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METABOLISMO DE LIPÍDIOS

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METABOLISMO DE 
LIPÍDIOS 
METABOLISMO DE LIPÍDIOS 
 
A habilidade de mobilizar e utilizar 
os lipídios armazenados durante o 
exercício podem contribuir para o 
desempenho do atleta. 
 
Fatores determinantes para quantidade e 
fonte de lipídios: 
 • Nível de treinamento 
• Tipo de exercício 
• Intensidade – baixa a moderada 
• Duração da atividade 
• Reservas de lipídios intramusculares disponíveis 
• Habilidade de mobilizar e transportar AG tecido 
adiposo para as células musculares 
• Composição da refeição pré-treino 
• Disponibilidade de glicogênio 
• Quantidade de carboidrato e lipídios ingerida 
durante a atividade. 
 
USO DOS LIPÍDIOS DURANTE O 
EXERCÍCIO FÍSICO 
 • Maioria dos TG está estocada no tecido adiposo 
• Músculo esquelético 
• Plasma 
PRODUÇÃO ENERGIA - Lipólise TG – três AG oxidados 
na mitocôndria músculo esquelético. 
 
• Mobilização dos AG do tecido adiposo e intramuscular 
• Transporte dos AG para os músculos 
• Captação pelas células musculares 
 
USO DOS LIPÍDIOS DURANTE O 
EXERCÍCIO FÍSICO 
• Utilização dos estoques corporais de carboidratos e 
lipídios está relacionada à intensidade e duração da AF. 
• ↓ estoques glicogênio muscular e hepático – fadiga 
durante o exercício 
• Otimização do uso de gorduras durante o exercício pode 
ajudar a prevenir a instalação da fadiga, melhorando o 
desempenho durante a AF. Indivíduos treinados* 
• Exercício prolongado ↑ contribuição lipídios para 
metabolismo muscular. 
• TG intramuscular importante fonte de energia durante o 
exercício – mais próximos das células musculares. 
• Quantidade utilizada irá depender do tipo predominante 
de fibra muscular, estado nutricional e tipo de AF que está 
condicionado. Tipo I (fibras vermelhas lentas) - oxidam o 
substrato em maior proporção. 
 
 
METABOLISMO DE LIPÍDIOS 
• LIPÓLISE – quebra dos lipídios do tecido 
adiposo ou intramusculares a AGL e glicerol 
 
• Enzima lipase hormônio sensível (LHS) – 
estimula degradação de TG, é inibida por 
insulina e estimulada por outros hormônios 
(adrenalina e hormônio do crescimento) 
 
• Enzima lipase de lipoproteínas (LLP) – 
estimulada por insulina e glicose e promove 
acúmulo de TG. 
 
METABOLISMO DE LIPÍDIOS 
• Início da AF – aumento de queda nos níveis de AGL 
circulantes na corrente sanguínea – aumento de 
sua captação pelas células musculares. 
• Após 20 à 30 minutos – exercício de baixa a 
moderada intensidade. Aumenta concentração 
adrenalina e LHS na célula adiposa. 
• Molécula glicerol livre não pode ser reutilizada 
pelo tecido adiposo – transportado para o fígado – 
utilizado como precursor da gliconeogênese. 
METABOLISMO DE LIPÍDIOS 
Redução TG em: glicerol e ácido graxo 
↓ 
Mobilização e transporte dos AGL no interior da célula adiposa 
Proteína transportadora “ácido graxo translocase” – FAT 
ou Proteína ligadora de AG 
↓ 
Seu transporte do interior da célula adiposa para a corrente sanguínea 
Se ligam a albumina – transporte até os músculos 
↓ 
Posterior transporte para o interior das células musculares 
↓ 
Transportadas para o interior das mitocôndrias 
↓ 
Oxidados à energia no CK 
*** os AGL que não forem utilizados podem ser reesterificados a TG 
 
B-OXIDAÇÃO 
 
 
AG - Oxidados a energia na mitocôndria – B-oxidação 
AG – é ativado enzima acil-CoA sintetase 
AG ativado transportado pelas enzimas: 
 
– CPT1 – converte AG ativado acil-CoA a acilcarnitina para 
transporte – regula fluxo AG para interior mitocôndria 
– CPT2 – reconverte a acilcarnitina ao AG ativado acil-CoA 
para servir de substrato para B-oxidação. 
 
