Buscar

COMO CHEGA A HORA DE UMA IDÉIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Docente: Elizabeth Reymão
Discente: Ewerton Uchôa Vieira Fiel
COMO CHEGA A HORA DE UMA IDÉIA?
John Kingdon[1: Professor de Ciência Política na universidade de Michigan – EUA durante 1989 – 1990, também foi Presidente do Midwest of Political Science Association.]
Quando é o momento ideal para que se quebrem os pré-conceitos? Por que, em sociedade, mesmo que se conheça determinadas formas de eliminar problemas sistêmicos, não se realiza medidas para este fim? Neste texto é possível observar que o autor fora cuidadoso em demonstrar duas coisas fundamentais. Primeiro, o conceito de agenda pública e, por que algumas temáticas são listadas como prioritárias e outras não, por que são alteradas ao longo do processo decisório. Segunda, é a compreensão dos processos pré-decisórios na formulação de política pública. De acordo com Kingdon, Agenda é uma lista de temas ou problemas que são alvo em dado momento de séria atenção por parte do governo e comunidade externa, porém, ligadas às autoridades. Ou seja, a agenda tem caraterísticas de um projeto de planejamento das ações governamentais, e elenca assuntos que serão ou não prioritários. Todo problema possui forma de soluciona-lo, o autor define essas soluções como alternativas especificas que serão postas a votação pelos poderes legislativos e executivo quando couber. No estabelecimento de uma agenda são colocados assuntos e debatido entre as autoridades, contudo, esse processo diminui o rol de temas, em razão de que mesmo que se tenha 10 temas, haverá prioridade entre eles, sendo boa parte destes negligenciados. Problemas complexos podem ser deixados de lado, em detrimento dos quais sejam mais rápidas de resolução. Os processos de definição dos temas são diferentes dos que elaboram as deliberações. O autor considera que o processo de criação da agenda do governo inclui às alternativas, o presidente tem maior domínio da agenda governamental, no entanto, não possui tanto controle sobre as escolhas das alternativas para solucionar ou amenizar determinado problema. O autor faz referência a problemas na gestão da saúde e elenca diversas formas de solucioná-la, isso mostra que o presidente, sozinho, não é capaz de deliberar, ficando a cargo do legislativo apreciar as alternativas disponíveis. Esse processo torna o processo decisório ineficaz, à medida que é colocado a subjetividade dos legisladores e seus respectivos interesses [grifo do autor].[2: KINGDON, John W. (1995). Agendas, Alternatives, and Public Policies.Ä2nd Edition. Harper Collins CollegePublishers. in SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete. (2007). Políticas Públicas – Coletânea Volume 1. Como chega a hora de uma ideia (pp. 219-224); juntando as coisas (pp. 225-246).][3: Ibid. p. 221.][4: Ibid. p. 222.][5: Ibid. p. 223.][6: Ibid. p. 226.]
Considerações finais
É importante ressaltar que Jhon Kingdon retrata uma espécie de norteador das ações do governo, através de agendas e alternativas. Sendo que não possível que todos os temas elencados tenham o mesmo grau de prioridades, alguns temas poderão ser negligenciados e ou modificada suas alternativas ao longo do tempo e mesmo que determinada temática pertença ao grupo prioritário, isso não reflete sua completa solução ou que será deliberado algo sobre. Às políticas públicas não são elaboradas por um grupo apenas, mas sim, por diversos autoridades, especialistas, técnicos e etc... Dificilmente, os entes políticos têm conhecimento sobre o processo de elaboração de alternativas, pois, envolve técnica e muitos não possuem conhecimento explícito formalizado capaz de compreender o método em si. Nada obstante, os acadêmicos também possuem limitações no que concerne aos efeitos de decisões, os impactos podem variar positivamente ou negativamente mais em alguns setores do que em outros e, dependendo dos interesses dos “participantes”, torna-se mais ou menos viável a implementação de medidas resolutivas a determinados enclaves sociais. Geralmente, quando uma temática é publicitada pelos participantes “visíveis”, à sociedade, as chances de esta ter uma solução rápida são maiores, mas, como os “participantes invisíveis” têm maior influência nas escolhas de alternativas, nem sempre as deliberações são as melhores ao interesse social [grifo do autor].[7: Técnicos, especialistas e acadêmicos.]

Outros materiais