diminuição do medo. 
(Arthur Schopenhauer, em O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO 1818)
"Tal veemência excessiva do querer é já de per si e diretamente, uma fonte constante de dor. Primeiramente porque qualquer querer, como tal, nasce da necessidade, portanto, da dor."
(Arthur Schopenhauer, em O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO 1818)
	"Por meio da felicidade que então provamos, torna-se-nos possível julgar da beatitude do homem cuja vontade não está, como no êxtase da estética, acalmada apenas por breve instante, mas para sempre, quando está de fato consumado, salvo na derradeira centelha que serve para manter a vida corpórea e que desaparecerá com ela."
Desejo 
é 
Material
	O desejo está na dimensão material da vida corpórea, que nasce, permanece por algum tempo, crescendo e se desenvolvendo, produz alguns efeitos nos fenômenos e então passa a definhar gradativamente, até a morte.
Desejo de posse
O medo de perder é produto do desejo de ter, mas enquanto aquele que deseja ter teme perder, aquele que ama terá pra sempre.
O Bhagavad Gita a “Canção do Senhor” da Índia, Um dialogo entre Krishna, que é a Personalidade Suprema do Senhor, e Arjuna, seu devoto amigo num momento de insegurança.
	“quem a tudo renuncia, jubiloso, alcança, já agora, a mais alta paz do espírito; mas quem espera vantagem das suas obras é escravizado por seus desejos”.
	Bhagavad Gita, Sabedoria do Desapego
Desapego
 Numa relação afetiva saudável a confirmação sensorial deve, ser substituída pelo vínculo simbólico, que dispensa a confirmação compulsiva pelos órgãos dos sentidos.
Referências:
Bion, W. R. (1970). ATENÇÃO E INTERPRETAÇÃO. Imago, Rio de Janeiro, 1973. 
Freud, S. (1894). AS NEUROPSICOSES DE DEFESA. Ed. Imago. Rio de Janeiro.
_____ (1905).TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE. Ed. Imago. Rio de Janeiro.
_____ (1909). NOTAS SOBRE UM CASO DE NEUROSE OBSESSIVA - O HOMEM DOS RATOS. Ed. Imago. Rio de Janeiro. 
_____ (1914).A HISTÓRIA DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO. Ed. Imago. Rio de Janeiro.
_____(1915).O RECALQUE In: ESCRITOS SOBRE A PSICOLOGIA DO INCONSCIENTE. Ed. Imago. Rio de Janeiro. 
_____(1917). TEORIA GERAL DAS NEUROSES. Ed. Imago. Rio de Janeiro.
_____ (1940).ESBOÇO DE PSICANÁLISE. Ed. Imago. Rio de Janeiro.
Klein, M. (1969). ALGUMAS CONCLUSÕES TEÓRICAS SOBRE A VIDA EMOCIONAL DO BEBÊ. Em M. Klein, P. Heimann, S. Isaacs& J. Riviere (Orgs.), Os progressos da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar. (Original publicado em 1952)
Martino, R. D. O LIVRO DO DESAPEGO - 1. ed.- São José do Rio Preto, SP: Vitrine Literária Editora, 2015.
_______. PRIMEIROS PASSOS RUMO À PSICANÁLISE- 1. ed. -- São José do Rio Preto, SP : Vitrine Literária Editora, 2012.
_______.PARA ALÉM DA CLÍNICA - 1. ed. São José do RioPreto, São Paulo: Editora Inteligência 3, 2011.
Prabhupada, A. C. BhaktivedantaSwami. O BHAGAVAD-GITA - Como Ele É. Editora: The Bhaktivedanta Book Trust. 1976.
Schopenhauer, A.O MUNDO COMO VONTADE E COMO REPRESENTAÇÃO, (livro 4), São Paulo: Unesp, 2005 – tradução de Jair Barboza.(Original publicado em 1818)
Coordenação:
Prof. Renato Dias Martino 
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