Oxidação dos AG – produz 3 vezes mais ATPs do que a 
mesma quantidade de glicose – 129 ATPs. 
CPT = carnitina palmitoil transferase I e II 
 
 
RECOMENDAÇÕES DE CONSUMO 
 • Não tem necessidade definida; 
• Mesma recomendação para a população em 
geral; 30% do VET, sendo 10% saturados, 10% 
polinsaturados e 10% monoinsaturados; 
• Quantidade necessária para completar o VCT – 
20 a 25% em função do maior conteúdo de 
carboidratos; 
• Energia para o exercício prolongado e 
construção de massa muscular; 
• Atletas endurance em fase treinamento – 20 a 
25% 
• Atletas – redução de peso – 20% 
 
 
RECOMENDAÇÕES DE CONSUMO 
 
• Ácidos graxos essenciais – 8 a 10g/dia; 
• Dietas com < 15% - ingestão insuficiente AG 
essenciais e redução significativa dos 
estoques TG intramusculares, acarretando 
prejuízo ao desempenho. 
• Quando dietas com restrição de lipídios for 
necessária: 8% saturados, 7 a 10% 
polinsaturados e mais 8% monoinsaturados; 
 
 
AG SATURADOS, MONO E 
POLIINSATURADOS: 
 Contribuir para a prevenção de 
processos inflamatórios e lesões 
vivenciadas por muitos atletas sob 
dietas de restrição calórica e baixa 
proporção de lipídios (< 15%). 
 
DIETAS CETOGÊNICAS: 
• Intuito inicial: aumentar o gasto de 
gordura e poupar glicogênio; 
• Provocam depleção dos estoques de 
glicogênio rapidamente; 
• Provocam degradação de massa 
muscular e desidratação. 
Suplementação lipídica: 
– Endovenosa (com heparina) – doping 
 
 
Tipos de Suplementos lipídicos, modo de ingestão e 
alegações 
 Suplemento Tempo de ingestão Alegações 
Triglicérides de cadeia longa 
(TCL) 
3-4 h antes da AF - Redução quebra glicogênio 
muscular 
- Melhora desempenho atividades 
aeróbia 
Triglicérides de cadeia 
média (TCM) 
1 h antes da AF 
 
 
 
Uso crônico (substituindo TCL) 
- Redução quebra glicogênio 
muscular 
- Melhora desempenho atividades 
aeróbia 
- Redução peso corporal 
Ácido linolênico conjugado 
(CLA) (ômega 6) 
Uso crônico (1-9g/dia) Redução do peso e gordura corporal 
Ácidos graxos da família 
ômega 3: EPA e DHA 
Uso crônico (1-6g/dia) - Aumento da deformidade das 
hemácias 
- Aumento do consumo máximo de 
oxigênio 
- Prevenção ou redução do dano 
muscular 
- Prevenção ou redução de 
respostas inflamatórias 
Triglicerídeos de Cadeia Media (TCM): 
 
• Apresentam 6 a 12 átomos carbono ao longo de sua 
cadeia 
• Digeridos, transportados e utilizados como fonte de 
energia – passam rapidamente pelo estômago e são 
reduzido a AGCMs – são absorvidos pela mucosa 
intestinal de forma tão rápida quanto a glicose. 
• Rápida digestão/absorção e captação pelo fígado e 
tecidos periféricos. 
• Não são armazenados no tecido adiposo. 
• Oxidação mitocondrial sem presença da carnitina. 
– produção energia preservando estoques de glicogênio 
(????) 
• Doses  30 g  desconforto GI e diarréia. 
 
