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Aula 4 Letra de Cambio

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1. Letra de Câmbio
1.1. Origem: Primeiro título que existiu (Idade Média)
Comerciante – Moeda Local – Troca (câmbio) – banqueiro – carta (littera cambii) – outro banqueiro – portador
1.2. Saque da Letra de Câmbio:
Ordem de pagamento (sacador + sacado + tomador)
Art. 3º da LU: 
a) à ordem do próprio sacador (sacador=tomador);
b) sobre o próprio sacador (sacador=sacado);
c) por ordem e conta de terceiro (usual);
1.3. Requisitos essenciais (preenchimento) - art. 1º e 2º da LU
a) expressão “Letra de Câmbio”;
b) uma ordem incondicional de pagamento de quantia determinada;
c) o nome do sacado com RG/CPF/Título de Eleito ou CTPS;
d) o nome do tomador (STF dispensa do portador)
e) assinatura do sacador (art. 9º LU – garante);
f) data do saque;
g) o lugar do pagamento ou a menção de um lugar junto ao nome do sacado;
h) o lugar do saque ou a menção de um lugar junto ao nome do sacado;
Obs.: Enunciado 387 do STF e art. 891 do CC;
Admite-se a circulação por endosso (implícito), mas nada impede à expressão “não a ordem”.
1.4. Aceite da Letra – Art. 25 LU
É feito no próprio título com a expressão ACEITO e assinatura do sacado. (Pode ser emitida por mais de um sacado).
É facultativo, porém irretratável.
A recusa acarreta o vencimento antecipado;
O aceite pode ser parcial (acarreta o vencimento antecipado do total);
Aceite limitativo: parte do valor;
Aceite modificativo;
Cláusula não aceitável (art. 22 LU) – tomador só pode procurar o sacado no vencimento;
1.5. Vencimento da Letra
a) letra com dia certo (data preestabelecida);
b) letra à vista: vencimento no dia da apresentação (sem data preestabelecida);
c) letra à certo termo de vista: começa a partir do aceite (ex.: 30 dias após o aceite);
d) letra à certo termo de data: prazo começa a partir do saque (emissão);
1.5. Prazo de apresentação e pagamento da letra
Letra a certo termo de vista- art. 23 LU
Letra à vista: 1 ano a partir do saque
LU – art. 24 – devolução imedia art. 168 CP
Prazo de respito – 24h
Prazo para protesto – art. 44 LU
2ª) Fábio endossa uma letra de câmbio para Maurício, que a endossa para Maria que, por sua vez, a endossa para João. Na data do vencimento, João exige o pagamento de Maurício, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que endossou a letra de câmbio para Maria e não para João e de que Maria é sua devedora, de modo que as dívidas se compensam. Assim, João deveria cobrar a letra de Maria e não dele. Em caso de Embargos de Maurício, com base nos argumentos citados, I. quais seriam os fundamentos jurídicos de João? II. em que prazo devem ser arguidos?
a) O prazo para refutar os argumentos do embargante é de 15 dias nos termos do artigo 740 do CPC. 
b) Em regra, as exceções pessoais que Maurício teria em relação à Maria não são oponíveis em relação a João, com quem Maurício não teve relação direta. Isso ocorre para garantir a segurança na circulação do título de crédito e os direitos dos terceiros de boa-fé. É o que vem expresso nos arts. 916, do Código Civil e art. 17 do anexo I do Decreto Lei 57.663/66 (Lei Uniforme das Letras de Câmbio e Notas Promissórias). Art. 916, do Código Civil: “As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé” Art. 17 do Decreto-Lei 57.663/66: “As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente contra o devedor” Portanto, apenas se Maurício comprovasse que João adquiriu a letra de câmbio de má fé e em detrimento do seu direito cambiário, poderia recusar-se ao pagamento do título com fundamento na exceção pessoal que tinha em relação à Maria (compensação).
Em 9 de novembro de 2010, João da Silva adquiriu, de Maria de Souza, uma TV de 32 polegadas usada, mas em perfeito funcionamento, acertando, pelo negócio, o preço de R$ 1.280,00. Sem ter como pagar o valor integral imediatamente, lembrou-se de ser beneficiário de uma Letra de Câmbio, emitida por seu irmão, José da Silva, no valor de R$ 1.000,00, com vencimento para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João ofereceu pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem como endossar a aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, ainda, na qualidade de endossatária, procurar Mário Sérgio, o sacado, para o aceite do título. Ansiosa para fechar negócio, Maria concordou com as condições oferecidas e, uma semana depois, em 16 de novembro de 2010, dirigiu-se ao domicílio de Mário Sérgio, conforme orientação de João da Silva. Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que Mário Sérgio só aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando que esse era o valor devido a José. Sem saber como proceder dali em diante, Maria o(a) procura, como advogado(a), com algumas indagações.
Com base no cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará ele obrigado a pagar o valor total da letra de câmbio?
b) Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título?
c) Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado ao pagamento?
Resposta: O examinando deve indicar a possibilidade de limitação do aceite na
letra de câmbio, ficando o aceitante responsável dentro desse limite (artigo 26 doDecreto 57.663/66 - LUG), bem como analisar a garantia do emitente à aceitação
e ao pagamento do título (artigo 9º, LUG), respondendo este por todo o valor do
título, ou seja, pelos R$ 1.000,00, além de tratar da necessidade de realização do
protesto, no caso de recusa parcial do aceite, para promover a cobrança do
emitente (art. 44, LUG). 
João Garcia emite, em 17/10/2010, uma Letra de Câmbio contra José Amaro,
em favor de Maria Cardoso, que a endossa a Pedro Barros. O título não tem data
de seu vencimento.
Diante do caso apresentado, na condição de advogado, responda aos itens a
seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
pertinente ao caso.
a) Pedro poderá exigir o pagamento da letra de câmbio em face da omissão da
data do seu vencimento?
b) Que efeitos podem ser verificados com a transmissão do título por meio do
endosso?
Resposta:
O examinando deverá indicar que:
a) a figura da letra de câmbio que não possui data de vencimento é considerada à
vista (artigo 2º, alínea 2º do Decreto 57.663/66 - LUG), e pagável à apresentação
(artigo 34 do Decreto 57.663/66 - LUG). Considerando que o prazo de
apresentação de 1 (um) ano foi ultrapassado desde 17/10/2011 (a prova foi
realizada em 04/12/2011), o portador apenas terá direito de ação contra o devedor
principal (artigos 34 e 53 do Decreto 57.663/66 – LUG); e
b) o endosso, em princípio, transmite não só a propriedade, mas também todos os
direitos emergentes da Letra (artigo 14 do Decreto 57.663/66 - LUG), mas como
foi ultrapassado o prazo de apresentação de 1 (um) ano desde 17/10/2011 (a
prova foi realizada em 04/12/2011), o portador apenas terá direito de ação contra
o devedor principal (artigo 53 do Decreto 57.663/66 – LUG).

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