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HIPEROXALÚRIA - PEROXISSOMO E SÍNDROME DE PEARSON - MITOCÔNDRIA

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LORENZO BARCELOS, HENRIQUE BORGES E VICTORIA HYALENA
FACULDADE DE FARMÁCIA CURSO DE BIOMEDICINA
DOENÇAS MITOCNODRIAIS E PEROXISSÔMICAS
PORTO ALEGRE
2017
HIPEROXALÚRIA - PEROXISSOMO
A hiperoxalúria é uma doença metabólica autossômica recessiva rara. Resulta da deficiência de uma enzima hepática peroxissomal a L-alanina: glioxilato aminotransferase (AGT). A AGT normalmente converte o glioxilato em glicina e, o defeito da AGT resulta num aumento da concentração de glioxilato, que é convertido em oxalato. Os primeiros sintomas surgem antes do primeiro ano de idade em 15% e antes dos 5 anos de idade em 50% dos casos.
As hiperoxalúrias foram bem estudados em 2 tipos: o tipo I, que se caracteriza por elevada taxa de excreção urinária de glicolato, e o tipo II, que é menos grave, e que se caracteriza pela elevada excreção urinária de L-glicerato. O excesso de oxalato em ambos os tipos pode se precipitar na urina, provocando o aparecimento de litíase e nefrocalcinose.
A forma infantil é caracterizada por insuficiência renal crónica devido à grande deposição de oxalato. Noutros doentes, a urolitíase desenvolve-se com infecções, hematúria, cólicas renais ou insuficiência renal aguda devido à obstrução completa. A insuficiência renal terminal ocorre antes dos 15 anos em metade dos casos e o consequente aumento de oxalato circulante leva à sua deposição nos tecidos causando defeitos de condução cardíaca, hipertensão, gangrena distal, limitação da mobilidade articular e dor. A hiperoxalúria está associada com uma excreção aumentada de glicolato.
		
	
Biópsia renal coroada pela hematoxilina-eosina (200x)(. A) cristal de oxalato em células tubulares e lúmen tubular, reação inflamatória intersticial, B) glomérulos com colapso de alças capilares e dilatação do espaço de Bowmmann.
		
	
	
O tratamento envolve a ingestão de grandes volumes de líquidos de forma a manter uma excreção urinária acima dos 3L/1,73m2/dia, suplementação com piridoxina (coenzima da AGT) e alcalinização da urina. O transplante renal só por si não corrige a doença metabólica, que irá reaparecer no enxerto. O transplante combinado de rim e fígado é provavelmente o tratamento de escolha em crianças mais jovens: o transplante deve ser efetuado antes ou logo após o início da diálise de forma a prevenir complicações extrarrenais. A hiperoxalúria tipo dois é extremamente rara e resulta de uma deficiência de glicerato desidrogenase.
SÍNDROME DE PEARSON - MITOCÔNDRIA
A mitocôndria é uma organela de alta importância para o funcionamento da célula, porém o mau funcionamento ou a duplicação problemática do DNA mitocondrial pode acarretar e/ou contribuir em uma série de doenças e síndromes, tais como a síndrome de Pearson. Uma doença mitocondrial congênita, a síndrome de Pearson é um problema de saúde raro descrito pela primeira vez em 1979. 
Essa síndrome, normalmente, é consequência de um rearranjo do DNA mitocondrial, que pode ser uma deleção (perda parcial ou total de uma parte da molécula de DNA) ou duplicação (cópia de uma região do DNA). Além dos rearranjos mitocondriais, outra causa menos frequente da síndrome de Pearson são as mutações de ponto, que consistem numa alteração de apenas um nucleotídeo no DNA. 
	Tal distúrbio é caracterizado pela disfunção da medula óssea na infância e erros na atividade pancreática exócrina. Devido a essa desordem da medula óssea, pode haver uma redução simultânea dos três elementos figurados do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. Como consequência da anormalidade da mitocôndria, é comum, ainda, o aparecimento de uma anemia sideroblástica, doença marcada pelo acúmulo de ferro nas hemácias jovens. Os primeiros sintomas surgem, geralmente, no primeiro ano de vida e em grande parte dos casos o óbito ocorre antes dos três anos de idade. 
O diagnóstico da doença é feito através de um exame de sangue ou biópsia em tecidos musculares ou de outros órgãos envolvidos. Nesse exame, as amostras são analisadas em busca de mutações, que, no caso da Síndrome de Pearson, surgem, principalmente, como grandes deleções. A síndrome não tem cura, o que pode ser feito é o tratamento dos sintomas e de outras doenças provenientes, com uso de fármacos específicos para tais acontecimentos. Uma medida paliativa que muitas vezes se torna frequente nesses casos é o transplante de medula óssea, uma vez que a síndrome de Pearson afeta e compromete muito este tecido. De um modo geral, a sobrevida de indivíduos portadores da síndrome fica entre dois e três anos de vida. 
REFERÊNCIAS
www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-pearson/ - Acesso em: 29 de maio de 2017
doencasmitocondriais.blogspot.com.br/2015/11/sindrome-de-pearson.html - Acesso em: 29 de maio de 2017
FRANÇA, Antônio; MORAES, Samuel. Doenças dos peroxissomas: hiperoxalúria. Disponível em: <http://saudecelulahumana.blogspot.com.br/2016/09/doencas-peroxissomais.html>. Acesso em: 29 de maio de 2017
NIAUDET, Patrick. Hiperoxalúria. Disponível em: www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?Lng=PT&Expert=416>. Acesso em: 29 de maio de 2017
Hiperoxalúria. Disponível em: www.conteudosaude.com.br/pt/site_extras_detalhes.asp?id_tb_extras=21764>. Acesso em: 29 de maio de 2017
MACEDO, Célia S. et al. Hiperoxalúria primária com insuficiência renal crônica terminal em lactente. J Pediatr, v. 78, n. 2, p. 171-5, 2002.
www.scielo.br/pdf/jped/v78n2/v78n2a17.pdf - Acesso em: 29 de maio de 2017

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