CARNITINA 
 
• Sintetizado no fígado e rins a partir dos 
aminoácidos lisina e metionina. 
• Consumido a partir de fontes alimentares 
(carnes e laticínios – perdas preparo e cocção. 
• Papel fundamental no metabolismo de lipídios 
(transferência radical acil) 
• Aumento no transporte e oxidação de ácidos 
graxos??? 
• Melhora do rendimento em exercícios de 
resistência aeróbia, pelo efeito poupador de 
glicogênio gerado pelo aumento na oxidação de 
lipídios. 
 
CAFEÍNA, EFEDRINA: 
 
• Fonte: café, chás, guaraná em pó, refrigerantes 
à base de cola e chocolate 
• Mimetizam a ação da adrenalina (catabólicos) 
• Aumenta a lipólise – poupa glicogênio 
• Motivação 
• Efeitos colaterais: tonturas, PA, calafrios, tremores, taquicardia, 
insônia, ansiedade, nervosismo, perturbações GI, tolerância 
individual. 
• Efedrina: diminui a recaptação da adrenalina 
• Dosagem de cafeína: 6 a 9 mg/kg 
• Acima disso: era doping (12mg/dl na urina) – 8 xícaras chá de café 
30 minutos antes - janeiro/2004 
 Estudos adicionais são necessários 
CAFEÍNA 
Uma revisão bibliográfica publicada em 2010 destacou que o consumo moderado (200-300 mg) da cafeínapossui as 
propriedades de: 
 
1) Diminuir a fadiga mental; 
2) Aumentar o gasto energético de repouso; 
3) Diminuir a sensação de esforço associado à atividade física; 
4) Melhorar o desempenho físico, motor e cognitivo; 
5) Aumentar a capacidade de concentrar e focar a atenção; 
6) Reforçar a memória de curto prazo; 
7) Aumentar a capacidade de resolver problemas que requerem raciocínio; 
8) Aumentar a capacidade de tomar decisões; 
9) Melhorar a coordenação neuromuscular. 
 
Pesquisa confirmou uma destas propriedades quando observou que após 20 minutos do consumo de 100 mg de 
cafeína, indivíduos saudáveis apresentaram aumento da atividade neural em áreas cerebrais associadas com a 
atenção durante a execução de atividades que exigiam o uso de memória de curto prazo como, por exemplo, 
armazenar número de telefone por alguns minutos. 
Existem relatos que devido a sua estrutura química ser semelhante a adenosina, a cafeína pode potencializar a 
neurotransmissão pós-sináptica no sistema nervoso simpático e, com isso, estimular o aumento do gasto energético. 
Este efeito foi observado em um estudo científico em que homens saudáveis tiveram aumento significativo do gasto 
energético após 30 minutos da ingestão de cafeína em dose superior a 50 mg. Este efeito persistiu por pelo menos 4 
horas, aumentando em 6% no gasto energético de repouso total. 
Em um estudo duplo-cego, randomizado e controlado, mostrou que o consumo de 100 mg de cafeína, 2 horas e meia 
antes da atividade física, melhorou o desempenho de ciclistas. 
Entretanto, cabe ressaltar que o consumo excessivo de cafeína pode causar efeitos adversos, como irritabilidade, 
dores de cabeça, insônia, diarreia e palpitações do coração 
CAFEÍNA 
Os suplementos de cafeína para atletas devem atender aos seguintes 
requisitos: 
• I - o produto deve fornecer entre 210 e 420 mg de cafeína na porção; 
• II - deve ser utilizada na formulação do produto cafeína com teor 
mínimo de 98,5% de 1,3,7-trimetilxantina, calculada sobre a base 
anidra; 
• III - o produto não pode ser adicionado de nutrientes e de outros não 
nutrientes. 
• Art. 12. Outras substâncias podem ser autorizadas pela Anvisa desde 
que a segurança de uso, conforme Regulamento Técnico específico, e a 
eficácia da finalidade de uso para atendimento das necessidades 
nutricionais específicas e de desempenho no exercício sejam 
cientificamente comprovadas. 
• Art. 24. Adicionalmente ao disposto no art. 21, nos rótulos de 
suplementos de cafeína para atletas deve constar a advertência em 
destaque e negrito: "Este produto não deve ser consumido por 
crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades".

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